domingo, 31 de julho de 2011

Recordando

Nas minhas «caminhadas» aqui pela Internet, procurando alguma fotografia da antiga Sagres II, no meu tempo com o nome de Santo André, e acostada ao Cais do Alfeite, e onde passei eu, e julgo que todos os do meu tempo uma temporada, no I.T.E. se não estou enganado três semanas, para receber aulas de Marinharia, das quais constava aprender a fazer os diversos nós, também aprender a remar, de resto só lembro umas sestas no convés, pois a estadia foi em pleno pico do verão de 1965, fins de Julho e inicio de Agosto, fiquei com saudades deste Navio, e é fácil de ver porquê, é que foi o único onde permaneci algum tempo, de resto foi uma visita a uma Fragata, e a travessia do Mar da Palha na Vedeta da Marinha no percurso Doca da Marinha em Lisboa e o Alfeite na «outra banda» talvez por nunca ter navegado noutras águas mais profundas me tenham chamado de «Fuzo de Agua Doce».

Quando lá chegámos, calhou de «rancheiro» (julgo que era assim que se dizia) a um Camarada que era da Assenta próximo da Ericeira que me pediu para trocar com ele o que aceitei, meus Amigos quando abri a gaveta onde guardavam a «palamenta»? (acho que era esse o nome que se designava o conjunto de pratos, colheres garfos e terrinas) saíram de dentro dessas gavetas centenas de baratas, aquilo parecia a invasão dos marcianos, tanto que me arrependi da troca que ainda hoje recordo, mas enfim lá passei os dias sempre com todo o cuidado ao abrir as gavetas, mas quase por encanto a bicharada tinha desaparecido, provavelmente os utensílios já não eram utilizados desde o ultimo I.T.E.  há vários meses, não terão sido guardados muito limpos, e terá sido essa a razão de haver tanta barata.

Mas como ia escrevendo, procurei fotografias da antiga Sagres de boa memória mas só encontrei das que fazem parte da sua actual situação ou seja, recuperada e a servir como  Museu e restaurante flutuante em Hamburgo na Alemanha, seu País de origem, tenho pena que as nossas Autoridades não tivessem ficado com ela, quiçá para fazer o mesmo que faz na Alemanha, mas somos definitivamente um Pais que não sabe ou não quer guardar memórias, mas melhor que eu, fala um artigo  que não  conheço a autoria  que também encontrei na Internet, e que a seguir mostro.


Rickmer Rickmers, Ex-Navio Escola Sagres, no porto de Hamburgo


Tinha acabado de fazer uma visita ao porto de Hamburgo, era hora do almoço, e perguntei a um tripulante, do barco que utilizara, onde poderia comer bom Peixe e ele indicou-me este Veleiro , acostado mais adiante.
Aceitei a sugestão e dirigi-me ao Navio que, conforme constava no painel informativo, era Museu com Restaurante.


Subi as escadas e, logo à entrada, deparei-me com a seguinte placa(ver comentário)

"Placa afixada no Rickmer Rickmers, comemorando a visita do Ex-Presidente Mário Soares" />

percebi que me encontrava no antigo Navio-Escola Sagres, fantastica coicidencia, é lindo!! ou não tivesse sido nosso.

 Com base nos elementos que colhi, passo a contar a História do Navio:
O RICKMER RICKMERS foi construído, em 1896, nos Estaleiros da Rickmers Line, em Bremerhaven, tendo sido baptizado com o nome do mais novo Neto do Fundador da Companhia, cuja imagem, nessa altura uma criança de 3 anos,passou a figurar na proa da embarcação.
Durante 27 anos navegou como Cargueiro-Veleiro, sob a Bandeira Alemã, tendo feito 14 Viagens redondas que o levou à Indochina, Austrália, América do Sul e EUA.
Em 1912 a Hamburg Shiping Line, de Krabenhoft, comprou o Navio e mudou-lhe o nome para Max.
Em 1914, vindo do Chile e navegando ao largo dos Açores, tendo rebentado a Guerra entre a Alemanha e as Aliadas, Inglaterra e França,o Comandante achou por bem aportar e refugiar-se numa das Ilhas, pois Portugal, nessa altura, era neutral.
Passados 2 anos Portugal entrou na Guerra, ao lado dos Aliados, e confiscou o Navio, tendo-o usado, até 1922, como Navio comercial com o nome de FLORES..
Em 1924, comprado pela Armada Portuguesa, foi reequipado e passou, com o nome de SAGRES, a Navio-Escola, tendo sido, até 1962, vencedor de muitas Regatas Oceânicas.
Nesse ano, em virtude da Armada ter adquirido uma nova embarcação para desempenhar a função de Navio-Escola, à qual passou a ser dado o nome de SAGRES, a velha embarcação recolheu à Base Naval do Alfeite, tendo passado a chamar-se SANTO ANDRÉ.
Em 1983, a WINDJAMMERS for Hamburg Society decidiu adquirir, à Armada Portuguesa, e restaurar, o ex-Santo André, ex-Sagres, ex-Flores, ex-Max, ex-Rickmer Rickmers, para ficar como Navio-Museu, no porto de Hamburgo, com o seu nome de origem.




sexta-feira, 29 de julho de 2011

Vila Verde dos Francos

Decididamente não fui feito para as novas tecnologias, e agora perdi todas as esperanças que ainda tinha de algum dia lá chegar, «deixei» o Sócrates ir embora e não aproveitei as «novas oportunidades» que ele criou, agora chapéu.
Numa palavra sou um falhado, á pouco tempo dei cabo dum computador, e perdi tudo o que lá tinha, já pensava que o gajo era meu amigo, por estar todos os dias comigo, e mal me descuidei virou-me as costas e lixou-me, agora á dois dias que o meu Neto me tem safado, quanto ás pastas de fotografias, não sei o que se passa que sem fazer nada o gajo altera-me os nomes, muda-as de localização, e faz-me andar aqui á rasca, se fosse noutro tempo já tinha mandado o computador para o inferno e dedicava-me á pesca, mas como também nesta área sou um zero, é melhor ter calma e ir tentando aprender alguma coisa, o que não vai ser fácil, pois como dizem na minha Terra «burro velho não aprende línguas»,

Na Segunda Feira fui á Terra, para ir regar os tomateiros do Agostinho que era suposto estar em Peniche mas como o tempo tem estado mais virado para o fresco e ele vai para lá para ir á praia quando lá cheguei já andava ele a regar, mas como já lá estava, passei lá a noite , e na Terça de manhã como tem sido habitual nas últimas semanas fui fazer a minha caminhada na companhia do meu Amigo Vicente, e também da minha máquina fotográfica, e também como sempre quando chego a casa descarrego as fotos para o computador e limpo o cartão da máquina a maioria das vezes sem ver primeiro as fotos no computador, tal a confiança que tenho nele, foi o que fiz desta vez, e quando ao fim da tarde desse dia ia escrever no blog a caminhada da manhã, não encontrei a pasta com a s fotos.

Ontem tive uma «reclamação» do meu Amigo, por não ter escrito sobre a caminhada, porque é uma maneira da Família ( que tal como ele são Emigrantes) na terra do Tio Sam, saber noticias com imagem, da Terra e dele, e perante esta falha, lá tive que me aplicar para descobrir o paradeiro das fugitivas e não é que as encontrei e desta vez sem ajuda o que quer dizer que estou a aprender a trabalhar com esta coisa.
E já que estou com a mão na massa, falando de Emigrantes, um abraço para todos/as, em especial para os/as de Vila Verde que sei seguem o blog, e que terão ficado tristes quando deixei de escrever no Fuzo de Agua Doce, julgando que eu ia parar, embora como já disse o computador é para mim um «corpo estranho» vou fazendo os possíveis para me entender com ele, assim ele me retribua e se entenda comigo, e não me deixe encalhado, como já aconteceu antes, e já agora que a cabeça vá funcionando, pois é fundamental para ir escrevendo alguma coisa.

Voltando á caminhada, estava um nevoeiro do caraças, mas nem assim ficámos em casa e lá fomos com a partida habitual do «Cafezada» do Victor, direito ás Ratoeiras, Casais da Fonte Pipa, Quinta do Lança hoje baptizada com o nome de Porto Solagre, e onde não ia há mais de cinquenta anos, daí até á Várzea, onde fizemos uma «aproximação» á Pera Rocha mas sem sorte pois ainda estava verde, tal como as uvas que também ainda não estavam no ponto, desta vez não nos safámos, nem amoras havia, isto é que vai uma crise. 

Passámos junto á propriedade que foi do meu Avô e é conhecida como Azenha por em tempos lá ter havido uma, e onde ainda estão as ruínas da habitação que em partilhas calhou a uma Tia minha que a deixou em testamento á minha Mãe, mas que nem eu nem as minhas Irmãs lhe pegou, pois aquilo só dava  despesa, devido á sua localização e relevo do terreno, agora lá está abandonada á sua sorte, triste por não quererem saber dela, apesar de já ter sido o sustento da Família, outros tempos.
Depois foi fazer o resto do percurso até ás nossas casas,  para a próxima há mais.
Antes de regressar a Porto Salvo, ainda fui assar e tentar comer umas sardinhas, mas mais valia ter comido só pão seco, pois as sardinhas estavam intragáveis, havia uma mistura de poucas frescas com muitas já queimadas de tanta vez que foram congeladas, este Peixeiro já era, á minha Mulher não vende ele mais nada.

António Passão, um Alentejano radicado em Alenquer e que para além de Fadista apresenta na Rádio Voz de Alenquer um programa de fados ás Terças das 22 ás 24 horas, em 93.5 e pode ser ouvido também na Internet.

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Visita a Lisboa com o meu Neto

Após uma reunião com o meu Neto, deliberámos que enquanto não recuperar-mos da última banhada que apanhámos na pesca, não voltaríamos a ir pôr a minhoca de molho, e assim tivemos que arranjar solução para gastar algum do tempo disponível, sem ser só a dar cabo dos sofás, ás vezes esqueço-me que ele já vai quase em catorze anos e com a preparação que tem da natação, também deve estar preparado para fazer uma caminhada, hoje fui fazer a experiência levando-o até Lisboa e saiu-se lindamente, não sei até se tal com o meu Companheiro Vicente, que ultimamente me tem acompanhado na Terra, também não terei aqui um osso duro de roer, de qualquer maneira ainda vou ter uma experiência a fazer, e que é ir ao Passeio Marítimo de P. de Arcos á Praia da Torre e voltar, sempre  são sete quilómetros, e aí já vai que ter de dar o litro, ele diz que aguenta bem, vamos ver.

Saímos então bastante mais tarde que é meu hábito, e por volta das nove da manhã saímos no Cais do Sodré e subimos a rua do Alecrim até o Chiado, logo aí reparei que apesar da subida ingreme que fizemos, chegou fresco como uma alface, depois descemos até ao Rossio, e fui mostrar-lhe onde costumo abastecer, e que é o café Eurodoce na rua das Portas de Santo Antão, abastecemos com um rissol ainda morno, eu com o café e ele a seco, não quis beber nada, (até estou admirado de ter comido o rissol pois normalmente não aceita nada) e depois foi descer a Baixa de regresso ao Cais do Sodré, foi uma volta pequena para aquilo que costumo fazer, mas já tinha feito uma caminhada daqui de Vila Fria a Leceia e volta, e também estava com receio que o Companheiro estoirasse e ainda ter que o rebocar até á Estação.

Entretanto e ainda em relação ás idas á pesca, recebi de dois Amigos: do Tintinaine e do Reigosa dois vídeos que mostra os locais onde provavelmente irei fazer a próxima pescaria, o problema vai ser o transporte para o local, pois segundo parece estes «pesqueiros» situam-se na Ásia, e como não ando de avião, nem de barco, não sei que transporte ei-de arranjar para lá  chegar, aí sim merece e a pena, que por aqui já não dá nem para o petróleo,


quarta-feira, 27 de julho de 2011

Benfica - Trabzonspor 2-0

Começa hoje Oficialmente a nova época futebolistica, para o Glorioso, com a pré-eliminatória da Liga dos Campeões, faltam duas horas para o inicio do jogo, e já começa o nervoso miudinho, vamos ver se me deixam ver o jogo todo, ou se a coisa começa a correr mal e mudo  de canal, não estou muito optimista com a equipa, muito por causa da quantidade enorme de Jogadores que entraram, e que não estão entrosados como equipa, porque não houve muito tempo para isso, mas também pela quantidade exagerada de novos Jogadores que formavam quatro equipas e era quase impossível deste lote enorme arranjar o melhor onze em tão pouco tempo.
Falta-me falar aqui dum cavalheiro que tem dado que falar nas ultimas semanas, ( como tem acontecido nos ultimos anos nas férias) esse mesmo que dá pelo nome de Luizão, por mim a braçadeira de Capitão no seu braço já era, e quanto á sua permanência no Clube, só se não houvesse comprador, doutro modo era despachá-lo em grande velocidade, (independentemente da maneira como lhe correr o jogo de hoje) o Benfica não merece ter no seu seio gente que não sabe respeitar o Clube

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Um jogo em que apesar das nossas deficiências evidentes, dominámos completamente os acontecimentos, mas que continua a falta de pontaria que já vem da época passada, para além da falta de pontaria para atinar com a baliza, também os passes são normalmente mal medidos, ou atrazados ou adiantados, têm muito que treinar, gostei de alguns Jogadores que entraram agora, mas que ainda não fixei os nomes, em especial o defesa esquerdo, e o defesa central que veio do Real Madrid, também o marcador do primeiro golo apesar de só ter jogado uma parte do jogo mostrou bons pormenores, apesar de tudo julgo que estamos no bom caminho.



terça-feira, 26 de julho de 2011

Pesca zero, Compras zero

Ontem saí de casa com o meu Neto mais velho para pescar, fundeámos num local já nosso conhecido, entre a Boca do Inferno e o Guincho, por qualquer razão que nos escapa, nem um peixe se mostrou disponível sequer para morder a minhoca, muito menos engolir o anzol, penso eu que aproveitaram o fim de semana e terão prolongado a coisa até pelo menos segunda feira, ou então meteram férias, o que sei é que ao fim de uma hora e tal sem se apresentar nem um simples peixe aranha, levantámos ferro e partimos dali fazendo a viagem de regresso a casa pelo Guincho, e Serra de Sintra.

No Guincho aproveitei a areia fina e limpa para trazer um balde dela para o meu Neto mais novo brincar com as suas camionetas e tractores, de seguida subimos direito á Malveira da Serra e daqui direito Alcabideche onde se situa o Centro Comercial Cascais Shopping, aí entrámos na loja C&A, onde já tenho comprado algumas roupas, com a ideia de adquirir umas calças, pois esta loja costuma ter muito por onde escolher, e é a mais próxima que tenho, mas desta vez saiu-me o tiro pela culatra.

Ao dar os primeiros passos dentro da loja, apercebo-me que a música que brota dumas grandes colunas plantadas no tecto, é de tal maneira alta que me fere os tímpanos, e ainda pior que aquilo não era música para os meus ouvidos ainda que o som fosse mais baixo, é claro que saí porta fora antes de ver calças, dialoguei com o meu Neto sobre aquela falta de sensibilidade de gente que está á frente duma loja destas, para tratar os seus Clientes, mas não ficámos por aqui, fomos «investigar» em diversas lojas para ver se a doênça era geral ou se pelo contrário tinha atingido só aquela loja, e para surpresa nossa em quase todas tinham aquelas coisas aos berros, deu-me a impressão que a «música» vinha toda do mesmo sitio pois parecia-me ser igual em todas., com excepção da Conforama, Worten e o Super-mercado Continente,  tudo o resto estava ligado á mesma canalização donde jorrava decibéis a rodos, isto está cada vez mais complicado, um Homem para arranjar uns trapitos vê-se ás aranhas, entro numa loja e só encontro roupas amaricadas, e quando penso encontrar o local onde me posso vestir á Homem, aparece-me isto, será que tenho que andar prevenido com tampões para os ouvidos quando entro numa loja?







segunda-feira, 25 de julho de 2011

Precisa-se de um (ou vários) Arriagas com Urgência

Os menos atentos á Politica fora de portas, ficou agora a saber após a tragédia que aconteceu na Noruega, que os Políticos desse País andam habitualmente em transportes Públicos, vão ao café como qualquer Cidadão, pagam a renda de casa como todos, e não têm as restantes mordomias que os nossos conterrâneos que se dedicam á Política. Isto que se passa na Noruega acontece em quase todos os Países seus vizinhos, onde a Politica é encarada como um Serviço á Comunidade e não um tacho  como aqui, mas por cá também já tivemos exceções, como a seguir mostro, no caso o nosso primeiro  Presidente da Republica Dr. Manuel de Arriaga.
Vi de Passos Coelho alguns sinais que parecem ser no bom sentido, mas é muito cedo para saber se não se deixará enlear na teia que está á sua volta, e se esses sinais são mesmo genuínos, ou se pelo contrário será mais um «lobo com pele de cordeiro».

PORTUGUÊS  EXEMPLAR


PROCURA-SE NOVO ARRIAGA
Era oriundo de famílias aristocráticas e descendente de flamengos. O pai deixou de lhe pagar os estudos e deserdou-o, por não concordar com as suas ideias Republicanas.
Trabalhou, dando lições de inglês para poder continuar o curso.
Formou-se em Direito.
Foi advogado, professor, escritor, político e deputado.
Foi também vereador da Câmara Municipal de Lisboa.
Foi reitor da Universidade de Coimbra.
Foi Procurador-Geral da República.
Passou cinquenta anos da sua vida a defender uma sociedade mais justa.
Com 71 anos foi eleito Presidente da República.
Disse na tomada de posse: "Estou aqui para servir o país. Seria incapaz de alguma vez me servir dele..."
Recusou viver no Palácio de Belém, tendo escolhido uma modesta casa anexa a este.
Pagou a renda da residência oficial e todo mobiliário do seu bolso.
Recusou ajudas de custo, prescindiu do dinheiro para transportes, não quis secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado.
Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas fez questão de o pagar também do seu bolso.
Este SENHOR era Manuel de Arriaga e foi o primeiro Presidente da República Portuguesa.

Foi pena ter-se extinguido a espécie!...












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sábado, 23 de julho de 2011

Proibido morrer em véspera de procissão, em Porto Salvo

Será que Salazar tinha razão ao tornar-se o ditador mais «famoso» cá do rectângulo, e estava apenas e só a seguir a tradição de pequenos ditadores cá do burgo? parece que vou ter que me render ás evidências, de facto somos um Pais dividido por «quintas e quintinhas» cada qual com o seu ditador, isto acontece em todas as actividades, seja numa fábrica, num super-mercado, nos hospitais na tropa ou em qualquer serviço publico temos que apanhar sempre um ditadorzito pela frente, talvez tenha que ser assim, caso contrário nada funcionava, será? os ditadores vieram para ficar?

Este intróito vem a propósito duma classe de ditadores que não nomeei anteriormente, mas que têm bastante peso na sociedade, refiro-me aos padres, pois é, não gosto de meter a foice em seara alheia mas não aguento quando me chega a mostarda ao nariz, já falei em Padres com letra grande e pequena hoje é com a última, por razões que explico de seguida.
Morreu aqui em Porto Salvo um vizinho, Pessoa estimada, nascido e criado aqui, era invisual, mas isso não impediu de ter uma vida bastante activa, sendo propriétário de um estabelecimento onde se juntava muita Gente alguma até vinda de longe para apreciar a sua água-pé em especial pelo São Martinho, com a idade passou a casa aos Filhos, e agora resta uma papelaria onde outrora se apanharam algumas pielas, com oitenta e sete anos  e doente, finou-se ontem, que descanse em paz.

Os Filhos trataram das burocracias que não estão dispensadas nem para a última morada, entre estas o velório que seria como era lógico na casa mortuária da Igreja da Terra, era, porque o sr. padre não autorizou, com a desculpa que no próximo Domingo vai haver uma procissão, e a casa mortuária está ocupada com os apetrechos para esse evento, e assim sendo vai o Morto despachado para quem o quiser receber, se por lá não houver alguma procissão, caso contrário procurasse outro dia para morrer.
Acrescento que o Sr. Francisco (assim se chamava o falecido) foi parar á Capela de Leião tendo o seu funeral sido realizado hoje de manhã, o que aparentemente não chocava com a procissão que se realizará amanhã, e pelas conversas por aqui, isto não é caso virgem com este padre, depois queixam-se que o «rebanho está a ficar sem ovelhas».

Os mais antigos sabem as rivalidades que existiam entre povoações, eu lembro bem de correr á pedrada os colegas de escola das Terras próximas, e eles não corriam comigo pela simples razão de eu não me deslocar ás suas Terras, senão era pedrada que até fervia, isto acontecia em todo o lado, ora estes padres bem podiam poupar os Familiares destas questões, e que é uma Pessoa morrer na sua Terra e ser recambiada para outra, onde ainda está enraizada a rivalidade doutos tempos, e já agora a pergunta que se impõe: ó sr. padre a Igreja e casa mortuária são suas? ou da Vila de Porto Salvo? é só para eu saber quando bater a cançoleta a quem me hei-de dirigir para pedir permissão para acampar na nossa/sua, casa mortuária, estou convencido que se o «Tio Chico» soubesse o que lhe ia acontecer, guardava a morte para outro dia . Amem




sexta-feira, 22 de julho de 2011

Mais uma Caminhada em Vila Verde

Mais um salto a Vila  Verde, e mais uma caminhada por lá, na companhia do meu Amigo Vicente, e com a meta de partida instalada no Café do Victor como de costume, o meu companheiro de caminhada trocou mais uma vez o café pelo chocolate o que me levou a desconfiar que hoje ía ter problemas para o acompanhar, porque o chocolate a ele faz o mesmo efeito que os espinafres fazem ao Popeye, o próprio Victor se apercebeu da mudança em relação ao «doping» da ultima viagem, e me alertou que eu hoje ia ficar para trás, mas lá partimos desta vez com destino desconhecido.

De comum acordo subimos (isto por aqui é sempre a subir ou a descer não há caminhos planos) direito aos moinhos que se situam a nascente para os lados dos Casais da Almónia, atravessámos toda a serra até ao Convento, e daqui por vales até ao Casal do Poisão, onde se abastecemos com amoras, onde chegou a fome, até amoras servem para a matar, desta vez não encontrámos fruta para nos alimentar-mos e a única coisa que nos apareceu foram amoras que perante o estado de fraqueza embarcaram como se fosse marisco.

Chegados á Estrada Nacional próximo do Rodeio, atravessámos esta e rumámos direito á Várzea, com a firme ideia de navegar no seu Rio até á s nossas casas, mas decepção, o Rio estava seco que nem palhas, nem aquele célebre barco que na minha juventude fizemos para tirar o curso de navegação e que era o aproveitamento dum caixote de sabão, e que nos foi confiscado para fazer uma manjedoura para o burro do meu Primo, conseguia flutuar nas poucas águas semi-poluídas que lá corriam, ainda ouve uma tentativa do meu Camarada  de caminhada para fazer mais uma volta direito á Quinta do Lança, mas demovi-o da ideia, desta vez já estava estoirado, agora aqui estou mais morto que vivo, a tentar recuperar para manhã fazer mais uns quilómetros para não perder a embalagem, mas desta vez solitário em em piso plano.



Para os Rapazes e Raparigas da minha geração matarem saudades do « ex- Menino Joselito».