domingo, 24 de novembro de 2013

FORTE DE SANTO ANTONIO DA BARRA

Uma madrugada fresquinha a convidar a um passeio á beira Mar, e como não gosto de ser desmancha prazeres lá fui cumprir essa missão, mais propriamente entre a Parede e S. João do Estoril, e aqui chegado não pude deixar de recordar, que foi exactamente neste local que Salazar caiu da cadeira, agora que muitos saudosistas o recordam com ternura, uns talvez esquecidos da herança que este nos legou, outros por convicção, aliados ao estado de desgraça que estes políticos de meia tigela deixaram chegar o País, é o caldo perfeito para a saudade.
 
 
Por mim, e apesar de concordar que este regime nascido no 25 de Abril está caduco, e serve quase exclusivamente aos Partidos que dele se apoderaram, ainda assim prefiro este que o outro que se finou há quase 40 anos., o simples facto de estar aqui a botar palavra já me satisfaz, de facto não sou muito exigente, talvez devido á pobreza total que vivi no tempo deste cavalheiro, fiquei vacinado, e qualquer prato de sopa me satisfaz! Mas não é sobre Salazar que quero falar, mas do Forte de São João, onde ele deu o trambolhão.
 

Forte de Santo António da Barra

O Forte de Santo António da Barra é uma fortaleza militar de defesa da costa construída por ordem de Filipe I e mandada ampliar por D. João IV em 1643. É um projecto de arquitectura militar de João Vicenzo Casale, renascentista. O Forte tem planta estrelada, característica do Renascimento.
Adaptado à morfologia do terreno e maciço rochoso onde se ergue, sendo ainda protegido por um fosso, a planimetria deste Forte torna-o num dos mais curiosos complexos da barra do Tejo.
Foi durante muitos anos a residência de Verão de António de Oliveira Salazar, chefe do Governo no Estado Novo. Foi aliás ali, em 1968, que o ditador deu a célebre queda de uma cadeira de descanso, que levaria ao seu afastamento e, em 1970, à sua morte.

O Forte ergue-se à entrada de São João do Estoril, num plano cimeiro à praia, encoberto por denso arvoredo, tendo nas imediações a estrada Marginal.
Para quem entrar na zona sul de São João e se dirigir às imediações do Forte, pode desfrutar de uma visão deslumbrante proporcionada pelo maciço rochoso, onde as ondas se desfazem, e do Forte ali sobranceiro, que parece estar prestes a precipitar-se nas águas mas que só algumas gotas ajudadas pelo vento conseguem atingir.
Actualmente o Forte funciona como colónia de férias do Instituto de Odivelas.
O monumento é propriedade pública estatal.

4 comentários:

lmdoliveira disse...

Nos anos 60/70 andei ao mar com o meu pai, de dia oficina de noite ao mar. Uma vez largamos o aparelho de anzol entre a Bafureira e a pedra do sal em S. Pedro, durante a maré o mar levantou e a bóia de cabeceira foi arrastada para junto do forte, ficou mais o menos a cinquenta metros do enfiamento do forte, quando não é o nosso espanto e cagaço a GNR que fazia guarda ao “botas” dispara para a proa da embarcação dois tiros. Como é lógico deixamos a bóia, entre pragas do meu pai que os chamou de tudo e mais alguma coisa.
Abraço Virgílio.

Tintinaine disse...

Olha o Luis Oliveira ainda anda por aqui! Há que tempos que o não via!
O tempo do Salazar foi mau, mas antes dele foi ainda pior.
Agora também não está famoso, mas não se pode comparar com esses tempos. Se tivéssemos por cá uns políticos mais sérios poderíamos viver no céu, mesmo com as dificuldades que são comuns a todos os países da Europa (e não só).

António Querido disse...

É uma zona que eu gostaria de conhecer a pé, porque quando passo é de carro, ou autocarro, agora que a filha dá aulas em Parede, quando for a Lisboa está nos meus planos, caminhar essa zona a butos, vai-te preparando para o convite.

Edum@nes disse...

Forte de Santo António da Barra
Caminhando à beira do mar
O amigo Virgílio se levanta de madrugada
Para a sua caminhada de rotina iniciar.

Vai contente a assoviar
Em determinada direcção
O que não quer se calhar
Encontra em qualquer ocasião!

Coisas mal feitas em demasia
Bem feitas diminuição
Muitas ruas cheias de porcaria
Em alguns locais gente estender a mão.

É a merda do governo que temos
Que nos manda emigrar
Recordando outros tempos
Não é bom disso ouvir falar!

Boa tarde e um abraço para ti amigo Virgílio.
Eduardo.