quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Cantiflas 100 Anos


Nos tempos em que ia ao Cinema, era dos filmes interpretados por Mário Moreno conhecido por Cantiflas que mais gostava, aliás os filmes cómicos «quase» sempre foram o meu «forte», para tristezas já chega a vida que levamos e as desgraças que somos testemunhas, mas esta minha simpatia por Cantiflas também tem a ver com o seu lado Humano, pois foi uma Pessoa que não olhou só para o seu umbigo, preocupou-se com os seus semelhantes mormente com os mais desfavorecidos, aliás esta minha intenção de o lembrar aqui, na véspera do seu centenário, que passa amanhã prende-se precisamente com o seu lado Humano e não de Actor, e para chamar a atenção de quem tiver interessado para procurar no YouTube o seu discurso na O.N.U. no ano de 1967, mas que parece que foi ontem tal a sua actualidade.

Este meu gosto por filmes cómicos têm também uma razão forte, é que no meu inicio de Cinéfilo, trabalhava como Padeiro em Paredes de Alenquer e uma vez por semana papava um filme fosse qual fosse a matéria tratada no mesmo, isto nos idos de 1962,  até que um dia vou ver um filme famoso na altura, pois foi realizado em 1961, chamado La Novia, filme Argentino com António Prieto como protagonista, ora fui ver esse filme com uma Moçoila por quem andava a arrastar a asa, a Rapariga como quase toda a Gente desataram para lá a chorar, e cá o Rapaz também foi na onda e já parecia uma Madalena arrependida tantas foram as lágrimas que mais parecia o Rio Douro em época chuva, aquilo não me caiu bem, então vem um gajo vem para aqui armado em galo de Barcelos, e sai feito um peru em véspera de Natal de asa caída? a partir de agora só vou ver filmes cómicos, acabou-se a choradeira fora de portas, eis a explicação para me ter apaixonado ( salvo seja) pelo Cantiflas.


México prepara centenário de Cantinflas





10 de Agosto, 2011

 Vários artistas mexicanos reúnem-se hoje, entre risos e anedotas, antecipando os festejos previstos para sexta-feira do centenário do nascimento de Mario Moreno, Cantinflas.

A actriz Sílvia Pinal, a cantora Maria Victoria, o actor Xavier López Chebelo e os cómicos Sergio Corona e Carlos Espejel debatem numa mesa redonda a obra de Cantinflas, enquadrando-a no seu tempo.

Os cinco artistas são unânimes em considerar Cantinflas como «um dos maiores artistas mexicanos» e vão destrinçar entre a personagem e o actor na vida real.

«Apenas fazia todas aquelas peripécias nas películas, pessoalmente nunca, era muito sério e respeitoso, mas tornava-se mágico na pele da personagem, inventava todo o tipo de coisas, improvisava e deixava todos boquiabertos», disse Pinal que ombreou com Cantinflas em Puerta, joven (1949).

Maria Victoria recordou-o à agência Efe como um homem «engraçado e boémio», tendo Corona salientado o seu lado solidário e generoso.

«Teve a grande virtude de captar a essência primeira do que são os mexicanos, esse foi o seu grande talento», disse Chabel.

O Conselho Nacional para Cultura e Artes do México (Conaculta), assim como outras instituições e familiares do actor, anunciaram vários actos comemorativos por ocasião do centenário do seu nascimento.

Mario Moreno faleceu na Cidade do México em 20 de Abril de 1993, aos 81 anos. Natural da capital federal, Fortino Mario Alfonso Moreno Reyes, de seu nome completo, antes de se iniciar como actor, foi engraxador, aprendiz de toureiro, motorista de táxi e pugilista.

Aos 20 anos quando trabalhava como funcionário numa companhia de teatro popular teve de substituir um actor, dando assim início a uma carreira de sucesso não só no México como em todos os países hispânicos e também em Portugal.

Participou em mais de 40 filmes, a maioria produzida pela sua própria empresa.

Em Hollywood teve uma carreira curta, reduzida a dois filmes, de que se destaca A Volta ao Mundo em 80 Dias, que recebeu o Óscar para o Melhor Filme em 1957, e valeu a Mário Moreno o Globo de Ouro para o Melhor Actor de Comédia, em 1956.



1 comentário:

Tintinaine disse...

Também eu fui sempre amante das comédias, especialmente italianas.
O Cantinflas e o Jerry Lewis foram outros dos cómicos que mais apreciei.
Grandes tempos esses em que a gente levava a vida na risada!