quarta-feira, 30 de novembro de 2011

«Gigante de Moçambique»

Há dias a propósito ou despropósito já não me lembro de quê, falei aqui sobre o Gigante de Moçambique, e essa referência que fiz, fez-me recuar quarenta e tal anos quando o vi pela primeira e única vez na defunta Feira Popular,  fui fazer uma pesquisa para saber algo mais sobre este Homem.
De seu nome Gabriel Estêvão Mondlane, mais conhecido por Gigante de Manjacaze, por ser natural desta Localidade situada para os lados da Beira, Moçambique, nasceu uma criança normal, mas em virtude de uma queda, começou a crescer desmesuradamente, até chegar á bonita altura de 2.45 metros, ainda em Moçambique começou a ser noticia, e dois manfios não tiveram com meias medidas, agarraram nele e levaram-no para a Beira para ser apreciado pela população, quando já todos o tinham observado, arranjam maneira de o levar até Angola para o mesmo fim, ganharem umas coroas com isso, quando a coisa já não estava render largam o «pobre» do Gabriel á sua sorte e cavaram os dois dali.

Alguém se terá condoído com a situação do Gigante e arranja-lhe viagem de regresso á sua Terra, aqui pára pouco tempo, e é então trazido para Portugal, para ser exibido em feiras circos e outros eventos, foi numa destas «exposições» que o vi na Feira Popular, estava acompanhado do Homem mais pequeno do Mundo, Toninho de Arcozelo, e que não passou dos 70 centímetros, dizia-se então na brincadeira que era a «sorte grande e a aproximação», fazendo um paralelo com a lotaria da Santa Casa, terá casado e tido um Filho, (que me constou habitará em Paço de Arcos).
Mas não era só nas feiras e circos que o nosso Gabriel se mostrava. Por opção dele ou do Regime que vigorava na época, quando o «botas» bateu as mesmas, e foi também ele já na horizontal para exposição no Mosteiro dos Jerónimos, lá estava o Gigante na companhia do Anão, nas despedidas da praxe ao ditador, como se pode ver numa fotografia que serviu de capa a um livro que saiu em Moçambique á poucos anos, do Poeta Português Manuel da Silva Ramos.

Depois de casado ainda terá viajado para fora do Pais, pois foi declarado como o Homem mais alto do Mundo pelo Guiness, e havia curiosidade de o ver noutras paragens, ao que julgo saber terá morado na Vala do Carregado, na companhia da sua Maria e do Filho.
Terá dado uma queda, não sobrevivendo a esta, tinha 46 anos, decorria o ano de 1990, e o mês era Janeiro, na miséria segundo constou.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lisboa

Hoje fui despedir-me do meu Amigo Amílcar, que tem o Café na Rua das Portas de Santo Antão, local onde semanalmente lá ia comer o rissol da ordem acompanhado de um café, dar dois dedos de conversa, e palmilhar uns quantos quilómetros por essa Lisboa, a coisa está a ficar preta para os Comerciantes, e como os Chineses têm «massa» de sobra, lá ficaram com mais esta casa, situada no «coração da Cidade», como dizia o outro: é a vida.

Como quase sempre saí no Cais do Sodré, passei pela Praça da Ribeira, com  uma vénia ao «Arroz Doce» que lá continua a resistir ás crises, sim que este já passou por várias, subi até ao Bairro Alto, atravessando o Bairro da Bica, pela Rua da Bica de Duarte Belo, exactamente onde está o já célebre Elevador da Bica, passei na Rua dos Mouros (afinal o Pinto da Costa tem razão quando nos chama Mouros) do Bairro Alto desci pela Calçada da Glória onde está o outro elevador com o nome da Calçada, subi parte da Av. da Liberdade e fui até ao Conde Redondo, com a firme intenção de visitar o sr. Duarte Lima que lá está á guarda da Judiciaria, e que ao que consta estará a passar um mau momento, queria prestar-lhe a minha solidariedade, pagar-lhe um cafézinho, pois consta que estará com dificuldades económicas, mas esbarrei com a teimosia dos Guardas que não me deixaram entrar, disseram-me que só recebia visitas Vips, e que eu não tinha pinta de Vip, portanto nada feito.

Triste com a nega que tinha levado, lá desci cambisbaixo com destino á Av. Almirante Reis, passei junto ao Hospital Dona Estefania, Rua dos Anjos onde Observei a «Ermida de Nossa Senhora das Dores e de Jesus dos Perdidos», Ermida esta com a bonita idade de 249 anos, pois foi construída nos idos de 1762.
Visitei ainda a Igreja dos Anjos, tenho pena das fotos não serem nada de jeito, pois considero o interior desta Igreja, das mais bonitas que já visitei, mas sem flash e com pouca luz não há milagres
Esta Igreja data de 1910, pois a anterior que existia foi demolida em 1908 quando da construção da Av. D.Amélia hoje Almirante Reis. 

Depois foi o caminho de regresso ao «dr. Cascais» como é conhecido aqui por estas bandas quando alguém se queixa que está mal, manda-se ao «dr. Cascais» que é o comboio de ligação de: Lisboa a esta Terra da Costa do Sol, claro que isto é uma brincadeira pois não se aconselha ninguém a tentar travar um comboio, com o próprio corpo. Antes de chegar ao Cais do Sodré fui então a despedir-me do Proprietário e do Café que visitei nos últimos anos, (a partir de agora deverá transformar-se em mais uam casa dos trezentos) e agora vou ter que arranjar novo poiso, mas tem de ser muito bem escolhido, pois o meu Amigo Filipe fica fora da rota, que é em Campo de Ourique, e tem que ser  próximo do Rossio, mais tarde conto como foi.


domingo, 27 de novembro de 2011

Exposição na Praia de Stº. Amaro de Oeiras

Hoje fui á Praia, exactamente á de Santo Amaro e Oeiras, não porque o dia estivesse a pedir mergulho (coisa que não faço anos) mas porque ontem li e vi no Blog do Amigo Reigosa, uma exposição nessa mesma Praia, e como por norma aos Domingos vou fazer a minha caminhada no Passeio Marítimo entre Paço de Arcos e a Praia da Torre, juntei o útil ao agradável e lá fui Observar que tipo de Exposição por lá estava se é que ainda estava.

Não faço a mais pequena ideia como surgiu esta mostra grandiosa de canas espetadas na areia cada qual com a sua rima escrita num pedaço de plástico branco, e que num placar onde o Porto de Lisboa coloca os avisos sobre banhos e análises da água lá se pode ler »A Força das Palavras» com um nome que quando cheguei casa fui tentar descobrir quem era e a que se dedicava, e fiquei a saber que é um Artista Plástico natural da zona de Castelo Branco de seu nome Edgar Teixeira suponho que será o «pai» da ideia, talvez para deixar a praia mais limpa sabe-se lá, pois as canas e outros lixos há por lá ás carradas.

Concordo que a ideia é boa, deve ter posto varias pessoas a puxar pela cabeça para inventarem as centenas de frases que lá estão, limparam uma parte do areal, á borla, e deixaram mensagens interessantes, de seguida podem e devem seguir para Paço de Arcos onde também tem muita «matéria prima»

Claro que na minha opinião isto já não vai com palavras, mas não se perde nada ir tentando, embora acredito que quem governa seja mouco, ou faz-se o que é muito pior, e de palavras são eles todos graduados, ninguém lhes passa a perna com conversa, o próprio autor deste trabalho reconhece numa das frases que « as palavras estão a perder força », mas vamos dar-lhe uso enquanto pudermos.


Hoje mesmo foi aprovado pela UNESCO, «Fado como Património Imaterial da Humanidade», pelo que deixo aqui alguns Fados para assinalar o acontecimento, a minha escolha recai sobre Fados de Fadistas já desaparecidos, que representam muito bem os actuais.

sábado, 26 de novembro de 2011

Crise á Medida

Muito se tem falado na crise, esta está a servir como ginjas para nos irem ao bolso, tudo o que nos vão sacando, trás o selo da crise, no Governo anterior, mais suavemente mas sempre tirando, neste mais á bruta, sacando, e o Zé cada vez mais á rasca, que o dinheiro está pela hora da morte, as desculpas são diferentes conforme se está na oposição ou no Governo, enquanto os que agora Governam? dizia á uns meses que todos os males eram do Sócrates, agora no Governo dizem-nos que a doença vem de fora, já não há pachorra para estes vira casacas., pois o resultado é sempre o mesmo, paga Zé e não bufas.

Há uma coisa em que todos são unânimes, estamos a viver acima das nossas posses, e portanto vamos ter que nivelar a coisa por baixo, tiram-nos os subsídios de Natal e Férias, mas a resposta é que nos outros Países também só pagam doze meses, ora  bem, cá por mim não me importo que de futuro me paguem em doze prestações, e para isso mostro aqui o que alguns Países do nosso «clube» pagam como ordenado mínimo aos seus Cidadãos, por mim e se não se importam escolho o ordenado minimo da Suiça, e podem pagar só as doze prestações, que eu não levo a mal.


Ou em alternativa, sugeria que o Sr. Presidente da Republica abdicasse de meia dúzia de assessores, e consultores, mais umas tantas mordomias, que com certeza ele não se importará, pois ultimamente tem andado muito preocupado com os mais desfavorecidos, e sempre sobravam uns tostões para a Rapaziada.

A bem da Nação.


45 mil são os euros por dia para a Presidência da República, nas contas do Palácio de Belém.
Assim descobriu o DN que a Presidência da República custa 16 milhões de euros por ano (163 vezes mais do que custava Ramalho Eanes), ou seja, 1,5 euros a cada português (uma bagatela para os tempos que correm!). Dinheiro que, para além de pagar o modesto (digo bem!) salário de Cavaco, sustenta ainda os seus 12 assessores e 24 consultores, bem como o restante pessoal que garante o funcionamento da Presidência da República. A juntar a estas despesas, há ainda cerca de um milhão de euros de dinheiro dos contribuentes que todos os anos serve para pagar pensões e benefícios aos antigos presidentes (o que não tá mal).






quinta-feira, 24 de novembro de 2011

O Computador já mexe

Finalmente há fumo branco por aqui, foi descoberta a armadilha que eu próprio montei aqui no computador, o descobridor foi o meu Amigo Virtudes, que aqui veio desvendar este imbróglio que me andava a dar cabo dos miolos á cerca de duas semanas.
Eu conto rapidamente o que se passou: um destes dias reparei que tinha no «ambiente de trabalho» dois atalhos do Internet Explorer, considerei que um estava a mais e como eram  iguais na aparência mandei um para o caixote do lixo, entretanto começaram as dificuldades mas pensei que seria a linha telefónica que com a ventania que ouve estaria periclitante, os dias foram passando e com as diversas experiências que fui fazendo mas nada resolvia o problema, e cada dia ficava mais apreensivo.

Hoje veio então cá o Virtudes que nasceu para as novas tecnologias e fui-lhe explicando os problemas que ia tendo, passados poucos minutos diz-me que já sabia qual era o problema, e ficava resolvido num instante, e aparentemente assim aconteceu, o que se passou é que os dois atalhos que eu tinha no «ambiente de trabalho» embora de aparência igual, um deles era  Internet 64 bits e ou outro 32 bits, o que deitei fora foi o de 32 que é o apropriado para o blog, agora com este ultimo a coisa trabalha que nem um relógio a pilhas, como se prova mais uma vez cá o Rapaz não nasceu para computadores, e já é tarde para lá chegar, vamos ver qual a próxima asneira que vou fazer, depois conto como foi.

Contada mais esta odisseia trago hoje aqui uns desenhos dos meus descendentes Filho e Neto, que ao contrário do Pai e Avô parece terem algum jeito de mãos, embora eu seja um leigo na matéria parece-me que há aqui futuro nestes dois pintores ou desenhadores não sei bem como os ei-de classificar, em especial o Neto que com a pouca idade que tem se tiver paciência e vontade poderá ter aqui um hobby com possibilidade de aproveitar para tirar um curso ligado a esta área, e assim juntar o útil ao agradável, que é no fim de contas poder ter um trabalho daqueles que se gosta, o que não é muito fácil nos dias que correm.

O Filho sempre teve mão para o desenho, lembro-me que foi diversos anos convidado para pinturas colectivas que todos os anos faziam  no Metro em Lisboa, isto quando ainda andava na Escola, depois fartou-se desta e começou a trabalhar aos quatorze anos, veio o casamento e logo de seguida os Filhos, e só há pouco tempo pelo que me apercebi voltou a pintar, pelo pouco que percebo da poda, julgo que não se saiu mal, quer é continuação.

 Não sigam o meu exemplo que em tudo o que mexo estrago, quando pinto a casa vai mais tinta para o chão que para as paredes, nos computadores está visto do que sou capaz, se me voltar para trabalhar no carro, acontece como no Domingo passado, para desmontar as pastilhas em vez de as tirar, saíram foi os discos, muitos mais exemplos podia aqui dar da minha habilidade com as mãos mas ficava envergonhado, e fico por aqui.

As  primeiras quatro  pinturas são do Filho as restantes do Neto, estas ultimas são muito parecidas com as que costumo ver por aí nos muros e paredes indiscriminadamente, espero que não vás seguir esses exemplos quando começares a sair á noite, se o fizeres tens-me á perna, vou andar-te a vigiar, ou arranjo um detective particular para te seguir, se tiveres com muita  vontade de experimentar em paredes  pinta o meu  quarto, que vai ficar catita, e ainda te pago o almoço, e o lanche, e se te portares bem, ainda o jantar.
Espero do Amigo entendido na matéria e ao qual «roubei» o titulo para este blog, que  me diga o que acha destas pinturas e se os Rapazes têm futuro na Arte.



quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Lisboa entregue á bicharada

Todos sabemos que há dias em que não se pode sair de casa, cá por mim tenho fases, nos últimos dias logo que ponho um pé fora de casa só vejo desgraças, se estou em casa são as televisões e a Internet os mensageiros da desgraça, que me deixam á beira dum ataque de nervos, na rua são os serviços públicos que me põem a falar sozinho, já não sei onde me recolher, talvez num Convento, mas estou em crer que não me iriam aceitar, ás duas por três começava a espingardar com os Frades e era expulso da Ordem, mas sempre era uma coisa abençoada.

Mas vamos ao dia de hoje, a coisa começou mal mesmo antes de sair de casa, quando me deito a pensar que no dia seguinte tenho um compromisso seja ele qual for, é certo que não vou dormir nada de jeito, como tinha intenção de hoje ir dar uma volta por Lisboa, lembrei-me de colocar o telemóvel a despertar para as seis e meia  para ver se dormia qualquer coisa, não surtiu grande resultado e quando o gajo tocou a alvorada, saltei da cama, preparei-me e desembarquei na cozinha para tomar o pequeno almoço, quando olho para o  relógio que lá está pendurado numa parede, eram cinco e meia, claro não tinha ainda mudado a hora no telemovel, então os gajos que fazem estes aparelhos não preparam a coisa para mudar automaticamente a hora? tratei de mim e do cão, e por ali estive a fazer horas, a «encher chouriços como se diz na gíria» para ir até á Cidade, o que aconteceu.

Fui fazer a caminhada junto ao Rio até Alfama, e daqui até ao Miradouro de Santa Luzia para ver o nascer do Sol, mas havia nuvens e não deu, daqui subi até ao Castelo que estava fechado, pudera eram sete e meia, contornei então este Monumento, para no fim de contas ver aquilo que de inicio disse, estas coisas mexem comigo, não há volta a dar, o pavimento onde passam as Crianças a pé, sim nem todas vão de carro, (embora o barco para ali fosse o melhor transporte) era um lago de água e lama, (estou em crer que já escrevi sobre isto em tempos mas não tenho a certeza)  nós de facto vivemos no terceiro Mundo, já nem os Turistas fazem com que os «nossos» Autarcas se envergonhem do estado lastimável com que os presenteiam, depois dizem que querem turismo, para isto? vão dar banho ao cão.

Depois de ver isto confesso que fiquei enjoado, pois já antes tinha passado junto ao portão principal do Castelo e fotografado outra obra de arte, para electrificarem um candeeiro com traça antiga fizeram o buraco para a caixa de ligação electrica deste, em cima do nome da rua, que neste caso é um Beco, e não ouve a preocupação de apagar parte do escrito anterior, depois passei pelo Largo da Graça, e Observei um mamarracho com uma altura descomunal ao lado dos outros que não chegam á sua «cintura», fez-me lembrar o Gigante de Moçambique de seu nome Gabriel Manjacaze, que casou por cá  com uma Mulher que tinha metade da sua altura, foi isto que me veio á cabeça ao ver este mamarracho.

Subi ainda ao Miradouro da Senhora do Monte, mas hoje não era o meu dia, estava emparedado com uam vedação, para obras num muro que nada tem a ver nem com a Capela nem com o Miradouro quando podiam ter deixado um espaço junto ao muro para se poder desfrutar a paisagem, mas isto sou eu a sonhar é pedir demasiado a gente sem cabeça, ou melhor sem miolos.
Como já estava farto de esbarrar com coisas que me deixavam piurso, recolhi-me á Igreja, ou melhor Igrejas, a primeira ainda junto ao Castelo, a segunda junto ao Largo Camões, e de seguida fui dar uma abraço ao Camarada Fernando Pessoa que estava li ao lado muito solitário, e regressei a casa.