sexta-feira, 3 de agosto de 2012

SÉ DE LISBOA

Tenho uma ligação afectiva com a Sé de Lisboa, era eu um «maçarico» Fuzileiro, acabado de incorporar á pouco mais de um Mês, quando na formatura de Sexta Feira de fim de tarde comparece um Padre (Capelão da Armada) que quer voluntários para irem preparar a Sé onde se iria realizar no Domingo seguinte,  (25 de Abril de 1965) a Festa Pascal da Armada, ora como não tinha saída nesse Fim de Semana, foi uma maneira Cristã de me safar da Escola de Fuzileiros durante dois ou três dias, e assim dei um passo em frente, e lá segui com outros Camaradas com destino á Sé Patriarcal de Lisboa onde permanecemos até ao fim da tarde de Domingo, aí comemos e dormimos nesses dias, assistimos á Missa comemorativa onde estavam as mais altas figuras do Estado o presidente da Republica Américo Tomas, e o Ministro da Marinha, Quintanilha Mendonça Dias.


Esta a razão da minha ligação afectiva á Sé, é certo que nunca mais lá entrei, mas passo muitas vezes nas ruas que a circundam, e entristece-me a falta de limpeza do edifício, como se pode observar é todo em pedra á vista, pelo que com o passar dos tempos, aliado á poluição atmosférica, essas pedras que outrora foram brancas ou quase, estão agora quase da cor do carvão, nos dias de hoje é fácil a limpeza do Monumento, com máquinas de alta pressão ou produtos químicos apropriados para não deteriorar a pedra, enfim, precisa é de ser limpa, cálculo que a Igreja não ande a nadar em dinheiro, e que a sua limpeza custe uma boa nota, mas os Portugueses são Pessoa Amigas de ajudar (veja-se os resultados dos peditórios que são publicitados nas televisões) e se fizerem um peditório arranjarão com certeza dinheiro para alindar a Sé.

História

A Sé de Lisboa foi construída no local de uma antiga mesquita, para o primeiro bispo de Lisboa o cruzado inglês Gilbert de Hastings.

Os três terramotos que a devastaram no século XV, bem como o de 1755, foram bastante inclementes para com a Matriz de Lisboa, dedicada a Santa Maria Maior, que sofreu danos e foi sendo renovada ao longo dos séculos.

Construída, ao que tudo indica, sobre a antiga mesquita muçulmana, o primeiro impulso edificador da Sé de Lisboa deu-se entre 1147, data da Reconquista da cidade, e os primeiros anos do século XIII, projecto em que se adoptou um esquema idêntico ao da Sé de Coimbra, com três naves, trifório sobre as naves laterais, transepto saliente e cabeceira tripartida. Nos séculos seguintes deram-se as transformações mais marcantes, com a construção da Capela de Bartolomeu Joanes, do lado Norte da entrada principal, o claustro dionisino, que apesar da sua planta irregular se inclui na tipologia de claustros góticos portugueses e, especialmente, a nova cabeceira com deambulatório, mandada construir por D. Afonso IV para seu panteão familiar.

3 comentários:

Edum@nes disse...

Com um passo em frente
Te livraste à Escola de Fuzileiros
Fim de semana alegremente
Entre presidente, Quintanilha e ministros!

Tudo aconteceu
Lá na Sé de Lisboa
O Capelão apareceu
Com ideia muito boa!

Com fé à missa assistiu
Esses tempos hoje aqui recorda
A liberdade conseguiu
Com um passo em frente, saiu pela porta!

Bom fim se semana para ti, amigo Virgílio,
um abraço
Eduardo.

Tintinaine disse...

Queixas-te da tua má memória, mas lembras-te bem desta peripécia. Uns dias de férias no Bairro de Alfama vieram mesmo a calhar!

Observador disse...

Ó Tintinaine, estas coisas não estão na memória, ou melhor a memória guarda alguma coisa, mas é no papel que confio mais, aquele papel que mostro com a data, (que guardei até hoje) é que me ajudou, tem verso e reverso, dum lado uma foto dum barco com o que se julga ser um pescador, e uma reza, e do outro a data do evento, foi-nos dado pelo Capelão nesse dia quase como um salvo conduto para entrar e sair da Sé, se isso não tivesse escrito já nem recordava o ano, se tinha sido em 1965 ou 66.
Um abraço