Paço de Arcos

Hoje fiz gazeta da caminhada, há muito tempo que não acontecia, mas uma constipação daquelas que deita um Gajo abaixo obrigou-me a ficar pregado ao sofá, assim como não tenho novidades de hoje vou escrever sobre Paço de Arcos ontem, minha Terra adoptiva que ontem visitei de manhã cedo como é da praxe o que não ajuda nada nas fotos que vou tirando, isto de mau fotógrafo aliado á falta de luz só pode dar porcaria, mas enfim, nada me aguenta em casa a partir das sete da manhã, ainda hoje mesmo constipado lá fui tratar do meu Sansão e levá-lo á sua caminhada pois não quero que fique com o colesterol elevado por falta de exercício fisico.

Então ontem para começar fiquei admirado e ao mesmo tempo bastante satisfeito por ver o Pavilhão Jardim de novo a funcionar, este Restaurante que já foi Café e sala de jogos propriedade da Câmara de Oeiras encontrava-se encerrado há anos, se a memória não me atraiçoa a última Pessoa que ainda por lá esteve alguns anos foi o antigo Jogador de Futebol Internacional Fernando Peres das Escolas do Belenenses mas que fez carreira no Sporting Clube de Portugal, depois com algumas intermitências, funcionando apenas na altura das festas do Senhor Jesus dos Navegantes tem estado ás moscas já escrevi anteriormente sobre isto, e lamento que a casa mais movimentada da Terra (tirando o falecido Cinema) tenha soçobrado, ás mãos das novas tecnologias e da insegurança dos Cidadãos.

Ontem ao passar no Jardim vejo um Amigo a varrer  o recinto onde outrora funcionou uma esplanada onde se sentavam dezenas de Clientes, como ele tem um estabelecimento na rua principal perguntei-lhe na brincadeira se tinha trocado com aquele, que sim a Câmara dona do Pavilhão propôs-lhe ocupar este espaço enquanto durarem as obras de reabilitação do prédio onde fica a outro estabelecimento,  obras que ainda não começaram diga-se, contou-me que no 1º de Maio já teve casa cheia, e só lamenta uma inundação que aconteceu na cave, recordo que no tempo do Marmelada isso era o pão nosso de cada dia, maré cheia com chuva não casam, espero que esta casa que estava sempre cheia de Gente e onde passei algum do meu tempo de ócio (quando ainda era sociável) se mantenha em funcionamento por muito tempo.

Fui caminhando até ao Forte da Giribita e parei no Chafariz Velho para admira aquele trabalho de azulejaria é digno de uma visita, só é pena que o local não seja acessível a não ser a pé, quem passa na Marginal  (que é ali ao lado) não se apercebe do trabalho que ali está com painéis de azulejos lindos da fábrica de San`tana, com pintura da autoria de Rogério Amaral com motivos alusivos aos Descobrimentos, isto  para além da proveta idade do Chafariz que remonta ao ano de 1775.

Este Chafariz foi mandado construir pelo Marquês de Pombal, conta-se que era ali que a Guarda de Honra o esperava quando vinha de Lisboa para Oeiras, ou na partida daqui para a Capital, também ouvi por Gente da Terra que neste local vinham as Caravelas carregar pedra para a construção de Igrejas nas antigas Colónias, mas não encontrei nada escrito sobre isso, pelo que vendo pelo preço que comprei.