terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lisboa

Hoje fui despedir-me do meu Amigo Amílcar, que tem o Café na Rua das Portas de Santo Antão, local onde semanalmente lá ia comer o rissol da ordem acompanhado de um café, dar dois dedos de conversa, e palmilhar uns quantos quilómetros por essa Lisboa, a coisa está a ficar preta para os Comerciantes, e como os Chineses têm «massa» de sobra, lá ficaram com mais esta casa, situada no «coração da Cidade», como dizia o outro: é a vida.

Como quase sempre saí no Cais do Sodré, passei pela Praça da Ribeira, com  uma vénia ao «Arroz Doce» que lá continua a resistir ás crises, sim que este já passou por várias, subi até ao Bairro Alto, atravessando o Bairro da Bica, pela Rua da Bica de Duarte Belo, exactamente onde está o já célebre Elevador da Bica, passei na Rua dos Mouros (afinal o Pinto da Costa tem razão quando nos chama Mouros) do Bairro Alto desci pela Calçada da Glória onde está o outro elevador com o nome da Calçada, subi parte da Av. da Liberdade e fui até ao Conde Redondo, com a firme intenção de visitar o sr. Duarte Lima que lá está á guarda da Judiciaria, e que ao que consta estará a passar um mau momento, queria prestar-lhe a minha solidariedade, pagar-lhe um cafézinho, pois consta que estará com dificuldades económicas, mas esbarrei com a teimosia dos Guardas que não me deixaram entrar, disseram-me que só recebia visitas Vips, e que eu não tinha pinta de Vip, portanto nada feito.

Triste com a nega que tinha levado, lá desci cambisbaixo com destino á Av. Almirante Reis, passei junto ao Hospital Dona Estefania, Rua dos Anjos onde Observei a «Ermida de Nossa Senhora das Dores e de Jesus dos Perdidos», Ermida esta com a bonita idade de 249 anos, pois foi construída nos idos de 1762.
Visitei ainda a Igreja dos Anjos, tenho pena das fotos não serem nada de jeito, pois considero o interior desta Igreja, das mais bonitas que já visitei, mas sem flash e com pouca luz não há milagres
Esta Igreja data de 1910, pois a anterior que existia foi demolida em 1908 quando da construção da Av. D.Amélia hoje Almirante Reis. 

Depois foi o caminho de regresso ao «dr. Cascais» como é conhecido aqui por estas bandas quando alguém se queixa que está mal, manda-se ao «dr. Cascais» que é o comboio de ligação de: Lisboa a esta Terra da Costa do Sol, claro que isto é uma brincadeira pois não se aconselha ninguém a tentar travar um comboio, com o próprio corpo. Antes de chegar ao Cais do Sodré fui então a despedir-me do Proprietário e do Café que visitei nos últimos anos, (a partir de agora deverá transformar-se em mais uam casa dos trezentos) e agora vou ter que arranjar novo poiso, mas tem de ser muito bem escolhido, pois o meu Amigo Filipe fica fora da rota, que é em Campo de Ourique, e tem que ser  próximo do Rossio, mais tarde conto como foi.


4 comentários:

Tintinaine disse...

Grande volta, Virgílio! Cada vez me fazes mais inveja. Eu passo o dia de cadeira em cadeira e já tenho o cu das calças todo poído.
Nem fazia ideia que era possível subir a Rua da Bica! Até me falta o fôlego só de pensar nisso!

António Querido disse...

Boa Virgílio, mesmo que comas uns bons petiscos, não deixes de subir e descer as ruas de Lisboa, porque assim as tuas canetas vão-te aguentar até aos cento e tais e eu queria cá estar para ver!
Esses chineses são demais, escolhem os melhores locais e só aceitam lojas com uma certa dimensão e amplas, mas tenho a impressão que o dinheiro não é deles, porque fazem vida de escravos, acho que é tudo financiado pelo Estado Chinês e em breve iremos tê-los como patrões das maiores empresas Nacionais.

Anónimo disse...

Há pelo menos duas fotos que me despertaram a atenção... A entrada lateral do Hospital da Estefania, porque só imaginava a entrada principal (que fica precisamente na Rua com o mesmo nome) e a outra a do Conde Redondo, porque foi aí que tirei o meu primeiro BI.
Valdemar Alves

Edum@nes disse...

Fantásticas imagens,
Grande caminhada
Das belas paisagens
Ruas de alcatrão e calçada.

Algumas com buracos,
Muitos prédios a ruir
Dizem que não há patacos
Para as reconstruir.

Pretendias visita fazer,
Com essa me deu vontade de rir
Para aquele inocente ver
Toda a vida a transgredir?

Também te foste despedir,
Do teu amigo do café
Mais um que está a sentir
As dificuldades como o zé!

Desejo uma boa noite para ti,
um abraço
Eduardo.