Hoje fui observar como está a crise para os lados do Bairro Alto em Lisboa, saí como é costume no comboio das sete e dez, que há algum tempo que chega com atraso e com alteração nas paragens das Estações seguintes, não sei se não andará aqui alguma «mãozinha da reacção» para desestabilizar este serviço que tem sido pontual quem sabe para a sua futura privatização, e com isso mais um aumento nos bilhetes, mas isto já sou eu a sonhar alto, mas a verdade é que no regresso, estava dentro duma carruagem com dezenas de Passageiros na linha nº 6, e quando chegou a hora da partida mandaram sair e ir para a linha nº 2 porque este comboio estava avariado, lá que são muitas mazelas juntas lá isso são.
Mas como ia dizendo fui ver se a crise tinha chegado ao Bairro Alto, antes de lá chegar passei pelo Largo Camões, e logo aí na Estátua do Poeta pude ver o inicio da porcaria, e olhem que pelas amostras que junto em fotos, parece que não, a crise está a passar ao lado, embora os Homens e Mulheres da limpeza das ruas tenham chegado lá primeiro que eu, e já tivessem limpo uma parte dos despojos da «guerra» que por lá há todas as noites, madrugadas e até manhãs, pois ás sete e meia quando iniciei o périplo ainda lá andavam uma avestengas de asas abertas sem rumo, e sem noção do que se passava á sua volta, tal o seu estado de embriaguez.
Bem sei que estamos em Agosto, e neste mês o País pára, é natural portanto um maior afluxo de Rapazes e Raparigas aos locais de divertimento, mais conhecidos para encher a cara, é pelo menos isso que indica a quantidade astronómica de garrafas vazias de cerveja, gin, vodka, e os tais copos que basta um para um gajo cair para o lado inconsciente, conhecidos por «chutes», ou lá como se chamam, eu dá-me a impressão que a nossa Juventude está a ir por mau caminho, ao emborcarem tanto álcool, e os Governos e Câmaras deviam empenhar-se no combate aos excessos, há noticia de crianças que não têm idade para comprar álcool em Bares, e compram-no nos super-mercados e vão para estas zonas já de garrafa na mão, isto está a ir muito mal.
Para os saudosistas, aqui vai uma foto do Arroz Doce, de boa memória, sim no nosso tempo também frequentávamos o Bairro Alto, mas éramos discretos e não emporcalhávamos as ruas, carros, cabines de eletricidade etc.
4 comentários:
Esse mau hábito da rapaziada nova só pensar em copos é um dos grandes defeitos da "nova sociedade" em que vivemos. Casar e assumir responsabilidades não é com eles. Por vezes têm ordenados mais altos que os seus pais, mas não contribuem em nada para o orçamento familiar, limitando-se a viver como parasitas e estourar tudo o que ganham nos copos e boa-vida.
Incapacidade total de os pais educarem os filhos para virem a ser homens de verdade e saberem conduzir o mundo por um caminho melhor.
Com este tipo de cidadãos não há grande hipótese de o mundo caminhar para melhor e resta-me a alegria de já cá não estar para ver o resultado.
Bom, o meu comentário está escrito no último parágrafo... No nosso tempo éramos discretos e não emporcalhávamos as ruas, agora bebe-se metade da garrafa e a CML que trate do resto... Para mim os usos e costumes dos portugueses da minha era é coisa do século passado... Quanto ao Arroz-Doce acho que foi sempre um ex:libris do Bairro Alto e como tal deveria sêr incluído no Património Nacional... Não, Não se riam porque o Red District em Amesterdão qualquer dia irá fazer parte da UNESCO e quero vêr então como os puritanos reagem.
Valdemar Alves
A julgar pelas fotos que as vi de novo em ponto grande, cheguei à conclusão que ainda há uma grande percentagem de alfacinhas que vivem em condições que não de acordo com o Primeiro Mundo que apesar de tudo Portugal faz parte... No entanto, creio que teria respostas adversas ao meu ponto de vista, pelas simples razão que os ditos habitantes são Bairristas Fanáticos e ai daquele que lhe diga mal do seu Bairro... POIS QUE VIVA O BAIRRO ALTO!
Valdemar Alves
Bairro Alto, Alfama, Madragoa, etc. Sempre foram Bairros típicos da nossa Lisboa, que não competiam só nas marchas, mas também nas suas tascas, petiscos, diversões e belas raparigas, só que no nosso tempo havia mais respeito, uns pelos outros e pelas autoridades, não existia a moda de se embebedarem até caírem inconscientes, agora é giro, são os maiores, no meu tempo quando um colega se excedia, era acompanhado até à rua do Arsenal, à casa do Marinheiro e lá dormia, até apanhar a vedeta no dia seguinte!
Mudaram-se os tempos e as mentalidades.
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