domingo, 14 de agosto de 2011

Os Mortos Vivos Estão em Lisboa

Sempre que passo na Rua da Escola Politécnica, junto á porta principal da Procuradoria Geral da Republica, lá está um Casal com com um grande placar onde esta afixado o que julgo ser «pedaços da sua história» independentemente do tempo que faz lá os vejo sempre, mas isto começou-me a intrigar e fui tentar saber a razão do protesto, e então fiquei a saber que aqueles dois Cidadãos Marido e Mulher estão mortos, é verdade foram os dois declarados mortos nos idos de 1964 e até hoje a justiça ainda não os conseguiu ressuscitar.
O «Morto» é o Sr. Florido Sampaio Beja, e a «Morta» a Esposa deste Dona Flora Beja.

O Sr. Florindo veio de Nelas para Lisboa ainda não tinha dez anos, concluiu por cá a quarta classe, e de seguida foi trabalhar para uma Fábrica de vidro no Campo de Santana, mandou vir os dois Irmãos que estavam na Terra custeou-lhe o sustento e os estudos, até que um se fez Juiz e o outro Notário, um dia precisou de tirar um documento e estava morto e enterrado na campa nº 235 do cemitério de Aljustrel, a Esposa depois da morte do Marido casou novamente e terá também morrido de seguida, tendo sido enterrada em parte incerta, e a Filha foi dada como desaparecida, os bens, esses após a morte de toda a Família foi parar ás mãos dos dois Irmãos, segundo a informação do próprio «Morto».
O «Morto» que se reformou da Industria vidreira em 1995, transferiu-se no ano seguinte 1996 de «armas e bagagem» para junto do Procurador da Republica para ver se este o conseguia trazer á vida, mas já vai no terceiro Procurador, e aqui continua, já foi preso mais de trinta vezes, internado no Miguel Bombarda outras tantas, porque diz que está vivo e a justiça não acredita, diz que esta maluco, e assim lá vai continuando a marcar presença diária a partir das sete da matina até á noite de há quinze anos para cá, é obra.

A História aqui contada em 2004

Um História do Arco da Velha


Era uma vez um homem e uma mulher que com muito trabalho foram amealhando uma pequena fortuna. Acontece que um deles tinha dois irmãos: um juiz e outro notário.

 O que se seguiu não lembraria ao diabo. No meio de uma impressionaste produção de documentos legais, o homem é dado como "morto" e enterrado numa vila alentejana. A viúva, após ter casado com outro homem, acaba também por ser enterrada em parte incerta. A filha do casal desaparece por artes mágicas.

 Acontece que o morto não estava morto.A viúva nunca se separou do defunto e nem morreu. A filha nunca saiu de casa.

 Um dia o morto-vivo precisou de tratar de um documento, e constatou para seu espanto que não devia estar ali, o seu lugar era algures num cemitério. Os seus bens esses já haviam desaparecido para as mãos mais hábeis nestas coisas.

 O problema é que o morto-vivo não se calou. Mas como é que um morto podia vir agora ao mundo dos vivos reclamar pelos seus direitos ? O caso tornou-se um quebra cabeças para a justiça. A Polícia prendeu dezenas de vezes o morto-vivo e a sua viúva que não era viúva, mas que também era suposto estar morta como ele.

Os mortos-vivos continuaram a insistir em reclamar o seu lugar entre os vivos que pelos vistos não querem nada com eles.

 A justiça acabou finalmente por chegar à conclusão que os mortos-vivos estavam loucos. Poderia o caso ter outro final com dois mortos-vivos a afirmar que estavam vivos?

 ainda hoje, os mortos-vivos lá estão a jurarem a pés juntos que estão vivos, e os documentos oficiais a garantirem que eles estão mortos.








3 comentários:

edumanes disse...

Naquele cidade de Lisboa,
Fica a Rua da Escola Politécnica
Do Princípe Real ao Largo do Rato, numa boa
Tudo perfeito com estética.
Num saltinho já está na Madragoa
Ao passar no Bairro Alto
Lá no Rio Tejo, beija Lisboa
Ser Português previlégio
Ver lisboa a abraçar o Tejo
No Chiado a Estátua de Camões
Na Ribeira as varinas, não invejo
Tão lindas com seus pregões.

Bom feriado,
Um abraço
Eduardo.

Anónimo disse...

Infelizmente, casos desses por aqui, não direi que são maningue (talvez porque o sistema tenta abafá-los) mas o que é certo é que eles vão aparecendo... Ainda há poucos anos o Governo expulsou uma cidadã australiana (pelos vistos com cara de imigrante ilegal) para as Filipinas... UMA BRONCA DO CANECO!... Se esse casal de portugueses querem ressucitar irão têr que passar à mão-armada/greve de fome, porque dar nas vistas é a única maneira eficaz de lutar contra O SISTEMA >>> SEJA ELE DE QUE PAÍS FOR!
Valdemar Alves

António Querido disse...

Eles estão a tentar dar nas vistas, mas o grande azar deles foi ter um irmão juiz e outro notário, acho que foram enterrados para sempre, ninguém pode ir contra esses coveiros!