domingo, 23 de fevereiro de 2014

"A SAGA CONTINUA"

O Carlos Silva, num comentário que fez na mensagem anterior falava que a Esposa também sofre de Fobias, e como penso que ele não vai voltar a reler a anterior mensagem, deixo aqui mais algumas notas sobre o assunto.
Antes de mais tenho uma certeza, quem mais sofre com elas não são os próprios detentores da coisa, são antes os Familiares mais próximos, os que vivem em comum com ele, no meu caso até não quer dizer que me habituei, mais fui ao longo do tempo aprendendo a viver com a moléstia, e a Família? Muitas vezes pensará que é mania, capricho, ou simplesmente vai-se também adaptando a esta realidade se for capaz, não sendo a coisa fica preta.


Apenas alguns exemplos; Um dia parto com a Mulher e o Filho mais novo com destino ao Alentejo, ali para os lados Alter do Chão, para passar lá uns dias em casa de Pessoa Amiga, a casa estava muito bem situada, com todas as comodidades para os três, mas logo na primeira (e última) noite começo  ouvir chocalhos de animais, que tinham instalações próximas, de madrugada toco a alvorada e ala que se faz tarde direito a casa, acabaram as férias.
Noutra ocasião vou a Lamego, a casa dos meus Sogros é numa Povoação próxima, tinha ficado escaldado na última vez que lá tinha ficado, porque um peixeiro modernaço, ás cinco da manhã colocou lá uma aparelhagem sonora a debitar em altos berros ranchos folclóricos e similares, mesmo no largo em frente da casa onde eu estava, fiz ali um cruz para nunca mais lá dormir, assim dessa vez combinei com  a Patroa pregar uma mentirinha inocente aos Pais dela.

Que não dormíamos lá por uma qualquer razão que já não recordo, ficámos na Cidade num hotel que parecia que vendia silêncio, pois ás vezes o que parece não é, o hotel é numa avenida que vai ter á Câmara, toda a santa noite gajos com motos a fazer corridas ou pelo menos a acelerar, e um barulho infernal, toco a alvorada ainda noite e regresso a Oeiras.
Mais de um vez saí de casa com a Mulher e Filhos quando estes eram pequenos, destino: Lagoa de Albufeira, sigo pela autoestrada Lisboa, Estádio Nacional, e quando me aproximo do Monsanto, trânsito parado ou a passo de caracol, acabou a ida á Lagoa, fica para a próxima.
São apenas alguns exemplos dos contratempos que a Família tem passado.


Depois ainda há outros inconvenientes para terceiros, no caso que contei no Alentejo, o dono da casa deve ter pensado que desopilei tão depressa porque não terei gostado de alguma coisa, ou não me ter sentido confortável, isso mesmo se tem passado em casas dos meus Compadres, ainda no Verão de 2012 fui para uma casa de férias deles com a ideia de estar lá uma semana e ao fim  de dois dias estava de regresso, quando lhes disse que estava já em Porto Salvo, só me responderam já? Mas estes já me conhecem de ginjeira e penso que não estranham, mas a Mulher, que prepara a trouxa digamos para uma semana, e no dia seguinte estamos de regresso, já me deve ter rogado tanta praga que se elas caíssem já tinha ido desta para melhor, enfim cada maluco a sua mania, e as minhas como se comprova são vastas!

3 comentários:

Tintinaine disse...

Tenho tido cá os meus contratempos por causa das fobias da minha Maria, mas nada que não se possa aguentar. Tenho a certeza que seria muito pior para ela se fosse eu a ter esse problema.
Enfim, coisas da vida!

Edum@nes disse...

A saga continua,
A raposa está à coca
No céu, o sol e lua
E a doninha na toca!

Doenças são csstigos,
Deles ninguém está livre
É verdade amigos
Com dores há quem grite.

Já aconteceu comigo,
Foi a noite mais da minha vida
Tamanho doloroso castigo
Só espero que nunca mais se repita!

Boa noite para ti amigo Virgílio, um abraço
Eduardo.

António Querido disse...

Faz como eu, andei lá por baixo a laurear o verde gaio, mas quando saí de casa marquei logo a dormida em Varandas de Alter, um silêncio maravilhoso, para ir tomar o pequeno-almoço, foi preciso irem tocar a campainha do quarto, tenho em Alter-do-Chão um grande amigo, mas só o procurei para o cumprimentar.
Cá vai o meu abraço