Que Vila Verde dos Francos era Terra de Poetas, já se sabia, por aqui passou Camões, espalhando Poesia para a sua amada Natércia, que aqui terá habitado, e se Camões por aqui andou, não admira que tenha deixado raízes, no que á Poesia diz respeito, já aqui publiquei versos do Agostinho, que parece que tem dentro dele uma nascente donde jorram poemas, eu próprio quando ainda era jovem me lancei nos versos, mas a coisa correu tão mal, que fez quase tantas vitimas como a bomba atómica lançada sobre Hiroshima, ontem veio parar-me ás mãos versos doutro Poeta, este nascido na Rabissaca, mas habitando na minha rua, trata-se do Adelino Ferreira, que espero não leve a mal a publicação dos seus versos, mas como dizia o outro "o que é bom é para se ver" claro que se referia a outra visão, mas serve de introito.
VILA VERDE DOS FRANCOS
Grande terra foi Vila Verde
Tinha logo ali á entrada
De um lado o Castelo
Do outro o Anjo da Guarda
Com as suas nove tabernas
Nenhuma ficava sem freguês
A primeira Francisco Silva
A segunda era o Borges e depois o Eduardo Francês
Os irmãos Cucos
Não sei qual era o primeiro
Mais abaixo o Chico Novo
E em frente o Francisco Cantoneiro
O Francisco Cantoneiro tinha taberna
Mas tinha adega que era o lugar mais escondidinho
Que até o Padre Zé e seus amigos
Lá iam beber um copinho
Ainda havia mais duas
Onde se bebia bom vinho
Era no Félix Roberto
E no Armando Trigueirinho
Povo honesto honrado e trabalhador
Foi sempre esse o seu destino
Conta a lenda que um dia
Em Vila Verde um burro tocou o sino
A somar ás nove tabernas aqui referidas pelo Adelino, recordo ainda mais três Estabelecimentos, nos idos anos 60 do século passado: O Alfaiate, em frente o Sr. José Lourenço, e no «fundo da Vila, havia ainda o Estabelecimento do Sr. Artur Faria.
3 comentários:
Vila Verde Antiga!
Mais nova a moderna
Linda poesia, escrita
A sua amada Natércia
Existem recordações
Passou por aquela terra
O grande poeta Camões!
Lá ficou o testemunho
Em Vila Verde dos Francos
Há festejos no mês de Junho
Tem histórias e vários contos!
Que os conte.
O amigo Virgílio
Quem calor sente
Gente sem frio.
Nove tabernas.
Referidas pelo Adelino
E muitas outras coisas belas
Embrolhadas em lençóis de linho.
Também terá o coreto
Não faltará o pelourinho
Linguiça e chouriço preto
Branco e tinto vinho!
Haja alegria.
Tristezas, as dividas não pagar
Quem se deita de barriga vazia
Toda noite na cama saracotear
Uma boa noite para ti migo Virgílio,
um abraço, Eduardo.
Grande poeta é o povo, não é assim que se costuma dizer?
Pois cá temos o Adelino para provar que o ditado está certo.
Tu pensavas, eu imaginava.
Que tal desgraça não iria acontecer
Enquanto o mentiroso jurava
Seu juramento falso ser.
Com honestidade exerce.
Politico, com lealdade jura
honesto não promete
Mas sim executa!
Uma boa tarde para ti amigo Virgílio,
um abraço, Eduardo.
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