quinta-feira, 11 de outubro de 2012

OLHA QUE DOIS

Tenho-me perguntado porque razão o Passos Coelho não deita pela borda fora o Miguel Relvas, têm sido broncas atrás de broncas, a mentira das suas habilitações entregues no Parlamento, as Secretas, a Licenciatura, as ameaças á Jornalista, e o homem mantém-se firme e hirto no seu lugar, finalmente compreendi a razão, é que são farinha do mesmo saco, está o mistério desvendado.
Eu não queria andar sempre a falar nestes dois, mas as noticias que chegam sobre o duo em questão são suficientemente graves para passar ao lado, é certo que não são acusados pelos Tribunais de nenhuma falcatrua, mas isso também não é de estranhar, basta ver quantos Governantes ou Ex-Governantes foram acusados, isto é uma casta que não há Tribunal que lhes deita a mão, provavelmente ainda vão acusar algum Jornal ou Jornalista de difamação! Onde é que eu já vi este filme?
E as Câmaras que supostamente «forneceram» Pessoal para esta formação nos Aeródromos Municipais não têm nada a dizer sobre o assunto? Onde estão estas centenas que frequentaram esse cursos?
Segue a notícia de hoje no Público, tal e qual.

 

Relvas ajudou empresa ligada a Passos a ter monopólio de formação em aeródromos do Centro

O projecto aprovado em 2004, no valor de 1,2 milhões de euros, destinava-se a formar centenas de técnicos municipais para trabalharem em sete pistas de aviação, parte delas fechadas, e em dois heliportos da região Centro. No total, estas pistas tinham dez funcionários, agora têm sete.




A Tecnoforma, empresa de que Passos Coelho foi consultor e depois gestor, conseguiu fazer aprovar na Comissão de Coordenação Regional do Centro (CCDRC), em 2004, um projecto financiado pelo programa Foral para formar centenas de funcionários municipais para funções em aeródromos daquela região que não existiam e nada previa que viessem a existir. Nas restantes quatro regiões do país a empresa apresentou projectos com o mesmo objectivo, mas foram todos rejeitados por não cumprirem os requisitos legais. As cinco candidaturas tinham como justificação principal as acrescidas exigências de segurança resultantes dos ataques às torres gémeas de Setembro de 2001.
O programa Foral era tutelado por Miguel Relvas, então secretário de Estado da Administração Local, e na região Centro o gestor do programa Foral (e presidente da CCDRC) era o antigo deputado do PSD Paulo Pereira Coelho, que foi contemporâneo de Passos Coelho e de Relvas na direcção da Juventude Social Democrata (ver PÚBLICO de segunda-feira).

O projecto da Tecnoforma destinado a formar técnicos para os aeródromos e heliportos municipais espalhados pelo país começou a ser preparado no início de 2003, deparando-se desde logo com dificuldades várias ao nível da aprovação dos cursos pelo Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC), a única entidade que os podia homologar, e da possibilidade de ser financiado pelos fundos europeus do programa Foral.
No Verão desse ano, a administração da Tecnoforma negociou o assunto com a secretaria de Estado da Administração Local e a 31 de Julho escreveu ao seu titular, Miguel Relvas, ao cuidado da sua então secretário pessoal (Helena Belmar), que agora ocupa as mesmas funções no gabinete de Passos Coelho. “Na sequência das reuniões que têm vindo a ser realizadas com a área dos Transportes e com a Secretaria de Estado da Administração Local fomos incumbidos de apresentar um projecto nacional” de formação de técnicos de aeródromos e heliportos municipais, lê-se no ofício.

Seis meses depois, a 23 de Janeiro de 2003, Miguel Relvas e Jorge Costa, então secretário de Estado das Obras Públicas (com a tutela do INAC) assinaram um protocolo que visava criar as condições para que o INAC aprovasse um conjunto de cursos para técnicos de aeródromos e heliportos municipais, que eram, palavra por palavra, os anteriormente propostos pelas Tecnoforma; e arranjar maneira de o programa Foral os pagar.
O documento estipulava também que o gabinete de Miguel Relvas deveria sensibilizar as empresas privadas de formação profissional, para se envolverem na formação desses técnicos, e autarquias que possuíam aeródromos e helipistas, para inscreverem os seus funcionários nos cursos.

Dezassete dias depois, a 9 de Fevereiro, a Tecnoforma, invocando aquele protocolo, candidatou-se, com dossiers de centenas de páginas, a financiamentos do Foral para realizar aqueles mesmos cursos nas cinco regiões do país. A candidatura maior, que previa 1063 formandos (correspondentes a um total entre 300 e 400 pessoas distintas, porque algumas poderiam frequentar vários cursos) foi entregue na região Centro e apontava para um custo global de 1,2 milhões de euros. E foi a única, que foi aprovada.
Foi aliás a mais cara de todas as que foram financiadas no quadro do programa Foral nos seis anos que este durou (2002-2008). O protocolo patrocinado por Miguel Relvas não foi objecto de qualquer espécie de divulgação e nenhuma empresa, além da Tecnoforma, se candidatou formar os tão necessários técnicos de aeródromos e heliportos municipais.

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5 comentários:

Edum@nes disse...

Olha que dois
Muitas mais haver
Descobre-se depois
Das coisas acontecer!

Estamos rodeados de bandidos
Alguma coisa teremos que fazer
Antes que nos comam vivos
Organizados os poderemos vencer!

Até podem ser canibais
E a gente não saber
São piores do que animais
Que estão nosso pão a comer!

Já não aguento mais
Tanta aldrabice ouvir dizer
Para vencer os pardais
Medo não poderemos ter!

Fazem os ninhos nos telhados
O nosso património evadindo
Com os impostos de IMI aumentados
Continuam amealhando e sorrindo!

Boa quinta-feira para ti,
amigo Virgílio,
uma abraço
Eduardo.


Edum@nes disse...

Já antes tinha pensado
Que entre Relvas e Coelho
Havia algo escondido
Por fazer tanta confiança
Nele, não o ter ainda demitido!

António Querido disse...

O coelho tem o rabo preso e não acaba com a relva, para não ir relvar noutra freguesia, depois já viste a coelhada que tem de levar atrás dele!
Temos que comer coelho mesmo enjoados!
O meu abraço

Tintinaine disse...

Ponho-me aqui a imaginar que tipo de História de Portugal se ensinará na escola daqui a 50 anos.
Vai parecer uma cópia do «Ali Babá e os 40 Ladrões».

Valdemar Alves disse...

Et Voilá!... A verdade vem sempre ao de cima.