sábado, 12 de janeiro de 2013

O MONSTRO DE CACILHAS


Não se trata de nenhum bicho de grandes dimensões, nem de ser Humano malfeitor a que vulgarmente chamamos assim, o Monstro a que me refiro é apenas e só mais uma obra originária dum qualquer construtor civil, comumente designado de pato bravo, com a bênção da Câmara, que dá o cu e oito tostões por obras megalómanas, pouco se importando com as consequências! Este mostro que já aqui mostrei e sobre as consequências da sua construção também relatei, trago-o hoje novamente, na esperança de que alguma alma caridosa leia e arranje solução para o problema, tal como aconteceu com a fonte da rotunda do Oeiras Parque, que escrevi sobre o seu abandono no outro blog, e na semana seguinte estava limpa e a funcionar, há dias de sorte e a esperança é a ultima a morrer.

Trata-se de um edifício em Cacilhas, Oeiras que foi iniciado há para aí uma dezena de anos, entretanto quando ia no sexto piso acima do solo  parou, não sei se com medo das alturas se por outra razão qualquer, e assim permaneceu vários anos, até que, de repente como se acordasse dum  sono profundo, ei-lo outra vez ganhando vida e subindo, subindo até quase atingir um avião da T.A.P. que ocasionalmente por ali passava, perante o susto, parou de subir e passou a preocupar-se apenas com os acabamentos interiores e exteriores, e até acabou por ficar engraçado, e confesso que até comecei a simpatizar com o bicho, mas o seu destino estava traçado, nasceu torto, tarde ou nunca se endireita.


Ao que parece, quando as obras terminaram,  alguém reparou que a rua sem saída que levava ao dito, era estreita, e com o enorme movimento de carros que se previa, era de bom tom alargá-la, era fácil  porque só há casas dum lado da rua, e do outro são terras de cultivo, assim se pensou, assim se fez, alargaram a estrada mais um metro, colocaram lancís para passeios, colocaram um bocado de pó de pedra na parte nova da estrada, e assim ficou, já lá vão mais de dois anos, o prédio fechado sem viva alma por perto, a estrada alargada transformou-se em rio quando chove, levando terra e areia para a estrada principal que liga Oeiras a Porto Salvo, com crateras que cabe lá um cão de rabo alçado, e a Câmara que terá autorizado a obra responde aos Moradores que se queixam (são uns piegas )  que não tem nada a ver com assunto, o problema é do construtor do monstro, e nós cá vamos cantado e rindo, perante este sacudir de água do capote.
 

3 comentários:

António Querido disse...

Apoiado amigo, dá-lhe com força, porque o dinheiro gasto com algumas construções estapafúrdias faz falta em locais e construções de carácter mais urgente, há câmaras que fazem malabarismos e há munícipes que batem as palmas no fim do espetáculo, que todos os Santinhos nos acudam!
O meu abraço

Edum@nes disse...

De um monstro tu falas. Um edifício de construção polémica. Talvez pensando na América, teve medo das alturas, com certeza vai rebentar, se ninguém o salvar pelas costuras?
Dos outros me parece ser diferente, não sei como coisas assim faz esta gente! Começam e não acabam, desperdiçam o dinheiro, são obras de um qualquer engenheiro. Depois culpam a crise que culpa ela não tem. Fazem as asneiras mas querem sempre ficar bem. São as leis de ouro deste país, que os políticos roubaram todo o seu tesouro?

Bom domingo para ti,
amigo Virgílio
um abraço
Eduardo.

Tintinaine disse...

Aí está um dos males da nossa sociedade. Constroem-se apartamentos que não fazem falta a ninguém, só para garantir que o negócio dos bancos continua.
E as Câmaras Municipais são também culpadas pois só pensem naquilo que ganham com a emissão das licenças de obras e no que vão receber do IMI e IMT pagos pelos compradores.
Enquanto as receitas das Câmaras forem provenientes desta origem estes mamarrachos vão continuar a nascer como cogumelos. Para mal dos nossos pecados.