segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Até Maio Vicente

Ontem fui até Vila Verde fazer dois trabalhos, verificar e reparar uma infiltração que tinha na arrecadação, já a tinha tentado reparar, mas não resultou, (vamos ver se é desta), e fazer a última caminhada da época na companhia do meu Amigo Joaquim Vicente, que está de partida para os States.

 Aproveito desde já para fazer o convite a algum interessado em o substituir, o contrato será de seis meses prorrogáveis se mostrar aptidão para a função, as condições são: Levantar cedo,  as partidas são ás oito em ponto, no «Cafezada», ter pé ligeiro, ter jeito para contar anedotas, e ter uma boa colecção delas, para não haver repetição, beber café ou chocolate no café do Victor pois é ele que dá o tiro de partida para cada Etapa, levantar-se se cair, pois os locais por onde andamos não têm condições para irem Bombeiros para nos socorrer, e o «Laurentino Ambulância» já não para por estas bandas para dar uma ajuda, e por último sempre com um sorriso nos lábios mesmo que o traçado da caminhada seja por entre silvas, tojos, ou similares.

Um esclarecimento para quem não sabe quem foi este Laurentino:  este Homem vinha para Vila Verde fazer as vindimas, tinha tanto de boa Pessoa, com de físico pois teria perto de dois metros de altura, e mais de 100 quilos de peso, havia quase sempre alguém que se excedia na pinga quando á noite se ia para as diversas tabernas locais, alguns ficavam até sem poder movimentar-se, então alguém chamava o nosso Amigo Laurentino, que de pronto pegava no «borrachão» ás costas e o levava a casa, ficou assim conhecido por: «Laurentino Ambulância».

Saí de Vila Fria ontem pelas 7.30 horas  pela pela Segunda Circular, e A1 até ao Carregado,  fui beber um café a Alenquer e aproveitei para aí fazer o aquecimento, subi (a pé) á Vila Alta, dei por lá uma volta junto á Câmara, local onde dei o nó nos idos 1969, desci pelas escadas que conduzem á Baixa da Vila, recordando os tempos em que fui Padeiro nas Paredes ali ao lado, e que ao Sábado único dia de folga por ali andava com uma ida ao Cinema, pois nesses tempos ainda não era «alérgico» a espaços fechados e com muita Gente.

 Recordando também as grandes cheias que aconteceram neste mês de Novembro do ano de 1967, em que morreu por aqui muita Gente e por lá andei uma semana a tirar lama dos rés do chão das casas e lojas da Baixa, vi neste percurso várias casas em ruínas, mas destas não vai rezar a história pelo que as omito em fotos, uma coisa me chamou a atenção, os relógios de grandes dimensões uma na fachada do edifício da Câmara outro numa ourivesaria da rua Triana, estavam parados, espero que isso não seja um prenuncio de Alenquer parada no tempo, gostei de rever o Rio que foi todo limpo e reparadas as suas margens, com patos ás dezenas, está bonito.
Parei ainda junto ao Monumento em memória do 2º Tenente Oliveira e Carmo, morto em combate na Índia quando comandava a Lancha Vega, foi a titulo póstumo promovido a Capitão Tenente.

Chegado á Terra foi então dia para fazer algum trabalho, pois o tempo estava bom, o que não vai durar muito pois já se prevê para amanhã chuva, e tive de subir ao telhado vamos lá ver se é desta que a infiltração fica reparada, mas por por aquilo que vou ouvindo dos meus Vizinhos, todos se queixam do mesmo mal, até em casa novas o que não é o caso da minha, que já me ganha em anos de vida, pois foi lá que nasci já lá vão uns anos.

Só hoje de manhã fui então fazer a derradeira (por agora) caminhada, com o Vicente, ao contrário do que tem sido habitual, esta foi mais suave, apenas 6.300 passos mais ou menos 5 quilómetros, serviu para as despedidas da praxe, com a promessa de lá para Maio,voltarmos a caminhar se entretanto as «canetas» não enferrujarem por falta de uso, por mim vou treinando, já ele com a neve que já cai por lá, só no ginásio.
Resta-me enviar um abraço a este Companheiro e toda a Família que espera ansiosa para o abraçar e á sua Esposa após seis meses de ausência. Não posso deixar de agradecer aqui á Esposa, que o incentivava sempre para ir comigo fazer estas caminhadas ás vezes com prejuízo da própria como ainda hoje aconteceu, pois já tinha a sua vida organizada de determinada maneira que alterou, e sempre com um sorriso nos lábios. Até sempre.

4 comentários:

Edum@nes disse...

Boa noite amigo Virgílio. Belo trabalho o teu. Imagens fantásticas. Na placa que impedes com a mão de ver o nome completo penso que seja Vila Verde dos Francos. Assim como esta lê-se Vila Verde dos ancos.
De todas as imagens o que mais gosto é aquela tirada ao centro de Alenquer, está mesmo nos conformes. É real enquanto que a do carro, com a estrada a passar por baixo, não conheço, penso ser alguma fantasia.
Quanto ás caminhadas, também e pelo que dizes me parece que estás cada vez mais apto e pensas continuar. Fazes tu muito bem.
Por fim e para que não esqueçamos os velhos tempos de juventude deixas-nos com a Maria Albertina e o seu conjunto. O Emigrante. Obrigado. Gostei.

Uma boa noite para ti,
Um abraço
Eduardo.

virgilio disse...

Isto de só nos conhecermos através dos blogs tem destas coisas, o Amigo Eduardo troca-me pelo Vicente, de facto quem tem a mão no sinal é ele, eu sou o outro que aparece numa das fotos, quanto á fantasia como lhe chamas é de facto publicidade a uma marca de carros que está na saída da Segunda Circular a caminho de Sacavém, achei a imagem curiosa fotografei em andamento e aqui a mostro.
Um abraço
Virgílio

Tintinaine disse...

Fiquei a pensar seriamente no teu convite. Se não fosse tão longe, tinhas um parceiro garantido. Desde que começasse aí com 5 ou 6 mil passos acho que conseguia aguentar o primeiro dia. E depois logo se via.
No início ainda pensei que o convite era para substituir o Vicente nos States, porque querias mantê-lo cá para te fazer companhia. Não sei o que ele faz por lá, mas já estava a pensar em oferecer-me também. Sabes que uns dólares a mais sempre davam um jeitão.
E as fotografias são óptimas, mas com o tamanho com que as publicas qualquer dia tens a Google à perna avisando que excedeste o teu limite. E depois de excedido o limite tem que se pagar licença para continuar.

Edum@nes disse...

Bom dia amigo Virgílio, desculpa não foi por mal. Bem me parecia não seres tu.
Para a próxima diz atenção Eduardo, aquele é o Vicente, o Virgílio sou eu.
Qualquer dia está o amigo "Tintinaine", a bater à tua porta, para te acompanhar nas caminhadas?
Eu já, hoje, fiz a minha corrida de 12.000 passadas. Estou aqui fresco como uma alface!
Desejo um bom dia para ti,
Um abraço
Eduardo.