sábado, 18 de fevereiro de 2012

A Vedeta da Armada

Como já todos perceberam até pelo titulo do anterior blog, a minha estadia na Armada foi um desastre, não só para mim que amarguei mas também para a Marinha, pois dei cabo da cabeça a um com galões, embora com «armas» desiguais também dei alguma luta, é certo que fiquei a perder no final da refrega, mas como diz o ditado! «quem vai á guerra dá e leva» e  assim chegados a este ponto, lá correram comigo, sem indemnização a receber ou a pagar, portanto com contas saldadas! da minha parte não ficou ressentimento, da parte deles talvez, mas uma coisa é certa ainda hoje passados mais de quarenta e cinco anos e do falhanço que foi a minha permanência lá, continuo a gostar da Marinha, e da Arma a que pertenci, os Fuzileiros.

Assim sendo, quando vou dar umas voltas por Lisboa., quase sempre passo junto á Doca da Marinha, não para matar saudades da Doca propriamente dita, mas da Vedeta (Navio da Marinha utilizado para a travessia do Tejo até ao Alfeite) que foi o primeiro e único Navio onde viajei enquanto estive na Marinha, não se pode dizer que foram grandes viagens  Marítimas, mas para quem como eu, que a maior quantidade de água onde tinha navegado até então era o «famoso» Rio da Várzea, mais propriamente junto aos terrenos do meu Avô, rio este que pouco mais água lá passava que uma descarga de autoclismo, foi portanto uma grande aventura andar na Vedeta, mas para mal dos meus pecados nunca mais vi nenhuma atracada na Doca da Marinha, ora esta semana vinha eu ali no Terreiro do Paço, quando avisto em frente ao Cais das Colunas um Navio que me chamou a atenção, só podia ser a Vedeta, fotografei, com Zoom e sem ele e quando cheguei a casa ampliando as imagens lá estava o nome na Ré, Paiva.

Fui tentar saber na «bendita» Internet se conseguia ter alguma informação do Navio, e lá consegui saber que era de facto uma Vedeta, que tal como as outras três que ainda estão ao Serviço foi construída no Arsenal do Alfeite. Construído em 1975 tem o casco em aço, mede 35,20 metros de comprimento por 7.20 de boca, 1.45 metros de calado, dois motores de seis cilindros, consome 50 l/hora, e tem  capacidade para 439 Passageiros.
A explicação que encontro para nunca ter encontrado nenhuma Vedeta dentro da Doca, talvez se deva ao facto de ao contrário do que acontecia no meu tempo agora ficará atracada do lado de fora da Doca, penso eu, mas não consegui saber se será assim.
Aqui ficam umas fotos dessa minha ultima passagem pela Capital, com a Vedeta a ser «vedeta» desta vez.

7 comentários:

António Querido disse...

A vedeta marcou todos os marujos do Alfeite, base naval e escola de fuzileiros, era passagem obrigatória por ser a mais barata.

Edum@nes disse...

Com orgulho pertenceste
À Armada Portuguesa
45 anos depois, não esqueceste
Daquela grande vedeta.

Português, como eu, revoltado
Deste povo trabalhador
Que continua a ser enganado
Por político sem valor!

Fuzileiro Português,
Que lutou com bravura
Recorda o passado talvez
Não quer a escravatura!

Bom domingo.
Um abraço.

Tintinaine disse...

Ao ler a tua história da vedeta da Marinha lembrei-me daquela miúda, filha de um oficial, que engravidou só por viajar todos os dias com a marujada na vedeta a caminho da Base Naval onde trabalhava.
Pelo menos foi a desculpa que ela arranjou para explicar ao pai o que lhe tinha acontecido!

Edum@nes disse...

Essa miúda era como o trotíl, que rebenta por simpatia. Assim aconteceu com ela que engravidou só de viajar junto dos Marujos!

Evanir disse...

Boa Noite.
Vim conhecer seu blog através do blog do Eduardo um grande amigo e meu Padrinho.
Tomei a liberdade de seguir seu blog
gostei muito de conhecer sua historia de vida.
Por tudo que li imagino que deve ter estado com o Eduardo na guerra.
Uma feliz semana .
Evanir..

Edum@nes disse...

Boa tarde amigo Virgílio, e bom Carnaval.
Pois é amigo. Enquanto o dinheiro para eles não chegar. Não vão deixar de nos roubar até ao último cêntimo. Porque são, infelizmente, eles que têm a faca e o queijo e cortam por onde querem, sem que ninguém os impeça de o fazerem!
Vamos ficar sem os dois subsídios
já a partir deste ano. Os quais nunca mais vamos reaver!
Por causa dos políticos de merda que governam o país!

Um abraço.

Anónimo disse...

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