Continua a Lei da selva nas nossas estradas, e as razões para esta carnificina continuar impávida e serena, só tem uma explicação, falta de Policiamento, como é que se explica que eu vá e volte semanalmente a Vila Verde, por estradas diversas e nunca encontre Policia? Não é bem assim, eu sou um exagerado, encontrei, e mandaram-me parar uma vez, há para aí vinte anos, para me perguntarem o comportamento do carro que eu tinha na altura, porque segundo o Guarda, tinha ideia de comprar um igual, ora se eu ando há vontade sabendo que só «por acidente» me cruzarei com Policia, os doidos que por aí circulam, não o sabem também? Hoje mais dois acidentes no meu caminho, na A1 á ida, é quase certo que nas minhas viagens madrugadoras encontro acidentes no percurso Lisboa, Vila Franca, nas últimas semanas é o terceiro, dois deles de rodas para o ar, agora a desculpa não será da chuva, então do que será?
Á vinda fiz outro percurso, e antes de chegar á Povoação do Milharado, vai um Mercedes preto á minha frente, (o que está na foto atrás do branco acidentado de luzes acesas) atrás de mim outro Mercedes também preto mas um Break, (que está na foto ao lado do anterior com a asa esquerda destruída) o primeiro carro vai devagar, mas não o ultrapasso pois tenho á frente uma Localidade, e um semáforo que acende vermelho se ultrapassar os 50 quilómetros hora, o que vem atrás de mim não está para ir devagar e duma assentada ultrapassa-me a mim e ao que vai á minha frente, é certo que o sinal passa de intermitente amarelo a vermelho, mas isso não interessa pois Policia é coisa que nunca se viu por estas paragens, e lá vai o camarada na mecha, e cag...----se no encarnado, voltamos os dois a arrancar quando o sinal passa a verde, a cinquenta metros há um café, e vejo o pessoal a vir espreitar á porta, tenho um pressentimento, e aproximo-me mais e lá está o camarada enfeixado com outros condutores provavelmente mais cuidadosos, não sei de quem foi a culpa, sei que num Pais onde se respeitassem os Semelhantes e as Leis isto não teria acontecido.
Mas isto foi apenas um aparte e desabafo ao mesmo tempo, pois já levei com um sacana destes, aceleras e doidos que por aí circulam a dar cabo da vida deles e dos outros, mas dizia foi um aparte porque como fui a Vila Verde tenho uma boa noticia, palmilhei sete quilómetros e meio na Serra de Montejunto na companhia do Vicente e estou inteiro, é certo que ele me foi indicando o melhor percurso para não haver mais acidentes, mas eu também fui mais cuidadoso que o habitual, tirando aquele momento em que regressei á adolescência e queria ir fazer uma pega aos Toiros que pastavam um pouco abaixo do caminho que seguíamos, mas passou depressa, até porque o meu Camarada pegador não estava lá para me dar uma ajuda, de facto só fui valente porque tinha ao meu lado, ou melhor á minha frente o Victor Eusébio, esse sim exímio pegador, as pernas não o ajudam, caso contrário ainda fazia por aí uma caminhada connosco, e quem sabe, uma pega!
A volta hoje foi nova, ou melhor grande parte foi novidade, fomos de carro até á casa dos antigos Guardas, sobre a qual já escrevi várias vezes, e seguimos por esse caminho até para lá da segunda casa dos Guardas, esta também recuperada, mas devoluta, é certo que o local não é para brincadeiras com a gatunagem que há por aí não era nada seguro ser habitada por Pessoas desarmadas, mas também gastar-se o dinheiro e não lhe dar proveito, enfim, não deve ter havido voluntários para a habitar, entretanto tirei umas fotos das Localidades desse lado da Serra, no local ainda sabia quais eram essas Terras, agora ao ver as fotos não sou capaz de as identificar, sei entretanto que estão aqui fotos de Cabanas do Chão, Penedos, Portela do Sol, Cabanas de Torres e talvez Paula, e Penafirme da Ventosa.
3 comentários:
Boa noite amigo Virgílio, aconteceu hoje e há-de continuar a acontecer nos dias que se seguirão ao dia de hoje. Quanto às fotos e as imagens estão fantásticas, a zona do oeste tem belas paisagens. Quanto aos ralis nas estradas é como a gente sabe. Há quem respeite as regras do trânsito e há quem as não respeite, e aqueles que as não respeitam, muitas das vezes ficam ilesos, cujas vítimas por vezes mortais, sem terem contribuído para que o acidente acontecesse acabam por ser os mais prejudicados. E a polícia é como tu o dizes, nem vê-los nesses locais onde deveriam estar com mais frequência. Aqui bem perto de onde moro existe uma rotunda, onde eles estão com mais frequência à caça da multa, com se costuma dizer. À espera daqueles que por esquecimento deixaram algum dos documentos referentes ao veículo que conduzem em casa.
Boa noite e bom fim de semana para ti, amigo Virgílio, e para a tua família,
um abraço. Eduardo.
Foi um doido do volante, desse tipo que mandou o meu Passat para a sucata, depois disso já fez outra parecida e continua a conduzir, porque lhe permitem uma carta nas mãos, até se matar, ou matar alguém, estou de acordo que dentro duma grande cidade como Lisboa não se pode circular devagar, mas tem que se cumprir as regras de trânsito, ou então não se metam lá, como é o meu caso, com a minha idade reconheço que não tenho os reflexos que tinha, por isso, ou à boleia, ou de transportes públicos.
Um dia vai haver alguém a lembrar-se de erigir uma estátua numa qualquer encruzilhada desses caminhos por onde rompes as solas dos teus sapatos, em memória de um caminhante que era visto com muita frequência por ali.
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