O caruncho atacou-me forte e feio, eu que me tenho gabado de estar aqui para as curvas, tenho passado uma semana um bocado torta, as dobradiças na zona dos quadris, enferrujaram de tal maneira que me vejo Grego para me calçar, a coisa tem sido de tal maneira que até tive de faltar á chamada para acompanhar mais uma Conterrânea á Granja, entretanto ontem melhorei um bocado o que me permitiu ir até Vila Verde, e aí não podia falhar mais uma caminhada, aliás o andar não me incomoda nada, é muito pior guiar, vá lá um gajo compreender estas moléstias que nos atacam, já andava desasado, depois ainda me armei em para-quedista e espalhei-me ao comprido ao descer dum escadote, vou ter de me convencer que isto já não é o que era, e ter mais cuidado senão ainda dou cabo do canastro.
Assim ontem a caminhada foi algo diferente do habitual, para começar em vez do duo habitual, foi um trio, um Amigo meu e do Vicente há dias quando o visitámos na sua habitação que fica numa Aldeia próxima (Rechaldeira de seu nome) mostrou interesse em ir connosco numa próxima caminhada, então chegou o dia, estava o tempo fresco, mais de (trinta graus) quando chegámos á sua casa, sem aviso prévio não fosse ele arrepender-se, deve ter sido um desassossego, tinha acabado de chegar da Praia e a vontade de ir apanhar aquela torreira de Sol não vinha nada a calhar, mas não quis ficar mal no retrato e não se fez rogado, avançou mesmo!
Lá partimos os três direitos á Rabissaca, aqui fomos forçados a fazer uma escala, pois fomos «assaltados» por Amigos alguns deles que já não víamos há muitos anos, (faço aqui um parenteses para explicar a quem não é desta zona, que quase todos têm uma adega, maior ou menor, não interessa, é preciso é ter lá vinho, pois é zona vinhateira) e assim como nenhum de nós é grande bebedor deu impressão que o nosso Amigo Abílio ficou aborrecido por não termos aceite uns copos da sua adega, mas um dia voltaremos lá para provar as águas, ficou prometido.
Saímos dali serra acima sem nenhum de nós saber onde ia dar o caminho, apenas pelo sentido de orientação que todos possuímos, que nos levaria ao Avenal, ainda andámos um bocado aos papéis mas lá fomos ter, daqui seguimos direito ao Vilar, e o regresso á Rechaldeira, o nosso novo companheiro de caminhada portou-se lindamente, nota-se que está habituado a andar, esta rapaziada que tem vivido fora do Pais como é ocaso destes dois andarilhos trazem bom treino dos Países onde trabalharam, no caso do Vicente os E.U.A. e do «Chico» Vieira o novo caminheiro, o Canadá.
Tivemos entretanto oportunidade de ir observando (ou não tivéssemos os três iniciado as nossas vidas a trabalhar na agricultura) as culturas que íamos vendo por onde íamos passando, as vinhas estão com boas prespectivas duma boa colheita, a fruta nem tanto, tirando a Pera Rocha, esta sim está bonita e em quantidade, ainda avistámos trigo ceifado á antiga, isto é com a foice e com a espinha dobrada, coisa rara nos dias de hoje, também assistimos a um fenómeno como podem testemunhar pela foto que aqui mostro, isto é, uma pereira que dá, em vez de peras, caracóis,
Entretanto hoje ainda não eram sete da matina quando eu e o Vicente partimos para nova caminhada, esta com partida e chegada a Vila Verde, mas desta escreverei no Facebook.
1 comentário:
Pois é amigo Virgílio, os anos vão passando. Quer queiramos quer não, temos que obedecer a tudo aquilo que nos é imposto contra a nossa vontade.Também desse mal me queixo eu. Algumas dores no esqueleto que me impedem de fazer as minhas corridas como dantes fazia.Também estou mais preguiçoso, não é pelo facto de ser alentejano. Mas são todavia os anos, que me vão mandando para o estaleiro.Até aqui na internet, ultimamente, tenho andando com menos apetite. Há dias que não me apetece mesmo nada escrever. Não querendo dar parte fraca, tudo faço para continuar com os meus comentários nos blogs, que continuo a seguir. Não tenho mais nada para fazer, por isso terei que ter forças para continuar. Por hoje é tudo. Desejo-te um bom fim de semana, força amigo Virgílio. Um abraço. Eduardo.
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