quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Lisboa entregue á bicharada

Todos sabemos que há dias em que não se pode sair de casa, cá por mim tenho fases, nos últimos dias logo que ponho um pé fora de casa só vejo desgraças, se estou em casa são as televisões e a Internet os mensageiros da desgraça, que me deixam á beira dum ataque de nervos, na rua são os serviços públicos que me põem a falar sozinho, já não sei onde me recolher, talvez num Convento, mas estou em crer que não me iriam aceitar, ás duas por três começava a espingardar com os Frades e era expulso da Ordem, mas sempre era uma coisa abençoada.

Mas vamos ao dia de hoje, a coisa começou mal mesmo antes de sair de casa, quando me deito a pensar que no dia seguinte tenho um compromisso seja ele qual for, é certo que não vou dormir nada de jeito, como tinha intenção de hoje ir dar uma volta por Lisboa, lembrei-me de colocar o telemóvel a despertar para as seis e meia  para ver se dormia qualquer coisa, não surtiu grande resultado e quando o gajo tocou a alvorada, saltei da cama, preparei-me e desembarquei na cozinha para tomar o pequeno almoço, quando olho para o  relógio que lá está pendurado numa parede, eram cinco e meia, claro não tinha ainda mudado a hora no telemovel, então os gajos que fazem estes aparelhos não preparam a coisa para mudar automaticamente a hora? tratei de mim e do cão, e por ali estive a fazer horas, a «encher chouriços como se diz na gíria» para ir até á Cidade, o que aconteceu.

Fui fazer a caminhada junto ao Rio até Alfama, e daqui até ao Miradouro de Santa Luzia para ver o nascer do Sol, mas havia nuvens e não deu, daqui subi até ao Castelo que estava fechado, pudera eram sete e meia, contornei então este Monumento, para no fim de contas ver aquilo que de inicio disse, estas coisas mexem comigo, não há volta a dar, o pavimento onde passam as Crianças a pé, sim nem todas vão de carro, (embora o barco para ali fosse o melhor transporte) era um lago de água e lama, (estou em crer que já escrevi sobre isto em tempos mas não tenho a certeza)  nós de facto vivemos no terceiro Mundo, já nem os Turistas fazem com que os «nossos» Autarcas se envergonhem do estado lastimável com que os presenteiam, depois dizem que querem turismo, para isto? vão dar banho ao cão.

Depois de ver isto confesso que fiquei enjoado, pois já antes tinha passado junto ao portão principal do Castelo e fotografado outra obra de arte, para electrificarem um candeeiro com traça antiga fizeram o buraco para a caixa de ligação electrica deste, em cima do nome da rua, que neste caso é um Beco, e não ouve a preocupação de apagar parte do escrito anterior, depois passei pelo Largo da Graça, e Observei um mamarracho com uma altura descomunal ao lado dos outros que não chegam á sua «cintura», fez-me lembrar o Gigante de Moçambique de seu nome Gabriel Manjacaze, que casou por cá  com uma Mulher que tinha metade da sua altura, foi isto que me veio á cabeça ao ver este mamarracho.

Subi ainda ao Miradouro da Senhora do Monte, mas hoje não era o meu dia, estava emparedado com uam vedação, para obras num muro que nada tem a ver nem com a Capela nem com o Miradouro quando podiam ter deixado um espaço junto ao muro para se poder desfrutar a paisagem, mas isto sou eu a sonhar é pedir demasiado a gente sem cabeça, ou melhor sem miolos.
Como já estava farto de esbarrar com coisas que me deixavam piurso, recolhi-me á Igreja, ou melhor Igrejas, a primeira ainda junto ao Castelo, a segunda junto ao Largo Camões, e de seguida fui dar uma abraço ao Camarada Fernando Pessoa que estava li ao lado muito solitário, e regressei a casa.

2 comentários:

Edum@nes disse...

Lisboa entregue à bicharada
Dizes tu e muito bem
Por ser mal administrada
Está sendo abandonada também

Não é, nenhuma, mentira
As imagens disso o provam
Ainda há por aí quem o diga
Que eles tralham não gozam

Diz lá o que irias fazer
Fechado dentro de um Convento
Fazer recadinhos às freiras
Para poderes caminhar ao relento

Não te inerves meu amigo
Eles não merecem respeito
Todos metidos num cubículo
Para aprenderem com jeito

Vou mudar de tema
Para falar do fado
Ele mora em Alfama
Mas anda por todo o lado.

Fado e desgarrada
Com Fernando Maurício
Cantado até de madrugada
Grande homem do fada castiço.

Desejo um bom dia para ti,
e boas caminhadas.
Um abraço
Eduardo

António Querido disse...

Os mesmos bichos que corroem Lisboa, já têm família espalhada por todo o País, temos que ir preparando o pesticida que hoje começou, o pior é que este tipo de pesticida começa por contaminar os mais frágeis, os roedores têm coletes e máscaras à prova de gás venenoso, e quando começa a cheirar a queimado, metem-se a milhas!
Vai fazendo as tuas caminhadas, vai malhando, e dá um grande abraço ao amigo Fernando Pessoa.