segunda-feira, 8 de abril de 2013

DESGOVERNADOS E MAL PAGOS

Como quem por aqui passa com mais frequência se apercebe, raramente escrevo sobre politica, não que esta me seja alheia, nem podia ser pois quer queiramos ou não é a politica que move tudo, ou melhor os políticos pois esta é estática ao contrário dos seus peões que escorregam parecem enguias, mas dizia raramente falo de politica porque começo a ficar com brotoeja ao recordar-me dos marmanjos que a praticam, e assim é melhor falar cá para os meus botões fico eu com os meus males e não os espalho por aí aos inocentes que caiam na armadilha de me lerem.

Mas hoje é excepção, estou danado e não quero desabafar sozinho, este governo de salteadores, sim o Zé do Telhado ao pé destes, era um menino de coro, e com a vantagem de roubar aos ricos para dar aos pobres precisamente o contrário destes, tudo isto por causa do acórdão do Tribunal Constitucional que chumbou ao que li quatro artigos do Orçamento deste ano, precisamente os mesmos ou pelos menos alguns dos que já tinham chumbado o ano passado, embora sem consequências práticas, o que também deve ser uma novidade, uma Lei ser chumbada mas aplicada na mesma, mas enfim cá vamos cantado e rindo e a corja a ir-nos ao bolso.

Veio o Sr. Passos mais o parceiro do Governo mostrar admiração pelo chumbo, e que não estavam á espera e mais para aqui e acolá, pardais ao cesto etc. então há pouco ouvi declarações do Ministro das Finanças Alemão, ou nosso,  já não sei, pelo menos fala como se pertencesse ao nosso Governo, dizer que o "Governo Português se comprometeu no caso de as tais medidas virem a ser chumbadas pelo Tribunal Constitucional, apresentaria alternativas ás mesmas, fim de citação", então em que ficamos? ficaram admirados do chumbo, que não estavam, á espera, e já tinham avisado lá fora dessa eventualidade? já havia provas de que Passos é mentiroso, basta recordar aquela história passado com o Sócrates em que Passos dizia que não tinha sido informado do P.E.C.4, e veio-se a saber que tinha estado reunido com o então Primeiro Ministro que lhe deu conhecimento de que estava a fazer antes de entregar o documento em Bruxelas, agora com esta história confirma-se que o Homem não é de fiar, entre outros males de que padece.

Entretanto fui fazer a minha caminhada por Lisboa passei junto ao Parlamento e observei movimentações não habituais junto aos Guardas que fazem a segurança do Palácio, pensei cá para os meus botões, será que ocuparam a espelunca? Terão prendido os sacanas? Não consegui saber o que se passava e segui até ao Largo do Rato, Marquês de Pombal (em obras sem fim á vista)  Av. da Liberdade e Baixa, quando cheguei ao Terreiro do Paço vejo fundeada a Fragata João Coutinho com a artilharia apontada ao Ministério das Finanças, aquele que foi ocupado pelo «mansinho» ao mesmo tempo que a Vedeta se aproximava dela, pensei que ia levar reforço de Pessoal e que começassem a chover uma ameixas aqui para estas bandas, coloquei-me sob a protecção das Colunas do Cais, e esperei o foguetório, mas nada, ainda observei um Bote da Policia Marítima a abrir por ali fora, mas nada de chumbo cá para estas bandas, triste e lastimando que ainda não fosse desta que me via livre da cambada, regressei ao Cais do Sodré, não sem antes "Observar" que as bóias que foram colocadas á beira Tejo nas obras que lá fizeram entre o Terreiro do Paço e Cais do Sodré, já voaram todas, como está próximo de vários Ministérios está-se mesmo a ver que foram os Ministros que as fanaram, tão habituados estão a gamar que nem as bóias escaparam.
 

3 comentários:

António Querido disse...

Para que queremos as bóias se já não existem navegadores?
A Troika quando cá vem dar ordens, vem de avião, os nossos pedintes vão estender a mão pelo estrangeiro, mas vão nos seus aviões particulares, cá dentro fizeram autoestradas para os seus motoristas os passearem, vivemos no país das maravilhas, onde quem mais rouba melhor vive.

Tintinaine disse...

Para mal dos nossos pecados, com este governo ou com outro qualquer, não nos resta outra alternativa senão continuar a pedir emprestado para pagar as contas.
E quem pede emprestado tem que aceitar as regras de quem empresta.
Temos um sector público grande demais e a ganhar salários grande demais. A reforma do Estado de que tanto se fala passa por corrigir isso e enquanto não for feito não vamos a lado nenhum. É a mesma coisa que ter a conduta de água que abastece Lisboa com uma grande fuga a meio do caminho e reclamar pela falta de água, mas sem ter a preocupação de reparar a fuga.

Edum@nes disse...

Desgovernados, bem pagos
Armados em vitimas
Querem ser desculpados
Nem servem para cortar fitas!

A torto e a direito
Acusam sem terem a razão
Do mal por eles feito
Desrespeitaram a Constituição!

Acusaram o Tribunal
Por cumprir ser o culpado
Só visto em Portugal
Por um governo mal formado!

Boa noite para ti amigo Virgílio,
um abraço
Eduardo.