sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Fobia ou Agorafobia? Tanto Faz

Hoje vou tentar escrever algo sobre esta uma doença  que atinge muita Gente mas que ao contrário de outras não é conhecida da maioria, talvez porque tal como: alcoolismo, epilepsia, esquizofrenia e outras ligadas á mente, (e que a bem da verdade algumas só á muito pouco tempo são consideradas doenças), antes eram consideradas vícios ou manias, algumas até quando atingiam algumas Famílias da classe dominante eram escondidas em Asilos ou Hospitais Psiquiátricos, não fosse o Povo começar a falar, o que não convinha nada para manter o status social e politico, não falo por ouvir falar, vivi de perto com estas situações.

Então aqui vão algumas caracteristicas desta maleita e como lhe passar a perna não deixando que nos agarre, porque se isso acontece é complicado safarmo-nos dela.
Agorafobia é a designação Médica para a fobia aos ajuntamentos de Pessoas, e tudo o que possa impedir a livre circulação do Individuo com este problema, e que na prática o inibe de fazer uma vida normal, o problema não se limita ás multidões, é impedimento para por exemplo, entrar num qualquer estabelecimento com muita Gente, uma fila de carros parados é motivo para  grande aflição, e se for em Auto-Estrada pânico mesmo, pois só de pensar que não pode inverter a marcha é uma tortura.

Uma ida ao cinema, ao futebol, a um Restaurante ou uma Tourada se for um aficionado, a uma Missa se for Religioso, Casamentos ou Baptizados mesmos de Familiares próximos, qualquer espectáculo ao vivo já era, a Pessoa com esta fobia antecipa o que poderia acontecer quando algo o impede da «fuga» previsível quando tiver de dar á sola por fadiga mental ou física, o campo tem que estar sempre livre á sua frente, nada o pode deter quando o sinal de alarme tocar, isto aplica-se no lazer ou no trabalho, onde as reuniões são uma praga, os almoços ou jantares fora de casa são castigos e não momentos de prazer, o trabalho passa a ser o seu único «hobby» e para ser vivido 24 horas por dia, a Família fica em segundo plano, e os Amigos perdem-se, porque não há tempo nem paciência para rotinas, e assim se chega ao inferno.

A cura é nunca se deixar apanhar por esta fobia que vem de mansinho como qualquer carteirista nos transportes, é silenciosa, e cruel, se por acaso já se está apanhado por ela, um esforço para manter os hábitos  anteriores (desde que estes sejam sãos) não ceder á tentação de:  hoje não me apetece conversas, amanhã não porque tenho outro compromisso, as Férias são para passar no mesmo local onde passo o resto do ano, não vou ao Médico porque não tenho paciência para estar na fila duas ou três horas, não vou beber um copo com os Amigos porque há lá um que bebe de mais e fica a noite toda a falar coisas sem sentido, também não vai aos anos dos Filhos ou Netos porque estes já sabem o que a casa gasta e não vão levar a mal, nada disto tem sentido, e tem de ser travado enquanto há tempo.

Tudo o que aqui fica dito é como se compreende na primeira Pessoa, e é dito neste momento por uma razão bem simples, tenho dado alguns passos para combater esta situação que me trama á bastantes anos, diria desde sempre, ao contrário do que afirmam os Médicos  que isto acontece por norma entre os 15 e 18 anos, sempre me lembro de tentar passar despercebido em especial quando havia mais Gente que o habitual, já na Escola sempre que podia dava á sola.
Como dizia escrevo agora sobre este assunto por estar a dar alguns passos no sentido de melhorar a moléstia, mas também para dizer as razões que contribuíram decisivamente (espero não voltar para trás) para esta melhoria: como já afirmei noutra ocasião tenho lugares certos onde faço algumas compras ou simplesmente beber um café, isto por uma razão simples é que frequentando sempre as mesmas casas as Pessoas ficam-me a conhecer e não me fazem esperar, que é outra coisa ainda hoje impossível de acontecer, esperar nunca ( até no Hospital já internado, levantei ferro sem alta, porque já estava farto de esperar pelo Médico).  Há cerca de um ano entrei pela primeira vez levado já não sei por quem a uma café que fica aqui próximo, dessa primeira ida ficou a ideia que a casa era qualificada cá pra o Rapaz, pois as Pessoas presentes falavam com os decibéis correctos, o Homem do balcão pareceu-me bom anfitrião (que mais tarde acabei por confirmar), e dessa primeira vez outras se seguiram, e lá arranjei um grupo de Amigos na reforma como eu, mais um ou outro que trabalhando lá vão nas horas de lazer dar um dedo de conversa, e assim conversando sobre tudo e mais alguma coisa também se falou de nós, e das nossas mazelas, a minha veio á baila, com a admiração que isso normalmente causa a quem nunca ouviu semelhante coisa, e a partir daí foram estes novos Amigos a darem-me grande incentivo para tentar ultrapassar esta barreira, o que até agora tem tido algum êxito. Portanto em vez de procurarem  Psicólogos ou Psiquiatras se tiverem problemas com fobias, arranjem os Amigos certos que a coisa resulta.

8 comentários:

Tintinaine disse...

Agora que falas nisso acho que também eu sofro um pouco dessa doença. Paciência tenho muito pouca e o ambiente que me seduz é este onde me encontro agora, sozinho em frente ao monitor e sem ninguém que me venha moer a paciência. E mais depressa me encontram a circular pelas estradas de Trás-os-Montes ou do Alentejo do que a passear no litoral onde há gente a mais e sossego a menos..
Mas felizmente ainda vou segurando as pontas dentro dos limites do razoável.
Bom fim de semana!

Edum@nes disse...

Será perigoso se essa doença propagar os vírus.
Seria melhor ela se entranhar no corpo dos políticos e correr com eles todos para o fim do mundo, que não sei onde fica.
Melhor dizendo. Não sabia onde ficava antes do passos ter chegado ao governo.
Agora posso dizer que sei onde fica o fim do mundo.
Fica em Portugal?
Já se começou a sentir, a chegada do diabo. Sim, porque, ele, já deu sinal de que para o ano que vem, em Portugal vai ser mesmo um inferno para os trabalhadores e reformados da função pública!
Bom fim de semana.
Um abraço
Eduardo.

Anónimo disse...

"Fiquei a olhar para o homem a meu lado um bom bocado. Como tinha razão! De facto, os bens essenciais não eram os que vinham no Orçamento de Estado taxados a 6%. Eram os amigos, que nos davam amizade, aquela energia secreta que as marcas de bebidas energéticas ainda não descobriram. Pensando bem, talvez seja por isso que não pagamos para ter amigos. Afinal de contas, é um bem verdadeiramente essencial.
Tentei dizer-lhe que tinha razão mas a tristeza na cara do homem era comovente. Só não desatei a chorar por orgulho. Acabei por dizer a primeira baboseira que me veio à cabeça. "Meu amigo, já somos dois", disse. Decerto não esperava a reação do homem, que desatou a rir a bandeiras despregadas. A tristeza começou a dissipar-se na cara do homem. Fiquei parvo, confesso. "Sei que pareço doido, mas estava mesmo a precisar de me animar!", disse o homem, ao fim de uns bons dois minutos a rir-se. "Zé Manel, muito prazer" disse, estendendo-me a mão que apertei dizendo o meu nome e que tinha igualmente muito prazer.
O autocarro chegou. Fomos o caminho todo a falar animadamente da vida. Quando o autocarro parou, esquecemos o cansaço e o sofrimento e entrámos no primeiro café que encontrámos.
Costuma-se dizer que óculos ou cotonetes fazem milagres. Eu diria antes: Amigos fazem milagres!"

Texto criativo da autoria do teu neto e que eu penso que se adequa à tua mensagem.
Um beijo do teu filho,
Pedro Miranda

António Querido disse...

Se calhar foi por isso que criei uma quinta, não virtual mas com 4 ovelhas, um cão e um gato, meus companheiros, com quem criei uma amizade sincera vou ouvindo o chilrear dos pássaros, são momentos no paraíso, sem levar com políticos na cabeça!
Só uma pergunta, amigo Virgílio,já deste uma espreitadela no meu blog?
O meu abraço

Observador disse...

O meu Neto é uma máquina, para além da amizade que nutre por mim ainda me oferece aqui um texto á maneira, já agora e como tens tintas novas faz aí uma pintura para eu colocar aqui no blog.
Beijos para o Neto e para o Pai do Neto, e meu Filho.

Virgílio

Observador disse...

Amigo Páscoa
Não conheço o teu blog, vou tentar pelo nome, mas talvez fosse melhor mandares o endereço.
Um abraço
Virgilio

helder s. pires disse...

Bom, vamos lá saber o seguinte: se, os amigos, a que se refere, são em número de quatro, cuidado! as quadrilhas nunca deram bom resultado.
Amigo, fique bem.

Anónimo disse...

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