sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FELIZ ANO 2012

Para todos os Amigos e Amigas que me têm acompanhado no blog, e respectivos Familiares, desejo um 2012 o melhor possível, em especial com saúde, e algum dinheiro para os tremoços, embora as perspectivas sejam sombrias, pode ser que os comilões do regime deixem ficar algum para que possamos ultrapassar mais um ano, muito complicado segundo tudo indica.
Em especial ao Amigo Valdemar Ferreira Marinheiro desejo-te a recuperação total, e que o próximo ano te traga saúde e paz, pois este que está a terminar foi complicado, mas vais ultrapassar este percalço, não duvido.
Para o Pessoal que vai beber uns copos na passagem do Ano, tenham muita atenção, a vasilha não pode levar mais que a conta, senão transborda, e depois há aquelas figuras que se fazem, como mostro nos Vídeos que se seguem, portem-se bem.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Tempo De Balanço

Hoje fui dar uma volta pela Capital, sai do comboio (hoje não ouve greve felizmente) na estação de Santos, era ainda noite e subi até ao Miradouro de S. Catarina ou do Adamastor como é mais conhecido, devido ao Monumento a esta Figura mítica, as fotos do Monumento não são grande coisa, segui pelo Bairro Alto e quando cheguei ao Miradouro de S. Pedro de Alcântara estava o Sol a Nascer, dei umas voltas na tentativa de descobrir um Café que possa substituir aquele que frequentei nos últimos anos e que foi vendido aos Chineses, mas a coisa está complicada, estava habituado a uma «ração» de rissol e café, já fui a vários e ainda não acertei, hoje então foi um barrete completo, ali mesmo na esquina da Praça da Figueira, o café bebia-se, o rissol de suposto camarão uma porcaria, aquilo só tinha creme, camarão nem vê-lo, nem sequer o gosto. Isto também já está por pouco, decididamente este Governo não me quer em Lisboa, para além do aumento que os bilhetes já levaram, já há ameaça que a seguir ainda vai ser maior o aumento, e assim desisto, não estou para ajudar a encher a barriga a pançudos, que deixaram os mais Pobres em Terra pelo Natal, e com a ameaça de fazer o mesmo no Ano Novo.

Nesta caminhada fui pensando no Blog e no balanço que faço deste ano de 2011 que está a chegar ao fim, no que respeita aquilo que tenho publicado, as reacções que tenho tido, etc. É certo que o blog actual só tem cerca de seis Meses, mas é a sequência do anterior que «nasceu» precisamente no Mês de Dezembro de 2009 mas onde comecei efectivamente a «plantar umas larachas» a 17 de Janeiro de 2010, a partir dai a coisa tem funcionado com alguns poucos interregnos devido principalmente á falta de motivação, ou doênça.

 Interrogo-me se valerá a pena continuar, as razões são várias que me levam a pensar assim, este stress de andar diariamente a pensar no que devo ou não escrever, mais as fotos que melhor servem  cada mensagem, sou já um Ancião a precisar de sopas e descanso, e estas coisas são mais para Gente nova e com sangue na guelra, verifico até pelas estatísticas que o Google nos dá, que sou cada vez menos lido, o que demonstra que a escrita perdeu chama, os Comentadores são os mesmos de sempre, e vão deixando a sua marca talvez mais por retribuição do que vou escrevendo nos seus Blogs (julgo eu) do que pelo interesse que terão as mensagens que aqui vou deixando.

Tenho dificuldade em andar por aí fingindo que não vejo, não sinto ou não ouço, e como tenho estes sentidos ainda a funcionar razoavelmente, vem ao de cima a minha costela pessimista e como resultado: mensagens sombrias dizendo umas verdades é certo, mas que não enchem a barriga a ninguém, como já devo ter inimigos suficientes não preciso de arranjar mais, pois é esse o resultado de alguns dos meus escritos, acresce a isto a minha deformação profissional, que me formatou para descobrir avarias, maus estado de instalações e equipamentos, e que me conduziu aquilo que me transformei, e que no fim de contas se resume a que cada passo que dou, descubro coisas mal feitas, defeitososas, descaracterizadas etc., apesar da reforma os miolos continuam a funcionar como se andasse de instalação em instalação a descobrir anomalias para as mandar reparar, é a vida, as coisas que estão bem, também as vejo mas dificilmente falo nelas, pois estão como devem estar, é essa a responsabilidade de quem as tem ao seu cuidado, e isto já não é noticia para ninguém, mesmo para os optimistas.

Os relatórios das minhas caminhadas, já nem a mim interessam, dizer mal dos Governos, das Câmaras, ou das Juntas de Freguesia foi chão que deu uvas, pois é o dia a dia de quase todos os Blogs, Órgãos de Informação, Cafés, Tabernas e derivados, assim não sobra muita coisa de que falar, pelo que muito provavelmente irei abrandar no inicio de 2012, quando me parecer que tenho algo de interesse para com-partilhar, apareço por aqui, entretanto até ao final do Ano vou tentar arranjar qualquer coisa para para aqui postar, e no último dia do Ano para desejar umas boas entradas a todos, agradecendo desde já a paciência que tiveram para me aturar nestes dois anos.


 



terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Já Emigrou Sr. Primeiro Ministro?

Com a devida vénia á Autora do texto, e ao meu Amigo Reigosa que me o enviou, aqui o publíco, e com o qual me identifico totalmente.
Diria alguma coisa a respeito, mas não quero tirar espaço ao texto que tem muito mais interesse do que qualquer palavra minha.
O titulo, as fotos e os vídeos aqui publicados são da minha responsabilidade.



Um bonito cartão de Boas Festas para esta gentalha que nos desgoverna.....

Com o mais elevado desprezo e desconsideração!

Este texto foi publicado hoje no Facebook. Foi escrito pela Myriam, como podia ter sido escrito por dezenas de pessoas com quem lidamos diariamente.

Sinto uma enorme revolta, mas pouco mais posso fazer do que dar-lhe este espaço.

Exmo. Senhor Primeiro Ministro

Começo por me apresentar, uma vez que estou certa que nunca ouviu falar de mim. Chamo-me Myriam. Myriam Zaluar é o meu nome "de guerra". Basilio é o apelido pelo qual me conhecem os meus amigos mais antigos e também os que, não sendo amigos, se lembram de mim em anos mais recuados.

Nasci em França, porque o meu pai teve de deixar o seu país aos 20 e poucos anos. Fê-lo porque se recusou a combater numa guerra contra a qual se erguia. Fê-lo porque se recusou a continuar num país onde não havia liberdade de dizer, de fazer, de pensar, de crescer. Estou feliz por o meu pai ter emigrado, porque se não o tivesse feito, eu não estaria aqui.

Nasci em França, porque a minha mãe teve de deixar o seu país aos 19 anos. Fê-lo porque não tinha hipóteses de estudar e desenvolver o seu potencial no país onde nasceu. Foi para França estudar e trabalhar e estou feliz por tê-lo feito, pois se assim não fosse eu não estaria aqui. Estou feliz por os meus pais terem emigrado, caso contrário nunca se teriam conhecido e eu não estaria aqui.

Não tenho porém a ingenuidade de pensar que foi fácil para eles sair do país onde nasceram. Durante anos o meu pai não pôde entrar no seu país, pois se o fizesse seria preso. A minha mãe não pôde despedir-se de pessoas que amava porque viveu sempre longe delas. Mais tarde, o 25 de Abril abriu as portas ao regresso do meu pai e viemos todos para o país que

era o dele e que passou a ser o nosso. Viemos para viver, sonhar e crescer.

Cresci. Na escola, distingui-me dos demais. Fui rebelde e nem sempre uma menina exemplar mas entrei na faculdade com 17 anos e com a melhor média daquele ano: 17,6. Naquela altura, só havia três cursos em Portugal onde era mais difícil entrar do que no meu. Não quero com isto dizer que era uma super-estudante, longe disso. Baldei-me a algumas aulas, deixei cadeiras para trás, saí, curti, namorei, vivi intensamente, mas mesmo assim licenciei-me com 23 anos. Durante a licenciatura dei explicações, fiz traduções, escrevi textos para rádio, coleccionei estágios, desperdicei algumas oportunidades, aproveitei outras, aprendi muito, esqueci-me de muito do que tinha aprendido.

Cresci. Conquistei o meu primeiro emprego sozinha. Trabalhei. Ganhei a vida. Despedi-me. Conquistei outro emprego, mais uma vez sem ajudas. Trabalhei mais. Saí de casa dos meus pais. Paguei o meu primeiro carro, a minha primeira viagem, a minha primeira renda. Fiquei efectiva. Tornei-me personna non grata no meu local de trabalho. "És provavelmente aquela que melhor escreve e que mais produz aqui dentro." - disseram-me - "Mas tenho de te mandar embora porque te ris demasiado alto na redacção". Fiquei.

Aos 27 anos conheci a prateleira. Tive o meu primeiro filho. Aos 28 anos conheci o desemprego. "Não há-de ser nada, pensei. Sou jovem, tenho um bom currículo, arranjarei trabalho num instante". Não arranjei. Aos 29 anos conheci a precariedade. Desde então nunca deixei de trabalhar mas nunca mais conheci outra coisa que não fosse a precariedade. Aos 37 anos, idade com que o senhor se licenciou, tinha eu dois filhos, 15 anos de licenciatura, 15 de carteira profissional de jornalista e carreira 'congelada'. Tinha também 18 anos de experiência profissional como jornalista, tradutora e professora, vários cursos, um CAP caducado, domínio total de três línguas, duas das quais como "nativa". Tinha como ordenado 'fixo' 485 euros x 7 meses por ano. Tinha iniciado um mestrado que tive depois de suspender pois foi preciso escolher entre trabalhar para pagar as contas ou para completar o curso. O meu dia, senhor primeiro-ministro, só

tinha 24 horas...

Cresci mais. Aos 38 anos conheci o mobbying. Conheci as insónias noites a fio. Conheci o medo do amanhã. Conheci, pela vigésima vez, a passagem de bestial a besta. Conheci o desespero. Conheci - felizmente! Também outras pessoas que partilhavam comigo a revolta. Percebi que não estava só. Percebi que a culpa não era minha. Cresci. Conheci-me melhor. Percebi que tinha valor.

Senhor primeiro-ministro, vou poupá-lo a mais pormenores sobre a minha vida. Tenho a dizer-lhe o seguinte: faço hoje 42 anos. Sou doutoranda e investigadora da Universidade do Minho. Os meus pais, que deviam estar a reformar-se, depois de uma vida dedicada à investigação, ao ensino, ao crescimento deste país e das suas filhas e netos, os meus pais, que deviam

estar a comprar uma casinha na praia para conhecerem algum descanso e descontracção, continuam a trabalhar e estão a assegurar aos meus filhos aquilo que eu não posso. Material escolar. Roupa. Sapatos. Dinheiro de bolso. Lazeres. Actividades extra-escolares. Quanto a mim, tenho actualmente como ordenado fixo 405 euros X 7 meses por ano. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. A universidade na qual lecciono há 16 anos conseguiu mais uma vez reduzir-me o ordenado. Todo o trabalho que arranjo é extra e a recibos verdes. Não sou independente, senhor primeiro ministro. Sempre que tenho extras tenho de contar com apoios familiares para que os meus filhos não fiquem sozinhos em casa. Tenho uma dívida de mais de cinco anos à Segurança Social que, por sua vez, deveria ter fornecido um dossier ao Tribunal de Família e Menores há mais de três a fim que os meus filhos possam receber a pensão de alimentos a que têm direito pois sou mãe solteira. Até hoje, não o fez.

Tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: nunca fui administradora de coisa nenhuma e o salário mais elevado que auferi até hoje não chegava aos mil euros. Isto foi ainda no tempo dos escudos, na altura em que eu enchia o depósito do meu renault clio com cinco contos e ia jantar fora e acampar todos os fins-de-semana. Talvez isso fosse viver acima das minhas possibilidades. Talvez as duas viagens que fiz a Cabo-Verde e ao Brasil e que paguei com o dinheiro que ganhei com o meu trabalho tivessem sido luxos. Talvez o carro de 12 anos que conduzo e que me custou 2 mil euros a pronto pagamento seja um excesso, mas sabe, senhor primeiro-ministro, por mais que faça e refaça as contas, e por mais que a gasolina teime em aumentar, continua a sair-me mais em conta andar neste carro do que de transportes públicos. Talvez a casa que comprei e que devo ao banco tenha sido uma inconsciência mas na altura saía mais barato do que arrendar uma, sabe, senhor primeiro-ministro. Mesmo assim nunca me passou pela cabeça emigrar...

Mas hoje, senhor primeiro-ministro, hoje passa. Hoje faço 42 anos e tenho a dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: Tenho mais habilitações literárias que o senhor. Tenho mais experiência profissional que o senhor. Escrevo e falo português melhor do que o senhor. Falo inglês melhor que o senhor. Francês então nem se fale. Não falo alemão mas duvido que o senhor fale e também não vejo, sinceramente, a utilidade de saber tal língua. Em compensação falo castelhano melhor do que o senhor. Mas como o senhor é o primeiro-ministro e dá tão bons conselhos aos seus governados, quero pedir-lhe um conselho, apesar de não ter votado em si. Agora que penso emigrar, que me aconselha a fazer em relação aos meus dois filhos, que nasceram em Portugal e têm cá todas as suas referências? Devo arrancá-los do seu país, separá-los da família, dos amigos, de tudo aquilo que conhecem e amam? E, já agora, que lhes devo dizer? Que devo responder ao meu filho

de 14 anos quando me pergunta que caminho seguir nos estudos? Que vale a pena seguir os seus interesses e aptidões, como os meus pais me disseram a mim? Ou que mais vale enveredar já por outra via (já agora diga-me qual, senhor primeiro-ministro) para que não se torne também ele um excedentário no seu próprio país? Ou, ainda, que venha comigo para Angola ou para o Brasil por que ali será com certeza muito mais valorizado e feliz do que no seu país, um país que deveria dar-lhe as melhores condições para crescer pois ele é um dos seus melhores - e cada vez mais raros - valores: um ser humano em formação.

Bom, esta carta que, estou praticamente certa, o senhor não irá ler já vai longa. Quero apenas dizer-lhe o seguinte, senhor primeiro-ministro: aos 42 anos já dei muito mais a este país do que o senhor. Já trabalhei mais, esforcei-me mais, lutei mais e não tenho qualquer dúvida de que sofri muito mais. Ganhei, claro, infinitamente menos. Para ser mais exacta o meu IRS do

ano passado foi de 4 mil euros. Sim, leu bem, senhor primeiro-ministro. No ano passado ganhei 4 mil euros. Deve ser das minhas baixas qualificações. Da minha preguiça. Da minha incapacidade. Do meu excedentaríssimo. Portanto, é o seguinte, senhor primeiro-ministro: emigre você, senhor primeiro-ministro. E leve consigo os seus ministros. O da mota. O da fala

lenta. O que veio do estrangeiro. E o resto da maralha. Leve-os, senhor primeiro-ministro, para longe. Olhe, leve-os para o Deserto do Sahara. Pode ser que os outros dois aprendam alguma coisa sobre acordos de pesca.

Com o mais elevado desprezo e desconsideração, desejo-lhe, ainda assim, feliz natal ou feliz ano novo à sua escolha, senhor primeiro-ministro.

E como eu sou aqui sem dúvida o elo mais fraco, adeus.
Myriam Zaluar, 19/12/2011

domingo, 25 de dezembro de 2011

A MINHA NOITE DE NATAL

Como em todas as datas festivas, também o Natal é para mim um sufoco, e de todas talvez seja a que mais gosto, faço presépio, árvore de Natal em casa e na rua etc. parece uma contradição mas é mesmo assim, este está praticamente passado, vamos ver o que nos reserva o próximo, mas as perspectivas não são nada animadoras, custa-me pensar no futuro dos meus Netos, e dos Netos dos outros com o Governo a chutar para fora do País a Rapaziada que está agora pronta a trabalhar, mas vamos ter esperança que já tenhamos batido no fundo do poço, e que a partir de agora seja sempre a subir.

O meu Natal foi movimentado, começou por ser cá o Rapaz a ter de encostar a barriga ao fogão, devido á «Patroa» ainda estar encostada ás «boxes», calhou-me amassar e fritar as filhoses, e assar o borrego que há-de ser comido hoje, o bacalhau e outros doces calhou na rifa á Filha e Nora, parece que não me saí muito bem nas filhoses, pois estão aqui todas, dizem-me que devem ter vindo de África de tão «bronzeadas» ficaram! são gostos! por mim gostei, mas já vi que fiquei mal no exame, espero que para o ano se ainda houver Euros por aqui a «Patroa» esteja operacional, para me substituir.

Acompanharam-me no repasto os Filhos, Filha, Netos e Nora e a «Patroa» que a muito custo conseguimos que não abusa-se nas comidas, tal a saudade que tem de comer, já lá vão mais de três semanas que quase não vê o «padeiro» atacámos numas entradas de porco acabado de nascer a quem chamam leitão, uns carapaus de bigodes, e a seguir o respectivo bacalhau com batatas e couves do meu Amigo e vizinho  Agostinho, que as plantou e tratou no meu quintal em Vila Verde, estava tudo a correr nos conformes, quando algum dos comensais, descobre uma «vespa» a esvoaçar por cima das nossas cabeças, foi o pânico, estava a ver que tinha de comer o bacalhau sozinho, tal o receio de serem aferroados os restantes convivas, foi um recorrer a todas as armas disponíveis no local: facas garfos, colheres, alguns mais radicais já queriam ir buscar a espingarda, outros que o melhor era arrear o candelabro para sempre pois foi aí que o bicho se escondeu ao ver tantas armas apontadas na sua direcção.

Por fim lá conseguiram dominar o bicho, cansados e algo famintos lá se sentaram para dar conta do «fiel amigo» não antes sem uma reza a preceito ( como se pode ver numa das fotos pela posição das mãos de todos ) na difícil vitória conseguida na luta contra aquele infiltrado que apareceu sem ser convidado.
O final do jantar decorreu sem mais incidentes, e procedeu-se á troca de presentes, com os dois «Pais Natal» mais novos da Família vestidos a preceito a fazer a sua entrega aos restantes Familiares das respectivas «prendas».


quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

FELIZ NATAL

Para todas as Amigas e Amigos que têm a paciência de visitar o blogue, e a todos os seus  Familiares:

FELIZ  NATAL












E AGORA PARA OS MAIS NOVOS:

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Caminhando, sem Observar

Vou fazer uma pausa, para não deixar  nenhum leitor mal disposto com os meus pessimismos, não vá isto ser contagioso e  quero  nesta quadra Natalícia toda a Gente bem disposta com muitos presentes para dar, e ainda mais para receber, mas antes vou contar aqui a evolução da doença que me apoquenta e que dei conta nos últimos dias, com aquele diagnóstico maluco da tosse, e a terapêutica ainda pior de só sair á rua de Noite, tenho seguido o conselho do Médico mas parece-me que vou desistir, não me estou a sair bem com este tratamento nocturno.
Amanhã virei aqui desejar a todos um Feliz Natal.

Hoje de noite, tinha de ser, fui á Terra, subi a Serra ainda de noite, larguei o quatro rodas num determinado local e fui a penantes fazer a caminhada madrugadora, em determinado local vejo a brilhar umas bolinhas que me parecem azeitonas, como sou curioso baixei-me para ver se tinham caído da Oliveira por estarem com «bicho» ou outra razão, pois o chão estava cheio delas, quando agarro algumas noto que estão muito moles, e o cheiro que tinham também não me pareceu de azeitona, reparei então que eram caganitas de cabras ou de ovelhas, e olhando melhor a árvore que estava ali, era um pinheiro não uma oliveira, perante uma situação destas, e antes que aconteça alguma desgraça maior, vou desrespeitar a ordem Medica e vou voltar a andar de dia, está-se mesmo a ver que a vista já não é o que era.

Mas esta história que aqui conto, fez-me recuar muitos anos, e o que aconteceu com um meu conterrâneo desaparecido á muito tempo, tal como eu um bocado despassarado, aproveito para contar porque tenho Amigos da Terra que vão lendo as parvoíces que aqui vou escrevendo e que conheceram a Pessoa em questão, mas talvez não tenham conhecimento desta historia.
Era Inverno e o nosso Amigo José «Bicho» andava a namorar uma Rapariga no Lugar da Rabissaca, o caminho para lá chegar era, e é de terra batida que quando chove se transforma em lama, nessa noite de Inverno, com o Céu encoberto de nuvens carregadas, embora com algumas abertas de um bonito Luar, o nosso Amigo ia acompanhado por um Habitante da Rabissaca, mas que viria morar  para Vila Verde aqui passando toda a sua vida.

Esse colega de caminhada e Amigo era natural da Rabissaca e ia de regresso a casa, (mais tarde que viria morar para Vila Verde onde viria a exercer  diversas funções de relevo na Freguesia,) (omito o seu nome porque tivemos alguns desencontros) iam conversando sobre a vida e particularmente sobre Raparigas pois eram dois Jovens, mas o Amigo José «Bicho» ia preocupado com uam coisa, ir namorar com as botas a pesarem como chumbo  tanta era a lama que transportavam, mas de repente as nuvens que tapavam o luar desaparecem, e vê á sua frente uma grade pedra a brilhar, daquelas pedras lisas que quase dava um campo de futebol, vira-se para o Amigo e diz-lhe é pá, até que enfim posso limpar as botas, e dito isto ganha balanço e qual saltador em comprimento,  atira-se para a pedra com toda a força que tinha,  só que o que brilhava não era uma pedra, mas uma grande poça de água, e o nosso Amigo, encharcado até aos ossos  praguejando, e o Amigo a rir a bandeiras despregadas.
Acabou-se ali o namoro dessa noite, e dos próximos dias, pois o namoro desses tempos eram só ás Quartas e Domingos, o nosso Amigo José «Bicho» teve que regressar a Vila Verde pois tinha ficado completamente encharcado, e consta apanhou uma valente constipação.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Estou a melhorar

Como estou «proibido» pelo Médico de andar por aí de dia, a coisa não está fácil de arranjar assunto, pois a noite não permite distinguir o bem do mal, e aqui com o rabo no sofá, não se aprende nada, e como tenho a mania de ilustrar as mensagens com fotos que me parecem ter algo a ver com o que escrevo, ainda pior, assim tive de puxar pelos neurónios, e pelo cartão de memória da máquina fotográfica para arranjar algo para escrever, é coisa recente diria com pouco mais de 24 horas pelo que está actual, e antes que me «reforme» deste passa tempo de Observador com recados aos Representantes Locais e Nacionais, aqui vai.

A crise chegou aqui com uma força, que não há paralelo, já não é só a crise de mal fazer, ou de lixar o parceiro como antes de ontem dei exemplos, mas também ao nível dos serviços prestados, nomeadamente na recolha do lixo urbano, numa das minhas voltas por Oeiras, ali pelos Bairros Dr. Augusto de Castro e Quinta da Figueirinha, Observei amontoados de lixo junto aos contentores dos mesmos que estavam a deitar por fora, já não tinha memória desde as greves dos Cantoneiros de Limpeza  há muitos anos, estes dois aglomerados embora só os separe uma estrada, há outra separação mais invisível, mas mais importante e que se refere ao local de depositar o lixo, é que a Figueirinha é um Bairro mais Popular e o lixo vai para a rua como mostro nas fotos, já no Dr. Augusto de Castro, onde a qualidade das casas é muito superior, ajardinado á volta das mesmas, e por isso mesmo habitado por classes com maior poder de compra, aí não se vê lixo, e por uam simples razão, é recolhido  prédio a prédio, com contentores pertencentes a estes.

Consta-me que deixaram de fazer a recolha aos Domingos, mas tanto quanto julgo saber, sempre ouve um dia da semana em que a recolha não era feita, pelo que estranho estas quantidades de lixo, e como também ainda não chegámos ao Natal, que são por natureza os dias de maior quantidade de lixo devido aos presentes que há nessas ocasiões, não estou a ver o que se estará a passar, em mais uma matéria de grande importância para a saúde Publica, pois os lixos fora dos seus locais próprios atraem bicharada, Sr. Presidente deite mãos á obra que a coisa assim não está nada bem.
Agora vou seguir o conselho médico e não vou sair de casa de dia, acabou-se o «corte e costura» pelo menos até ao Natal, só vou comentar coisas «doces», o que estiver mal, que se ponha bem porque vou «vestir-me» de Pai Natal, e não posso borrar a pintura.

Morreu Carlos Menezes, o primeiro grande guitarrista Português com guitarra eléctrica, quando a R.T.P. nos oferecia programas musicais com Artistas Portugueses, Carlos Menezes e Shegundo Galarza, este ao piano, era um duo de se lhe tirar o chapéu, para mim é claro, por isso aqui deixo uma musica deste duo, e que descansem em Paz.



domingo, 18 de dezembro de 2011

Afinal O Meu Mal é Tosse!

Tinha prometido a mim mesmo, não escrever mais sobre coisas que considero menos bem, ou mesmo más, em especial nesta quadra Natalícia, que é propícia a falar só de coisas boas, a amizade, o amor, as filhozes, o peru, festas para aqui, festas para acolá, tretas! o resto do ano andamos aos coices uns aos outros, mas enfim não queria ser desmancha prazeres e seguir um guião que não fui eu que escrevi, mas que respeito, ontem até fiz uam folga aqui no blog para me mentalizar, e não andar para aqui só a dizer o que está mal, mas eis que hoje sai-o para ir dar a minha curva matinal até ao Passeio Marítimo, e encontro mais duas Estradas cortadas, será que andam para aqui a montar algum «gueto» e eu ainda não tinha reparado? a primeira que me impediu de passar foi a rua principal da Vila de Oeiras, rua Cândido dos Reis, e que me obrigou a dar uma grande volta, entretanto ando mais um quilómetro e quero entrar na Marginal com destino a Paço de Arcos no nó junto ao Motel, e não pode ser que está cortada obrigando-me a ir até á «fronteira» de Carcavelos, junto ao Forte e São Julião da Barra, aqui quebrei o compromisso que tinha comigo e tive que falar nestes casos, pode ser que alguém que leia o blog me saiba dizer o que se está a passar com tanta estrada interrompida, cá pelas Terras do Marquês.


Perante esta recaída procurei um  Médico, para tentar saber se este meu pessimismo tem tratamento, na entrevista que me fez, começou por me perguntar se havia alguma razão próxima para este pessimismo, respondi que não, está tudo a correr ás mil maravilhas, ainda só me cortaram um subsidio, os outros ainda vêm a caminho e portanto não vale a pena chorar antes de tempo, por outro lado o País está bem e recomenda-se, ainda não foi considerado lixo, por enquanto foram só as dividas que atingiram esse patamar: Publicas e Privadas, mais os Bancos etc.  mas nada que me preocupe, a saúde também não está muito má, (tirando aquela história das eco-grafias rectal que se está a transformar em moda) mas também aqui um Homem vai-se habituando, que se lixe o traseiro que para a frente é que é Lisboa.

Perguntou-me de seguida se não me recordava de nenhum factor passado  que me tenha tornado tão «azedo»  não lembro, se dei alguma queda e tenha batido com os c.. no chão ( minha Mulher não vai ler isto senão não me lava mais as ceroulas) não, não caí,  ainda ontem escrevi que me considero um «sempre em pé», aí o Homem começou nas coisas mais terrenas como o Futebol, se o meu Clube me  tem dado desgostos, não senhor, ainda antes de ontem deu cinco secos, e eu já não recordo o que se passou á oito dias, portanto daí também não vem o mal, o Homem nesta altura, pergunta-se se na Politica,  tinha tido algum desgosto passado ou presente, se tinha algum arrependimento sobre por exemplo algum voto que tenha ido parar ao saco errado e tal, e coisa,  e vem o Sócrates á baila, aquele malandro que enterrou o País, e que agora estamos todos a pagar isso com língua de palmo, não terá sido essa a razão do seu pessimismo? por acaso não terá votado nele? e se sinta culpado pelo estado a que isto chegou? etc. e tal.

O Médico nesta altura parecia que tinha electricidade tal a velocidade com que arranjava casos provas e contra-provas dos crimes cometidos pelo ex. Primeiro Ministro. Que aparece muita gente aqui á consulta tudo consequência dos horrores passados no tempo desse renegado Sócrates, e que até há um jornaleco (o Manhoso) que diariamente trás provas das barbaridades cometidas por ele, assim ao estilo das antigas foto-novelas dos anos 60, ainda tentei ripostar que essas atoardas que lançam sobre o Homem é para adormecer boi, e para que o novo Governo nos possa ir ao c.. sem dor, mas qual quê, o dr. não quer ouvir nada, que os governantes actuais estão a fazer tudo para nos salvar, são todos gente de primeira, e nada fariam para nos prejudicar, estes salvadores da Pátria que tomaram o poder democraticamente prometendo-nos o Céu, e só nos dão o Inferno porque é uma viagem mais curta, pois o Céu está anos luz do Purgatório por onde temos de começar a viagem, e o pitrol está pelas horas da morte, e já não há capital para tanto litro de combustível que é necessário para chegar ao Céu, mas logo que as contas Públicas fiquem curadas, temos viagem assegurada para ir fazer companhia ao S. Pedro que lá espera por nós.

Posto isto diga-me lá sr. dr. o que é que devo fazer para poder sair de casa e só ver as coisas boas e bonitas, e fechar os olhos ao que está mal? olhe responde-me ele, você como gosta de se levantar cedo, vá passar a levantar ainda mais cedo, e vai fazer as caminhadas sempre de noite , quando o Sol nascer já tem que estar de regresso a casa, mas então  agora que tenho a «Patroa» encostada ás boxes, tenho que ir fazer algumas compras, e o Comércio só abre pelas 9 horas?  resposta do melro! tem as Lojas de conveniência que estão abertas 24 horas por dia, o Homem tem resposta para tudo, isto é que é Medicina, está certo que é um médico conceituado, mas até dá gosto largar os 100 Euros por uma consulta destas, também com as taxas moderadoras (ou proibidoras) que estão previstas para breve não é muito mais barato ir a um Hospital Publico, vão-se os anéis, ficam os dedos, que se lixe, preciso é de curar este mau feitio.

No fim desta longa conversa, passa-me uma receita de uns comprimidos, que me iam ajudar bastante, tinha que andar sempre com eles quando saísse á rua, e se visse alguma coisa que no meu entendimento não estava bem, punha logo um pela goela abaixo, que a  coisa passava, fui logo direito á Farmácia aviar a receita, o Farmacêutico olhou para mim, e pergunta-me se ando engripado, não Sr. respondi, porque pergunta? é que estes comprimidos são para a tosse, ó diabo, então o gajo para além de me caçar uma nota de 100 Euros ainda me está a gozar? saí dali pior que estragado e voltei ao consultório, a Funcionária atenciosamente fez-me anunciar, julgando provavelmente que era mais uma nota de 100 que ia entrar na gaveta, o Médico olhou para mim, como se já estivesse á minha espera e eu em com a maior calma que consegui numa situação destas, pergunto-lhe se não se enganou na receita? que não, respondeu serenamente, o seu mal é tosse, o Sr, é que ainda não deu por isso, é uma tosse que não chega a sair pela canalização, é tudo interno pelo que não se ouve aquele som tão incomodativo das tosses comuns, perante esta sábia resposta, enfiei o rabo entre as pernas e fui á minha vida, agora aqui ando noite escura porque não posso circular de dia, e a agora a tosse já sai com som, sinal evidente que o Homem estava certo no diagnóstico. É a vida.