sábado, 28 de julho de 2012

IDEIAS TROCADAS

Já vai no terceiro dia que ando com uma neura do caraças, isto aparece do nada, ando mais ou menos sem euforias mas também sem grandes tristezas e de repente sem aviso nem pedir licença, fico com umas trombas que pareço o comboio de Chelas, não estou zangado com ninguem, mas os que me estão próximos perguntam uns aos outros se me zanguei com Fulano ou Beltrano, pois quando a neura chega não arredo pé daqui do «cantinho dos tristes», claro que ninguém sabe a razão, pois se nem eu sei! é uma merda de vida, um gajo se parte um pé, uma perna, parte os cornos numa queda, apanha uma caganeira, porque foi comer uvas com jalapa, pronto tem uma explicação para o que está a acontecer, agora assim do nada sem uma razão plausível, é complicado.

Hoje por exemplo fui fazer uma caminhada ainda lusco fusco por Oeiras, como sou um apaixonado por bicharada parei junto á ponte da antiga Fábrica de papel, e junto ao Palácio do Marquês de Pombal e Câmara Municipal para observar peixes e patos que sei que existem por ali, para uma Pessoa dita normal, o que é que via? exactamente peixes e patos que era o que ia á procura, e eu o que é que vejo? lixo, águas poluídas, e até um carro de compras que algum amigo do alheio trouxe de algum Super Mercado sem falar com o dono e aqui o deixou de molho até que por ali passe alguma cheia e o leve até á Praia de Santo Amaro, é certo que também vi patos e peixes, mas o que me ficou na retina foi o lixo, porca de vida.

Outros exemplo, estive á dias na minha Terra, passei na Aldeia Grande que fica próximo, e lá estão duas placas indicadoras das Povoações mais próximas da minha, a placa maior não se consegue decifrar o nome da Terra a que respeita, a outra pequena aponta para o chão, ora isto visto por olhos de ver até está engraçado, cores bonitas, bem postadas hirtas e firmes, e o simples facto de não se conseguir ler o nome da Povoação também não tem importância, aliás na placa afixada nas ruinas do Palácio de Vila Verde as letras também já se foram, e ninguém se preocupou em pintar outras, então porque reparo nestas coisas sem importância, que me deixam abananado? isto alguma vez é importante? mas de que raio de material eu sou feito, para reparar naquilo que poucos vêm?

Na Quinta Feira na minha volta por Lisboa, passei junto ao Ministério das Finanças no Terreiro do Paço, olhei para o edifício e nos andares superiores vêm-se vários aparelhos de Ar Condicionado junto das janelas, como todos sabemos estes aparelhos quando ligados expulsam liquido, assim como que uma mijinha, que por norma é canalizado para algum local que não prejudique terceiros, aqui como existe uma espécie de varandim pequeno, essa água corre para aí, como á sempre poeiras nos ares e o varandim é frequentado por pássaros, lá ficaram alguma sementes e agora crescem alegremente alguns arbustos, junto dos aparelhos, ora isto não tem importância nenhuma para quem por lá passa, nem o Zé pagante fica prejudicado, pela beleza das ervas nascidas a cinco metros do solo, mas eu logo me assaltam aqueles pensamentos parvos! como por exemplo, se as trancas do arbustos se enfiam na parte eléctrica do aparelho aquilo faz! Pum... e lá vai então o Zé ter de puxar pelos os cordões á bolsa para pagar desleixos, ou será o ministro ocupante a pagar?

Estamos no Verão, o calor aperta, sabe bem um banho no Mar ou em Terra tanto faz, o que precisamos é de refrescar, portanto quanto mais água melhor, até porque o Inverno passado foi de muita chuva e temos as nossas barragens a abarrotar, estando mesmo em perigo de implodir de tanta água que lá têm, diz-se até que têm permanentemente as descargas de superfície abertas para o perigo de vir alguma chuvada mais forte e elas não suportarem tanta água, e assim para ajudar a escuar essas águas em especial a do Castelo do Bode que é a que abastece esta Região, temos á três dias seguidos dezenas de aspersores a espalharem água aqui em Vila Fria, num terreno a chama jardim, esta corre livre e alegremente pela estrada, o mesmo em Porto Salvo onde as Pessoas não podem utilizar um dos passeios pois a Água invade este, mas isto tem alguma importância? claro que não, a mim é que me faz cocegas ver estas coisas, estou portanto e definitivamente desfasado da realidade de hoje, pelo que vou ter de rapidamente fazer uma reciclagem mental.

3 comentários:

Tintinaine disse...

Estás a precisar de focar os teus olhos em algo mais bonito. Vai até ao meu blog espreitar que deixo lá uma coisa linda a que não conseguirás pôr defeito.

Edum@nes disse...

Estou a ver pela imagem
Que não andas satisfeito
Faz como eu, tem coragem
Seguem os conselhos do perfeito!

Aproveita, nas tuas caminhadas
vai fotografando à vontade
não te percas nas montanhas
vai recordando tempos da mocidade!


Pretendias ver peixes e patos
encontraste lixo e água poluída
lembro-me de quando a via correr pelos regatos
fazendo das mãos cocharro a bebia!

No campo era assim
verde,florido e água limpa
formando imenso jardim
com sua passagem tão linda!

Amigo Virgílio, não fica triste
nem a falar só para os teus botões
porque a aldrabice existe
em troca de muito milhões!

Vamos vivendo nossa vida
a correr ou a caminhar
sempre de cabeça erguida
enquanto ela durar!

Que se lixem os ministros
e também as eleições
vamos bebendo uns copitos
esquecendo os aldrabões!

Antes que o Coelho me mande prender
bom domingo te vou desejar
porque ele não gosta das verdades ouvir dizer
por isso hoje não me vou mais alongar!

Um abraço
Eduardo.

António Querido disse...

Allô filho da escola! Allô Virgílio, meu amigo!
Começa a fotografar, só as coisas bonitas como eu, vai a Almeirim fotografar os melões, que já devem estar bons e maduros! Conselho do Tintinaine e meu também, não ligues ao vídeo, é engraçado mas são coisas de gatos e cães, o cérebro humano nunca chega a esses extremos, a minha mulher diz-me que qualquer dia vou preso porque só me dá para fotografar coisas boas e de bikini, mas hoje acho que meti o pé na poça, porque publiquei no meu blog e fotografei um candeeiro, que representa perigo para as crianças, mas foi uma excessividade!
O meu abraço