sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Fiscalização nas Estradas, Precisa-se.

Para que não se diga que só acontece aos outros, aqui vai mais uma história passada na segunda Pessoa, (Eu) visto primeira estar em convalescença e não atinar com estas modernices da Internet. Domingo 9 de Abril de 2000, há muitos anos que não assisto á Procissão do Senhor dos Passos na minha Terra, convido o meu Filho mais velho, Nora e Neto para almoçarem connosco  e aproveitar para verem pela primeira vez a Procissão, que acompanhámos durante algum tempo, mas não até ao fim, pois ainda tinhamos de «palmilhar» uns quilómetros e a  alimentação de Crianças tem hora certa.
Saímos de Vila Verde pelas dezoito horas, eu e a minha Mulher num carro o Filho Nora e Neto noutro, saiu ele á frente, mas já não recordo porquê, ultrapassei-o, (e ainda bem) e num local próximo da Povoação de Guizandeira, ao desfazer uma curva vejo um carro na minha direcção, ainda fugi o que pude para a berma, mas o carro e condutor desgovernados chocaram comigo de frente.

Do acidente resultou que a minha Mulher, partiu um pulso, um pé, costelas e perfurou os intestinos, aos quais foi operada  nessa noite no Hospital S. Francisco Xavier, e de seguida transferida para o Egas Moniz, como ficou acamada só quando pela primeira vez se levantou, reparou que não se aguentava num dos pés, estava partido! ninguém deu por isso, e já tinha passado por três Hospitais, os dois que disse atrás. mais o de Torres Vedras o primeiro onde fomos transportados após o acidente, o pé ficou aleijado, porque os ossos tinham solidificado, e teriam de o partir novamente o que ela recusou, pois achou que já tinha a sua conta de dores, teve mais tarde alta, e passou a ser vista por Médicos da Companhia de Seguros do causador do acidente, queixava-se que a barriga continuava a doer, mas afirmavam que era natural pois tinham colocado dois enxertos nos intestinos perfurados.

Dão-lhe alta, passam-se os dias meses e anos, (está quase nos doze), e as dores não se vão embora, recorre a Hospitais Públicos e Privados, faz exames e mais exames, comprimidos para aqui, cápsulas para acolá, mais uma injecções, conselhos sobre alimentação, blá-blá blá, e o dinheiro a sair direito ás Farmácias, Clínicas e Hospitais e as dores a ficarem por cá.
Sexta Feira passada não suportando mais as dores é chamado o 112, que a transporta para S. Francisco Xavier, onde é operada no dia seguinte, diagnóstico: o Cirurgião sem o declarar explicitamente mas dando alguns dados nesse sentido, diz que na primeira operação o intestino não terá sido colocado como devia tendo ficado dobrado, ou em linguagem mais técnica, como escreve na nota de alta de hoje: «Ressecção delgado pós traumatismo abdominal em 2000» não permitindo assim um escoamento franco do intestino, passando os alimentos horas ou até dias para fazer o seu percurso normal, com as consequências que se conhecem.
Agora resta-nos a esperança que desta vez tenham colocado tudo no sitio certo, e na posição correcta para que a «Patrôa» tenha finalmente uma vida normal, regressou hoje a casa o que já é bom sinal.
Um bom sinal também foi a maneira Profissional e Humana como foi tratada por Médicos/As e Enfermeiras, com uma excepção, de alguém que não pertencendo ás duas Categorias anteriores se enganou na profissão, que arranjou ou lhe arranjaram, mas destas não vai rezar a história.


                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                      Sóagorapassados Passaram todos estes anos e agora ao verificar os documentos oficiais sobre o acidente, reparei que o condutor causador do acidente « não foi ouvido pelas Autoridades, por segundo estas o seu estado ser grave», acontece que o cavalheiro foi transportado na mesma ambulância onde eu também fui, e falava perfeitamente, embora se queixasse com algumas dores, (nada que eu também não sentisse também) mas nada que o impedisse de falar ou fazer o teste do álcool, que também não fez ao contrário de mim, enfim, razões que a razão desconhece, infelizmente disto é o que mais se vê nas nossas estradas, enquanto quem tem por missão fiscalizar  a selva em que se transformaram as nossas vias não sair do bem bom, e arregaçar as mangas, vão continuar a andar por aí muitos «lobos com pele de cordeiro) destruindo a vida deles e as dos outros que nada têm a ver com estas «guerras» onde eles se movimentam a seu belo prazer montados normalmente em «cavalos» bem alimentados e de grande corpulência física, sabendo que podem matar á vontade, que se houver algo a acertar o Seguro tratará do assunto.
Neste meu percurso semanal, passo pelos  Conselhos de: Oeiras-Amadora-Loures-Sobral de Monte Agraço-Torres Vedras e Alenquer, todos eles têm Posto de Policia ou G.N.R. faço este percurso á longos anos, nunca encontrei Policia ou G.N.R, a fiscalizar o trânsito, será isto normal? ou andarei eu desencontrado com as nossas Autoridades? e então os transgressores não saberão que podem arriscar á vontade porque a estrada é toda deles? há! lembrei-me agora andam todos empenhados para apanhar os ladrões do cobre que andam a pôr as nossas Aldeias ás escuras e por isso não podem fiscalizar o trânsito, estão desculpados, e não se fala mais no assunto.


















4 comentários:

António Querido disse...

Segundo me apercebo, o pouco profissionalismo que a tua esposa encontrou à 12 anos atrás, foi aperfeiçoado e ainda bem para ela e para ti, se o sofrimento foi embora, espero que sim!
Quanto à fiscalização nas estradas, há pouca, e quando encontramos destes, como eu tive o azar de encontrar, que passa um sinal vermelho e me mete um carro na sucata, safam-se porque não houve testemunhas e foi a minha palavra contra a dele que deu em 0!
Um abraço

Edum@nes disse...

Boa tarde amigo Virgílio, depois de ter lido o teu artigo. Nada me surpreendeu pela positiva. Porque tudo aquilo que te aconteceu foi tudo negativo!
No caso do acidente, a vítima passa a "criminoso". Neste caso esteve ausente a competência dos agentes de autoridade que tomaram conta da ocorrência. Fazer o teste de alcoolemia ao não culpado, e ao culpado não fazer, só pode haver um motivo. Conhecido dos agentes, que o protegeram como recompensa de agradecimento aos sacos de batatas, garrafões de vinho e azeite recebidos?
Eu, falo desta maneira porque passei por lá, e vi a chulice que por lá havia.
Da qual foi sempre contra. Todavia, a hierarquia, tentava sempre defender aqueles que através das suas intervenções faziam chegar os melhores presentes às suas mãos. Eu como não fazia parte desse jogo sujo, era tido como ser do contra,
"Melhor dizendo comunista".
Por dizer e defender a verdade, foram-me instaurados alguns processos disciplinar, mas sempre deles me defendi.
Quanto à saúde de tua esposa, espero que essas falhas não voltem a acontecer, com ela ou com outras pessoas.
Acontecem, mas não deveriam acontecer!

Desejo para ti a para tua família um feliz fim de semana.
Um abraço
Eduardo.

Tintinaine disse...

Olá Virgílio!
Vim conferir de novo e desta vez já está aberta a caixinha dos comentários.
Não me vou alargar na escrita para não acontecer o mesmo que ontem e ficar a ver navios.
Diz-se por aí que tudo está bem quando acaba bem. Vamos lá ver se agora o problema da tua patroa fica resolvido de vez. As melhoras e uma recuperação rápida para ela são os meus votos.
Bom domingo!

António Querido disse...

Hoje sou eu que não consigo comentar no blog do Tintinaine, porra p´rá moenga!

Ao abrir o meu blog hoje, todos os seguidores tinham desaparecido, exceto, duas Brasileiras, que ontem se instalaram lá, alguém me sabe explicar o que se passou?

Hoje fui recuperá-los e meti-os mais altos, a ver se o vírus não lhe chega.

O meu abraço