sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

PRONTO, DESISTO!





Não dá, computadores, Internet, etc. não são para mim, destruo tudo o que me liga a essas tecnologias, ontem falei ao de leve sobre a minha luta para me ligar á Internet, hoje foi um disco externo que deu o peido mestre, não dá para continuar com a esta destruição maciça, que mais parece que ando a disparar as tais armas de destruição maciça que Bush, Barroso, Tony Blair e "&.Comp.  Cia. Ltda descobriram no Iraque, e destruo tudo á minha volta, os prejuízos têm sido incalculáveis, com esta luta que considero perdida, já me falta ânimo para continuar esta batalha, desisto, não dou mais o corpo ás balas!


Só nos últimos dias, as dores de cabeça que estas coisas me deram, já é o suficiente para arrumar de vez com esta história, das Internets Blogs, Facebooks e quejandos, quem me manda a mim  pôr a mão onde não devo? Há cerca de um Mês o portátil começou a negar-se a funcionar, só ligava quando lhe apetecia, até me fazia recordar alguns jogadores do Benfica que em certos jogos parece que já entram em campo cansados, andei para ali liga, desliga, já não sabia o que fazer ao bicho quando se fez luz nestes miolos cansados de tanto tentar ligar a coisa, e então lá fui verificar a data da compra do gajo, ainda não tem dois anos e já não quer bolir o filho da mãe, andei eu para aqui feito parvo sem perceber nada disto e afinal ainda está na garantia, eles que resolvam, e lá o fui entregar á Worten, o caso deve ser grave porque já lá o deixei á duas semanas e nem sinal dele, provavelmente recusa-se a voltar para casa, o filho da mãe!


Fiz então um peditório a nível Familiar para quando me desloco á Terra ter com que brincar, a Filha emprestou-me um router ó lá como se chama, o Neto mais novo um portátil daqueles pequenos, que é preciso uma lupa para ler nele, a velocidade do bicho também é devagar devagarinho, mas costuma-se dizer que quem não tem cão caça com gato, e a cavalo dado não se olha os dentes, e pensei numa solução, liga-lo ao monitor, como aliás faço com o meu portátil, mas qual quê, ando enguiçado, e não o consegui ligar, isto foi a semana passada, ontem fiz exactamenrte aquilo que diz outro antigo ditado, Homem prevenido vale por dois, agarrei no computador de secretária que utilizo aqui em Porto Salvo e convidei-o ir passear até Vila Verde, agora já não há desculpas para a coisa não funcionar.


Cheguei e liguei aqueles fios todos, e nada de Internet, o Router tem rede, mas o computador não o reconhece, andei horas naquilo, o tempo de chuva convidava a estar no quente da salamandra, e lá andei,  liga aqui, liga acolá, mas nada, até que já desesperado, me interrogava? Se isto funcionava em Porto Salvo porque não funciona aqui? Simples, a ligação é sem fios, e parece que os computadores de secretária não vêm preparados como os portáteis, tanta volta dei, que ao ligar um cabo U.S.B. para carregar o Router apareceu-me sinal do computador que já tinha acesso a uma rede, porreiro, ainda consegui ligar a coisa e escrever umas letras e carregar uma fotos, isto foi ontem, hoje quando regressei a Porto Salvo liguei aqui o computador, está a funcionar.
Ao seu lado tenho um disco externo onde tenho colocadas centenas de fotos, e vários documentos, que não recordo a sua importância, ainda estou nas nuvens, então não é que o gajo também se nega a abrir?




O computador não o reconhece, já o liguei ao tal portátil do meu Neto, e nada, a única coisa que pede é para o formatar, gaita, isso já eu fiz á tempos noutro computador e perdi tudo o que lá tinha, será isto normal? Então eu que até trato bem estas aparelhagens, não ralho nem praguejo, muito menos lhes dou porrada embora ás vezes me apeteça, e eles fazem-me isto? Desisto é demais para um pobre mortal que só quer passar uns minutos, ou horas tanto faz, lendo ou escrevendo, pesquisando coisas com interesse ou simplesmente jogando uma cartada para passar o tempo, já não dou mais para este peditório, a partir de agora vou dedicar-me á pesca, bem sei que também se perde material, mas as chumbadas e os anzóis têm custos muito inferiores, e sempre posso apanhar um peixito para o gato!

domingo, 23 de fevereiro de 2014

"A SAGA CONTINUA"

O Carlos Silva, num comentário que fez na mensagem anterior falava que a Esposa também sofre de Fobias, e como penso que ele não vai voltar a reler a anterior mensagem, deixo aqui mais algumas notas sobre o assunto.
Antes de mais tenho uma certeza, quem mais sofre com elas não são os próprios detentores da coisa, são antes os Familiares mais próximos, os que vivem em comum com ele, no meu caso até não quer dizer que me habituei, mais fui ao longo do tempo aprendendo a viver com a moléstia, e a Família? Muitas vezes pensará que é mania, capricho, ou simplesmente vai-se também adaptando a esta realidade se for capaz, não sendo a coisa fica preta.


Apenas alguns exemplos; Um dia parto com a Mulher e o Filho mais novo com destino ao Alentejo, ali para os lados Alter do Chão, para passar lá uns dias em casa de Pessoa Amiga, a casa estava muito bem situada, com todas as comodidades para os três, mas logo na primeira (e última) noite começo  ouvir chocalhos de animais, que tinham instalações próximas, de madrugada toco a alvorada e ala que se faz tarde direito a casa, acabaram as férias.
Noutra ocasião vou a Lamego, a casa dos meus Sogros é numa Povoação próxima, tinha ficado escaldado na última vez que lá tinha ficado, porque um peixeiro modernaço, ás cinco da manhã colocou lá uma aparelhagem sonora a debitar em altos berros ranchos folclóricos e similares, mesmo no largo em frente da casa onde eu estava, fiz ali um cruz para nunca mais lá dormir, assim dessa vez combinei com  a Patroa pregar uma mentirinha inocente aos Pais dela.

Que não dormíamos lá por uma qualquer razão que já não recordo, ficámos na Cidade num hotel que parecia que vendia silêncio, pois ás vezes o que parece não é, o hotel é numa avenida que vai ter á Câmara, toda a santa noite gajos com motos a fazer corridas ou pelo menos a acelerar, e um barulho infernal, toco a alvorada ainda noite e regresso a Oeiras.
Mais de um vez saí de casa com a Mulher e Filhos quando estes eram pequenos, destino: Lagoa de Albufeira, sigo pela autoestrada Lisboa, Estádio Nacional, e quando me aproximo do Monsanto, trânsito parado ou a passo de caracol, acabou a ida á Lagoa, fica para a próxima.
São apenas alguns exemplos dos contratempos que a Família tem passado.


Depois ainda há outros inconvenientes para terceiros, no caso que contei no Alentejo, o dono da casa deve ter pensado que desopilei tão depressa porque não terei gostado de alguma coisa, ou não me ter sentido confortável, isso mesmo se tem passado em casas dos meus Compadres, ainda no Verão de 2012 fui para uma casa de férias deles com a ideia de estar lá uma semana e ao fim  de dois dias estava de regresso, quando lhes disse que estava já em Porto Salvo, só me responderam já? Mas estes já me conhecem de ginjeira e penso que não estranham, mas a Mulher, que prepara a trouxa digamos para uma semana, e no dia seguinte estamos de regresso, já me deve ter rogado tanta praga que se elas caíssem já tinha ido desta para melhor, enfim cada maluco a sua mania, e as minhas como se comprova são vastas!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

"FOBIAS? TALVEZ"

Pois é, ao fim de quase setenta anos cheguei á conclusão que estou infestado de fobias, assim, só como aperitivo diria que tenho fobia andar de avião, Aerodromofobia, a sons acima 50 decibéis, Acusticofobia, também não vou com multidões (mais de 4 Pessoas) Agorafobia, e muitas mais que seria fastidioso estar aqui a enumerar, perguntarão a que propósito venho eu falar sobre as minhas manias, então a resposta é esta; Em primeiro lugar porque me parece que a coisa se pega, é portanto contagioso, e não pretendo «infectar» ninguém, em segundo e não menos importante é que só agora cheguei á conclusão que isto é doença, e não mania como pensava, não só eu mas os que me rodeavam, ou rodeiam, passo a explicar:


Nasci grande, mas não o suficiente para me recordar dessa época, mas a partir do momento em que assentei praça na Escola Primária, (onde me doutorei  em fugas) aí já começo a recordar as fugidas daí, mas mesmo que não recordasse, há quem se recorde bem disso e que faz questão de mo recordar, para quem presenciava isto apenas dizia que o rapaz era maluco, incluindo a Família, apesar  dessa instabilidade, e das fugas ás aulas, fiz a quarta classe nos quatro anos da praxe, portanto o que ficou foi o resultado, afinal o gajo é maluco, mas até é inteligente, pois fez a quarta classe sem perder nenhum ano, isto com a idade vai ao sitio, era o diagnóstico que me faziam, e o remédio para a cura, a idade!

Segue-se de imediato o primeiro trabalho, vendedor de leite de porta em porta, em Alenquer, Sol de pouco dura, a instabilidade veio para ficar, regresso a casa, trabalho na Agricultura, aí curiosamente ou talvez não, aguento, até sou mimado pelo caseiro e colegas mais velhos, mas a enxada não era propriamente aquilo com que sonhava, vou para padeiro nas Paredes de Alenquer, vou e volto por três ocasiões, só estou bem onde não estou, noto que a rua é o meu local de eleição, ando atrás do jerico a fazer a venda do pão, e estou nas minhas sete quintas, entro na padaria para ajudar a fazer o pão, e a coisa já não está bem, mas não dou importância ao assunto, afinal ainda só tenho quinze anos e tudo isto se deve á minha juventude, vou novamente para  Agricultura, daqui para analisador de vinhos, ando dum lado para outro mas nada me satisfaz.


Tenho dezoito anos, sou desafiado a  tentar a sorte na Marinha, inscrevo-me, faço as provas e sou aceite, vou para Fuzileiro, a especialidade mais próxima daquilo que tem sido a minha vida, uma «guerra» constante, (só que sem inimigos do outro lado para guerrear), afinal o estar fechado no Quartel sufoca-me, ando constantemente a salto, poucas vezes visto a farda de saída, a não ser quando saía autorizado, são castigos atrás de castigos, já todos sabiam onde me encontrar, e várias vezes lá ia o Jeep da P.N. a Palhais dar-me boleia para a Escola de fuzileiros, até que se fartaram de mim e me despacharam em grande velocidade, não sem antes comer o pão que o diabo amassou.

Saio da Marinha sou chamado para o Exercito, destino, Infantaria 7 Leiria, mas o filme foi o mesmo, fechado não é para mim, em pouco tempo despacham-me em grande velocidade tal como nos Fuzileiros, galo do campo não quer capoeira, penso eu, ando por aqui e acolá, o casamento assenta as Pessoas, ouvi dizer, então assim seja, Caso. Mas a rua continua a ser o meu meio natural, trabalhos são mais que muitos, fixo-me finalmente na reparação e substituição de candeeiros na iluminação Publica, acontece o 25 de Abril, acaba o trabalho no ano seguinte, mais uma vez aos saltos, até que 1976 me leva aos Serviços Municipalizados de Oeiras, trabalho nas estações de esgotos, é verdade que estou fechado, mas a maioria do tempo passo-o na rua, só preciso de ter o serviço feito, e bem, não tenho chefes á perna, estou bem, dois anos depois fico a chefiar o sector, são mais de vinte instalações espalhados pelos Concelhos de Oeiras, Amadora e Sintra, estou nas minhas sete quintas, quase não me sento no escritório, é ouro sobre azul, a rua sempre ela a chamar por mim!


Mas um dia, (há sempre um dia)  estou num a reunião nos Serviços Técnicos na Medrosa, (instalações que mostrei há dias abandonadas) e começo  mudar de cor, qual camaleão, uma Engenheira sentada á minha frente nota que não estou bem, e vai arranjar um copo de água com açúcar, saio á rua para apanhar ar, a coisa passa, penso que terá sido do muito tabaco que andava no ar, (naquele tempo fumava-se, e bastante em reuniões)  não ligo mais ao assunto, duas semanas depois vou com o meu Chefe a uma reunião á Firma Lusovema em Lisboa repete-se a mesma cena, aí sim comecei a pensar que alguma coisa não estaria bem, mas essas histórias das fobias não existiam, nunca tinha ouvido tal coisa, sabia que não me dava bem em locais com muita Gente, mas pensei sempre que era uma questão de gostos.

E no meio disto tudo a Família? Sim porque existe Família, Mulher, Filhos e Netos, pois é, com a Patroa fui uma vez ao cinema a Paço de Arcos, e o raio do intervalo que nunca mais chegava, saímos quando ele se dignou aparecer e até hoje, teatros? Restaurantes? Enfim festas? Nada, passeios? Só de carro, e várias vezes com o destino alterado a meio do percurso, bastava (basta) ver fila de carros parados á minha frente, (por isso mesmo evito autoestradas porque aí não posso sair se alguma coisa me obriga a parar), e com os Filhos? A mesma cena, coitados foram-se habituando, penso eu, pelo menos nunca reclamaram (acredito que vontade não lhes faltava) reuniões de Escola? A Mãe encarregava-se disso.
E eu? Sim também tenho vida para além do trabalho, pois é, reformei-me e pensei, agora isto vai, vou começar a sair porque esta mania foi-se instalando e parece que veio para ficar, e a coisa agravou-se porque passei a viver só para o trabalho, era de noite e de dia Sábados, Domingos e Feriados, mas agora acabou!


Acabou? Parece que não, a patroa vai com os Filhos passear á Madeira, então tu não vais? Eu ir de avião? Já vais, fico a tomar conta do cão! Vai a Itália com a Filha? Eu fico a guardar a casa! Ao restaurante? É pá agora estou lixado, a minha Irmã vai comigo a Vila Verde e insiste que tenho de ir almoçar ao restaurante, gaita não vou ficar mal na fotografia, e fui, não uma, mas duas vezes, até já me estava a habituar, pois conheço os proprietários há anos, afinal agora por causa destas modernices das registadores ligadas ao Fisco fecharam o restaurante, e dedicaram-se á agricultura, porra já é ter azar, agora acabou. E cafés? Aí vou, mas não me fechem a porta, porque com a história do ar condicionado têm a mania de estar de portas fechadas, aí não entro. 

Antes de ontem fui com a Filha a uma firma em Queluz, á entrada para o parque de estacionamento uma cancela, já não estou a  gostar disto, carrego no interruptor, a cancela levanta e entro, tem calma camarada que não vais ficar preso, andamos pelas instalações, mas eu só pensava na cancela, é que na da saída não vi nenhum interruptor para eu próprio a abrir, e também não havia funcionários á vista, tive de perguntar a um funcionário como ia sair dali, o Homem descansou-me que alguém a ia abrir, mas só me senti seguro quando a transpus. Hoje mesmo, depois da minha caminhada por Caxias e Paço de Arcos, depois de regressar a casa, saí novamente apeado, eram 8h55, passou por mim a Srª do quiosque onde costumo beber o café, como ainda ia ligar a máquina, segui e fui até ao Campo da Bola, outro café, mas também fechado, volto para espreitar o primeiro, ainda de portas fechadas, restava-me um terceiro, e próximo deste, olho lá para dentro e estão 3 pessoas ao balcão, e vão duas a entrar, acabou, isto já é gente a mais, regresso a casa sem beber o bendito café.


Depois de 1500 metros palmilhados, chego a casa e bebo lá o café, embora o da rua me saiba melhor! Resumindo toda a história que já vai longa; Hoje não tenho mais duvidas que aquilo que considerava mania é mesmo doença, chamem-lhe fobia ou outra coisa qualquer, e devia em tempo útil ter sido tratado para não chegar tão longe, não o fiz e não importa agora chorar sobre o leite derramado, deixo aqui este relambório por duas razões, na esperança que um Leitor desta minhas crónicas, (de quem gosto muito) faça uso delas, para não chegar a este ponto, porque os sinais não são nada animadores, e também para alertar algum Leitor que por aqui passe, para tomar nota nos sinais de alerta que aqui deixo. Fiquem bem, divirtam-se e não se tranquem em casa.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

"LISBOA DE ONTEM E DE HOJE"


Mais uma caminhada pela Capital, levava um determinado trajecto na ideia, mas perdi o norte, enfiei-me por becos e travessas desconhecidas, e lá se foi o programa para o lixo, então foi assim;
Cais do Sodré, 6h40, hoje não vou junto ao Rio, caminho pela Rua do Arsenal, ás vezes as saudades mesmo de coisas menos boas voltam, foi por isso que fiz este trajecto, para passar á "Casa do Marujo" como era conhecida entre nós Marinheiros que lá pernoitávamos ocasionalmente, embora o nome oficial fosse (e ainda lá está a lápide) Casa do Marinheiro da Armada".



Normalmente isso acontecia quando «perdíamos» o transporte para a «outra banda» (normalmente porque se esquecíamos das horas nos bares do Cais do Sodré ou Intendente, então por qualquer coisa como 25 tostões ou três escudos já não recordo ao certo, ali dormíamos, quem conseguisse é claro, por os percevejos eram mais que muitos, até os ouvíamos a roer a pele do Pessoal, mas hoje fiquei admirado da mudança, aquilo já não é para recolha dos noctívagos, é uma academia da ginástica como pude observar, pois àquela hora já se ginasticava por lá.




Fui andando, passei pelo Rossio, Martim Moniz, Rua da Palma, Almirante Reis, Intendente aqui foram colocados dois bancos de jardim todos futuristas com designe da «Decoradora do Regime, Joana de Vasconcelos» estão bonitos, e com protecção contra vendavais e tudo, quanto terão custado? Isso não é da minha conta, afinal os meus impostos são para pagar a divida do País, estes luxos são pagos só pelos Lisboetas! A seguir perdi-me, entro num beco estreito, saio na rua Damasceno Monteiro e começo a andar como o caranguejo, para trás portanto, arrepiei caminho fui dar ás escadinhas com mesmo nome.



Escadinhas uma gaita, isso é para não assustar quem se atrever a iniciar a subida, aquilo são degraus, contei 150, e depois da curva foram mais vinte, finalmente terminou a subida e estou no Miradouro da Senhora do Monte, que já se chamou de Santa Catarina do Monte Sinai, aqui fiz uma fotos, e ganhei balanço para o resto da caminhada, que como não podia deixar de ser, foi sempre a acelerar, a descer todos os Santos ajudam, passei junto da horta comunitária que tanta celeuma deu o ano passado, com a Câmara a quere acabar com ela, mas estava correcta a decisão, porque aquilo era só lixo, hoje não, está bonita, assim dá gosto ver.



A restante descida com passagem pela antiga «rua do crime» mas baptizada por Benformoso, novamente Martim Moniz e o café no sitio do costume, hoje apanhei lá aquela Menina que há dias afirmou que «agora é que se trabalha, antigamente eram só empregos" claro que não perdi a oportunidade de lhe recordar essa afirmação, coitado ficou sem palavras, para a próxima tenho de amenizar a coisa, não vá Rapariga ficar chateada e deixar de transportar os leitões que são o forte da casa, é que a colega que vem substituir está quase a parir, e portanto incapacitada durante uns tempos de trabalhar, e trabalho pesado, depois foi o reencaminho para o Cais do Sodré, sem mais história, agora vou tentar ver o Barcelona com o City, que se prevê ser um bom jogo.



sábado, 15 de fevereiro de 2014

"OBSERVANDO E RECORDANDO"



Um belo dia de Verão, estava eu de papo virado para baixo numa Praia daqui da Costa do Sol, após uma noitada mal dormida acabei por me entregar aos braços de Morfeu, estava num daqueles sonhos que até parecem vividos, (ou a viver) quando sinto uns pingos de água a cair-me no lombo, porra! então está a chover? Iço o esqueleto assustado, e vejo uma Cigana com as mãos ainda a pingar, tinha sido uma gracinha da Senhora para me acordar, e ler a sina, olhei para ela com ar de poucos amigos, ela riu-se e disse: quem anda a chuva molha-se meu filho, mas que raio de conversa é esta? A Velha (já era uma Senhora idosa) está maluca, pergunto.lhe, o que quer? Ler-te a Sina meu filho, está bem (eu queria é livrar-me dela e bater outra soneca de seguida),  estendi-lhe a mão direita, ela começa com uma ladainha, de tal maneira rápida que só fixei aquilo que me tinha dito antes, quando me acordou, «quem anda á chuva molha-se». Serve este introito para recordar as molhas que tenho apanhado nos últimos tempos! Hoje finalmente não choveu, portanto pensava eu, que não chovendo não haveria molha, isso era o que eu pensava!


Pois estava redondamente enganado, na minha caminhada matinal entre Caxias e Cruz Quebrada, vou eu muito bem no passeio, passa um sacana qualquer de carro, passa com as rodas numa possa de água e dá-me um banho dos pés á cabeça, porra que isto já é demais, se a água não vem de cima vem de baixo, enfim é a vida, era para passar pela Estação da C.P. de Caxias, e neste estado já não passo!
Ia então no passeio junto ao Mar e reparo que o antigo restaurante Mónaco que há tempos mostrei todo vandalizado, andam agora a colocar tijolos nas portas e janelas, para impedir o acesso ao seu interior, depois da casa roubada! Mas que cambada de jumentos que haviam de brotar neste País, faz-me recuar uns dois anos quando mostrei aquela antiga Unidade da nossa Armada, paredes meias com o Forte do Areeiro em Oeiras, abandonaram-no aos Deus dará, depois de tudo destruído colocaram lá segurança dia e noite até hoje, mas será que estes jericos não sabem usar os miolos?


Falava eu no restaurante Mónaco, pois nunca lá entrei muito menos lá comi ou bebi, aquilo não era para todas as bolsas, se bem entendem, mas deu-me muitas dores de cabeça, ao longo dos anos perdi a conta a quantas chamadas recebi para acudir ao restaurante que estava inundado, e lá ia eu ou o Pessoal que trabalhava comigo direitos á Estação Elevatória de Esgotos que fica próxima a ver se tinha acontecido alguma avaria na mesma, nada, da nossa parte estava tudo bem, então o que acontecia para inundar as caves? Gorduras, na cozinha mandavam tudo o que não podia ser vendido para o esgoto, incluindo óleos azeites e outras gorduras, depois de arrefecerem solidificavam e obstruíam a canalização, as gorduras eram tantas que foi necessário adquirirmos desengordurantes para desobstruir o nosso equipamento, finalmente com a falência do restaurante ouve paz, vamos ver até quando pois constou-me que os Espanhóis o querem comprar, ou já compraram!