terça-feira, 2 de abril de 2013

CAMINHANDO E OBSERVANDO

Com o aumento significativo do colesterol, que resultou do rancho melhorado da Páscoa era necessário que algum dele se fosse, pelo que aproveitei a madrugada de ontem para fazer uma caminhada de maior quilometrarem pela Capital, fiz o aquecimento junto ao Tejo por terreno plano antes de me aventurar na subida da Colina do Castelo, com passagem por Alfama.
Ao chegar ao Cais das Colunas observei que as águas do Tejo apresentavam uma cor avermelhada, a primeira coisa que me veio á cabeça foi, que tinha havido aqui alguma Revolução com sangue, e que tinham mandado os cadáveres ainda sangrando ao Rio, este pensamento surgiu-me por haver muitos Governantes e derivados nesta Zona, e por norma nas Revoluções os primeiros a quinar são eles, mas não, aquilo deve ter sido alguma chuvada colorida que caiu aqui, pois estava tudo calmo e sereno, até ver.

Mas isto é conversa para encher, aquilo que terá algum interesse para os que habitam longe, e já por aqui passaram, são as melhorias que porventura aconteçam por cá, a semana passada falei da Zona Ribeirinha entre Cais do Sodré e Terreiro do Paço, hoje para além de assinalar o meu percurso, que já mostrei um pouco mas já agora falarei do restante, foi assim: observei o nascer do Sol (vantagens da mudança de hora) junto á Doca da Marinha, segui até a Santa Apolónia, subi até ao Castelo passando pelas traseiras do Panteão Nacional, e depois desci até ao Martim Moniz subi a rua do Benformoso ou do «crime» como lhe chamaria o Tintinaine, e desaguei no Largo do Intendente, e é sobre esta Zona que escrevo hoje.

De facto este Largo está nos trinques como diriam os nossos Amigos Brasileiros, com a mudança para aqui duma dependência da Câmara, falou-se até que o Presidente se mudaria para aqui de armas e bagagens, que desconheço se terá acontecido embora o edifício a isso destinado lá esteja de Bandeira içada, esse prédio, que faz esquina com o Largo também (como era esperado) foi todo restaurado, tal como o largo. A rua que falei em primeiro lugar e que outrora albergava casas com «meninas de aluguer» está agora com lojas de diversas Etnias, e onde prolifera a droga e o álcool, quando por lá ando de manhã cedo ainda é bem visível o que atrás afirmei, uma pena.
Daqui foi colocar o «carro» em ponto morto para poupar combustível e o regresso ao Cais do Sodré, apanhar o «dr. Cascais» que me traria a Paço de Arcos.

5 comentários:

António Querido disse...

Já estão queimadas as calorias dos chocolates da Páscoa!
As minhas estão a ser queimadas, fazendo o meu trabalho + as lides da casa, foi um final de domingo de Páscoa lixado, tinha-mos acabado de jantar em casa da filha, a minha neta caiu e o instinto de avó para a ir levantar foi tão rápido que se espalhou antes de lá chegar, caiu mal e fracturou um pulso, viemos embora e fomos aqui ao hospital, engessaram-lhe o braço e agora estou eu a trabalhar com três braços, os meus e o dela que ficou direito, coisas da vida!
Mudando de assunto, que raio de nome é que andas a dar a esses bichos, "Carapaus com bigodes"! Essa eu nunca tinha ouvido!
Mas já sabes, não quero mais desculpas, para a próxima temos que lá ir arrancar-lhe os bigodes.
Aquele abraço

Valdemar Alves disse...

Será que o Tejo esteja infestado de camarões... Realmente assim tão colorido nunca o tinha visto.

Tintinaine disse...

Três coisas se oferecem para eu dizer como comentário a este post.
Primeiro - A lightbox está a funcionar de novo e já se podem visualizar as fotos à moda antiga.
Segundo - Os carapaus com bigodes são muito conhecidos e os melhores comi-os na Cervejaria Piri-Piri, na Avenida 24 de Julho na capital das acácias.
Terceiro - A cor avermelhada da água do Tejo terá com certeza a ver com as cheias, mas não me lembro de haver terrenos argilosos nas margens do rio! Vê se descobres o que motivou isso para satisfazer a minha curiosidade.

Edum@nes disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Edum@nes disse...

Tem cuidado com o colesterol. Não o deixes correr muito. Come o toucinho no molho dos caracóis. Queijo, chouriço e presunto. Depois vai correr junto ao Rio Tejo, onde navegaram as caravelas do Gama. Na imagem parece estar tão vermelho. Será que água naquela zona não é incolor? Ou estará infestada de camarões como refere o amigo Valdemar no seu comentário! Sobe ao castelo, observador e passa por Alfama. Segue até ao palácio de quem tudo gama. Se estiverem a dormir não os incomodes. Porque devem estar a sonhar como gamar a sopa aos pobres?

Boa quarta-feira para ti,
amigo Virgílio, um abraço
Eduardo