De vez em quando algum Órgão de Informação traz a lume alguns dos escândalos que têm acontecido no nosso País, para que não caia no esquecimento, não só dos lesados, que por norma somos todos nós (ou quase, há sempre alguns que se safam) e em quem tem o poder de Julgar os envolvidos, que por norma ficam impunes, como não podia de deixar de acontecer num Pais de brandos costumes.
Hoje vem no Diário de Noticias, com chamada em toda a primeira página e o seu desenvolvimento nas páginas interiores o caso B.P.N.! e meus Amigos, um Gajo lê aquilo e fica agoniado, isto foi uma falcatrua do tamanho do Mundo, onde antigos governantes e seus muchachos raparam a gamela até ao último centavo, e deixaram-nos os ossos para nós roermos e pagar-mos, e continuam por aí com o se nada fosse com eles, alguns até nos mais altos cargos políticos, é certo que alguns estão lá pelo voto, mas isso não os iliba dos crimes cometidos, realmente só num país como o nosso estes gajos não levam para contar.
Outro caso com relevo no D.N. de hoje é a Madeira, ou melhor o seu presidente do governo Regional, isto é outro caso de Policia, o homem tem feito o que tem querido dos dinheiros Públicos e continua a rir-se de nós, como se pode ver pelas respostas que vai dando aos Jornalistas sempre que é abordado sobre as dividas escondidas, as ligações perigosas aos construtores civis etc. Então não há ninguém nem nenhuma Instituição que ponham estes sacanas na ordem? somos uma cambada de covardes e só somos valentões nas questões do trânsito e no Futebol? e quando nos roubam ficamos impávido e serenos?
Ao terminar de ler o Jornal, eu que já devia estar vacinado para estas coisas, não me aguentei nas canetas e fui vomitar para a casa de banho, isto é demais para um pobre ancião que se tem esforçado para cumprir as suas obrigações e depara com coisas destas, não por desconhecimento que tivesse destes casos e doutros semelhantes, mas contado com tantos pormenores, é outra coisa, vou ali beber uma água das pedras e já volto.
Para o Tintinaine que me fez a pergunta : como tratar as Orquideas.
Ora bem, nem eu nem a minha Mulher somos especialistas da coisa, temos umas luzes pela prática adquirida, pois já á vários anos que lidados com elas, a primeira coisa a fazer é quando se adquire uma Orquídea que esta esteja em boas condições, de preferência florida para não sermos enganados na qualidade e cor, as raízes têm de estar duras e sem bolsas ocas, como vêm envasadas devem ser mantidas aí enquanto as raízes não forem maiores que o próprio vaso.
Se quiser colocar noutro vaso maior atenção ao substrato que lá se coloca, não é terra normal para flores mas próprio para Orquideas, estas devem ficar com a parte superior fora do substrato, ( minha Mulher põe cascas de ovos e meias de vidro no fundo dos vasos), as Orquideas não suportam ficar encharcadas, se estiverem á sombra uma rega por semana é suficiente, ao Sol depende da época do ano, uma coisa é certa, nunca deitar água em excesso porque as mata.
Perguntas se devem estar á sombra ou ao Sol, as que tenho na Terra estão debaixo dum telheiro mas apanham Sol, aqui em Porto Salvo estão na rua, até misturadas com outras flores como podes ver numa foto, todas têm dado flores, este ano que passou em fins de Novembro tive um vaso na Terra com oito hastes (flores) o problema é que nunca as deixo ficar todas, vou cortando e trazendo para colocar em jarras e a Patroa vai dando ás Amigas, mas para se conseguir ter este número de flores têm que ficar uns anos sempre no mesmo vaso, á a tendência de separar as «batatas» para arranjar um maior número de vasos, assim nunca temos muitas flores da mesma planta, quanto mais anos se conseguir manter a planta sem podar melhor.
No dia 24 de
Abril de 1974, Portugal estava em guerra com Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.
A Guiné-Bissau tinha declarado a sua independência em 24 de Setembro de 1973, embora Spínola tivesse permanecido no
território até Novembro. A independência unilateral da Guiné-Bissau foi
imediatamente reconhecida por todos os países da Organização da Unidade
Africana, e ainda pela Finlândia, Suécia, Noruega, Dinamarca, Holanda, URSS,
China e Vaticano. Em Abril de 1974, as três frentes de combate mobilizavam 170
mil militares ao serviço de Portugal (metade desse contingente era de
recrutamento ultramarino). A Pide tinha as cadeias a abarrotar de presos
políticos. A censura triturava a opinião mais inócua. A Nato estava cada vez
mais incomodada com a intransigência de Portugal. Nas Nações Unidas, Washington
e os países europeus distanciavam-se de nós, estávamos num beco sem saída.
E assim chegados a este ponto, aconteceu o que não podia deixar de acontecer, o 25 de Abril.
Então comigo foi assim: Saí da Quinta da Figueirinha onde morava, apanhei o meu ajudante «Canócha» junto ás Oficinas da Câmara no Espargal, e dirigi-me como habitualmente ao Despacho das C.R.G.E. junto ao Mercado de Oeiras onde me forneceram a lista com as avarias na Iluminação Pública do Concelho de Oeiras e algumas Localidades do Concelho de Sintra que eram da minha responsabilidade, falaram-me vagamente que tinham ouvido qualquer coisa sobre movimentos Militares mas nada de concreto, como tinha havido á pouco tempo aquela tentativa do Quartel das Caldas da Rainha falhado não dei grande importância ao assunto, julgando eu que não havia grandes hipóteses de vingar qualquer tentativa de derrube do regime, pois vivíamos cercados de Policia Politica, mais os seus informadores, Legionários, Mocidade Portuguesa que também dava um jeito para a bufaria e etc. etc. etc.
Segui o meu caminho e dirigi-me para Valejas para fazer a primeira reparação do dia: Rua José Basaliza, enquanto o meu Ajudante subia ao poste para verificar a avaria no candeeiro, vem um Morador duma vivenda próxima falar comigo e pergunta-me se não ouvia o rádio, respondi que não tinha rádio no carro, então vá mas é festejar porque o Governo está por pouco, os Militares tomaram o poder! É pá, isto agora parece ser a sério, o Homem disse que trabalhava nas antenas da Rádio em Porto Alto e que a Tropa tomou conta delas de madrugada, bem sendo assim vamos reparar só este e vamos embora, pois parece que estão a pedir para não saírem á rua, e assim foi, só que em vez de ir parta casa larguei o Victor em Paço de Arcos e por lá fiquei na conversa com os Amigos alguns já munidos do rádio a pilhas para ir ouvindo o que se ia passando, mais tarde foi a romaria até ás Prisões de Caxias onde fiz um turno de cerca de 24 horas até á saída dos Presos Políticos já ao anoitecer do dia seguinte.
Foram dias, meses e anos de esperança de um Pais mais próspero o que de facto sucedeu, o analfabetismo diminuiu drasticamente, a habitação melhorou, os Bairros de barracas desapareceram quase por completo, a Liberdade de expressão é um dado adquirido, as Ex-Colónias são Estados Independentes, enfim foram criadas as condições para sermos felizes.
Mas eis que agora nos vêm dizer que tudo isto foi uma ilusão, que andámos a viver á grande e á Francesa, e agora temos o País na penúria, e temos de voltar ao 24 de Abril, já nos aliviaram dos subsídios de Férias e Natal, para aprender-mos a não ser gastadores, as casas que comprámos a crédito já as começámos a devolver aos Bancos, (estes é que a sabem toda) aqueles que ainda o não fizeram têm á sua espera um tal de I.M.I. que para o ano os vai obrigar a entregá-las ao Fisco pois são insuportáveis os aumentos previstos, vamos ter novamente os célebres bairros de barracas na periferia das nossas Cidades e Vilas para Turista apreciar, a fome já se faz sentir, a Educação vai retroceder pois muitas Famílias não suportam os encargos com ela, então o que nos resta? A Liberdade de expressão!
Por mim, apesar da nuvem negra que paira sobre nós, digo que Valeu a pena.
Obrigado Militares de Abril.
NOTA:
Morreu ontem um Homem que lutou pela Liberdade quando era difícil fazê-lo, foi preso com quinze anos de idade por discordar do poder instituido, esse Homem é Miguel Portas, que descanse em Paz.
Não sei se terei sido contagiado, mas a verdade é que desde há quarenta e oito horas que só penso em flores, penso que será por ouvir falar tanto do Jardim, o da Madeira, pois para mim jardim é sinónimo de flores, e como gosto muito destas, até sonhei com elas esta noite, e não resisti a escrever um pouco soube Botânica, não da praticada pelo Jardim da Ilha, que essa é mais sofisticada, mas praticada por este pobre aprendiz de jardinagem.
Quanto ao Jardim da Ilha, espera-se que os «Jardineiros» que desde ontem andam ás voltas nas estufas da Secretaria de Estado Regional façam um bom serviço, mesmo que isso esteja a causar alguns engulhos ao «mestre jardineiro local» é que estava habituado a tomar conta do jardim sem prestar contas a ninguém e agora aparecem-lhe estes aprendizes a remexer no solo e ainda fazendo grande alarido sujeitos a espantar a caça, então não sabem que um dos segredos duma boa caçada é o silêncio? e parece que estes «caçadores jardineiros» não eram os indicados para este tipo de caça, digo jardinagem, mas adiante, o que eu quero é falar de flores.
Sou um admirador de flores em especial de Orquideas, sejam elas de cultivo ou silvestres, de cultivo tenho algumas espécies, são todas bonitas, não há flores destas que não tenham o seu encanto, ainda têm outras coisas que as distinguem das outras espécies, é a duração da flor, que se não for retirada aguenta três meses sempre bonita, ou o facto das hastes irem rodando durante o dia, e ainda destas crescerem viradas para o solo, é certo que o nosso clima não é o mais apropriado, mas tendo um certo cuidado, dá para manter algumas das espécies que há por aí á venda, depois é fazer o desbaste alguns anos depois e expandir o Jardim.
Quem tiver tempo e paciência, e já agora campos sem serem cultivados (infelizmente é o que há mais por aí) dêem uma volta que agora na Primavera encontram algumas espécies para nos mostrarem nos vossos blogs.
Mas há ainda as silvestres que com um pouco de paciência conseguimos descobrir por esses campos fora, é certo que estão em decadência, mercê dos incêndios, dos herbicidas e também da maneira como são apanhadas, tal como os cogumelos, as Orquideas devem ser cortadas na haste e nunca arrancada a raiz ou «bolbo» se isso acontecer acabou ali, não nasce mais, se pelo contrario lá ficar a raiz no ano seguinte temos nova flor ou cogumelo conforme o caso.
Como diz o ditado; «burro velho não aprende línguas» vem esta citação a propósito de uma consulta que um Cidadão já de idade avançada fez a uma loja de reparação de computadores, juro que não fui eu, embora não ande muito longe dos conhecimentos informáticos deste «camarada», tenho mais sorte porque quando estou com a corda na garganta tenho os Filhos ou Amigos com mais conhecimentos que me dão uma ajuda, mesmo assim tenho passado as «passas do Algarve» com estas traquitanas.
- Daqui é da assistência, posso ajudar?
- Sim, bem…. estou tendo problema com o Word.
- Que tipo de problema?
- Bem, eu estava a escrever e, de repente, todas as palavras desapareceram.
- Desapareceram?
- Elas desapareceram. Nada.
- Nada?
- Está preto. Não aceita nada que eu escreva.
- Você ainda está no Word ou já saiu?
- Como posso saber?
- Você vê o Pronmt C: no monitor?
- O que é isso do Prompt C:?
- Esqueça. Consegue mover o cursor pelo monitor?
- Não há cursor nenhum. Eu já disse, ele não aceita nada que eu escreva.
- O seu monitor tem um indicador de energia?
- O que é o monitor?
- É essa tela que se parece com uma TV. Ele tem uma luzinha que diz quando está
ligado?
- Não sei.
- Bom, olhe atrás do monitor, então veja aonde está ligado o cabo de energia.
Você consegue fazer isso?
- Acho que sim.
- Óptimo. Siga para aonde vai o cabo e diga-me se ele está ligado na tomada.
- Tá sim.
- Atrás do monitor, você reparou que existem dois cabos?
- Não.
- Bom, eles estão aí. Preciso que você olhe e encontre o outro cabo.
- Ok, achei.
- Siga-o e veja se ele está bem conectado na parte traseira do computador.
- Não alcanço!
- Hum. Você consegue ver se está?
- Não.
- Mesmo se você se ajoelhar ou se debruçar sobre ele?
- Ah, não, tá muito escuro aqui!
- Escuro?
- Sim, a luz do escritório tá desligada, e a única luz que eu tenho vem da
janela, lá do outro lado.
- Bom, acenda a luz então!
- Não posso.
- Por que não?
- Porque estamos sem energia.
- Estão… sem energia…?
- Ah! ok, descobrimos o problema agora! Você ainda tem a caixa de papelão e os
manuais que vieram com o seu computador?
- Sim, estão no armário.
- Bom! Então, você desliga o seu sistema, pega em tudo, empacota e leva de
volta para a loja.
- Sério?? O problema é assim tão grave?
- Sim, temo que seja.
- Bom, então tá. E o que eu digo na loja?
- Diga que você é BURRO demais pra ter um computador!!!
Já não é novidade para ninguém a minha aversão a ajuntamentos, tenho-me privado de muitas coisas aparentemente boas por causa disso mesmo, esta mania foi-se refinando ao longo dos anos, também por motivo do isolamento a que me tenho submetido voluntariamente! Nos últimos trinta e cinco anos foi trabalho e casa, nem férias nem cinemas restaurante ou futebol, assim não admira que á trinta anos tenha «escolhido» para viver um local onde só coelhos pássaros e cobras fossem a minha companhia e da Família, mais recentemente a construção alargou horizontes aqui por perto e hoje o isolamento já não é tão grande, apesar de seguir o ditado de «vale mais só que mal acompanhado» o isolamento tem sido mau companheiro, e agora para voltar á normalidade vai ser um caso dos trabalhos.
Hoje mesmo tinha um convite para um churrasco, na companhia de Amigos aqui da zona, eles bem puxaram mas não dá, depois fico aqui no meu canto a remoer-me mas isto é mais forte que eu, não á volta a dar, como disse em resposta ao convite «ando a treinar» já me sento no café, coisa impensável á um ano, portanto estou no bom caminho, para a próxima lá estarei.
Mas não era sobre isto que queria escrever embora vá dar no mesmo, é sobre a chamada evolução que Porto Salvo teve nestes últimos trinta anos, quando para aqui vim, isto era uma Aldeia, rodeada de bonitas searas de trigo, as Pessoas conheciam-se todas, e embora morasse afastado, e não fizesse sala nos cafés, era conhecido por quase toda a Gente muito por causa da minha ligação ao abastecimento de água á Terra, hoje as coisas são diferentes embora a construção se tenha desenvolvido pela periferia e em grande parte ligada aos Escritórios e Empresas com é o caso da Quinta da Fonte, Tagus Parque, e Lagoas Parque, vê-se Gente nova todos os dias, e não fora a crise presente, as coisas cresceriam ainda mais, pois ainda á por aqui alguns terrenos prontos a receberem uma sementeira de tijolos, em vez do trigo que outrora se semeava.
Foi precisamente neste último aglomerado de Escritórios que ontem fui fazer a caminhada, e aquilo é do melhor que há por aqui, os arruamentos feitos com gosto, os lagos, o grande Hotel Lagoas Parque onde a nossa Selecção de Futebol costuma estagiar, tudo está feito para agradar aos olhos do visitante, tem também bons percursos para caminhar, dos três Parques de Escritórios e Serviços que foram construídos aqui na Zona de Porto Salvo este é sem dúvida o mais bem concebido.
Em contraponto temos também o mesmo número de Bairros Sociais que tendo partido duma boa intenção tem criado problemas vários de actos de puro vandalismo dos mais jovens moradores destes Bairros, apesar das noticias mais recentes serem de acalmia.
Quem passar por aqui não esqueça de fazer uma visita a este espaço do Lagoas Parque que é digno de ser visto, quanto a estacionamento é que já não posso garantir que seja fácil, á hora que por lá andei havia muito lugar vago, mas para se aceder a eles á cancelas que só funcionam com dinheiro.
Mas a noticia de hoje é sem duvida o assumido bigamismo do meu Amigo Otelo, quem diria, então o Homem apaixona-se pela sua Carcereira na Prisão de Caxias e atrela-se a ela lá dentro até aqui tudo certo um Homem não é de ferro, mas depois fica com ela depois da soltura? esqueceu-se que já tinha uma cá fora? foi o que foi, isto de um gajo estar preso limpa o cérebro a qualquer um, agora viver com as duas aí a coisa já fia mais fino, um gajo para aturar uma já é um caso dos trabalhos, agora duas? «pular a cerca» não era o primeiro nem seria o último agora morar com uma de Segunda a Quinta e de Sexta a Domingo com a outra, isto é o que vem nas noticias de hoje, e até agora não foi desmentido, á grande Otelo são noticias destas que um «pobre Cidadão» precisa para se animar.
Mas pensando bem o Homem tem razão, veja-se o meu caso, ainda á dois dias me lastimava aqui por causa da minha dificuldade na cozinha, agora que a minha Maria lhe deu um chilique, ora se eu fosse precavido como o Otelo, agora estava safo, com certeza não ia dar o chilique ás duas ao mesmo tempo, talvez venha daqui o ditado que "Homem prevenido vale por dois".
Apesar de eu tentar acompanhar estas coisas com um olhar moderno não posso deixar de lamentar que ele tenha vindo assumir isto, conheço bem a Esposa verdadeira, sei o que ela passou quando ele esteve preso, não o critico (quem sou eu para o fazer) por se ter «apaixonado» por outra, talvez até nem me admire que o tenha assumido agora sabendo eu como ele é «desprendido nas palavras», mas a Verdadeira, a Original não merecia nesta fase da vida ser confrontada pelas Pessoas com esta situação, e até os Filhos conhecendo a situação desde á muito, e os Netos nas Escolas vão também eles ser confrontados pelas Pessoas quando isso podia ter sido evitado, á momentos na vida em que o silêncio é de ouro.
Hoje fui até á Cidade, a «Patrôa» deu-me dispensa visto já ir fazendo a papinha, que é o mais complicado cá para o Rapaz, sempre fui muito melhor a comer que a fazer, e era bom sinal eu não ter de fazer um curso intensivo de como «cozinhar bem e depressa» pois á dias estive mais de meio dia para fazer uma sopa, outra vez deu-me na cabeça de fazer carne guisada com massa e grão, copiei pela Internet os ingredientes e como avançar, a carne quanto mais tempo estava a cozinhar mais dura ficava foi um sufoco, lá tive que me deslocar ao quarto para pedir uma ajuda pois estava a ver que ficava a ver navios, então a «Patrôa» aconselhou-me a fazer uso da panela de pressão, e foi assim a minha salvação, não percebo como há Pessoas que gostam de cozinhar, agora já começo a perceber porque é que as Mulheres passam tanto tempo na cozinha, aquilo é um trabalho que não rende nada.
Fui então fazer a minha caminhada que começou mal, o comboio rápido de Oeiras a Algés não apareceu e o seguinte que pára em todas as estações e por conseguinte na de Paço de Arcos onde eu embarco, vinha cheio como um ovo, ainda fiz uma tentativa para fazer marcha á ré, mas havia uma parede de Gente a impedir que o fizesse e assim lá vou eu encaixotado quase espremido sem poder mexer os olhos tal era o aperto, acabando por sair antes da grande avalanche que seria no Cais do Sodré, fiquei em Santos e daqui caminhei até á Bica, Bairro Alto, Rato Av. Da Liberdade e a Baixa tendo no regresso entrado na Estação do Cais do Sodré já mais desafogada, não sei se continuam em greve, se aquilo está a ser gerido em auto-gestão pelos maquinistas e companhia Lda, sei é que as coisas andam á funcionar muito mal, já para não falar na falta de limpeza em especial as janelas que são um nojo.
Enquanto caminhava fui reparando na porcaria que está transformada esta Lisboa, mercê dos tais «pintores nocturnos» que aqui tenho denunciado, isto é de bradar aos céus, eu que me considero bem informado nunca tive conhecimento que um gajo destes fosse apanhado pelas autoridades, que se passa minha Gente? em que País estamos? tantas Policias, agora ainda mais reforçadas com as Municipais e nenhuma delas consegue deitar a mão a estes sacanas que emporcalham tudo por onde passam, e os nossos «queridos autarcas» não está na hora de tocarem os sinos a rebate e acabar com a palhaçada? há! têm mais que fazer, eu já suspeitava, mete-me nojo continuar a viver num Pais sem rei nem roque, onde a irresponsabilidade é a palavra de ordem, os políticos são uma cambada de medrosos, não pegam os bois pelos cornos e o resultado aí está! vou imigrar sei que não vai ser fácil «arranjar» um País onde as leis sejam cumpridas e os Cidadãos respeitadores, mas vou tentar.
