A minha caminhada de hoje foi aqui na zona de Vila Fria, o que aliás acontece vários dias por semana, há mais que um caminho para daqui sair o que é bom para não saturar o Indígena, assim fui pela estrada da quinta do Torneiro passei junto aos Reservatorios com o mesmo nome, donde fotografei uma antiga mina de água com o dito Reservatorio em fundo, daqui também se avista a chamada Vila Fria Nova, também lhe tirei uma chapa, passei até á Sede dos Jornais e Revistas de Pinto Balsemão, no momento em que a Lua se ia, e o Sol aparecia, todo vistoso, afinal de pouca dura, não tem chovido grande coisa, mas o frio aperta.
No regresso vi pela primeira vez este ano uma Andorinha, coitada esqueceu-se de trazer a manta e estava toda encolhida com o frio, no abrigo dum beiral, mais á frente observei uma camioneta atulhada na lama, e gostava de oferecer uma medalha nem que fosse de cortiça ao artista que a levou para ali, qualquer Pessoa com dois dedos de testa veria que dali não saia mais a não ser com ajuda dum tractor, mas enfim nem sempre a cabeça serve para pensar, o que parece ter sido o caso. Não sei se foi por ter visto a andorinha mas ao contrário do que é habitual, onde ando quase sempre de trombas, hoje estava bem disposto, até que!
Ao ligar o computador vejo que o «patriota» Soares dos Santos, o tal que desviou a sede das suas empresas para a Holanda para não pagar cá os impostos botou faladura, então o que preocupa o cavalheiro? Será o desemprego, a miséria galopante que se vive um pouco por todo lado? os cortes nos vencimentos e pensões? A falta de medicamentos nos Hospitais, o a falta de dinheiro para os comprar nas Farmácias? Os Velhos que morrem como tordos ao abandono? Nada disso, o homem está preocupado é com a Grândola Vila Morena, que isto não vai lá com Grândolas Vilas Morenas, que não concorda com estas manifestações, blá, blá blá, pois não caro Alexandre, os Cantores/As da canção também sabem que não vão lá só com manifestações cantantes, mas a Liberdade deu-lhes o direito de se poderem manifestarem como bem entenderem, desde que sem violência digo eu, que não vou ás ditas, espero que o cavalheiro não esteja a ficar com saudades de outros tempos, onde o maralhal era arrebanhado para camionetas pagas pelo Zé, para o Terreiro do Paço para manifestar apreço pelos ditadores, e suas politicas genocidas, será que também se opôs a elas? Ou dessas gostava? mas olhe vá-se dando por satisfeito por os Portugueses irem cantado, porque podem muito bem ficar com as gargantas desafinadas e passarem a outras cantigas.
Já tinha saudades de o ouvir, ou ler, era muito mais activo no tempo dos governos do Sócrates, em parceria com Nuno Crato (agora ministro da educação) e António Barreto faziam um trio de respeito, ao Barreto lá o amigo o encaixou na sua Fundação, e só vai aparecendo quando o rei faz anos, espero que como seu funcionário não o esteja a proibir de botar faladura, olhe que esse é fraco cantante que eu já o ouvi, e desafina muito, é que o homem anda um pouco insatisfeito com a actual governação, e pode por-se para aí a cantar e vai ser um problema. Veja bem que Povo ingrato este, a viver tão bem, não lhe falta nada e ainda se põem para aí a cantar impedindo os bem intencionados governantes de sair á rua sem terem logo estes cantores de meia tigela á perna, bem fez o Relvas que se pôs também a cantar, embora digam que não sabia a letra, mas isso são bocas da reacção para mim o Relvas é o melhor tenor que este governo tem. E Sr. Soares dos Santos, agora digo-lhe um segredo só para si que ninguém nos ouve, pode ter a certeza que não vai calar os Portugueses, «cabrestos» só no Campo Pequeno, Disse.
2 comentários:
Na sua caminhada, em Vila Fria
Andava amigo Virgílio a pensar
Que talvez por lá também andaria
Alguém Grândola Vila Morena a cantar!
Diz o patrão do Pingo Doce
Que isto assim não vai lá
Com a Grândola Vila Morena, falta a foice
Para cortar o pescoço ao blá blá!
Com os exploradores
Como ele é que não se chega lá
Porque fazem falta os cantadores
Para evitar que fique pior do que já está!
Boa noite para ti amigo Virgílio,
um abraço.
Eduardo.
Não o ouviste falar na carne de cavalo que anda por aí espalhada nas lojas dele?
Vamos lá ver que desculpa arranja ele para andar a vender aos portugueses gato por lebre!
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