sexta-feira, 11 de maio de 2012

A PESTE NEGRA

Hoje deu-me  para recordar velhos tempos, sim a minha proveta idade já me permite recuar uns séculos, e assim ir parar ao Reinado de D. Fernando, isto a propósito de: por um lado ter uma Ministra da Agricultura que pretende colocar os Portugueses de volta ás suas origens!  isto é, trabalhar a  terra, por outro lado foi neste reinado que Portugal e a Europa foram assolados pela «Peste Negra» ora esta epidemia teve origem nas pulgas dos ratos pretos ( parece-me que aqui á racismo na cor dos ratos mas enfim) que chegavam do Oriente nos porões dos Navios, como Portugal está cheio destes roedores, (embora da raça de duas patas)  assusta-me a perspectiva do regresso desse flagelo, por outro lado e recuando ainda ao século XIV, a minha Terra foi das mais atingidas a par de Torres Novas tendo ficado deserta com a fuga dos que escaparam á moléstia, muitos dos que então fugiram não regressaram mais, uns porque morreram pelo caminho, outros que sobreviveram e se instalaram noutras Terras.
Então foi assim, como reza a História e tanto quanto  minha memória alcança:

O Lugar da Torre e o de Cabanas do Chão, foram fundados no século XIV, quando uma peste terrível assolou Torres Novas e Vila Verde dos Francos, obrigando os povos d’estas terras a fugirem para outras mais saudáveis, levando á sua frente o seu bispo ou parocho, e caindo a cada passo pelo caminho, pessoas atacadas da terrível epidemia de que fugiam.
Chegaram ao sitio de Monte Junto, chamado Monte Santo, e ali o prelado (que, segundo a mesma tradição, era da família Gorjão) mandou fazer um tosco altar de pedras soltas, no qual colocaram a imagem de S. Roque, e ali celebrou missa, pedindo todos a Deus e aquele santo, que os livrasse do flagelo da peste. Suas preces foram ouvidas, e durante três dias e três noites não morreu mais ninguem da peste.
O bispo mandou ali construir cabanas para abrigo do povo em quanto não pudesse regressar a suas casas muitos imigrados preferiram ficar aqui para sempre a voltar para as suas terras.

                  REINADO DE D. FERNANDO I


As Sesmarias foram promulgadas pelo rei Fernando I de Portugal (1345-1383) em Santarém a 28 de Maio de 1375. Inseriu-se num contexto de crise económica que se manifestava em toda a Europa e que a Peste Negra agravou.
A segunda metade do século XIV e quase todo o século XV foram períodos de depressão económica. A Peste Negra causou uma falta inicial de mão de obra nas aldeias e cidades, locais onde a mortandade foi mais intensa, que por sua vez, provocou o aumento dos salários das actividades artesanais. Estes factores desencadearam o êxodo das populações rurais atraídas por esta oportunidade. O êxodo rural levou à diminuição da produção agrícola, falta de gado para tiro e ao despovoamento de todo o país.


A lei das Sesmarias procurava fixar os camponeses às terras e diminuir o despovoamento.
A lei pretendia:
• obrigar os proprietários a cultivar as terras mediante pena de expropriação.
• obrigar ao trabalho na agricultura a todos os que fossem filhos ou netos de lavradores e a todos os que não possuíssem bens avaliados até quinhentas libras.
• evitar a carestia geral fixando os salários rurais.
• obrigar os lavradores a terem o gado necessário para a lavoura e fixando o preço do mesmo gado.
• proibir a criação de gado que não fosse para trabalhos de lavoura.
• fixar preços de arrendamentos.
• aumentar o número de trabalhadores na lavoura obrigando os mendigos, ociosos e vadios que tivessem condições de trabalhar a serem empregados nesta atividade.

 

2 comentários:

Edum@nes disse...

Nesse reinado a que te referes foi criada a lei das Sesmarias.
No presente reinada foi aprovada no parlamento a lei das Mentiras.
Pior do que a peste negra, são os actuais habitantes de São Bento e de Belém.
Parece não haver lá rato preto, mas há coelho branco, e bastante orelhudo.
Por onde passa tudo vai devastando. Mas essa de tal Cristas, até parece ser mansinha, pouco vai falando, talvez seja espertinha. Ela que vá trabalhar na terra para saber o que custa dobrar a espinha, sem quase nada em troca receber.
Talvez não saiba uma couve plantar? Mas sabe dizer,tenham pena da menina, não a impeçam de
crescer!
Este governos e os outros que saíram, tem sido uma palhaçada.
Um diz uma coisa vem o outro desdiz, e assim quem sofre as consequências
somos sempre nós os mais fracos.
Até o desemprego passa a ser considerado uma oportunidade para poder mudar de vida.
Mas o Vitinho disse ser uma grande tragédia. Afinal em quem acreditamos? Eu direi em nenhum deles! São todos uns pulhas!

Bom fim de semana,
um abraço
Eduardo.

António Querido disse...

Estou totalmente de acordo com o nosso amigo Eduardo, pior que a peste negra, foi esta cambada de ratos, corruptos que nos últimos anos nos têm corroído o orçamento e para mal dos nossos pecados, não há pesticida que os F...A todos!
O meu abraço