sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Dia do Armistício e de São Martinho

Duas datas se comemoram hoje, o dia do Armistício, e o de São Martinho.
A primeira passava-me despercebida, não fora o alerta do Tintinaine, que no seu blog assinalava a data, já o de São Martinho é difícil passar sem dar por ele, não fosse o dia em que a castanha é rainha e a água-pé a sua dama de honor.
Já provei as duas, a castanha que a minha Maria fez questão de preparar umas quantas para provar a seguir ao almoço, e a água-pé que o meu Padrinho Neto me ofereceu á dias quando estive na Terra.

Mas vamos por partes, aqui em Oeiras a Câmara vem desde á alguns anos oferecendo castanhas assadas no Largo da Igreja, fui até lá para poder contar como foi, passei primeiro junto ao Monumento aos Mortos da 1ª Grande Guerra, e de seguida passei pelo local do «magusto» que aqui deixo em imagens, havia muita castanha a ser assada em grandes assadores, muita Gente em filas á espera da sua vez, da água-pé é que nem sombra, só se estava por lá escondida por causa da chuva, a seguir  alguns dados sobre as duas datas que hoje se comemoram.

Dia do Armistício é o aniversário do fim simbólico da Primeira Guerra Mundial em 11 de Novembro de 1918. A data comemora o Armistício de Compiègne, assinado entre os Aliados e o Império Alemão em Compiègne, na França, pelo fim das hostilidades na Frente Ocidental, o qual teve efeito às 11 horas da manhã — a "undécima hora do undécimo dia do undécimo mês". Apesar de esta data oficial ter marcado o fim da guerra, refletindo no cessar-fogo na Frente Ocidental, as hostilidades continuaram em outras regiões, especialmente por entre o Império Russo e partes do antigo Império Otomano

Reza a História que:
Martinho nasceu no ano de 316, na cidade de Sabaria, Panónia (actual Hungria). O seu pai era soldado do exército romano e deu-lhe uma educação cristã. Aos 15 anos Martinho foi para Itália e alistou-se no exército Romano, tornando-se mais tarde num general rico e poderoso.
Um dia tempestuoso ía Martinho, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante e gelada.
Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo.
E, apesar de mal agasalhado e de chover torrencialmente, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade.
Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor.
Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso."


3 comentários:

Edum@nes disse...

A tradição já não é o que era
Com os feriados querem acabar
Governo pior do que uma fera
Não se farta de nos malhar
Assim continuar, como será o futuro
No presente já está a começar
Querendo resolver tudo ao murro
Ditador saído não sei de onde
Apareceu vindo do escuro
De teimosia constante
Faz contas sem saber
Para levar a sua avante!
Não faz falta podia morrer
Muitos milhares de pessoas libertava
Por causa de um só não querer
Continua com sua mão velhaca
A roubar o pouco que os pobres têm
Para dar à sua cambada.

Bom fim de semana para ti, amigo Virgílio,
Um abraço
Eduardo.

Tintinaine disse...

Castanhas comi com fartura e empurrei-as pela goela abaixo com um rosé italiano (nada mau) já que água-pé nem vê-la.
Gostei de saber que em Oeiras ainda veneram os Veteranos de Guerra. Aqui na Póvoa há um monumento, mas está esquecido e abandonado e nunca vi ninguém pôr lá flores ou fazer qualquer cerimónia.
O tempo apaga tudo da memória das pessoas. Com os Ex-combatentes da Guerra do Ultramar vai acontecer exactamente a mesma coisa. Dentro de 20 anos não haverá praticamente nenhum sobrevivente e ninguém mais se lembrará do que foi esse conflito entre povos colonizadores e colonizados.

António Querido disse...

Martinho, aquele Santo que sempre foi e continua a ser lembrado por todas as gerações, só que a tradição de nas aldeias correrem as adegas, provando a água-pé, vai-se perdendo aos poucos visto que os seus fabricantes vão desaparecendo e os jovens procuram sítios onde a bebida é bem mais forte, o Tintinaine ainda encontrou o rosé italiano, eu contentei-me com uma pinguinha de geropiga que não tem nada a ver com a caseira que meu pai fabricava, mas deu para empurrar as castanhas!
Quanto aos mortos da grande guerra, ainda são lembrados todos os anos aqui na Figueira, fazem uma cerimónia e colocam uma coroa de flores.