quarta-feira, 25 de setembro de 2013

OBSERVANDO LISBOA


Andei-me a poupar no que respeita a caminhadas, desde que a constipação me atacou á traição a semana passada, agora que parece que esta foi pregar para outra freguesia, sinto-me como novo, e hoje fui esticar-me um bocado para a Capital, cerca de oito quilómetros, já não foi nada mau para ver se despacho algum do colesterol que engoli nos últimos dias, porque essa história que se conta que um gajo constipado não tem vontade de comer, não serve para mim, quanto mais fungo e tusso mais como, até penso que junto com a constipação vem a «bicha solitária» para azucrinar o juízo a um gajo!

Assim cheguei a Alcântara onde me despedi do Dr. Cascais (comboio) ás 6h35 bem de noite como sabem aqueles que se levantam por estas horas, subi um pouco a rua que liga á Av.. de Ceuta e depois segui pela Prior do Crato, atravessei a Infante Santo, segui pela Presidente Arriaga, passei junto ao Museu Nacional de Arte Antiga, e ali próximo tirei as primeiras fotos ao Tejo, mas a escuridão ainda se fazia sentir, razão porque não saíram como eu esperava, depois, rua Santos o Velho, atravessei a Av. D. Carlos, passei pela rua da Boavista, subi ao Miradouro do Adamastor, gosto de o visitar porque devo ser dos poucos sóbrios que ali passam ou param, pela quantidade de garrafas de pinga que estão sempre por lá! Passei ainda pelo Chiado, Largo do Carmo, Rossio e a descida para o Cais do Sodré.

Ora antes de chegar ao Cais do Sodré, passei como é costume pelo Terreiro do Paço, e aqui para espanto meu, ou talvez não, (falei nisto á cerca dum Mês), mesmo junto ao Cais das Colunas abateu o pavimento, até aqui nada a apontar, pode abater qualquer coisa, especialmente se essa coisa não foi feita como devia, e em especial se a coisa é fustigada pelas águas do Tejo, o que é o caso, e mais grave ainda se a coisa abatida tem nas suas entranhas cabos de Electricidade, que na melhor das hipóteses quando estes cederem á ondulação mais forte e ao peso do betão abatido, vão deixar alguém a ver navios, ou melhor a ver á luz do candeeiro a petróleo.

Isto deixa-me indignado, como é possível que ninguém com responsabilidade no assunto, seja a Câmara, o Porto de Lisboa, ou o tanas, não tome as previdências necessárias para que o prejuízo não seja maior? Mas não será que o interesse é mesmo que a coisa seja de maior dimensão para justificar uma grande empreitada? Eu que não sou maldoso suspeito que sim!
As fotos são bem esclarecedoras do que aqui fica escrito, a única coisa que mudou de há um Mês para cá, foi aquelas «balizas» para as Pessoas não caírem no buraco, e até me admira muito, sabendo o que a pinga vai fazendo nestas noitadas bem regadas, que não as tenham atirado ao Rio, e sem a proteção alguém já lá tenha caído, mas ainda não é tarde para que isso possa acontecer!

3 comentários:

António Querido disse...

Ainda bem que já mandaste a gripalhada ir tomar banho ao Tejo!
Mas não caíste no buraco, para o António Costa, (que não é da mesma cor), é difícil tapar tantos buracos porque os impostos que nós pagamos, não chegam para tapar os buracos que os habitantes de Belém arranjam e aquelas garrafas vazias nas escadarias da cidade, são o espelho da noite, que tu à hora que as observas não dás tempo ao pessoal da limpeza recolher, vai dando os teus passeios e não te preocupes porque isso significa uma cidade com vida e bebedeiras.
O meu abraço até à capital

Tintinaine disse...

Ainda bem que te livraste da bicha!
Quanto aos buracos em Lisboa... pensa só naqueles que existem nos lugares por onde não passas. Devem ser poucos, devem...!

Edum@nes disse...




Está o sol vergonhoso
Atrás das nuvens escondido
O dia acordou chuvoso
Por Lisboa observando anda o Virgílio.
Sempre muito cauteloso
Quando passa pelo Rossio
Cansado chega ao miradouro
Para ver barcos no rio
Tejo a navegar.
Continuando a sua caminhada
Com cuidado para não cair no buraco
Da outra banda Cacilhas e Almada
Tem medo de viajar de barco
Não as vai lá visitar
Regressa a Paço D,arcos
Na carripana se calhar
Enquanto tiver patacos
Para de gasolina a atestar.
Boa viagem,
está quase na hora do almoço
Bom apetite.

Um abraço
Eduardo.