quarta-feira, 13 de março de 2013

ALÔ MEDINA

Tenho-me sujeitado a verdadeiras lavagens ao cérebro, ministrados por esse conhecido pessimista, e Homem de números, Medina Carreira, ele  está cada vez pior, se ele mandasse acabava já com a Saúde, a Escola, as Reformas, os Tribunais, as Forças Armadas, os Bombeiros Municipais e Voluntários, os Centros de dia ou de noite, Lares  etc. tudo o que é Publico era um ver se te havias e acabava aqui aquilo que designamos por Estado Social. A partir das cinzas, era então construído um Estado de, e para os ricos, e os pobres que fossem pregar para outras freguesias, quer dizer Emigrassem, de preferência para bem longe não lhes fosse dar na cabeça de regressarem um dia.

Mas há aqui grande contradição nas pregações semanais do Sr, Medina, e que é aquela que ele tem martelado nas últimas semanas, o abaixamento da natalidade no nosso País, segundo este esclarecido pensador, Portugal tem de ter mais nascimentos para compensar o crescimento da esperança de vida que já vai muito para além do desejável, aqui também concordo de facto quando se morria antes dos cinquenta era muito melhor, não eram precisas casas de repouso, lares, as doenças ficavam pelos ameaços, nada de alzheimer, tremores ou próstatas envelhecidas morrer cedo dá saúde e evita gastos desnecessários ao erário publico.

Mas fazer mais Filhos na situação a que chegámos será sensato? Ó Sr. Medina você tem alguma creche ou quê? já deve ter reparado na falta de trabalho que se faz sentir, ou anda distraído? quem é que no seu perfeito juízo vai fazer filhos nesta situação? há casais jovens que estão ambos desempregados, que futuro para eles e para os Filhos? Crianças para passarem necessidades básicas já temos que chegue, então você dá o mote para acabar com tudo o que é Publico, e por outro lado quer mais Crianças? isto não joga a bota com a perdigota, quem as vai sustentar, educar, curar se estiverem doentes? os Pais que não têm nem para eles? os Avós a quem roubam as reformas? ou será você caro Medita que ficará com essa nobre tarefa? Se assim for, até eu vou tentar dar um jeito nisso embora já tenha contribuído para esse peditório.

E toda esta pregação do compadre Medina tem como fio condutor o dinheiro que o Pais não tem, para sustentar o chamado Estado Social, e assim sendo o melhor é acabar com o que resta, ora o que eu estranho nestas longas  conversas das Segundas Feiras na TVI 24, é o facto deste Homem ser uma autoridade em números, (não tenho dúvidas sobre isso)  e não ter alternativas ao enterro do Estado Social, e é sobre essas alternativas que eu gostava de o ouvir, então se começasse por reduzir drasticamente os actores políticos, começando nas Juntas de Freguesia, passando pelas Câmaras, Parlamento, acessorias do Governo, Fundações, Empresas Municipais, Empresas Publicas etc, cortando as mordomias dos seus administradores, os carros de luxo, (porque será que vêm todos da Alemanha?) os submarinos que não navegam nem submergem por falta de verba , os aviões de guerra que não voam por falta de verba, mais os carros de combate às centenas, que não combatem por falta de tropas inimigas, os Bancos que nos estão a levar milhares de milhões e os ladrões á solta, ainda os políticos que enriqueceram sem se saber como nem porquê, fico-me por aqui, sr. Medina, quando conseguir ver o todo, e não uma parte, eu prometo que o volto a ouvir, até lá, vá dar banho ao cão que se faz tarde. 



 

2 comentários:

Edum@nes disse...

Melhor seria não se ter nascido, para não se ter de morrer! Esses homens e mulheres que se julgam muito inteligentes. Também têm muitas ideias contrárias à existência de alguns serviços, cujo o seu desaparecimento pode ser uma catástrofe irreparável. Essa gente que eu chama de gananciosa, ao pensar dessa maneira, terá direito a tudo, e quem para ela trabalha, não terá direito a nada, nem à própria vida!...
Boa noite para ti amigo Virgílio,
um abraço. Eduardo.

Tintinaine disse...

Sem dinheiro não há milagres.
Cada um tem a sua maneira de fazer as coisas, mas o povo é que acaba por pagar o patau.
O Gaspar tira-nos o dinheiro do bolso para pagar aquilo que nos dá e o Medina preferia tirar-nos tudo porque não temos dinheiro para o pagar.
Entre as duas soluções que venha o diabo e escolha.