terça-feira, 26 de junho de 2012

Montejunto Hoje

Mais uma ida a Vila Verde, aproveitando o dia que não tenho cá os Netos,  hoje foram para os Avós Maternos, (ou melhor para a Avó pois o Avô está Hospitalizado mais uma vez, e as coisas não têm corrido nada bem) hoje ainda madruguei mais do que é habito, e ás cinco da madrugada já estava na cozinha a dar ao serrote, tratei do Sansão e eis-me na estrada a caminho, como a esta hora ainda há pouco trânsito fui mais uma vez pela A1 até ao Carregado, e logo uma coisa me chamou a atenção, á saída de Lisboa, junto ao Rio Trancão uma grande fumara-da pairava sobre a auto-estrada.

Estava a um incêndio activo e o ar irrespirável, ora este incêndio tinha começado ontem pelas 17h30, até esteve a A1 cortada nos dois sentidos, como no local não há Matas, apenas ervas, canas e outros arbustos de pequena dimensão, fiquei perplexo, se num incêndio destes já andavam a tentar apaga-lo há 13 horas, se fosse numa das poucas Matas que nos restam, como seria? o que se passa connosco? não temos segurança Publica já todos sabemos, também não temos Hospitais que nos socorram em condições, e agora verifico que na própria Capital do Pais com tantas Corporações com Voluntários e Profissionais será que não têm material? tenho ouvido queixas das Corporações sobre a falta de «carcanhóis» e já não são capazes de  fazer frente a um incêndiozito? estamos lixados, isto vai de mal a pior.

Cheguei á Terra ás sete horas, e antes de entrar em casa fiquei logo pior que estragado, parecia uma «guarda de honra á minha porta» merda de cão dos dois lados, e um cheiro a mijo que até agoniava, isto de um gajo gostar de se dar bem com toda a gente tem este preço, o cão que lá vai cagar está identificado, os donos soltam-no e sabem que o gajo vai fazer o serviço á minha porta, ainda á duas semanas apanhei o gajo com a boca na botija, e a dona assistiu á minha indignação, pensei eu pobre inocente e parvo, que a partir dali as coisas mudavam! é o mudas, vou ter uma conversa com o dono do dito logo que o veja, isso é mais que certo, não me está na massa do sangue «comer e calar».
Isto do respeito pelo próximo foi chão que deu uvas, um dia ainda vou levar lá o meu Sansão e colocá-lo a cagar á porta deles para ver como reagem, é só para tirar umas duvidas.

Tratei de limpar a merda lavar e desinfectar o mijo, dar uma rega no que lá tenho para regar, enchi o depósito com água do poço para o Agostinho regar durante a semana, fui com o Vicente abastecer ao Cafézada do Victor e partimos até á Serra de Montejunto, (de carro até determinado local, pois ir e vir até ao cume eram 14 quilómetros e cá o Rapaz não está preparado para tal distância) a partir daí subimos até á Ermida de S. João e ás ruínas dos dois Conventos existentes no local, sempre são 666 metros de altitude e quando lá chegámos já os bofes ameaçavam sair pela boca, embora da parte do Vicente não se note cansaço, hoje por duas vezes que o «apanhei» a ameaçar que se sentava, uma das vezes ainda abancou mesmo, só que desta vez fui eu que não lhe dei descanso.

Descemos até ao Quartel Militar semi-abandonado, e ao Lago que os antigos afirmavam ser um «braço de Mar» apinhado de rãs e peixes, mais umas voltas na tentativa de encontrar-mos a velha caranguejola do Padre Bartolomeu de Gusmão, mais dois quilómetros a penantes e seguimos de carro até ao Vilar, passando pelo Avenal, fui saber se havia  novidades no Vilar onde tenho alguns Amigos e não tenho lá ido, um deles também não tem andado bem de saúde pelo quis saber como estava, tive noticia que embora tenha estado uma noite internado já estará quase fino, regressámos a Vila Verde fiz mais uns trabalhos «domésticos», apanhei e comi umas ameixas  e ao fim da manhã regressei a Porto Salvo.

Já depois de terminar esta mensagem, lembrei-me que ainda tinha algo a escrever, e não pode ficar para outra ocasião, fui informado que no Domingo passado as Gentes de Cabanas Torres, aqui vizinhas da Serra, fizeram a sua Festa aqui, ora hoje encontrei um relógio que entregarei a quem provar que lhe pertence, mas há uma condição, que o seu proprietário não tenha sido uns dos que andaram a deixar lixo por todo o lado, se assim for o relógio reverterá a favor do primeiro que eu encontrar na rua com o pulso esquerdo a «ver navios» quero dizer sem relógio.


4 comentários:

Tintinaine disse...

Na última foto, são ameixas aquilo que estás a trincar?
Pergunto porque a folha da árvore não me parece ser de ameixoeira!

Edum@nes disse...

De Porto Salvo, madrugador
Para Montejunto seguia
Já lá vai o observador
Ainda antes do romper o dia

Me parecem serem pêras que comia
A pereira carregada delas
Também um relógio lá encontraria
Não poluam essas paisagens belas!

Virgílio, disse que só o entregaria
A quem provar que lhe pertencer
Que confirme que lixo lá não deixaria
Fazes tu muito bem em assim proceder!

Belas imagens.
Boa quarta-feira para ti, esperando ver a nossa Selecção vencer os espanhóis!
Um abraço
Eduardo.

Edum@nes disse...

Eu disse pêras.
Ora pêras, não
Estou a vê-las
Ameixas serão!

Observador disse...

Tintinaine
São ameixas amarelas acabadas de colher na ameixeira que se vê na foto, ainda um pouco amargas mas óptimas para mim que não gosto de fruta madura, ao contrário do teu vizinho Pinto da Costa que gosta dela mais para o doce.
Um abraço