quinta-feira, 30 de junho de 2011

Observando a Madragoa

Hoje fui observar uma parte da Capital por onde nunca tinha andado, as primeiras impressões não foram muito favoráveis, (as ruas cheiram muito mal) mas a coisa compôs-se conforme fui caminhando.
Saí na estação da C.P. de Santos subi pela Rua Ribeiro Santos onde tenho andado várias vezes e depois foi para o desconhecido, fui anotando o nome das rua para não esquecer quando delas fosse escrever  e assim andei pelas Ruas: do Cura, do Guarda-Mor, Das Trinas e Travessa do Pé-De-Ferro, este nome deixou-me curioso e fui tentar descobrir quem foi este Cavalheiro.

E o que consegui saber diz-me que este Homem de seu nome Pêro Gonçalves, morador na rua que hoje tem o seu nome, andava pelo beicinho por uma Varina sua vizinha que por acaso não era nada de deitar fora, mas acontece que um Fidalgo ao vê-la achou por bem adiantar-se ao nosso Amigo Pêro, este não terá gostado da brincadeira e como tinha uns pés de respeito calçava para aí o 45 biqueira larga, fazendo uso dessa arma de arremesso aplicou umas brutas biqueiradas no rival, tendo deixado este em muito mau estado, claro que foi para o xilindró durante dois longos anos, não fosse o rival pessoa da Corte, mas ao sair tinha a sua amada á espera, e consta que foram muito felizes, e com direito a nome de Travessa e tudo, por aqui se vê que os pés grandes nem sempre são prejudiciais.

Daqui passei ainda pelas ruas das Praças e do Quelhas onde se situa o Sr. Vinho, retiro Fadista famoso, passei junto da Residência Oficial do Primeiro Ministro, ( com ideia de lhe solicitar que não me fosse ao bolso no subsidio de Natal, mas ele não estava) Rua de Santo Amaro, de D. Dinis, Do Sol ao Rato, Amoreiras, desci direito ao Marquês de Pombal onde assisti a uma rega especial, pois além da rega da relva, também regava as Pessoas que saiam do Metro e a respectiva Rua, era água que dava pra dar banho a um Regimento, desci ainda mais até ao local onde «abasteço» passei pelo Rossio onde observei que continua acampamento no local junto á Estátua, passei pelo Chiado onde se situa uma loja de venda do café Nespresso para fazer uma compra para Pessoa Amiga, mas estes horários não se ajustam com os meus., só abria ás 10 horas e passei lá ainda não eram nove pelo que vim de mãos a abanar, fica para a próxima. 


quarta-feira, 29 de junho de 2011

Cá Vou Observando

Já não sei que dizer quanto ás limpezas nas bermas das estradas aqui na Freguesia de Porto Salvo, que são as que mais percorro a penantes, tenho escrito variadíssimas vezes que o mato não é cortado, o que é verdade como se pode ver pelas fotos que tenho mostrado, mas agora tenho as maiores dúvidas quanto á oportunidade desse corte, vou tentar explicar e mostrar como as coisas estão a ser feitas por aqui.

Na estrada que liga Porto Salvo a Leião, encontra-se a única seara de trigo das redondezas, ( que por acaso está bem bonita) ora a berma da estrada estava com mato mais alto que o próprio trigo, e alguma «boa alma» ao reparar nisso lá mandou cortar o mato, só que este ficou no local junto em montinhos e montões, vá-se lá saber porquê, muito provavelmente o próprio mato se recusou a sair de lá tão afeiçoado estava ao local, ou então ficou á espera que alguém o tirasse de lá e esse alguém não apareceu, fez gazeta, que é o que mais se faz hoje.

E agora que o mato já ganhou a cor do trigo, sequinho como as palhas, e prontinho a fazer uma valente fogueira, basta que para isso para lá mandem uma «beata» ou por malvadez., que é o que mais há por aqui, lá vai o trigo pró maneta, o mesmo acontecerá aos montes que estão junto ao estacionamento de automóveis se pegam fogo lá vão os carros ficar reduzidos a cinza, isto está a ficar um bocado ao abandono, já não estou a perceber o enredo deste filme, deve ser defeito meu por estar á muito sem ir ao cinema.
Só mais uma coisinha, para não aborrecer muito os Leitores/As, na foto que tem passeio para Peões com o pavimento a vermelho, ao fundo está um edifício que é o Mercado de P. Salvo, e Sede da Junta de Freguesia, como é que ninguém reparou nesta lindo serviço e não tomou as devidas previdências?


terça-feira, 28 de junho de 2011

As razões deste novo blog

Em primeiro lugar, uma explicação para o nome deste novo blog, quase todos os dias, desde á alguns meses, me junto com alguns Amigos para pôr a conversa em dia, o Amigo Hélder tem como resposta para a sua pausa na conversa: estou como observador, achei este um nome apropriado, visto também fazer parte dos meus planos para o blog, ir observando o que se vai passando, para dar aqui conta dessas observações.
Dáda a explicação para o nome do blog, cá estou para recomeçar com as minhas «crónicas» de mal dizer, divorciei-me do blog que mantive durante um ano e meio por razões de que a seguir contarei em pormenor, antes quero dizer que me apliquei ao máximo neste período para não dar a minha visão pessimista de ver o Mundo, antes tentando dar uma imagem mais optimista das coisas, muitas vezes sem o conseguir é certo, mas tentei, é verdade que mostrei muitas coisas erradas que se passam por onde ando, mas esconder o que vou vendo nunca, a Liberdade é para ser vivida e discutida mas nunca amordaçada.

Vamos então ás razões que me levaram a parar com o outro blog, e ao nascimento deste.
Como puderam verificar até pela foto que mostrava no perfil, esse blog foi uma maneira de reconciliação com a Marinha, após quarenta e cinco anos de lá ter saido., empenhei-me na sua divulgação e sempre no trato respeitoso que esta Instituição me merece, como escrevi no outro blog, saí de lá zangado com ela e ela comigo, assim chegou o momento do «divórcio litigioso»  e nos separámos, isto aconteceu há quarenta e cinco anos.

Fiquei sempre com um sentimento de culpa por não ter aguentado a pressão, e não me ter adaptado a alguns ( poucos) Militaristas que faziam gala em desrespeitar os mais novos, e o caldo entornou-se. Levei anos com saudades daquela Casa (Escola de Fuzileiros) mas não me atrevi nunca a lá tentar entrar, não estava preparado para ouvir algum «sermão» sobre o passado longínquo, de 1965/66.
Até que comecei a contactar Antigos Marinheiros através da Internet nos blogs destes, a Filha sabia da minha paixão pela Marinha e de surpresa arranja-me um blog, onde até no nome acertou em cheio, e assim após um momento inicial de algum receio de não dar conta do recado, comecei a escrever o que fiz até Sábado passado, e nesse período fiz finalmente algumas visitas á Escola, umas só, outras acompanhado por Familiares, fui entretanto desafiado pelo Mário Manso a fazer-me sócio da Associação de Fuzileiros, o que para mim foi uma honra e claro que aceitei.
Estava da minha parte reconciliado com a Marinha, e esta estaria reconciliada comigo?
Vão ver que não.

No passado Sábado, como contei na ultima mensagem que lá postei no blog Fuzo de Agua Doce, fui por engano de datas até ao Barreiro na convicção de fazer umas fotografias da inauguração da estátua aos Fuzileiros e mostrá-las aos interessados que não se pudessem deslocar á cerimónia, mas como escrevi antes, troquei as voltas ao calendário e apresentei-me no local uma semana antes.
No regresso do local onde irá ser inaugurada a Estátua, parei junto á Escola de Fuzileiros, dirigi-me aos Militares que estavam junto á Porta de Armas, e perguntei se podia entrar, dar por lá uma volta, ( para quem não conhece, tem muitos hectares de terreno por onde se pode? andar) ir ao Bar beber um café,  comprar alguma recordação como fiz das vezes anteriores, enfim matar saudades! mas recebi um rotundo não! ainda tentei explicar as razões porque estava ali, mas um segundo Sargento que lá estava com meia dúzia de Militares não deu hipótese de qualquer explicação, ainda tentei fazer valer a minha qualidade de sócio da Associação de Fuzileiros, mas o homem não estava ali para me ouvir, cumpria ordens com certeza, e na Tropa as ordens cumprem-se e não se discutem.
No blog da Associação de Fuzileiros, li criticas á maneira como foram preteridos os antigos Combatentes na cerimónia dos 50 anos da Escola, por isso, isto que se passou comigo já não é de admirar.
Mas como escreve hoje nesse  blog o Mário Manso em resposta a um lamento meu aí colocado, se por acaso o que se passou comigo, acontecesse com um Camarada Imigrante que lá se deslocasse propositadamente?


Como quem tem seguido o blog terá reparado porque disso dei conta, há cerca de seis meses fui á unidade da Marinha em Alcântara que tem a seu cargo as documentações dos antigos Marinheiros, pedindo para consultar o meu processo, até hoje não obtive resposta a esse pedido. Porque não creio que a censura tenha regressado ao nosso País, e á Marinha em particular, só posso ver nestas duas atitudes, que não querem nada comigo, ora como diz o ditado: «a casamentos e baptizados não vás sem ser convidado», e assim deixou de fazer sentido aparecer num blog a defender quem me despreza.
Continuarei sempre um apaixonado pela Armada e Fuzileiros em particular, pois não são estas atitudes corporativistas que me vão abater, mas por respeito comigo mesmo, dou por terminadas as mensagens no blog Fuzo de Agua Doce.