quinta-feira, 31 de maio de 2012

Educação e Cidadania

Ultimamente as minhas caminhadas têm sido por locais mais planos que o habitual, para ver se o esqueleto vai ao sitio, e assim contra ao que é normal, (por norma só vou caminhar para Oeiras e arredores ao fim de semana por causa do trânsito) hoje a meta foi colocada junto a um dos meus antigos locais de trabalho a Central de Santo Amaro, junto á Praia com o mesmo nome, segui pelo interior até Carcavelos, e logo aqui deparei com uma situação daquelas que põem os (poucos) cabelos dum Homem em pé, junto á Estação da C.P. do lado do Mar, foi feita uma passagem subterrânea (e bem) para o lado Norte, acontece que mais uma vez se esqueceram de deixar espaço para os Peões que circulam na estrada que vem para o recinto da Feira e vice versa, e um Caminhante passa por ali e leva com um carro em cima, veja-se pela foto o espaço disponível entre a Passagem Subterrânea e a Estrada, o gajo que planeou aquilo não passa lá a pé de certeza.

Desci toda a Avenida desde a Estação até á Praia, onde "Observei" o Hospital Ortopédico Dr. José de Almeida ao abandono, o mato já alcança as janelas do rés-do-chão mais um que vai dar lugar a uma construção de luxo, é estranho ou talvez não, que não se aproveitem instalações onde se gastaram rios de dinheiro para as modernizar, mas eles lá sabem, e nós lá vamos pagando. Entrei no passeio Marítimo no seu inicio em Carcavelos, e reparo que a passagem subterrânea para Peões que está em obras há séculos continua a meia nau, ou nem isso, sem espaço, sem iluminação em suma sem condições para receber os Milhares de Banhistas que diariamente ali necessitam de atravessar para irem a banhos, mas Roma e Pavia não se fizeram num dia, e aquilo ainda vai.

Depois ainda vi aquilo que num qualquer Pais civilizado era impensável,  damas e cavalheiros passeando os seus lulus na Praia, largando a bosta aqui e ali para os Banhistas pisarem, devem ser os mesmos e as mesmas que fizeram um grande alarido quando o actual Governo falou em proibir fumar dentro dos automóveis quando transportam crianças, esta gente devia ser obrigada a colocar os quatros membros no chão, talvez assim aprendessem a respeitar o semelhante, mas isto do desrespeito está de tal maneira impregnado em nós, que não vamos lá com salamaleques.

Depois ainda "Observei" mais uns e umas dos que atrás referi, numa altura em que o trânsito na Estrada Marginal abrandava nos semáforos junto ao Forte de São Julião da Barra, lá vinham os espertalhões e espertalhonas a atalhar caminho pelo parque de estacionamento da Praia, para assim passarem á frente daqueles que ordeira-mente vão na Estrada Marginal cumprindo as regras, isto não é novo, e continuo a espantar-me não ver Policia, então esta gente não tem que ser ensinada (multada) já que parece que não aprenderam ainda a viver em Sociedade? lá estão placas bem visíveis: "proibido o trânsito excepto para limpeza e manutenção do espaço".
Viva a rebaldaria, abaixo a ética e a disciplina, com gente desta vamos longe. Sou um inadaptado, não vou nunca conseguir lidar com gente desta estirpe, fazem-me brotoeja, e dão-me náuseas.





terça-feira, 29 de maio de 2012

Lisboa, Hoje

A ferrugem está-me a atacar em força, a coluna está querer descanso, e eu a contraria-la e quero é andar a pé, estou convencido que a gaja vai vencer esta batalha, já há muito que me anda a chatear, mas era  por fases, vinha e desaparecia como por encanto, agora decidiu assentar arrais por aqui e não me larga, andar a direito ou a descer vai menos mal mas a subir já custa um bocado, e assim hoje na minha caminhada por Lisboa tive que escolher um percurso menos sinuoso que o habitual, embora seja difícil na Cidade das sete Colinas arranjar terreno plano.

Mas a viagem começou antes de Lisboa, parti de Vila Fria, «agarrei» o dr. Cascais (comboio) em Paço de Arcos, e logo na estação seguinte (Caxias) entraram dois manfios em que o aspecto já dizia muito, colocam-se na plataforma junto á porta, e desatam a falar alto primeiro, a berrar a seguir, e por fim música? daquela de abanar o capacete, os lugares sentados iam praticamente todos preenchidos, portanto o comboio praticamente lotado, sinal que ainda há Pessoas que têm trabalho, pois para passear àquela hora (sete e um quarto) só malucos como eu.

As Pessoas olhavam com ar de reprovação, mas ninguém intervém, eu embora com lugar sentado avanço para a plataforma seguinte, porque já começava a deitar fumo pelas orelhas e ás vezes esqueço-me que já sou sexagenário, pois é somos um Povo pacífico demais, nestas alturas lembro-me sempre do meu Amigo Penedo, que quando apanhávamos biscates destes tínhamos de pôr ordem na casa, ou mais remotamente quando estava nos Fuzileiros, nas nossas «visitas pelos locais do crime» era uma limpeza, agora parece que anda tudo anestesiado, podem ca...-lhes em cima que ninguém se mexe, saí em Santos quando o destino era o Cais do Sodré, antes que pegasse fogo.

Segui pela Av. D. Carlos e virei pela rua do Poço dos Negros, mais um barrete, não encontrei poço nenhum, e negros ví um a uma janela, mas que até me pareceu que seria queimado do Sol, e não os Negros a que erradamente se refere a Rua, subi a Calçada do Combro embrenhei-me no Bairro Alto pela rua da Atalaia, passei junto ao Arroz Doce, pela Jardim de São Pedro de Alcântara, e "Observei" uma Estátua vandalizada, subi mais um pouco e fiz a agulha para a Baixa em frente ao Jardim do Príncipe Real, desci então uma escadaria que me levou ao Chafariz do Vinho, outra mentira, aquilo é água, ainda provei para tirar duvidas e posso afirmar que não há lá Vinho nenhum.

Mais uns passos e estou no Praça da Alegria, e posso também garantir que é barrete, só por lá vi tristezas, alegria só vi num gajo que já estava agarrado a uma litrosa de cerveja, estava a rir para a garrafa sinal evidente de «alegria»..
Aqui no Jardim há uma Estátua do Autor do nosso Hino, Alfredo Keil de seu nome, pois bem, também esta Estátua está vandalizada, já não são só as paredes das nossas casas e Monumentos que estes sacanas andam a destruir, agora chegaram ás Estátuas, onde pára a Policia?
Estamos bem entregues, quando regressei, na carruagem em que vim, e noutras da mesma composição, todos os vidros estavam borrados com tintas, um Gajo vai lá dentro e não vê nada cá para fora, mais uam vez se pergunta onde param as Policias? a C.P. tem a sua própria Policia, mas  pelos vistos só actua quando alguém não tem bilhete, não é srs, da C.P.? quem paga é o Zé, que se lixem as pinturas, e se querem ver cá para fora, vão a pé.

Não posso terminar sem dar conta da História do  Poço dos Negros, o nome Negros virá da cor dos hábitos dos Frades que no tempo do Rei D. Manuel I habitavam no Convento de S. Bento, (hoje Parlamento).
E o Poço terá mesmo existido em local dessa Rua, e que terá servido para lá sepultar os Escravos em ocasiões de epidemias, pois antes disso muitos seriam  lançados ao Tejo.
E já agora o Chafariz do Vinho, de facto parece que no seu interior (que outrora fez parte do Aqueduto das Águas Livres) existe um Restaurante embora só aberto no Verão, e onde se bebe bom vinho, o seu a seu dono.






domingo, 27 de maio de 2012

Coversa da Treta - Será?

Fui então corrido de Porto Salvo pelo ruído da festa do cavalo na Sexta Feira, fiz nesse dia a minha caminhada aqui próximo, almocei e a seguir arranquei com a Patroa para Vila Verde ela já não  ia lá á muito por motivo de doença, mas desta lá fomos os dois.
Depois de dar uma limpeza á casa, sim que a coisa agora está preta, tenho que alinhar e é se quero as coisas limpas, a Maria ainda está em baixo e assim sai-me na rifa as limpezas da casa, e a seguir fui desafiar o Vicente para uma caminhada, ora já tinha feito mais de quatro quilómetros de manhã e ele fresco como uma alface, lá fomos subir a Serra Galega até á defunta prospecção do petróleo,  foram mais oito quilómetros, e desta vez cheguei mais morto que vivo, não me meto noutra, uma caminhada por dia sim, duas é demais para um pobre ancião, normalmente brinco com o cansaço, mas desta vez estoirei mesmo.

Ainda ouve direito a uma apanha rápida de cerejas, não fosse o dono chegar, "Observámos" o local da prospecção de petróleo, lá continua um lago desprotegido á espera que alguém lá se afogue, alguns tanques para combustivel, sinal que a esperança de encontrar ouro negro ainda não morreu, descemos a Serra no sentido de Lapaduços e Casais da Fonte Pipa, e aqui "Observámos" que as nossas conhecidas banheiras não servem só para tomar-mos banho., também dão lindas alfaces como se pode observar na foto.

Há Noite ainda assisti á passagem da Procissão das velas na minha rua, que fotografei.
Ontem não tive companhia para a caminhada mas eram sete da matina e já andava na encosta dos moinhos para não refecer, mas desta arrefeci mesmo, a temperatura não devia ser superior a meia dúzia de graus, hoje vim até Porto Salvo a festa durou todo o dia, mas neste momento nove da noite já tudo terminou, até para Julho altura em que vão correr novamente comigo nas festas da Terra.

Mudando de assunto, ontem escrevi sobre os acepipes dos nossos parlamentares, e hoje continuo pi-urso por não ler ou ouvir uma palavra sobre esta para mim ignóbil maneira de andar na politica, é que ainda sou dos que deixo a chave no carro e a porta de casa aberta quando saio, sei que nos tempos que correm é suicida mas que ei-de fazer acredito no Pai Natal e não há nada a fazer, e como a noticia saiu num Jornal de grande circulação, fiquei á espera de alguma reacção, nem que fossem os outros órgãos de Informação a pegar na deixa, mas nada, isto não incomodou ninguém, é assim mesmo eu é que sou esquisito, talvez até com inveja de não meter pela goela abaixo uma perdiz, lebre ou outra iguaria, é isso o gajo é invejoso, mas como gosto de ir ao fundo das questões, peguei na coisa e fui investigar quem é que vai á «sopa do Sidónio» na Assembleia da Republica? e descobri então porque ninguém se manifestou, vejam a lista dos sortudos que têm direito a ir ao tacho:


Regulamento de Acesso ao Serviço de Refeitório da
Assembleia da República


A Assembleia da República dispõe de um serviço de restauração, para todos os efeitos

denominado “refeitório”, sito nas instalações do Palácio de São Bento.

II

O refeitório referido no número anterior fornece almoços todos os dias úteis.

III

Têm acesso aos serviços do refeitório as seguintes pessoas:

a) Deputados;

b) Funcionários e agentes parlamentares e funcionários parlamentares aposentados;

c) Pessoal dos Gabinetes do Presidente, Vice‐Presidentes, Secretários da Mesa e

Secretário‐Geral;

d) Pessoal da dotação dos grupos parlamentares;

e) Cônjuges e filhos das pessoas referidas nas alíneas anteriores;

f) Pessoal requisitado e contratado nos serviços da Assembleia da República;

g) Pessoal que presta assessoria de forma transitória nos grupos parlamentares e nas

comissões;

h) Convidados das pessoas referidas nas alíneas a) a d), desde que acompanhados

destes, com o limite de dois convidados por utente;

i) Membros e funcionários dos órgãos autónomos que funcionem junto da Assembleia

da República;

j) Pessoal que presta serviço na residência oficial do Primeiro‐Ministro e no Gabinete

do membro do Governo responsável pelos assuntos parlamentares, abrangido pelo

acordo entre a Assembleia da República e os serviços sociais da Presidência do

Conselho de Ministros;

k) Pessoal da Guarda Nacional Republicana que presta serviço na sala de segurança e

no parque de estacionamento subterrâneo e pessoal da Polícia de Segurança Pública

que presta serviço na esquadra da Assembleia da República;

) Pessoal da agência da Caixa Geral de Depósitos e dos CTT;    (Também?)

m) Jornalistas acreditados na Assembleia da República;     (também? então é por isso que estão tão caladinhos?)

n) Outras pessoas expressamente autorizadas pelo Secretário‐Geral da Assembleia da

República. (que pessoas?)

PREÇOS.........


Os preços de venda das refeições são fixados anualmente e para o presente ano são os que se

seguem:

1. Funcionários e agentes parlamentares e funcionários parlamentares aposentados, pessoal

dos Gabinetes e da dotação dos Grupos Parlamentares e ainda requisitado e contratado que

na Assembleia da República preste serviço – 3,80 €;

2. Pessoal da GNR que presta serviço na Sala de Segurança e no parque de estacionamento

subterrâneo e pessoal da PSP que presta serviço na esquadra da Assembleia da República –

4,00 €;

3. Deputados e pessoal que presta assessoria transitoriamente aos Grupos Parlamentares –

4,90 €;

4. Filhos dos Deputados e do pessoal referido no n.º 1 que tenham direito ao subsídio familiar,

respectivamente – 2,40 € e 2,05 €;

5. Filhos dos Deputados e do pessoal referido no n.º 1 sem direito ao subsídio familiar,

respectivamente – 4,90 € e € 4,10 €;

6. Restantes utentes ‐ 6,50 €.

São precisas mais palavras? as listas de sortudos e os preços praticados explica o silêncio, só uma pergunta aos faxinas, também posso lá ir?
Hoje não vou citar Pinheiro de Azevedo, as palavras são  minhas, estes sacanas precisam de uma vassourada, desde já me ofereço para comprar meia dúzia de vassouras, e utilizar pelo menos uma delas.

sábado, 26 de maio de 2012

Viva o Luxo

Hoje estava destinado a fazer uma folga no que ao blog diz respeito, pois não tenho as condições de acesso á Internet com a qualidade desejável, mas estou indignado com uma noticia que um Amigo hoje de manhã me mostrou, que vinha ontem no Correio da Manhã, e embora tenha passado uma vista de olhos por esse Jornal, a tal noticia passou-me ao lado, a vista cansada tem destas coisas, e assim mesmo coxo de Internet não posso deixar passar em claro aquilo que me tirou do sério.
Então do que trata essa notícia que me indignou? a "Ementa dos nossos deputados" mas então essa gente esforçada não tem direito a comer? pois tem, só que com um menu desta qualidade até fiquei um bocado enjoado, não sei se foi da perdiz que me caiu mal, se terá sido a lebre ou ainda o vinho verde que me terá caído na fraqueza?
Mas então estes sem vergonha andam a sacar-me os meus ricos subsídios para os quais descontei uma vida para estes se atafulharem destas iguarias? então o Zé está de tanga porque nos dizem que há crise, e os meninos andam de má boca, e só lá vão com estes acepipes? então uma sopinha e uma sandes que é o menu de muitos Portugueses que trabalham não lhes agrada? são de má boca os/as representantes do Povo! coitados/as.

Estou realmente enojado com estes marmanjos que andam a gozar connosco á anos de mais, estes sacanas não têm vergonha na cara e vão-nos continuar a gozar até que sejam corridos a pontapé, isto já não é correr com eles no voto, estes gajos/as têm de ser corridos doutra maneira, por mim era a pontapé no traseiro, mas se alguém tiver melhor solução que  a apresente que já estou por tudo, assino por baixo seja qual for o método da «corrida» não podemos continuar a ser achincalhados por esta cambada sem vergonha, hoje mesmo tem inicio mais um peditório para o Banco Alimentar contra a fome, e esta gente tem o descaramento de fazer exigências destas? hoje dei uma volta pelos jornais á espera que algum deputado se demarcasse desta afronta, mas nicles, nenhum se insurgiu com a luxuria, estão então todos de acordo não é sr.s deputados? como o trabalho é puxado têm que se alimentar bem, nem Louçã nem Jerónimo se sentem indignados? pois bem, dos outros já sei o que esperar pois são eles que têm a chave da despensa, mas vocês sempre tão defensores dos mais desfavorecidos, e agora que foi tornada Pública a vossa ementa de luxo não nos dizem nada? há! estão todos no mesmo barco, e têm que aproveitar a boleia não é?
Se eu fosse o Pinheiro de Azevedo mandava-os todos bardamerda, mas como não sou fico-me pela citação da frase, até! e que lhes dê uma valente caganeira pós-banquete, são os meus votos sinceros.


Menu de luxo na Assembleia da República
Perdiz, porco preto alimentado a bolota e lebre são alguns dos produtos exigidos pelo Caderno de Encargos do concurso público para fornecer refeições e explorar as cafetarias do Parlamento.
·          Das exigências para a confecção das ementas de deputados e funcionários constam ainda pratos com bacalhau do Atlântico, pombo torcaz e rola, de acordo com o documento a que o CM teve ontem acesso. O café a fornecer deverá ser de "1ª qualidade" e os candidatos ao concurso têm ainda de oferecer quatro opções de whisky de 20 anos e oito de licores. No vinho, são exigidas 12 variedades de Verde e 15 de tintos alentejanos e do Douro.
É também especificado que o mesmo prato não deve ser repetido num prazo de duas semanas. O Caderno de Encargos do concurso, que termina em Junho, estabelece que a qualidade dos produtos vale 50%, o preço 30% e a manutenção 20%.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Festa é Festa

Há cerca de dois anos quando me iniciei nesta coisa dos blogs, escrevi e mostrei umas fotos dum prédio que tinha sido iniciado há muitos anos, chegou a determinado momento parou a sua construção, adivinhava-se já nessa altura que iria sair dali coisa que se visse, a sua localização privilegiada junto ao Centro Comercial Oeiras Parque, e a própria estrutura visível indicava coisa nunca vista por aqui, mas a coisa não andava nem desandava, era um nado morto que ali estava, claro que lhe chamei mamarracho, não só pelo seu volume que já se adivinhava, (isto se as obras arrancassem) como pelo sentido estético pois junto a vivendas de primeiro andar colocarem um mastodonte com cinquenta não jogava a bota com a  perdigota.

Isso era o que eu pensava á dois anos, agora que as obras recomeçaram e quase terminaram e o gajo resolveu subir por aí acima, confesso que comecei a gostar dele, é que o camarada é avistado de todo o lado, para qualquer lado que me vire, lá está o gajo a  olhar para mim, parece aqueles e aquelas que se embonecram todos/as só para dar nas vistas, podem não ter um tostão furado no bolso, mas com um fatinho daqueles que até brilham, sapatinho com a tromba a terminar em bico, ou  saltos altos que até parece que vão cair mas não caem, até dá gosto ver, e o prédio é assim mesmo, pode nunca chegar a ser utilizado, pois a crise veio para ficar e as rendas ali vão ser pela hora da morte, mas o que interessa é que o gajo ali está, firme e hirto parecendo que nos desafia lá do alto dos seus muitos metros, quando passo por lá nas minhas caminhadas até parece que o oiço: estás a ver? chamaste-me nomes e agora aqui estou eu a cag.....-me para ti e para quem falou mal de mim.

Deixa-o estar que quanto mais alto está, maior é a queda, vou fingir que não é nada comigo e seguir o meu caminho.
Mudando de assunto vou cavar daqui, pois hoje começa  a feira do cavalo cá em Porto Salvo, não que não goste destes nobres animais, é mais com os que montam neles que embora não pareça, ás vezes têm menos miolos que as próprias cavalgadoras, e para não fugir á regra este ano o programa da feira indica que ás 24 horas de Sexta Feira e Sábado tem inicio as Cavalhadas, Provas de Perícia e Garraiada, agora digam-me lá se não é um bom horário para os «indígenas» que por aqui habitam? ou será que os organizadores julgarão que todos os que por aqui moram têm de gramar festas fora de horas? quando chegará a este País o cumprimento da lei do ruído?
Fiquem bem e divirtam-se.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Olha o Passarão

Nos últimos dias não se tem falado noutra coisa, Relvas (o ministro da propaganda) ameaçou uma Jornalista do Jornal Público que o Governo faria um boicote ao Jornal, e se a menina (a Jornalista) não se abstivesse de escrever sobre as suas mensagens com o ex-espião Silva Carvalho, ainda lhe faria a vida negra divulgando coisas da sua vida pessoal, e esta hein?
Embora tenha no seu nome Miranda, fui pedir informação detalhada sobre o seu parentesco com a minha Pessoa ao espião Carvalho e este informou-me que nada tem de familiar comigo, apenas apelidos semelhantes, ainda bem.

Não sou grande adepto do jornalismo que se pratica por cá, desconheço se os Jornalistas que o praticam actuam por conta própria ou se serão a «voz do dono» quer dizer dos chefes, mas especialmente aqueles/as repórteres que aparecem de microfone em punho em tudo porque são más noticias ou desgraças, fazem-me brotoeja, mas daqui a ameaçar contar factos da vida pessoal dum Jornalista! ainda mais por um cavalheiro que ocupa o 2º ou 1º não sei bem lugar no actual governo, vai uma grande distância,  e ainda pior quando o «artista» ameaçador tem a tarimba deste Relvas, é que o homem já anda de tacho em tacho, quero dizer de lugar em lugar há mais de vinte e cinco anos, tirou portanto o tirocinio  há muito.

As histórias com este senhor são muitas, mesmo antes de ir para este governo (já tinha estado noutro antes) circulavam E-mail contando as mais diversas historias sobre ele, e cada uma mais «cabeluda» que a anterior, mas enfim entrou e logo com a pasta da Comunicação Social, para melhor a poder controlar, ou melhor calar quando as coisas não são do agrado do governo, já não bastava as histórias dos E-mail que o ex-espião lhe enviava pedindo-lhe para nomear este e aquele amigo, mais o caso do motorista que foi desenterrar não se sabe onde para ir ganhar uma verdadeira fortuna, agora mais esta, então porque espera o sr. Passos para lhe dar um pontapé no traseiro? ou está á espera que a  onda passe? Como tudo se esquece neste Pais, é nisso que está a jogar? se assim é fica muito mal no retrato aliás isso já acontecia, mesmo antes deste caso, o melhor é irem os dois á vida, não acha? e já agora não se esqueça de levar consigo os restantes membros do governo que nos estão a pôr a pão e água, todos não, deixe ficar a Ministra Cristas porque tem que alugar as terras para a agricultura de regadio, e plantar os pepinos para a salada que irá acompanhar a sardinhada que se aproxima.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Caminhada e Parabéns

Ontem fui á Terra, dormi lá e hoje de manhã parti para mais uma caminhada com o Vicente por esses montes e vales, a partida como de costume foi dada pelo Victor do "Cafezada" ás oito em ponto logo que abastecemos de combustível para a viagem.
O destino foi pela estrada que dá acesso á Serra de Montejunto, chegá-dos ao cruzamento dos Casais do Chorão fizemos a agulha direitos aqui, só lá fui uma vez e pela conversa que estabelecemos com um Morador local isto terá acontecido á 54 anos, a data foi estabelecida por ele, pois um acontecimento macabro aconteceu nesse dia pelo que as Pessoas com mais idade, embora possam não saber o ano que aconteceu, recordam o facto, mas este Morador tem a certeza do ano.

Já agora conto, tinha então eu 11 anos e passei aqui a esta pequena Povoação com a minha Mãe e uma Prima ( que3 morava aqui próximo) e que tinha aqui uma propriedade agrícola, ainda era de noite qaundo aqui chegámos íamos apanhar feijão seco, e com o calor as vagens do feijão abrem e lá se vai o dito para o chão, por isso aproveita-se algum dia nublado, húmido ou na sua falta de madrugada qaundo ainda estava fresco, nessa altura andavam a abrir a estrada que liga ao Montejunto, uma grande máquina aí andou bastante tempo, o seu manobrador que estava hospedado em Vila Verde era de longe, e raramente ia a casa ver a  Mulher e Filho, nesse dia vieram eles visita-lo, o Homem para poder estar mais algumas horas com a Família andou de noite a trabalhar sozinho com a máquina, alguma coisa terá acontecido e caiu, ficou debaixo do monstro tendo tido morte imediata, quando a  família chegou encontrou um cadáver.

Eu e a  minha Mãe tínhamos passado junto á tal máquina mas como era de noite não vimos nada de anormal, só no regresso é que ao avistarmos muitas Pessoas junto ao mastodonte soubemos o que tinha acontecido, hoje recordámos esse triste acontecimento.
Depois desta conversa com este Amigo que também foi meu companheiro de trabalho agrícola para o nosso vizinho Francês como bem recordou, e após tirar algumas fotos uma  das quais não gostava de ter tirado, e que aqui deixo á consideração do Sr. Presidente da Junta de Freguesia, um banco corrido com  o logótipo da Junta, em frente a uma casa abandonada, o banco atafulhado de ervas e a pedir uma pintura, vá lá Sr. Presidente, se os Moradores acharem que não é necessário mande retirá-lo, se ainda dá jeito, meio quilo de tinta um pouco de diluente e uma trincha, se não houver pintor eu próprio me disponibilizo para o fazer.

Perguntámos ao tal Amigo que atrás referi se o caminho que se via tinha saída, ele disse que sim e seguimos então com destino á Portela do Sol, pelo caminho ainda deu para apanhar e comer umas nêsperas, (pela imagem que captei o Vicente ainda colocou algumas no bornal) que apanhámos numa das casas abandonadas que encontrámos, aqui tenho que lamentar este abandono, neste caso embora já reste pouco mais que ruínas, dá para ver que foi uma grande casa, outras que vimos embora de menor dimensão terão alojado Pessoas que se dedicavam á agricultura ou pastoreio, e agora resta terreno ao abandono, é certo que não são terrenos convidativos á entrada de máquinas para o seu cultivo, devido aos grandes declives do local, mas não é menos verdade que ainda não á muito tudo era cultivado,  com  o isco da C.E,E, mais os subsídios para isto e para aquilo, deu no buraco em que estamos metidos, e daqui não vamos sair nem que a vaca tussa.

Por fim chegámos a Vila Verde com mais de oito quilómetros nas canetas, encontrámos o Marques com quem mantivemos um diálogo de alguns minutos, ainda fomos ver as obras da nova Escola, que finalmente arrancaram a semana passada mas ainda nas terraplanagens, estivemos maias uma vez a apreciar a Fonte Gótica, e cada vezes que olho para ela há qualquer coisa que me diz que aquela protecção não está ali bem, não bate a bota com a perdigota, não sou paisagista para dizer o que ficava bem, mas assim como está é que não me cheira, ainda passámos pela Fonte Nova, que é mais velha que nós dois juntos e também não está como merecia, mas em tempo de vacas gordas não a repararam  agora com as vacas só no esqueleto ainda menos.
Como previ a semana passada em relação ao lixo de automóveis que deitaram na Várzea, aconteceu, pegaram-lhe fogo, como mostra uma foto que o Vicente tirou.
São quase dezanove horas, estou em Porto Salvo mas tenho que partir, o meu Filho Pedro faz hoje quarenta anos (como o tempo passa)  e vou cravar-lhe o jantar.
Parabéns meu Filho.