segunda-feira, 5 de agosto de 2013

OS MEUS TRAMBOLHÕES


Hoje em conversa com um Amigo, e versando esta, sobre a minha última queda, veio esse amigo recordar-me uma das que dei ao longo dos anos, não que eu lhe tenha alguma vez falado nisso (não gosto de fazer publicidade gratuita) mas que soube por interposta Pessoa, mais propriamente pelo meu Filho João, isso despertou-me para a minha queda, para quedas, que não vem de agora como demostrarei de seguida.
Aliás a minha Irmã Irene aconselhava-me ontem a ir ao Médico, e eu respondi-lhe que só amarrado, não porque tenha algum a coisa contra estes profissionais, mas porque tenho medo dos instrumentos de trabalho deles, em especial quando se lembram de se armar em sapateiros ou alfaiates e começam a coser um gajo, não gosto de pontos, e pronto.

Então foi assim: um dia o meu Sobrinho Fernando veio fazer-me uma visita e trouxe o Filho Diogo, a Mulher estava de Banco no Hospital de Cascais, entretanto foi fazer um serviço e deixou cá o Filho a brincar com o meu mais novo, tinha aqui uma figueira, mas os figos maduros estavam altos e só com ajuda de um escadote ou derivado eu lá chegaria, assim em vez de escadote tinha ali uma barrica de plástico onde tinha e tenho a ração do cão, e que estava á sombra da dita figueira e a tampa era um vidro da janela dum carro, então subi para cima da barrica com o vidro, pensando só pousar os pés na borda da barrica que o vidro aguentava, devo ter-me esquecido onde tinha os pés, e aquilo partiu tudo, e eu com um golpe que cabia lá um cão de rabo alçado, o meu Sobrinho vinha a chegar e ao ver aquilo telefonou logo para a Mulher, mas eu avisei que só ia ao Hospital se não me dessem pontos, e após um diálogo entre os dois lá me convenceram a ir ao Hospital e não me coseram o pé, a Esposa cumpriu o prometido, e a coisa sarou com o tempo.

O meu Cunhado Rui, tinha uma motorizada com a qual ganhou muitos prémios em gincanas, quando deixou de a usar, como não tinha onde a guardar pediu-me para eu a guardar e andar se quisesse, assim sem prática deste meio de transporte, lá dei umas voltas com ela, curtas como convém a quem não sabe da poda, acontece que por duas ou três vezes espalhei-me ao comprido, mas era quando já estava parado, em andamento andava que parecia o Valentino Rossi, parado caía, mas que raio de mistério, em conversa com alguém que já não recordo, foi-me recordado que quando parasse a motorizada convinha colocar pelo menos um pé no chão, portanto dei cabo dos joelhos porque pensava que estava a conduzir um carro, e não colocava os pés no chão.

Um dia (há sempre um dia) embora não fosse da minha competência esse trabalho, mas a pedido do Engenheiro Murinello (Eng. Chefe ao tempo) arranjei uma Equipa de Pessoal do meu e doutros Sectores e coloquei mãos á obra na lavagem dos mais de vinte Reservatórios de Oeiras, Algés, e Amadora, que coitados alguns nunca tinham sido lavados apesar da sua já proveta idade, um dia tinha o Pessoal a lavar o de Leceia, e eu tinha-me deslocado a outro local, quando voltei ao local e como sou uma pessoa calma e que faço sempre tudo dentro das máximas regras de segurança, fui descer ao depósito onde tinha o Pessoal a trabalhar, só que em vez de descer pelas escadas (que se podem ver em fotos) desci antes pelo resguardo ou guarda costas, para ser mais rápida a descida, e foi! Escorregaram-me as mãos, e fui por ali abaixo batendo com  a peitaça nos ferros até aterrar lá no fundo, levantei-me, subi, o Pessoal que tinha cá em cima chamou os Bombeiros de Barcarena que me transportaram ao Hospital de Cascais algumas costelas rachadas, que doíam mesmo, e este  foi o resultado duma descida vertiginosa.

Esta já a contei por aí num blog, saiu-me na rifa, quero dizer herdei do meu antecessor no cargo, umas garrafas metálicas iguais ás de oxigénio e acetileno para soldaduras, com  cerca de 60 litros cada de Cloro gasoso, como o fabricante-fornecedor não as recebeu de volta pensei descarregá-las na entrada de esgoto na Central de Caxias, disso encarreguei o meu adjunto e Amigo Penedo, avisando-o do perigo que era se houvesse alguma fuga, tinha que ter sempre as garrafas mergulhadas no esgoto, entretanto saí e fui lubrificar o Jeep á nossa Estação de Serviço, quando regressei vi muita gente na rua, e uma nuvem amarelada no ar, nem foi preciso perguntar o que tinha acontecido, entrei dentro da Central desci á cave para «purgar» uma bomba para aspirar pelo menos o cloro que estava nos dois compartimentos da Central, resultado quando vinha a subir, não aguentei mais sem respirar, e foi uma golfada de cloro para o bucho, Hospital com ele, e para eu não me sentir só, lá foram fazer-me companhia o outro funcionário que estava com o Penedo, e vários Bombeiros de Paço de Arcos, apesar de usarem mascaras!
Aqui ficam algumas das minhas quedas e acidentes, todos eles «acidentais» e a verdade é que ainda cá estou para contar com o aconteceram, é obra!

4 comentários:

Agostinho Teixeira Verde disse...

O nosso amigo Virgílio, azarado,
Conta-nos cada peripécia
Que nós lamentamos o coitado:
É melhor ir à pesca...
Utilizando as tais coreanas
Que apanhe uma guelra boa
De cobiçadas barbatanas
Daquela que a varina apregoa...

Tintinaine disse...

Há uma queda que te esqueceste de mencionar aqui, a tua queda para a escrita. Essa não te faz mossa e ajuda-nos a passar o tempo a nós que te lemos.

António Querido disse...

Aos trambolhões cá vais andando e contando, podes-te julgar feliz, porque muito boa gente ao 1º trambolhão que dá na vida, vai logo pedir entrada ao São Pedro, faço minhas as palavras do Tintinaine: Tu tens mesmo queda para a escrita!
Força aí na caneta, não desistas.
O meu abraço

Edum@nes disse...

Com ou sem as coreanas
Sempre muito atarefado
Das preocupações tantas
De um para o outro lado.
Aos trambolhões...
Amigo Virgílio tem cuidado
Acerta no Euromilhães
Cidadão do país mal governado.
Desvia-te do grande buraco
Se o puderes fazer...
Faz uma viagem ao Buçaco
Vai aquela paisagem ver
Leva a máquina fotográfica
Nas caminhadas companheira
Profissional com prática
Corre água turva na ribeira
Não foram para a Manta Rota
Ficaram em Armação de pêra.
São chatos os mosquitos
Os que ainda não foram de férias
Preparam os falsos políticos
Com as suas brilhantes ideias
No sentido do fracasso
Porque só sabem mentir
Acusam os outros do grande buraco
Onde só o povo irá cair.
Se continuar de olhos fechados
E nas próximas eleições consentir
A continuação dos mesmos falhados!
Está na hora da mudança
Não há muito por onde escolher
Mas não perca a esperança
Dizem que é a última a morrer!

Boa tarde para ti amigo Virgílio.
Um abraço. Eduardo.