quinta-feira, 30 de maio de 2013

"OBSERVANDO, E DIVAGANDO"

Hoje andei aqui por Oeiras, passei junto á Câmara e antigos Serviços Municipalizados, estes com novo edifício, tendo ficado as antigas instalações para Câmara pois o edifício é único embora com entradas distintas, subi depois para o centro da Vila, e aqui observei aquilo que eu pensava ser de todo improvável acontecer, embora já nada me admire com tantas barbaridades que já assisti, pode-se ver numa imagem numa rua de calçada um edifício de cor avermelhada, seguido de outro mais baixo pintado de duas cores, uma parte creme a outra azul, no primeiro avermelhado era uma sapataria do meu tio Carlos França, a creme já não me recordo a sua utilização, e a azul eram casas de banho Publicas, eram! Agora está a servir de escritório, e quem tiver vontade de mudar a água ao bacalhau!  Faça-o na próxima esquina, ou em plena calçada, se for á noite ninguém vê, não o façam é nas calças que ficam a cheirar mal, isto é Portugal no seu melhor.
 
 
No regresso Porto Salvo passei junto á Estação Agronómica Nacional, que foi recentemente integrada no Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária, não faço ideia se esta junção trouxe alguma vantagem para aquilo que foi desde o seu inicio, no longínquo ano de 1936, a sua função principal, era estudar o desenvolvimento e o progresso das Ciências Agrárias, de facto juntar vacas e porcos numa seara de trigo ou numa vinha não será muito aconselhável, as más línguas até falam que esta junção foi feita para dar cobertura á entrada duma manada de cavalos de alguém amigo! Lá que há cavalos espalhados pela  Quinta  isso há, já se são dos amigos ou não, fala-se; mas este Povo também não pode ver uma camisa lavada a um  Pobre que diz logo que foi roubada, como se o Pobre não a pudesse ganhar com o seu trabalho.
 
Nas fotos que mostro também se pode ver (escrevi "mosteiro" no edifício) o Mosteiro de Santa Maria do Mar, que alberga as Irmãs Beneditinas Missionarias, este Mosteiro foi construído nos finais dos anos cinquenta do século passado, e projectados por dois Arquitectos bastante conhecidos, Nuno Teotónio Pereira e Nuno Portas, Pai do conhecido "Paulinho das Feiras", agora investido nas funções de Ministro dos Negócios Estrangeiros, a quem curiosamente nunca confiei o meu voto, e que agora tem na sua mão a «arma» que pode impedir o seu colega Gaspar  de me sacar mais algum da minha reforma, vá lá «Paulinho»  zela pela rapaziada mais antiga que nós convidamos-te para uma sardinhada agora pelo Santo António.
 
 
Já te vi uma vez fardado de Marinheiro pelo que não deves ter dificuldade de manobrar um daqueles submarinos que comprastes aos nossos «amigos» Alemães, se o Gaspar não for na conversa, apanhas ali na Doca da Marinha a Vedeta das sete e meia e vais á Base do Alfeite que os Submarinos estão lá ancorados, já não submergem mas para o efeito não importa, do local onde se encontram espeta-lhe com um Torpedo no Edifício do Ministério das Finanças que fica mesmo em frente do Alfeite, que o gajo pega cedo ao serviço, e assim acabas com esta agonia, com que o teu governo tem  presenteado os Velhos deste País, ao longo destes mais de dois anos, que estão em funções, vá lá não desistas, que nós estamos contigo, se precisares de ajuda é só apitares, usa aquele apito que se utiliza a bordo para não levantar suspeitas.

terça-feira, 28 de maio de 2013

PELAS RUAS DE LISBOA

Hoje fui caminhar por Lisboa, a hora de saída é a mesma de sempre Comboio das 6h50 e partida da Estação de Paço de Arcos, o local de chegada varia entre Alcântara, Santos e Cais do Sodré, hoje foi no fim da linha ou seja nesta última Estação, o destino estava alinhavado, seria até ao Marquês de Pombal, mas foi alterado quando no Terreiro do Paço avistei um Navio de Guerra ancorado no Cais do Jardim do Tabaco, ali ao lado da Doca da Marinha, e como Homem do Mar (embora o meu forte seja a terra firme) não podia deixar de ir o mais próximo possível para ver que Navio se tratava, pois pelo seu porte a dar para o avantajado  não me parecia ser cá do Rectângulo.
 
Afinal não vi inscrição ou Bandeira que me elucidasse, no meu tempo todos os Navios de Guerra tinham na Proa a letra correspondente que o identificava, e navegando nas nossas águas tinha a nossa Bandeira no ponto mais alto do Navio, mas, a da sua Nacionalidade também por lá estava á vista, este estava quase despido, á vista só a nossa Bandeira, um Helicóptero e duas peças de artilharia, mas juraria que Português não é, a não ser que tenha saído o Euro milhões á Marinha.
Outra coisa que me intrigou foi aquela barraca branca montada no convés do Navio, como o gajo parece meio clandestino, não me digam que fizeram lá uma Boate para animar a Malta da noite Lisboeta.
 
 
Assim com a alteração do traçado da caminhada aproveitei o facto de estar já com um pé em Alfama, para uma vez mais palmilhar uma parte deste Bairro, fiquei de alguma maneira admirado por ver já as ruas, becos e largos engalanados para as Festas dos Santos populares em especial as relacionadas com Santo António, Padroeiro da Cidade, é certo que Maio está quase a despedir-se e as coisa são preparadas a tempo e horas (ao contrário do Pais, que anda sempre com atrasos, e por isso navegando á vista). Sobre o Santo António padroeiro da Cidade temos uma curiosidade, ouve tempos em que eram dois os Padroeiros, São Vicente mais antigo, a que se juntou mais tarde Santo António, neste momento este último é de facto o Padroeiro da Cidade, enquanto São Vicente é Padroeiro da Diocese
 
 
Segui depois até junto do Castelo, tendo descido pela rua da Saudade, parei junto ao prédio onde viveu o grande Poeta Ary dos Santos, caminhei pela rua da Madalena até ao abastecimento no Poço do Borratém, desci novamente para junto do Tejo e ao chegar ao Terreiro do Paço deparo com uma verdadeira Horta, onde não faltavam diversos artigos Hortícolas, uns plantados, outros em caixas prontas a irem para a panela, até algumas ovelhas lá havia, embora com uma vedação, para ninguém se  nos aproximar, provavelmente com receio que lhas roubassem, de facto com a crise que vai por aí, era melhor colocaram lá alguns cães de raças perigosas a guardarem a horta, as ovelhas e as couves e até os agricultores, pois em tempo de guerra não se limpam armas e tudo serve para fazer uns trocos.
 


sábado, 25 de maio de 2013

PARA MEDITAR


A minha geração passou as «passas do Algarve» não toda é claro, mas atrevo-me a dizer que talvez mais de 90% não teve infância nem adolescência, os Rapazes passaram de bebés a homens,  começando na labuta por volta dos dez anos de idade, quando não menos, no campo ou a guardar o gado, na sua maioria, com as Raparigas acontecia o mesmo, embora em trabalhos mais leves como «Criadas de servir» algumas a sofrer ainda mais que os Rapazes tal a qualidade de algumas patroas, (e patrões, mais os filhos dos patrões) tudo isto passou felizmente á história, ( passou mesmo?)
O «palhaço» que se vê na foto, que alguém colocou na Assembleia como deputado, bolsou palavra e disse: «a peste grisalha» referindo-se aos Velhos deste País, que começaram a trabalhar ainda usavam fraldas, este sacana não é digno de estar no Parlamento (embora tenha muita companhia da mesma laia) os responsáveis do partido a que pertence se tivessem alguma dignidade tinham-no mandado retratar, como o não fizeram, parto do principio que concordam com ele, e para que não restem dúvidas, veja-se o ataque aos reformados que têm levado a cabo ( e vão continuar).
Eu até lanço daqui um desafio a todos os «grisalhos» vamos processar o gajo, seguindo o exemplo do Presidente Cavaco em relação ao Miguel Sousa Tavares por este lhe chamar palhaço, «Peste Grisalha» é mais ofensivo, pois Palhaço há-os com grande dignidade, vamos a ele.


APROVADO HOJE EM CONSELHO DE MINISTROS, ENTRA PARA A SEMANA EM VIGOR

 «6 Coisas que não sabes sobre as consequências do aumento da idade de reforma»

 

1 - Todos os locais de trabalho com mais de 100 trabalhadores vão passar a ser obrigados a ter agência funerária. Com mais de 500 trabalhadores vão também ter que ter um crematório (preferencialmente junto à zona de economato).

2 - Ao completar 85 anos o trabalhador pode começar a trabalhar só da parte da manhã, mas também passa a trabalhar nas manhãs de Sábado.

3 - Todas as repartições públicas vão estar equipadas com megafones para os utentes se fazerem ouvir.

4 - Não vai ser necessário pagar 13º mês nem subsídio de férias aos trabalhadores com Alzheimer.

5 - O governo já tem uma parceria com a Ausónia e todos os locais de trabalho vão estar equipados com dispensadores de fraldas para adultos.

 6 -Nos serviços com atendimento ao público os utentes/clientes que mudarem as fraldas aos funcionários têm atendimento prioritário.

 

quinta-feira, 23 de maio de 2013

RECORDANDO

Já me tinham dado a noticia há algum tempo mas sem confirmação, apenas por terem ouvido dizer, hoje confirmaram-me que um antigo Funcionário que trabalhou comigo vários anos teria falecido, ainda não tinha idade para embarcar, mas ela não está pelos ajustes, quando quer levar alguém não se preocupa com idades, situação económica, social ou outra, leva-nos e pronto, acabou.
Era Pessoa trabalhadora, quando entrou para o serviço já tinha alguma idade o que lhe dificultava a adaptação quando surgiam novas tecnologias o que era frequente, tanto assim que nos últimos anos pediu transferência, ao que não me opus, pois sou de opinião que jogador contrariado não produz bons resultados, e nem no banco de suplentes o quero para não desestabilizar a equipa, era bastante nervoso consequência da sua difícil adaptação, pois sempre tinha trabalhado no ramo dos tecidos, coisa completamente diferente, daquilo que viria a fazer aqui.

Quando hoje confirmei a noticia, revivi algumas peripécias com ele, e que não resisto a contar quando trabalhámos juntos.
O trabalho era por turnos e abrangia as 24 horas do dia, algumas noites em que não conseguia dormir saía e ia dar uma volta pelas instalações de que era responsável, algumas vezes cruzava-me com o Homem que estava de serviço, outras não, pois as instalações eram muitas, e nos três Concelhos; (Oeiras, Amadora e Sintra) uma noite quando cheguei á Central do Dafundo dirijo-me á viatura que o Amigo Victor conduzia e reparei que estava aberta e a chave na ignição, retirei a chave e coloquei-me a uns metros de distância junto á porta dum prédio, quando ele saiu da Central e se dirigiu ao carro viu que não tinha a chave na ignição, voltou a  entrar na instalação, saiu procurou no chão, no carro, e de repente começa a gritar que tinha sido roubado, claro que tive de me mostrar logo caso contrário toda a vizinhança acordava, este ainda era do tempo de porta da casa aberta, e não se adaptou (tal como eu) aos novos tempos de gatunagem.

Passado algum tempo, também de madrugada saio de casa e dirijo-me á Central de Santo Amaro que fica junto á Praia, quando vou a chegar está o Victor parado junto á carrinha, saio do carro e ele dá um grande sorriso, ao mesmo tempo que exclama, ai foi você! Olhei para ele admirado e pergunto fui eu o quê? Que me tirou a carteira, ó Homem estou a chegar, não tirei coisa nenhuma, mas ele lembrando-se do que tinha acontecido com a chave do carro na outra noite estava mesmo convencido que tinha sido eu, afinal não aprendeu com  a história da chave e deixou a porta do carro aberta com a carteira lá dentro, passou por ali um amigo do alheio e fanou-lha, apareceu em Torres Novas, um tempo depois com os documentos, já não foi mau, pois podiam ter-se desfeito deles, como tem acontecido muitas vezes.

Um dia pediu.me se podia fazer uma pequena horta junto ao depósito da Terrugem, disse que sim pelo menos o terreno tinha alguma utilidade, mas desconfiava dos seus conhecimentos agrícolas visto o trabalho anterior dele ser vender tecido a metro, um final de tarde andava eu com alguns Amigos no Jardim de Paço de Arcos quando vejo no viveiro de flores que na altura faziam lá, umas flores com algumas semelhanças com tomateiros, apanhei algumas e no dia seguinte dei-lhas, disse-lhe  que eram tomateiros de boa qualidade, (ele gabava-se perante os Colegas que percebia de plantas) o Homem nem pestanejou foi logo plantar os «tomateiros» ali estiveram durante mais dum Mês até que um colega sabendo da marosca lhe contou a verdade, mesmo assim não deu o braço a torcer dizendo que sabia que eram flores, enfim nem tudo eram rosas mas também nos divertimos com algumas passagens deste Homem, que se foi embora sem se despedir.
Que descanse em Paz.

terça-feira, 21 de maio de 2013

PARABÉNS AO MEU FILHO PEDRO

Qualquer dia ainda me vão chamar o Borda de Água, tantas são as datas que aqui, ou ali vou recordando, só me falta adivinhar quando chove ou faz Sol, mas estou a estudar para o fazer brevemente, mas a data de hoje não podia deixar passar, assim e começando pelo principio, estamos no ano da graça de 1972, o  Mês é Maio  e o dia 21, é Domingo, eu e a Patroa estamos a trabalhar e residir numa  moradia junto á Quinta de Antenor Patino conhecido como o rei do estanho,  paredes meias com o campo de Golfe do Estoril a meio caminho entre Alcoitão e Estoril, digamos que era uma espécie de faz tudo, desde Chofer, passando por jardineiro e guarda, a Patroa como cozinheira e lá íamos vivendo, (e bem).

Os Patrões, de Nacionalidade Sueca, e boa Gente (que descansem em Paz) tinham ido jantar fora, e a minha Patroa com as dores de parto, a não querer esperar que o Sr. Percival Calissendorf,  Esposa e Filhos chegassem a casa, eu apeado no meio de nada, arvoredo e um caminho onde só passava um carro de cada vez, e por companhia a minha Menina com seis anos, mais os cães da casa, e a pedir a todos os Santos que eles não demorassem, não fosse a  Mulher parir ali, não sou nada como a rapaziada moderna que assiste e até filmam as suas Marias a parirem, é realmente de enaltecer a coragem desta Rapaziada moderna, eu acho que estava já mais aflito que ela, é só não fugi dali para não a deixar desamparada, mas os nervos eram tantos que acho que até já estava também «com as dores».
 
Na casa havia dois carros mas um (por azar) estava na oficina, não queria chamar os Bombeiros porque ela dizia que aguentava, mas quem já não estava a aguentar era eu, felizmente chegaram por volta das vinte e duas horas,  foi o tempo de eles saírem do carro e entrar-mos nós, o Volvo nunca andou tanto, voou, dali até Oeiras pela Marginal (ainda não havia auto estrada) a tempo de o Rapaz nascer na Maternidade da Misericórdia de Oeiras, (onde aliás nasceram os três).
Larguei a Mulher ao cuidado de quem sabia do oficio e fui aliviar o stress a um Bar a Cascais bebendo qualquer coisa que já não recordo o que foi, entrei, aquilo eram luzes a apagar e acender, um som dum gajo ficar doido, foi o tempo de enfiar a bebida pela goela abaixo e regressar ao "Casal da Ana", deitei-me mas não cheguei a dormir, telefonaram da Maternidade a informar que o Rapaz tinha nascido, e estava bem tal como a Mãe.
Assim resta-me deixar-lhe aqui os Parabéns pelo quadragésimo primeiro aniversário, que sejas muito Feliz na companhia da tua Esposa e Filhos.

 

domingo, 19 de maio de 2013

PORQUÊ, "ANDRADES"

Na passada Sexta Feira em conversa com dois Amigos, perguntava-mo-nos qual seria a origem, de chamar "Andrades" aos adeptos do Futebol Clube do Porto, nenhum de nós sabia a resposta, pelo que, quando tive acesso á Internet fui tentar saber responder a essa pergunta, que muitos fazem mas não têm resposta, assim o que consegui saber aqui fica, no dia em que para mal dos meus pecados, estou convencido que mais uma vez o titulo de campeão vai para as Antas, e ainda pior, este ano nem sequer temos os árbitros, ou as arbitragens,  para descarregar a frustração.




O Ameal, o Lima e a história dos «andrades»

Nos anos 30, o F.C. Porto tinha já alguma projecção em termos nacionais e recebia frequentemente a visita de equipas estrangeiras. Os jogos com o Benfica, por exemplo, eram sinónimo de grandes receitas, mas o campo da Constituição revelava-se exíguo para a grandiosidade destes eventos.
Em 1937, em Assembleia-geral, foi feita a proposta para que o clube contraísse um empréstimo para a construção de um estádio próprio. Para o efeito, os sócios teriam de subscrever obrigações. No entanto, a procura não correu como o previsto e o sonho foi adiado.

O F.C. Porto alugou então, para os jogos grandes, o campo do Ameal, um dos melhores estádios de Portugal, que recebeu mesmo alguns encontros da selecção nacional. Mas o Sport Progresso, arrendatário do terreno, reclamou em tribunal por alegadas falhas no pagamento. Os portistas passaram então a jogar no campo do Lima, que era utilizado pelo Académico e cujo aluguer era considerado exorbitante pelos sócios dos «azuis e bancos». Os três clubes envolveram-se então numa guerra de comunicados, que culminou numa série de acontecimentos estranhos: um incêndio destruiu parcialmente as bancadas da Constituição; e as do

Ameal foram destruídas a camartelo. Houve quem atribuísse essa demolição ao senhorio, alegadamente portista e que teria pensado que assim poderia mais facilmente vender o campo do Ameal ao seu clube do coração. Houve quem nunca perdoasse ao senhor Andrade tal gesto e por isso os simpatizantes dos «azuis e brancos» começaram a ser conhecidos por «andrades

sexta-feira, 17 de maio de 2013

AINDA OS «MENOS QUALIFICADOS»

Já me pronunciei mais de uma vez sobre a ideia peregrina do governo querer dar um chuto no cu dos «menos qualificados» funcionários públicos, na altura em que me referi a essa abestalhada ideia, até disse da minha satisfação por ter agora a retirar o lixo,  nos lavabos públicos, ou nas estações de esgotos, engenheiros e doutores, agora ao ler o Boletim Municipal de Oeiras e no editorial «ainda» assinado pelo agora Ex-Presidente Isaltino, fiquei a saber que afinal ao contrário do que pensava não estou sozinho neste pensamento, quiçá retrógrado, de continuar a apoiar aqueles que por qualquer razão não chegaram ao ambicionado canudo, aliás tenho vários Amigos/As com este «precioso adereço» e com os quais trabalhei ou convivi, que partilharão comigo e agora com o Dr.Isaltino este pensamento quanto ao tiro no pé que o governo pretende dar, se não arrepiar caminho, coisa em que é fértil, anunciar medidas e depois fazer marcha à ré, enfim talvez estivessem habituados a andar de marcha atrás, antes de irem para o governo, e não perderam o hábito. Para quem não sabe, fui muitos anos Funcionário dos Serviços Municipalizados de Oeiras, dos quais também era Presidente por inerência o Dr. Isaltino, e fico honrado por ver que o trabalho dos «despidos de canudo» é reconhecido como válido, por alguém que sabe do que fala.

Então deixo aqui o essencial daquilo que o Ex-Presidente da Câmara de Oeiras afirmou no Editorial do ultimo Boletim Municipal que recebi ontem mesmo:
"Hoje mesmo pos contribuintes de Oeiras já pagam o que não deviam pagar a prestadores de serviços: na área de manutenção de espaços verdes, porque estamos impedidos de contratar jardineiros, o Município é obrigado pelo Governo a contratar com os prestadores de serviços. Assim, no lugar de contratar jardineiros, contratamos com empresas que, através da prestação de um serviço que podia ser realizado pelo próprio Estado, ficam com parte do que é do trabalhador. Assim se engorda deficit,m assim se empobrece um Povo! Outro exemplo: hoje o Município não pode contratar um jurista por 1.000 Euros, mas pode contratar um escritório de advogados por 500.000 ( quinhentos mil euros)  para prestar serviços jurídicos. Tem isto alguma lógica? Objectivamente, não. O outsourcing é um instrumento de gestão, não pode ser uma obrigação.

O Estado não engordou com excesso de funcionários, como qualquer profissional que trabalhe na Administração Publica o sabe. O Estado engordou por desorganização e falta de Estratégia. O Pais é mal governado. Mesmo hoje, época negra e na qual deveríamos ser capazes de ver melhor as estrelas do nosso firmamento +político, não se vislumbra um mínimo de estratégia ou de visão. O Ministro das Finanças parece conhecer melhor os meandros das organizações que nos comandam a vida mas de nada vale saber para que lado sopra o vento se o timoneiro não souber para onde quer ir.
No caso do Município de Oeiras temos hoje 1814 trabalhadores, dos quais 1383 são assistentes técnicos (343)  e operacionais (940) , o que reflecte um peso de 76% destas categorias no numero total de trabalhadores. Quer isto dizer que o Município com os melhores indicadores de qualidade de vida em Portugal tem trabalhadores com fraca qualificação? Não, apenas que a qualificação dos trabalhadores não depende da conquista de graus académicos, não é preciso ter uma licenciatura para ser um bom jardineiro ou um bom electricista.

A Câmara de Oeiras negociará com qualquer trabalhador que mostre interesse em fazer cessar o seu contrato, mas não proporá a nenhum dos seus colaboradores qualquer acordo de rescisão amigável. Recusamos tratar como números ou estatística, recusamos enviar os nossos trabalhadores para a oportunidade do desemprego.
O sucesso deste Município, o que levou Oeiras a melhor Concelho para trabalhar, estudar e viver é fruto de um esforço colectivo para o qual todos, sem excepção, contribuíram e do qual  todos fazem parte. O nosso sucesso, enquanto Município e enquanto comunidade, deve muito aos muitos trabalhadores municipais que fizeram do serviço publico a sua causa. Aqui as pessoas não são dispensáveis.
 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

LISBOA HOJE

Na minha caminhada pela Capital que aconteceu hoje, fui com destino marcado, a semana passada no blog do Tintinaine falava-se lá de Chafarizes de Lisboa, aliás mostrava alguns bem bonitos, entretanto o nosso Amigo Valdemar Alves, um Lisboeta que vive na Austrália, no comentário que fez sobre os Chafarizes afirmava que para ele o mais bonito era o do Campo das Cebolas, fui entretanto desafiado a fotografa-lo, ora como para bater chapas é comigo, e caminhar idem, lá me dirigi hoje de manhã cedo não fosse o chafariz levantar voo a caminho de Amesterdão, tal é o frenesim com que durante todo o dia se fala nisso, mas para surpresa minha, (e do Valdemar também com certeza), não encontrei no local qualquer ponto de água, novo ou velho, nada, a única coisa que por ali ainda está é a Casa dos Bicos.

Não sei se foi retirado para outro local, se foi destruído para no seu lugar fazerem outra coisa, ou na ultima hipótese eu ainda ia a dormir e não o vi, diz de tua justiça Valdemar, e dá as coordenadas não vá estar lá nalgum canto menos visível.
Entretanto a volta não terminou aí e segui até ao Chafariz D'El-Rei que foi edificado no longínquo Século 13, segui, e uns metros adiante outro Chafariz com História, este mais familiar cá ao rapaz por ter trabalhado ali próximo, o Chafariz de Dentro, (também deve ter existido o de fora, mas esse desconheço) aqui colocaram umas floreiras e bancos encostados ao Chafariz, estas avestengas só fazem m..., assim não dá para ver muito menos fotografar, palmilhei mais uns valentes metros, e fui subir a Calçada dos Barbadinhos, onde actualmente está o Museu da Água, e onde andei  fazer formação já lá vão muitos anos, ainda a Central Elevatória funcionava, um pouco mais acima lá estava outro Chafariz que foi falado nesse blog que atrás falei, e este com dois tanques, provavelmente um deles seria onde as cavalgaduras  se saciavam.

Mais subida até a Sapadores, e daqui até á Graça, onde aproveitei para no Miradouro existente no local, e que há pouco tempo foi Baptizado com o nome da Poetisa? ou será  Poeta? Sophia de Breyner Andresen esposa do Francisco Sousa Tavares, Homem de coluna vertical, e Mãe do Miguel Sousa Tavares que  seguiu os passos do Pai, daqui desci pelas escadinhas da Graça que foram baptizadas por calçada da Graça, não percebo as razões de não chamarem os bois pelos nomes, se são escadas porque chamar calçada? já agora podiam chamar-lhe avenida, mas enfim, eles é que estudaram devem saber do que falam, e tal como fiz há dias nas Escadinhas do Duque hoje também me deu na cabeça para contar os degraus que somam 224 é obra.
 
Com esta descida que serviu para retemperar forças, ganhei embalagem e após passar pela Mouraria fui aterrar no café habitual ali ao lado da Praça da Figueira, agora já com gasolina para o resto da viagem foi a descida até ao Terreiro do Paço onde observei grande azafama, na montagem de equipamentos e palco que percebi ser para um qualquer programa de Televisão, afinal quando cheguei a casa apercebi-me que era sobre a final do jogo de hoje do Glorioso com o Chelsea, se soubesse que era relacionado com o Benfica ainda lá estava a esta hora, doido por festas como sou não escapava, assim tenho aqui as barbas de molho para mais logo.