quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Oferecem-se Terras para cultivar!

Embora tenha deixado o trabalho agrícola á muito, continuo a considerar-me um Homem do campo, atento ao que lá se passa, sofrendo com os queixas justas dos Agricultores, lastimando que até o tempo meteorológico esteja contra os poucos que ainda vão semeando alguma coisa, enfim estando também de ouvido á escuta das declarações a propósito ou despropósito dos problemas agrícolas, e é sobre essas que hoje quero escrever umas linhas.

Como se sabe, temos uma Ministra da Agricultura, Senhora de muitos saberes, não fosse ela Advogada, e com um Secretário de Estado também ele de boa cepa, lembram-se do célebre Deputado do C.D.S. que votou os orçamentos de Guterres, em defesa do queijo Limiano? e que lhe valeu a suspensão de militante desse partido, agora de pazes feitas com «Paulinho das Feiras» atingiu o estrela-to, como membro do Governo, embora acredite que estará no lugar certo, devido á sua especialidade, Engenharia Agrária, portanto daqui não virá mal ao Mundo quero dizer á Agricultura, mas falava da Ministra, essa mesma que logo que tomou posse das diversas pastas que tem no seu pecúlio, fez sair uma norma no, ou nos Ministérios que dirige, dispensando o uso de gravata, para segundo ela, poupar no «Ar Condicionado», logo aqui se viu que tínhamos Ministra a sério.

Pois agora veio também com uma medida inovadora, e que é fazer uma espécie de reforma agrária sem « Lati-fundiários, que neste caso será o Estado, quer ela fazer um género de feira das Mercês, mas  que em vez de castanhas e água pé, dará terras para cultivar, ora aqui é que a porca torce o rabo, quem é que as vai cultivar? a Srª? os Funcionários que vão para o desemprego? é que minha Srª. hoje as terras estão ao abandono, por duas razões principais: porque não há mão de obra, em especial naqueles trabalhos onde as máquinas não entram, como Vindimas, apanha de tomate, e da fruta etc. nestes trabalhos tem valido a mão de obra Estrangeira, não fosse esta e mais terras estariam ao abandono.
Srª Ministra aproveite o tempo que lhe resta nesse alto cargo, e veja que os problemas da Agricultura não estão na escassez de terras, estão no escoamento dos produtos, onde os intermediá-rios impõe a sua lei, nos preços das sementes, rações, adubos, pesticidas etc. no preço da electricidade e dos combustíveis, nas leis que fizeram e que por exemplo no caso da fruta o «tamanho é que conta», em suma fale com os Agricultores que eles lhe dirão o que está mal.

Outra das razões tem sido a forma como os Governantes têm andado a distribuir os dinheiros da C.E.E. e que agora estamos a pagar com língua de palmo, gastaram-se rios de dinheiro para não se produzir, pagava-se para arrancar vinhas, e a seguir davam mais um subsidio para voltar a plantar, os «chicos espertos» em vez de semear trigo, começaram a produzir Jipes topo de gama, Piscinas aquecidas com  gasóleo Agrícola, uma maravilha, aproveitaram bem estas dádivas! os pobres, esses  continuaram pobres, (aliás nas Pescas produziram o mesmo filme). Agora estamos a braços com uma grande seca, faz doer ver as poucas sementeiras de cereais, com aquele aspecto amarelado, outro nem chegou a nascer, as batatas de sequeiro estão na sua maioria semeadas, se não chove não vão nascer, e as que nasceram vão morrer, as pastagens já foram, agora sim são precisas ajudas, haverá?
Agora é caso para dizer: se não chove, vai tudo pela água abaixo.

Mas a conversa já vai longa, e para não se dizer que isto é só paleio, quero aqui oferecer á Srª Ministra umas terras que tenho em conjunto com as minhas Irmãs, não falei com elas sobre esta oferta mas sei que não vão contra ela, assim é só deslocar-se a Vila Verde dos Francos, segue na Estrada da Várzea e no local conhecido como Azenha, tem lá um  bom pedaço de terra, aquilo é um bocado acidentado, não dá para entrar máquinas, mas com o Pessoal que há por cá desempregado vai ver que aquilo vai ficar num brinquinho num abrir e fechar de olhos, embora pareça complicado de cultivar vai ver que com boa vontade não á impossíveis, já lá deu boa uva e bom trigo, faça favor de se servir, e se este terreno não chegar, peça lá aos meus Conterrâneos que, o que não falta lá é terra, e á borla, pelo menos da minha parte fique com ela e bom proveito.



terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

PORTUGAL - NORUEGA

Com a devida vénia ao Autor e também ao Amigo que me o enviou, aqui vai um texto que subscrevo na totalidade.






              
 

Noruega. Para pensar...

*Na Noruega*, o horário de trabalho começa cedo (às 8 horas) e acaba cedo (às 15.30). As mães e os pais noruegueses têm uma parte significativa dos seus dias para serem pais, para proporcionar aos filhos algo mais do que um serão de televisão ou videojogos. Têm um ano de licença de maternidade e nunca ouviram falar de despedimentos por gravidez.'
'A riqueza que produzem nos seus trabalhos garante-lhes o maior nível salarial da Europa. Que é também, desculpem-me os menos sensíveis ao argumento, o mais igualitário. Apesar de serem produtores de petróleo, só extraem anualmente quantidades mínimas para compensar alguns custos sociais, tendo a preocupação estratégica de preservar as suas reservas de petróleo para que a muito longo prazo as gerações futuras também dele possam vir a beneficiar. Todos descontam um IRS limpo e transparente que não é depois desbaratado em rotundas e estatuária kitsh, nem em auto-estradas (só têm 200 quilómetros dessas «alavancas de progresso»), nem em Expos "da especulação imobiliária" mas deficitária para o Estado, nem Euros-futebolisticos.


'É tempo de os empresários e os portugueses em geral constatarem que, na Noruega, a fuga ao fisco não é uma «vantagem competitiva». Ali, o cruzamento de dados «devassa» as contas bancárias, as apólices de seguros, as propriedades móveis e imóveis e as «ofertas» de património a familiares que, em Portugal, país de gentes inventivas, garantem anonimato aos crimes e «confundem» os poucos olhos que se dedicam ao combate à fraude económica. Em Portugal existem propriedades enormes (quintas, herdades, lotes de terrenos) com luxuosas moradias e/ou palácios, repletos de riquezas, que pagam de IMI o mesmo que paga um T3 no Cacém. Na Noruega isto era impossível de acontecer, não por serem comunistas, bloquistas ou outra coisa qualquer, mas simplesmente por serem sociais democratas, mas não neo-liberais


  

'Mais do que os costumeiros «bons negócios», deviam os portugueses pôr os olhos naquilo que a Noruega tem para nos ensinar. E, já agora, os políticos. Numa crónica inspirada, o correspondente da TSF naquele país, afiança que os ministros não se medem pelas gravatas, nem pela alta cilindrada das suas frotas. Pelo contrário, andam de metro, e não se ofendem quando os tratam por tu. Aqui, em Portugal, nesta terra de parolos e novos ricos nascidos e multiplicados pela corrupção e outras vigarices pequenas, grandes e colossais, cada Ministério faz uso de dezenas de carros topo de gama, com vidros fumados para não dar lastro às ideias de transparência dos cidadãos.
Os ministros portugueses fazem-se preceder de batedores motorizados, poluem o ambiente, dão maus exemplos e gastam a rodos o dinheiro que escasseia para assuntos verdadeiramente importantes.'
'Mais: os noruegueses sabem que não se «projecta o nome do país» com despesismos faraónicos, basta ser-se sensato e fazer da gestão das contas públicas um exercício de ética e responsabilidade. Arafat e Rabin assinaram um tratado de paz em Oslo. E, que se saiba, não foi preciso desbaratarem milhões de contos para que o nome da capital norueguesa corresse mundo por uma boa causa.'
'Até os clubes de futebol noruegueses, que pedem meças aos seus congéneres lusos em competições internacionais, nunca precisaram de pagar aos seus jogadores 400 salários mínimos por mês para que estes joguem à bola. Nas gélidas terras dos vikings conheci empresários portugueses que ali montaram negócios florescentes. Um deles, isolado numa ilha acima do círculo polar Árctico, deixava elogios rasgados à «social-democracia nórdica».. Ao tempo para viver e à segurança social.'
'Ali, naquele país, também há patos-bravos. Mas para os vermos
ecisamos de apontar binóculos para o céu. Não andam de jipe e óculos escuros. Não clamam por messias nem por prebendaspr.. Não se queixam do «excessivo peso do Estado», para depois exigirem isenções e subsídios, fazerem negócios fabulosos com o Estado onde este sai sempre lesado, e que o Estado (os contribuintes) entrem com somas astronómicas, em condições muito favoráveis, para ajudar a "capitalizar" os Bancos privados que, durante décadas acumularam lucros fabulosos e que sempre tiveram um regime tributário escandalosamente favorável.É tempo de aprendermos que os bárbaros somos nós. Seria meio caminho andado para nos civilizarmos.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Caminhando e «Observando»

Hoje fui fazer a rodagem á nova máquina fotográfica que tantas dores de cabeça me deu para a receber, já antes de ontem tinha tirado algumas fotos que coloquei na mensagem desse dia quando falei da tortura que foi este negócio, mas como «burro velho não aprende línguas» tenho que batalhar muito para ver se consigo perceber o funcionamento desta geringonça, mas numa primeira análise, direi que afinal o mal não estava na outra máquina mas no fotógrafo.

Saí de Paço de Arcos e fui caminhando e «Observando» até junto do Farol da Gibalta em Caxias, isto aos Domingos de manhã é uma maravilha., faz lembrar os finais dos anos 60 quando para aqui vim morar, até posso atravessar a Estrada Marginal fora das passadeiras, pois carros só de longe a longe., foi o que fiz para passar para o lado do Rio, passadeiras para Peões só junto á Estação da C.P. em Caxias, vim de regresso junto ao Tejo até á Praia de Paço de Arcos, fotografando aqui e ali, para depois no computador verificar se de facto fiz uma boa compra, depois de verificar todas as fotos que tirei,  não ganhei grande coisa com o negócio, a não ser no Zoom, aí a coisa fia mais fino, a que utilizo normalmente tem 15X  e esta 36X,  e de facto para longas distâncias é muito boa..

Nesta caminhada tenho a assinalar algumas coisas que Observei na minha Terra de adopção: Paço de Arcos, a primeira é  que  continuo sem perceber a razão daqueles dois mamarracho a cair de maduros junto á Marginal,  a antiga casa do Cantoneiro, e a outra da também da J.A E. não haverá uma alma que deite aquilo abaixo? a Câmara não consegue fazer valer a lei e demolir aquilo?

Outra situação é o Quartel Militar, que ocupa uma grande área dentro da Vila., em tempos moravam lá Militares em vivendas frente á Direcção  de  Faróis, essas casas estão ao abandono e a cair aos bocados, não há máquinas na Tropa para demolir aquilo? sempre ficava o terreno com melhor aspecto que se assistir á agonia das casas a cair um tijolo hoje, uma telha amanhã,  uma empena no outro dia, enfim razões que a razão desconhece, mantêm o Pais nesta tristeza de ver os bens Públicos a cair aos bocados.

Por falar na Direcção de Faróis, aqui ainda há movimento, coisa rara nos dias de hoje, ainda há trabalho para algumas Pessoas, mas pelo que «Observei» embora esta Direcção pertença á Marinha de Guerra, «Observei» que a segurança destas instalações é feita por uma empresa privada, então como é! até a Tropa já é guardada por privados? há tempos foi noticia que uma empresa de segurança privada fazia a segurança do quartel da G.N.R. de Armação de Pera, agora é a Marinha a ser «guardada» por privados, mas está tudo doido? então os Militares vão daqui para todo o Mundo supostamente para proteger Pessoa e bens, e cá  no «rectângulo» não consegue guardar a sua própria casa? estamos bem entregues. Tenho uma divida de gratidão para com os Militares, que não vou conseguir pagar, deram-me a Liberdade de poder estar hoje aqui a dizer as maiores barbaridades sem receio de ser preso, mas a verdade acima de tudo, e tenho a impressão que alguns Militares estão a seguir o caminho dos políticos de meia tigela que nos estão a pôr a pão e água, e não se estão a dar ao respeito, um Militar que se prese não pode estar numa instalação Militar guardada  por Civis, tenho dito.









sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Atenção Incautos! Eu Caí

História sem interesse, serve apenas para alertar os eventuais interessados em compras pela Internet.
Há uns meses comprei uma máquina fotográfica razoável para um amador como eu, acontece que nunca consegui entender-me com ela, nem ela comigo, assim chegámos a um acordo de Cavalheiros, e despachei-a em grande velocidade para a Filha (espero que esta não me venha a processar por venda de produto defeituoso ou de má fé) e abalancei-me a adquirir uma pela Internet, coisa que nunca tinha feito antes, a escolha coube na PIXmania, por ser o preço mais convidativo, do artigo em questão.

Assim no dia seis deste Mês de Fevereiro, do ano da graça de 2012, agarrei-me ao teclado, preenchi o formulário da empresa, que me forneceu a referência multibanco que paguei na hora, no valor estava a máquina propriamente dita, mais o transporte, este em entrega «Expresso», que a empresa indicava seria entregue em 24/48 horas.
Fiquei á espera da entrega passou dois três e quatro dias, e nada, envio E-mail a perguntar o que se passava, e nada, envio segundo, e dois dias depois vem uma resposta: para enviar prova do pagamento, assim fiz na hora, passaram mais dias e nada, mais E-mail, mais dois dias de espera, e a resposta é: não tem a morada.


Consulto a página onde está o histórico da encomenda e lá está a morada, que não era a da minha habitação, mas o Quiosque aqui próximo, para mais facilmente ser entregue a encomenda, passam mais dias e nada, mais E-mail e mais resposta que não tem morada, eu já á beira dum ataque de nervos escrevo a morada do Quiosque, e a da minha da habitação, no dia seguinte vejo no site que finalmente a encomenda está para chegar, foi entregue á distribuidora UPS, vou ao site desta e vejo todo o percurso da bendita máquina, que partiu de França dia 20-2, (pasme-se, paguei a dia 6 andaram a dar-me musica duas semanas, enquanto a máquina anda a passear pelos Campos Elisíos), daqui passa pela Alemanha donde parte dia 21, chega á Maia -Porto ainda nesse dia 21, partiu daí para Lisboa onde chega ainda neste dia, finalmente penso eu, já está perto.

No site da UPS diz que vai ser entregue dia 22 até ao fim do dia, porreiro, ainda não há três semanas e já vou ter máquina para bater umas chapas, fico de prevenção e vou olhando para o site a ver se há alguma alteração de última hora, e então não é que há mesmo? a entrega passa para o dia seguinte, razões? a morada não tem nome de rua, porra que isto já é demais, o problema agora é insolúvel, é que a morada não tem  mesmo nome de rua, e agora é tarde para ir baptizá-la, moro aqui á trinta anos, e ainda não foi baptizada, mas nunca houve problemas, pela indicação da morada fornecida pelos C.T.T., nunca ficou uma  encomenda por entregar e os gajos até têm o meu telemóvel, porque não me ligam? chega o meu Filho mais velho, que se agarra ao telefone, e vai disparando em quem lhe aparece do outro lado da linha, primeiro na PIXmania, a quem paguei, e de seguida ao distribuidor, que se desculpou, dizendo que como não tinha nome de rua, pensaram que era engano, e assim em vez de tentarem desfazer esse possível engano, nem sequer saíram do armazém para fazer a entrega. Finalmente recebi a máquina., mas não caio noutra, filhos da mãe.

Como se pode ver num documento que me foi enviado pela Pixmania, até no nome da transportadora me enganaram, disseram que seria a Seur, e quem entregou a encomenda foi a UPS, espero que me devolvam o que paguei a mais pelo transporte Expresso, porque afinal a máquina veio a pé desde França, e mesmo assim chegou depressa, pois só de lá partiu 15 dias depois de eu a ter pago, não ilibo a transportadora no atraso, pois tinha o meu telefone e não fez uso dele quando «julgou» que a morada não estava correcta.


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Outros Tempos, Outros Padres

Noutros tempos os Homens da batina, interessavam-se mais em ajudar a povoar as Terras por onde andavam, hoje os Euros falam mais alto, e o resultado é a baixa natalidade do Pais, que me recorde só o meu Amigo Ex-Padre Morais contribuiu com a sua parte para a não extinção da espécie, contribuindo com dois rebentos, nada que se compare com este «camarada» que foi Padre em Trancoso, ora leiam!

Sentença proferida em 1587 no processo contra o padre de Trancoso


(Autos arquivados na Torre do Tombo, armário 5, maço 7)

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos, será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas; de nove comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha, de quem teve três filhas.

Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres".

Não satisfeito tal apetite, o malfadado prior, dormia ainda com um escravo adolescente de nome Joaquim Bento, que o acusou de abusar em seu vaso nefando noites seguidas quando não lá estavam as mulheres.

Acusam-lhe ainda dois ajudantes de missa, infantes menores que lhe foram obrigados a servir de pecados orais, completos e nefandos, pelos quais se culpam em defeso de seus vasos intocados, apesar da malícia exigente do malfadado prior.

Mas a inteligência de D. João II, mais uma vez ficou provada neste episódio.

Porquê matar um padre (homem) que gosta de mulher?

Há é que tirar partido disso.

E como "colaborador" de povoamento, não deve ter deixado os seus créditos por mãos alheias...

Digamos que foi um grande cristão que não brincava em serviço...

"El-Rei D. João II lhe perdoou a morte e o mandou pôr em liberdade aos dezessete dias do mês de Março de 1587, com o fundamento de ajudar a povoar aquela região da Beira Alta, tão despovoada ao tempo e, em proveito de sua real fazenda, o condena ao degredo em terras de Santa Cruz, para onde segue a viver na vila da Baía de Salvador como colaborador de povoamento português.

El-rei ordena ainda guardar no Real Arquivo esta sentença, devassa e mais papéis que formaram o processo".

terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

Ó CRISTO, ANDA CÁ ABAIXO VER ISTO!

Quem tem acompanhado mais assiduamente este blog, e o que o antecedeu, percebeu que já tive aqui uns pequenos desencontros, com os Dignitários/As da Igreja da minha Terra, fosse pela não construção do muro de suporte do Adro onde apareceram ossos Humanos, fosse pela pintura da Igreja que não critiquei apenas me admirei com as novas cores, fosse pelo meu receio que as terras caídas pela falta do malfadado muro poderão provocar na minha habitação e nas dos meus Vizinhos, até quando afirmei que a luz da torre sineira estava acesa de dia, enfim sempre que me abalanço a escrever algo que toque na abençoada Igreja, tenho anónimos/as indignados/as a baterem forte e feio cá no Rapaz, tenho respondido a estes/as com a elevação possível, e com a calma que nem sempre  tenho, mas que tenho conseguido manter.

Quando em Abril de 2010 escrevi uma mensagem no blog Fuzo de Água Doce  onde disse que o Padre era um covarde por ter aproveitado uma noticia do Correio da Manhã, oriunda de informação com fotos das ossadas Humanas da autoria de uma minha Familiar, para em plena missa enxovalhar o Sacristão fazendo dele o bode expiatório de um assunto que ele tinha pleno conhecimento, arranjei logo ali sarna para me coçar, não podia tocar mais em assuntos da Igreja pois tinha-o a ele ou os seus «fiéis» á perna isso aconteceu como disse atrás por variadas ocasiões, e não aconteceu mais vezes porque também entendi que quem deve resolver os problemas da Paróquia são os seus Paroquianos, e não pertencendo ao grupo dos que vão á Missa o melhor é deixar o «barco navegar á bolina» e logo ver onde vai parar.

 Este sr. rodeou-se de várias Pessoas, que o apoiaram e lhe disseram amem durante os anos que esteve á frente da Paróquia, acredito piamente que são Pessoas honestas e que lhe terão dado o seu apoio apenas e só pela Fé que as move, não conheço todas, algumas só de passagem, mas sei que são Pessoas Honestas e trabalhadoras, algumas aproveitaram a boleia para acertar algumas «contas com Familiares desavindos», mas daí a acusá-las de conluio vai uma grande distância que não quero nem devo  percorrer, a única coisa que posso dizer é que também terão sido enganadas. Se assim foi como penso, gostava que agora postos perante o que a seguir escreverei, venham aqui ao blog, dizer da sua justiça, mesmo anonimamente como sempre fizeram, quando escrevi noutras ocasiões, assim espero.

Ontem fui até lá com a Patroa, que por motivos da cirurgia a que foi submetida já lá não ia á três meses, e lá permaneci até hoje, como não vou saber as noticias, vêm as noticias até mim, assim aconteceu com as últimas sobre o nosso homem-padre, contaram-me que o cavalheiro se terá apercatado com umas massas valentes, de um Lar da Terceira Idade duma Terra vizinha e terá sido suspenso pelo Patriarcado, são informações que correm na Terra onde aliás já não diz Missa, sobre os dinheiros de cá da Terra ainda está no «segredo dos Deuses» mas virão a saber-se mais tarde, penso eu. Quando me contaram não quis acreditar, então um homem que fala grosso e mal educadamente com os seus Paroquianos também se lhe colam aos dedos o dinheiro alheio? o homem transpira honestidade por todos os poros é lá capaz duma coisa dessas? que sim não há duvidas! agora todos esperamos os próximos capítulos com todo o interesse, por mim, continuo em duvida até ao esclarecimento completo que não deixará de acontecer, não aproveito o facto do «homem estar no  chão para lhe bater».


Entretanto o tal muro ou a falta dele que em tempos classifiquei das lamentações, continua por reconstruir, a Câmara quando foi da saída da noticia do aparecimento das ossadas no Jornal alegou desconhecimento, passados anos já sabe do assunto mas diz que o problema é da Igreja, a Junta em tempos colocou no lugar do muro uma rede plástica das usadas nos tapumes de obras, que entretanto o vento levou, nós pagantes que não temos nada a ver com estas «guerras» estamos á espera do Inverno (que para mal dos nosso pecados este ano não quer nada connosco) venha mandar mais terra, pedras e quiçá alguns esqueletos para a estrada, e para as nossas portas, que Deus nos acuda, que não á padre que nos valha.




sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Vedeta da Armada

Como já todos perceberam até pelo titulo do anterior blog, a minha estadia na Armada foi um desastre, não só para mim que amarguei mas também para a Marinha, pois dei cabo da cabeça a um com galões, embora com «armas» desiguais também dei alguma luta, é certo que fiquei a perder no final da refrega, mas como diz o ditado! «quem vai á guerra dá e leva» e  assim chegados a este ponto, lá correram comigo, sem indemnização a receber ou a pagar, portanto com contas saldadas! da minha parte não ficou ressentimento, da parte deles talvez, mas uma coisa é certa ainda hoje passados mais de quarenta e cinco anos e do falhanço que foi a minha permanência lá, continuo a gostar da Marinha, e da Arma a que pertenci, os Fuzileiros.

Assim sendo, quando vou dar umas voltas por Lisboa., quase sempre passo junto á Doca da Marinha, não para matar saudades da Doca propriamente dita, mas da Vedeta (Navio da Marinha utilizado para a travessia do Tejo até ao Alfeite) que foi o primeiro e único Navio onde viajei enquanto estive na Marinha, não se pode dizer que foram grandes viagens  Marítimas, mas para quem como eu, que a maior quantidade de água onde tinha navegado até então era o «famoso» Rio da Várzea, mais propriamente junto aos terrenos do meu Avô, rio este que pouco mais água lá passava que uma descarga de autoclismo, foi portanto uma grande aventura andar na Vedeta, mas para mal dos meus pecados nunca mais vi nenhuma atracada na Doca da Marinha, ora esta semana vinha eu ali no Terreiro do Paço, quando avisto em frente ao Cais das Colunas um Navio que me chamou a atenção, só podia ser a Vedeta, fotografei, com Zoom e sem ele e quando cheguei a casa ampliando as imagens lá estava o nome na Ré, Paiva.

Fui tentar saber na «bendita» Internet se conseguia ter alguma informação do Navio, e lá consegui saber que era de facto uma Vedeta, que tal como as outras três que ainda estão ao Serviço foi construída no Arsenal do Alfeite. Construído em 1975 tem o casco em aço, mede 35,20 metros de comprimento por 7.20 de boca, 1.45 metros de calado, dois motores de seis cilindros, consome 50 l/hora, e tem  capacidade para 439 Passageiros.
A explicação que encontro para nunca ter encontrado nenhuma Vedeta dentro da Doca, talvez se deva ao facto de ao contrário do que acontecia no meu tempo agora ficará atracada do lado de fora da Doca, penso eu, mas não consegui saber se será assim.
Aqui ficam umas fotos dessa minha ultima passagem pela Capital, com a Vedeta a ser «vedeta» desta vez.