sábado, 10 de novembro de 2012

A VISITA DA DONA DOROTHEA

Ângela Dorothea Merkel, a indesejada, de facto Portugal não a quer por cá, não será todo o Pais mas pelos ecos que se ouvem, não custa a creditar que a grande maioria dos Portugueses a consideram "persona non grata" nesta altura do campeonato, lá terão as suas razões, mas cá o Rapaz como bom anfitrião que se presa, sou  a favor da sua visita, digo mais, considero até que podia montar aqui o seu gabinete, neste protetorado á "beira mar plantado" e governar daqui a Alemanha e o resto da Europa, embora a sua vontade como boa Alemã que é, seria administrar todo o Mundo, veja bem dona Merkel, que clima destes não arranja com facilidade, e Gente boa que acolhe bem os visitantes, vá por mim, e traga o seu ministro das finanças, pessoa muito estimada pelo homologo Português «fala lento».

Mas perguntarão porque é que sou favorável á sua vinda, quiçá, a sua permanência até pelo menos á sua aposentação? a resposta é simples, para além de bom anfitrião, acredito em quem tem detido o poder cá no Rectângulo, não tenho razões para duvidar de Sócrates e Passos Coelho, e ambos acreditaram piamente na Senhora e na sua boa vontade de nos ajudar, então porque ia eu duvidar?
Acresce o facto de saber perfeitamente que temos vivido a grande é á Francesa, esbanjando os Euros que graciosamente nos enviaram em especial os Alemães que sempre foram mãos largas nas ajudas aos mais desprotegidos, veja-se o que fizeram nas duas grandes guerras, em que os Países não se entendiam e eles quiseram ajudá-los, é certo que foi preciso dar uns tiros e mandar umas bombas, mas foi sempre com boas intenções, e mesmo aqueles milhões que morreram devido a esses tirinhos e bombinhas sentem-se agradecidos por não terem ficado por cá a sofrer as passas dos Algarves, sofrendo as agruras do pós guerra, desafiando a chuva e o frio nas filas para arranjar um pouco de pão ou leite, que como sabe melhor que ninguém eram racionados, claro que os Alemães não tiveram culpa nisso, como nós sabemos.

Mas isto são águas passadas e o que interessa é a atualidade, e a este respeito só temos de estar gratos á Senhora, pela sua prestimosa ajuda, para evitar a nossa falência como País. é certo que cada dia que passa estamos mais falidos, mas ainda assim sempre temos onde nos amparar, exactamente a esta nossa amiga, até os juros que estamos a pagar, dos tais empréstimos beneméritos são insignificantes, cerca de 5%, quando os bancos se financiam a 1%, mas coitados dos bancos que só têm sido prejudicados nestas horas de crise, e pagam juros dos empréstimos mais baixos que os Países, parece uma contradição mas não é, de facto os bancos gerem melhor o dinheiro que os nossos Governantes, veja-se o caso do B.P.N.  grandes administradores que estão a passar a vergonha de ter de ir a Tribunal, para explicar como aconteceu o buraco, em todo o caso muito menor que o buraco do Pais.

Mas minha estimada Senhora, isto não é só conversa fiada, quero daqui fazer-lhe o convite para vir passar uns dias na minha humilde habitação, tem  Sol a rodos, a Serra onde pode fazer-me companhia numas caminhadas, se lhe apetecer dar um mergulho podemos dar um salto ali ao Rio da Várzea, a minha Patroa sabe fazer umas comidinhas porreiras, que não encontra na sua Terra tenho a certeza, e ainda me ofereço para a levar a dar uns passeios por aí para ficar a conhecer de facto o nosso Povo, e vai ver que não somos nenhuns mandriões como lhe têm dito, nem gastadores dos dinheiros alheios, nada, tudo boa Gente, é certo que temos muita Gente aí a encher cafés e similares, mas isso deve-se á procura de convívio, somos assim mesmo não gostamos de estar fechados em casa e procuramos o convívio, aliás ao contrário dos seus Concidadãos que se fecham em casa, e só pensam em trabalho, nós por aqui em casa só para dormir, somos um Povo alegre que gosta de se divertir, vai ver que por onde irá passar só vai ver festas, e o Povo todo a aplaudi-la e, a aclamá-la, como se de uma Santa se tratasse.

E já que falamos de convívio, sugeria aqui ao seu discípulo Passos Coelho que fizesse como outrora os nossos Reis (quando Portugal ainda era Soberano) que quando nascia uma Criança na Corte, davam três dias de festa rija ao Povo, era óptimo que o «amigo»  fizesse o mesmo, porque a Senhora merece ser recebida com festas e não com manifestações de desagrado como aquelas que se preparam para aí, uns mal agradecidos é o que nós somos, eu por mim, e somando á oferta que lhe fiz atrás, ainda estou preparado para a ir receber ao Figo Maduro, (para quem não sabe é onde aterram os aviões em Lisboa) com um ramos de cravos vermelhos, assim  mo permitam os seus seguranças, e mais, como parece que vai almoçar ao Forte de S. Julião da Barra, se não for muito incomodo, podia fazer-me o convite para o repasto, (já que estou aqui próximo) e dali seguia comigo para ver o Portugal profundo, sugeria até que começássemos pelas Escolas, onde a fome já aperta, claro que a Senhora não tem culpa nenhuma, nós é que andámos a viver acima das nossas possibilidades, e agora estamos em dieta.

Para terminar esta prosa que já vai longa, apetece-me fazer aqui algumas considerações mais serenas, a primeira é a que respeita á visita propriamente dita, cheira a provocação, á poucas semanas fez o mesmo em relação á Grécia, e o que lá foi fazer? acirrar mais os ânimos, provocar manifestações e distúrbios, qual é a necessidade? os gajos que a convidam são parvos ou estão eles também a gozar com o Zé? acham mesmo que esta visita vem no momento mais próprio? depois queixam-se se houver, como é previsível, problemas de ordem Publica, do que estão á espera? ou será para exercitar a Policia, que anda para aí a manifestar-se e assim sempre dão umas bordoadas no Pessoal e esquecem as manifestações? Desconfio que aqui á gato.
A segunda é a seguinte: não considero que a Senhora seja a primeira culpada do que nos está a acontecer, de facto é internamente que temos de procurar os culpados e fazê los pagar pelo estado a que isto chegou, mas uma coisa é considerar que não é Ré, a outra bem diferente é a oportunidade da visita que não é desejada, assim passávamos bem sem ela por cá..
Não é bem vinda minha Senhora.
 

4 comentários:

Edum@nes disse...

De visita a Portugal
A Dona Dorothea
Fazendo beicinho afinal
Vamos apanhados pela sua teia!

Ao Sócrates abraçada
O coelho lhe dá beijinho
Em troca de quase nada
Vem buscar o último pedacinho!

Numa visita relâmpago
Vão gastar um dinheirão
Mais nos arruma ao canto
Estamos ficando sem tostão?

Com aquele gesto à Hitler
Nada mais precisa dizer
Eu bem sei o que ela quer
Os portugueses mais empobrecer!

Arrogante, velha danada
Fica lá no teu país
Aqui não és desejada
Senhora do teu nariz!

Bom fim de semana para ti,
amigo Virgílio,
um abraço
Eduardo.

Edum@nes disse...

Corrijo a palavra: Vamos para FOMOS apanhados pela teia!

Tintinaine disse...

Ela não percebe uma palavra de português senão ainda corrias o risco de ela ler isto e te aparecer lá em casa.
Vamos lá ver como as coisas correm na segunda-feira!

Valdemar Alves disse...

Talvez pouca gente saiba, mas os patrícios desta Dona (em mil novecentos e troca o passo) atravessaram o Rio Rovuma e invadiram território nacional... Mas enfim, vá lá agora um gajo dizer aos taxistas que deixem de comprar viaturas "made in germany"... A culpa é toda nossa!