Embora tenha deixado o trabalho agrícola á muito, continuo a considerar-me um Homem do campo, atento ao que lá se passa, sofrendo com os queixas justas dos Agricultores, lastimando que até o tempo meteorológico esteja contra os poucos que ainda vão semeando alguma coisa, enfim estando também de ouvido á escuta das declarações a propósito ou despropósito dos problemas agrícolas, e é sobre essas que hoje quero escrever umas linhas.
Como se sabe, temos uma Ministra da Agricultura, Senhora de muitos saberes, não fosse ela Advogada, e com um Secretário de Estado também ele de boa cepa, lembram-se do célebre Deputado do C.D.S. que votou os orçamentos de Guterres, em defesa do queijo Limiano? e que lhe valeu a suspensão de militante desse partido, agora de pazes feitas com «Paulinho das Feiras» atingiu o estrela-to, como membro do Governo, embora acredite que estará no lugar certo, devido á sua especialidade, Engenharia Agrária, portanto daqui não virá mal ao Mundo quero dizer á Agricultura, mas falava da Ministra, essa mesma que logo que tomou posse das diversas pastas que tem no seu pecúlio, fez sair uma norma no, ou nos Ministérios que dirige, dispensando o uso de gravata, para segundo ela, poupar no «Ar Condicionado», logo aqui se viu que tínhamos Ministra a sério.
Pois agora veio também com uma medida inovadora, e que é fazer uma espécie de reforma agrária sem « Lati-fundiários, que neste caso será o Estado, quer ela fazer um género de feira das Mercês, mas que em vez de castanhas e água pé, dará terras para cultivar, ora aqui é que a porca torce o rabo, quem é que as vai cultivar? a Srª? os Funcionários que vão para o desemprego? é que minha Srª. hoje as terras estão ao abandono, por duas razões principais: porque não há mão de obra, em especial naqueles trabalhos onde as máquinas não entram, como Vindimas, apanha de tomate, e da fruta etc. nestes trabalhos tem valido a mão de obra Estrangeira, não fosse esta e mais terras estariam ao abandono.
Srª Ministra aproveite o tempo que lhe resta nesse alto cargo, e veja que os problemas da Agricultura não estão na escassez de terras, estão no escoamento dos produtos, onde os intermediá-rios impõe a sua lei, nos preços das sementes, rações, adubos, pesticidas etc. no preço da electricidade e dos combustíveis, nas leis que fizeram e que por exemplo no caso da fruta o «tamanho é que conta», em suma fale com os Agricultores que eles lhe dirão o que está mal.
Srª Ministra aproveite o tempo que lhe resta nesse alto cargo, e veja que os problemas da Agricultura não estão na escassez de terras, estão no escoamento dos produtos, onde os intermediá-rios impõe a sua lei, nos preços das sementes, rações, adubos, pesticidas etc. no preço da electricidade e dos combustíveis, nas leis que fizeram e que por exemplo no caso da fruta o «tamanho é que conta», em suma fale com os Agricultores que eles lhe dirão o que está mal.
Outra das razões tem sido a forma como os Governantes têm andado a distribuir os dinheiros da C.E.E. e que agora estamos a pagar com língua de palmo, gastaram-se rios de dinheiro para não se produzir, pagava-se para arrancar vinhas, e a seguir davam mais um subsidio para voltar a plantar, os «chicos espertos» em vez de semear trigo, começaram a produzir Jipes topo de gama, Piscinas aquecidas com gasóleo Agrícola, uma maravilha, aproveitaram bem estas dádivas! os pobres, esses continuaram pobres, (aliás nas Pescas produziram o mesmo filme). Agora estamos a braços com uma grande seca, faz doer ver as poucas sementeiras de cereais, com aquele aspecto amarelado, outro nem chegou a nascer, as batatas de sequeiro estão na sua maioria semeadas, se não chove não vão nascer, e as que nasceram vão morrer, as pastagens já foram, agora sim são precisas ajudas, haverá?
Agora é caso para dizer: se não chove, vai tudo pela água abaixo.
Agora é caso para dizer: se não chove, vai tudo pela água abaixo.
Mas a conversa já vai longa, e para não se dizer que isto é só paleio, quero aqui oferecer á Srª Ministra umas terras que tenho em conjunto com as minhas Irmãs, não falei com elas sobre esta oferta mas sei que não vão contra ela, assim é só deslocar-se a Vila Verde dos Francos, segue na Estrada da Várzea e no local conhecido como Azenha, tem lá um bom pedaço de terra, aquilo é um bocado acidentado, não dá para entrar máquinas, mas com o Pessoal que há por cá desempregado vai ver que aquilo vai ficar num brinquinho num abrir e fechar de olhos, embora pareça complicado de cultivar vai ver que com boa vontade não á impossíveis, já lá deu boa uva e bom trigo, faça favor de se servir, e se este terreno não chegar, peça lá aos meus Conterrâneos que, o que não falta lá é terra, e á borla, pelo menos da minha parte fique com ela e bom proveito.
3 comentários:
"Mãos largas",
Amigo Virgílio o que foi que te aconteceu
Queres dar as terras à ministra
Ela não as sabe trabalhar
Dá-lhe antes um banho na crista
Para ela aprender a falar!
Coitadinha e pobrezinha
Que bom emprego lhe arranjaram
Andam por aí escondidinha
Será que os agricultores já a encontraram?
Parece uma catraizinha
Que ainda usa fraldas
Sem fazer qualquer coizinha
A gente é que vai pagar as favas?
Aqueles políticos do CDS,
Parece que foram escolhidos a dedo
A quem não sabe muito esquece
Estamos metidos num grande enredo!
Um abraço
Eduardo.
Todos os dias há notícias de assaltos e roubos, de norte a sul de Portugal.
Mas não me lembro de ter ouvido nenhuma que fale de assalto a uma armazém de ferramentas e de terem levado enxadas, pás e picaretas.
Está quieto oh mau! Trabalhar faz calos!
Nem de propósito, acabei de comentar no blog do Eduardo e vou repetir porque se trata do mesmo assunto: Disse eu que já não vou fugir para o Brasil, já me convenceram a ficar aqui no meu cantinho e como ando na sementeira da batata vou convidar a nossa amiga Assunção Cristas, para me ajudar e pode trazer mais uma dúzia de desempregadas, tenho terreno para elas se esticarem à vontade, posso ser professor agrícola e de borla.
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