segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

CAMINHANDO E OBSERVANDO





Tenho diversas estradas que me levam a Vila Vede, por norma quando vou durante os dias da semana e para fugir ao trânsito entro na C.R.E.L. em Tercena vou até á A8 e nesta até Pêro Negro daqui por estadas secundarias até ao destino, quando vou ao fim de semana sigo pela A1 até ao Carregado e depois por Alenquer, como aconteceu ontem, como ia sozinho parei aqui e fui fazer uma caminhada para matar saudades dos meus tempos de padeiro, em  Paredes que ficam paredes meias com Alenquer, e fiquei um bocado surpreendido pela falta de passeios para peões, julgava que era só em Vila Fria e Porto Salvo afinal a coisa é mais vasta.

Estacionei precisamente em Paredes, no local onde assistir grandes vitórias do meu Benfica, também lá sofri uma derrota amarga na final da taça dos Campeões Europeus de 1963 que pedemos com o Milão por 2-1, neste local existia a Sede do Alenquer e Benfica, e era a nesse grande salão que os Benfiquistas e Alenquuer e Paredes se reuniam quando havia jogos, pois as televisões nesse tempo eram um luxo a que poucos conseguiam chegar.

Segui a pé pela antiga Estrada Nacional nº 1 para fotografar o Presépio, (que oportunamente mostrarei aqui) e confesso que me acagassei um bocado, os passeios são inexistentes e os automobilistas passam ali com uma broa, mesmo a roçar nas calças dum gajo, julgo que o facto de não haver passeios não será da responsabilidade da Câmara, pois trata-se de estrada Nacional, de qualquer modo esta tinha que fazer valer os direitos dos seus Fregueses, pois há casas de habitação por todo o lado, mas talvez não dê votos esta coisa de passeios para Peões.

Percorri depois diversas ruas, e apesar do frio pois era manhã cedo, mas lá fui aquecendo com o caminhar, parei junto ao Rio que está com as margens todas empedradas e bem arranjadas, com centenas de patos, e muitos pombos e mantive-me por ali largos minutos apreciando estas aves, depois ainda entrei numa Capela onde se celebrava Missa, que fica junto ao Rio, a seguir desloquei-me até á estátua do Capitão Tenente Oliveira e Carmo da nossa Armada que foi morto pelas Tropas da União Indiana na quando comandava a Lancha Vega, no ano de 1961, e de quem já falei noutra ocasião.

 Observei a antiga Fabrica de lanifícios da Chemina, que deixou de laborar em 1994, ardeu seis anos depois, a Câmara adquiriu-a e lá continua ao abandono, uma tristeza.
Passei junto a um edifício que sei alberga o Registo Civil, e penso que também o Predial mas sem certezas, e ainda talvez o Tribunal mas isto é suposição, tem lá escarrapachadas uma letras que talvez queiram dizer que serviços lá existem, mas não sei se será linguagem Árabe ou doutro lado qualquer quem sabe até marciana, mas não estudei essas línguas e fiquei a saber o mesmo.
Uns passos mais á frente a Estátua doutro Alenquerense Ilustre  Damião de Góis, de quem já escrevi á uns tempos, e assim terminei a minha caminhada Dominical.

4 comentários:

Tintinaine disse...

As palavras em latim «Domus Iustitiae» querem dizer "Casa da Justiça" ou seja Tribunal, em português corrente.
Lembro-me de quase ter morrido na estrada que fotografaste, há muitos anos atrás, por ter adormecido ao volante. Saí daqui depois da meia noite e deviam ser umas 4 horas da matina quando acordei com o carro aos solavancos por ter entrado com as rodas do carro na valeta do lado esquerdo. Tinha atravessado a faixa de rodagem para o lado contrário e foi um milagre não vir ninguém de frente naquela altura.
É verdade que há trinta e tal anos não havia tantos carros na estrada como agora, mas mesmo assim considero que tive muita sorte por não me ter estampado.
E fico à espera das fotos do presépio.

António Querido disse...

Ao ler a história da tua caminhada dominical, chamou-me a atenção a estátua do bravo Comandante da lancha Vega, (Jorge Manuel Catalão de Oliveira e Carmo), foi uma história que me fascinou pela coragem deste Comandante, pois sabendo o Nº de tropas que o iam atacar aguentou firme até ao seu fim, levando um tiro no peito...Isto aconteceu realmente em meados de Dezembro de 1961, o que tenho lido é que quando foi morto, tinha a patente de 2ºTenente, se chegou a Capitão Tenente foi a título póstumo, facto que eu desconhecia.

Edum@nes disse...

Boa tarde amigo
Caminhando e observando
As verdades eu te digo
Nossa desgraça é o memorando!

Agora vou andando
Como amigo te vim cumprimentar
Não quero fiques pensando
Tuas observações mais não admirar!

Um abraço e até mais logo, quqndo voltar!

Valdemar Alves disse...

Aprendi a história deste herói de Diu na Escola Alunos Marinheiros e segundo consta, morreu fardado a rigôr... Não tinha ideia de onde era originário.