Na mensagem que escrevi no passado Sábado., fiz referência a um Forte, concretamente o da Giribita que fica entre Paço de Arcos e Caxias, e falei também do «tio António da Calçada» que como os mais antigos sabem era a maneira como alguns tratavam o Salazar, claro que longe dos bufos, senão estávamos feitos ao bife, pois não sei se foi a nostalgia desse «grande homem» ainda hoje chorado e adorado por muitos, uns com razão, outros nem tanto, e ainda outros, a maioria julgo eu, pelo desespero que apoquenta muitos de nós, por nos terem colocado num barco a meter água por todos os lados, e nós sem saber-mos nadar, vai ser, melhor está a ser, um naufrágio dos grandes.
Então dizia eu,não sei se por nostalgia, se por qualquer razão que me escapa, ontem dei comigo a caminhar junto ao Forte de Santo António do Estoril, local fatídico para ele Salazar, pois foi a í que a cadeira se negou a aguentar mais uma vez com todo o peso que o ditador carregava, e vai daí, o homem estatelou-se e nunca mais foi aquele que nos tinha habituado, severo, quero posso e mando, e agora transformado num peso não para cadeira que nunca mais o cu nela sentou mas especialmente para a D. Maria sua fiel governanta que se via aflita para o acomodar, pois o homem era de peso.
Pois andei por ali junto ao Forte, numa caminhada com algum perigo, aventurei-me por uma passagem que me pareceu pública entre paredes e o Mar, fui andando e quando dei por mim estava dentro dum quintal duma casa particular, foi o que me pareceu, tinha portão é verdade mas estava aberto e fui entrando, claro que tive de fazer marcha á ré, e voltar pelo mesmo trilho, e só no regresso quando já cabiam duas Pessoas vejo um cavalheiro com um cão encaminhando-se para onde eu tinha vindo, e com um calhau na mão, só depois comecei a ligar as coisas, (isto de ter memória lenta tem destas coisas).
O homem andava por ali a dar um volta com o cão, e deve ter visto eu ir para aquele local, provavelmente a casa é dele, a armou-se com aquele pedregulho para me fazer a folha, não fosse eu ser algum assaltante, depois cruzamo-nos eu disse bom dia, ele não me apercebi se respondeu, e cá para os meus botões, safei-me de boa, vou ter que ter mais cuidado pelos locais onde ando, mas não havia lá nada que dissesse que a passagem era particular essa é que é verdade, e andei sempre junto ao Mar, mas vão ver que aquilo ainda são restos dos Sr.s Mários que falei na anterior mensagem, cá para mim a zona é do Domínio Publico Marítimo e alguém tomou como sua aquele pedaço de Mar.
Para terminar, dizer que o Forte, cuja construção começou em 1590, passou a ser utilizado a partir de 1915, pelo Instituto Feminino de Educação e Trabalho de Odivelas. embora pertença ao Exeército, pois vi lá uma placa, (embora em muito mau estado) a indicar isso mesmo, e tem todo o aspecto de abandono.
5 comentários:
Pelos caminhos de Portugal
Anda Virgílio Miranda
Mais pelas ruas da capital
A fotografar, não de ronda!
Para mostrar as ruínas
E também algum luxo
Colocado nas vitrinas
E nas ruas muito lixo!
Obras inacabadas
Casas a cair
Buracos nas estradas
Alguns prédios a ruir!
Pelos caminhos de Portugal
Menos gente a sorrir
Com a crise chegou o temporal
A gasolina não pára de subir!
Boa noite para ti,
amigo Virgílio
um abraço
Eduardo.
Utopia não existe em lado nenhum. Sem dúvida que "o Ti António" governou com mão de ferro mas veja-se agora o resultado de governar com mão de veludo... Para mim a memória do Salazar é a memória de um país que deixei e que não existe mais, a memória da disciplina da população e da bagunça actual, a memória de andar pelas vielas de Lisboa em segurança e de agora a partir do luzfusco nem um gato se vêr... Agradar a todos sempre foi e sempre será uma missão impossível. O homem tinha os seus defeitos (numa era e num contexto totalmente diferente) mas certamente que conseguiu levantar o país da bancarrota, acumulando riqueza para as gerações vindouras, que entretanto "os democráticos" de hoje já destruiram em gamanço e conhaque... Há um ditado que os portugueses utilizam e que assenta muito bem desde o tempo "do Ti António" e o pós 25 de Abril... "nem 8 nem 80"... Tenho dito!
Há quem diga por aí, "volta António que estás perdoado"!
Um país cheio de barras de ouro, disciplina em demasia, se abrisses a boca ias a caminho do Tarrafal, havia dinheiro para sustentar guerras em África, mas o povo que vergava a mola de sol a sol, passava muita fominha, eu não quero que isso volte a acontecer no meu país, podemos passar fome mas temos liberdade para reclamar, há corruptos, mas temos autoridade para correr com eles, os filhos desse tempo deixavam morrer os pais à fome, hoje os pais sustentam os filhos que se quiserem até se podem pirar para outro país, amigo Valdemar, eu prefiro estes 80!
Gostaria de poder concordar com o António Querido, porém o cenário revelado nestes últimos 40 anos mostram-nos um Portugal drogado por essa tal apreciada "democracia"... Os portugueses de hoje podem gritar à vontade, porque quem os governa continuam impunemente e descaradamente a violar leis e regulamentos e a enriquecer de forma obscena, que "o grito democrático" de nada lhes serve, e o O PS (para cúmulo) acaba de chumbar a lei que queria colocar o enriquecimento ilícito na lista dos crimes... Os Políticos da jovem Democracia Portuguesa acusados de crimes de corrupção, desde o PR até ao Valentim Loureiro continuam a ocupar os cargos e estão-se marimbando para o grito democrático dos desempregados, dos sem-abrigo e dos reformados. O Tarrafal agora é democráticamente debaixo das pontes, no próprio país... Nada, mas mesmo nada foi feito em pról dos portugueses, a longo termo, desde o 25 de Abril. Começando pela entrega das Colónias a bandos de maltrapilhos comunistas e a tragédia (ainda não contada) dos retornados, que deve ter sido a maior vergonha e estupidez cometida desde a Fundação de Portugal... Acredito que Portugal irá sair "democráticamente" da merda em que está metido, mas isso irá demorar anos e infelizmente não estaremos vivos para o comemorar.
Quem quiser ver um bom exemplo da rebaldaria em que Portugal se transformou é só seguir a peça que a SIC está a transmitir em 4 episódios a seguir ao Jornal da Noite.
Eu não tive oportunidade de ver, mas daqui a algumas horas, logo que durma as minhas 5 horas da ordem, vou usar as faculdades da Iris da Zon e ver isso nas calmas.
Aníbal Bábá e os 40 bêpêenes!
Enviar um comentário