terça-feira, 3 de dezembro de 2013

"FONTE DOS POLOMOS"

Como ontem escrevi no Facebook, a "Fonte dos Polomos" há décadas cercada por canas e silvas, está neste momento visível, tinha sido alertado a semana passada pelo Joaquim Vicente que até fez o favor de me mandar fotos do acontecimento, pois tínhamos planeado na próxima Primavera munidos de «armas e bagagens» ir dar uma limpeza no local, não era fácil, pois devido á grande quantidade de mato que cercava a Fonte era mais apropriado para gente com sangue na guelra, mais nova, digo eu mas iriamos primeiro saber se o terreno onde esta está, é Público ou Privado, e com a devida autorização íamos ao que tudo indicava, (e se este braço direito me deixasse) colocar á mostra uma das Fontes que outrora abastecia a Terra.

Alguém se adiantou, e ainda bem, pois até pensávamos que havia para além do mato, terras a tapar a Fonte, mas afinal tudo indica que não, o caminho está aberto e penso que, quem teve todo este trabalho para colocar á vista a Fonte, irá um pouco mais além, e arranjará um acesso á mesma mais consentâneo com a antiguidade e os serviços que esta prestou á População.
 
De facto está na altura de inverter a situação que ao longo de muitos anos, não só aqui mas por todo o lado, e que foi a destruição de tudo o que era velho ou antigo, assim se destruiu a Ermida do Anjo da Guarda, a de São Brás, o que restava do Passal, etc. em especial a Juventude que tem conhecimentos que os mais antigos não tiveram, (eram obrigados a fazer o tirocínio, ainda Meninos, nos trabalhos agrícolas) têm aqui uma oportunidade para mostrar o que valem.

Estou a pensar noutros casos idênticos, como as outras Fontes que ainda restam, mas em estado degradado, como a Fonte Gótica, a Fonte Nova, a da Formiga que sei da sua existência por documento existente na Torre do Tombo, mas que não faço ideia onde fica, o documento que a ela faz referência data de 1759. Temos ainda o Pombal a ameaçar ruir a qualquer momento, não admira pois já na data que atrás mencionei existia, e dizia-se ali que no seu interior existiam mais de mil pombos que eram parte do alimento dos moradores do Palácio, enfim, trabalho não falta, haja vontade, disponibilidade e acima de tudo orgulho no nosso passado.
 
Mostro aqui uma das páginas do documento que faço referência, e que copiei do original quando nos inícios dos anos 70 do século passado trabalhei na Torre do Tombo, mas como podem ver, é muito complicada a sua tradução para a ortografia de hoje, perdi alguma da prática que adquiri nesses tempos, e agora já não vou lá, de qualquer modo já se encontram na Internet documentos antigos traduzidos o que torna mais fácil a sua leitura, pelo que só mostro aqui uma página para ilustrar o que afirmei.

4 comentários:

Tintinaine disse...

Ainda tentei ler o documento, mas não cheguei a lado nenhum!
As Juntas de Freguesia do país bem se podiam entreter a motivar as populações para realizar estes trabalhos nas horas livres. Entre todos não custava nada e teríamos as aldeias de Portugal muito mais atractivas.

Anónimo disse...

Onde fica a referida fonte? A outra que refere será possivelmente o nome da fonte que se encontra na gafaria, no primeiro entroncamento a caminho da várzea, logo abaixo de uma a casa de habitação abandonada.

António Querido disse...

Na minha aldeia existem duas fontes de água potável, de dois em dois anos são limpas, recuperadas e pintadas e são os presidentes de junta que se encarregam de mandar executar esses trabalhos e se estas coisas não fizerem parte da campanha, perdem as eleições.

Edum@nes disse...

A "Fonte dos Plomos"
Cercada de canas e silvas
Não serve para os pombos
Talvez acolha lixarias.

No país das mentiras
Somos governados
Por coelhos e silvas
E outros chanfrados.

Vendem o país aos bocados
Trocam a divida para mais tarde
A roubar estão autorizados
Pelo sabe tudo do Algarve.

Já sabem que irão ser corridos
Nunca deram conta do recado
Tem dado avultados prejuízos
Este país bastante molestado!

Boa tarde para ti amigo Virgílio,
um abraço
Eduardo.