Sempre que passo na Rua da Escola Politécnica, junto á porta principal da Procuradoria Geral da Republica, lá está um Casal com com um grande placar onde esta afixado o que julgo ser «pedaços da sua história» independentemente do tempo que faz lá os vejo sempre, mas isto começou-me a intrigar e fui tentar saber a razão do protesto, e então fiquei a saber que aqueles dois Cidadãos Marido e Mulher estão mortos, é verdade foram os dois declarados mortos nos idos de 1964 e até hoje a justiça ainda não os conseguiu ressuscitar.
O «Morto» é o Sr. Florido Sampaio Beja, e a «Morta» a Esposa deste Dona Flora Beja.O Sr. Florindo veio de Nelas para Lisboa ainda não tinha dez anos, concluiu por cá a quarta classe, e de seguida foi trabalhar para uma Fábrica de vidro no Campo de Santana, mandou vir os dois Irmãos que estavam na Terra custeou-lhe o sustento e os estudos, até que um se fez Juiz e o outro Notário, um dia precisou de tirar um documento e estava morto e enterrado na campa nº 235 do cemitério de Aljustrel, a Esposa depois da morte do Marido casou novamente e terá também morrido de seguida, tendo sido enterrada em parte incerta, e a Filha foi dada como desaparecida, os bens, esses após a morte de toda a Família foi parar ás mãos dos dois Irmãos, segundo a informação do próprio «Morto».
O «Morto» que se reformou da Industria vidreira em 1995, transferiu-se no ano seguinte 1996 de «armas e bagagem» para junto do Procurador da Republica para ver se este o conseguia trazer á vida, mas já vai no terceiro Procurador, e aqui continua, já foi preso mais de trinta vezes, internado no Miguel Bombarda outras tantas, porque diz que está vivo e a justiça não acredita, diz que esta maluco, e assim lá vai continuando a marcar presença diária a partir das sete da matina até á noite de há quinze anos para cá, é obra.
A História aqui contada em 2004
Um História do Arco da Velha
Os mortos-vivos continuaram a insistir em reclamar o seu lugar entre os vivos que pelos vistos não querem nada com eles.
3 comentários:
Naquele cidade de Lisboa,
Fica a Rua da Escola Politécnica
Do Princípe Real ao Largo do Rato, numa boa
Tudo perfeito com estética.
Num saltinho já está na Madragoa
Ao passar no Bairro Alto
Lá no Rio Tejo, beija Lisboa
Ser Português previlégio
Ver lisboa a abraçar o Tejo
No Chiado a Estátua de Camões
Na Ribeira as varinas, não invejo
Tão lindas com seus pregões.
Bom feriado,
Um abraço
Eduardo.
Infelizmente, casos desses por aqui, não direi que são maningue (talvez porque o sistema tenta abafá-los) mas o que é certo é que eles vão aparecendo... Ainda há poucos anos o Governo expulsou uma cidadã australiana (pelos vistos com cara de imigrante ilegal) para as Filipinas... UMA BRONCA DO CANECO!... Se esse casal de portugueses querem ressucitar irão têr que passar à mão-armada/greve de fome, porque dar nas vistas é a única maneira eficaz de lutar contra O SISTEMA >>> SEJA ELE DE QUE PAÍS FOR!
Valdemar Alves
Eles estão a tentar dar nas vistas, mas o grande azar deles foi ter um irmão juiz e outro notário, acho que foram enterrados para sempre, ninguém pode ir contra esses coveiros!
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