Hoje ao caminhar pelo Parque dos Poetas aqui em Oeiras, fui pensando nas desigualdades que existem no Pais, não estou a falar de Pessoas, porque aqui todos sabemos que essas são cada vez maiores, mas do Estado, ou das suas extensões, as Autarquias Locais, e nestas, que diferenças abissais. É certo que as que têm feito grandes obras, seja de fachada, sejam as necessárias ao bem estar das suas Populações se aproveitam da Lei, para usufruir de todo o dinheiro que cobram aos seus Moradores, Empresas etc, mas para além do que cobram aos seus Habitantes ainda recebem do Estado Central umas massas valentes, seja de impostos que antes eram desse mesmo Estado Central, seja ainda de transferências do Orçamento de Estado, e aqui na distribuição do bolo é que me parece que as coisa deviam ser feitas com maior acuidade.
De facto a Autarquia de Oeiras, mercê especialmente da grande quantidade de construção que ouve nos últimos quinze ou vinte anos, onde as taxas dessa mesma construção encheram os cofres da Câmara, fizeram-se grandes melhoramentos a nível lúdico e desportivo eles foram Teatros, Campos de Futebol, e Pavilhões Desportivos, ajardinamento de tudo o que era terrenos sem aproveitamento, foi o Passeio Marítimo, o Parque dos Poetas, que continua a ser ampliado e se prevê para breve a inauguração da segunda fase, carros, muitos, e autocarros da Autarquia, enfim dinheiro não tem faltado por aqui.
Em suma, coisas bonitas se tem feito por aqui, tenho pena que o País não seja uno, para o bem ou para o mal, ou há Democracia ou comem todos.
Em contraste, a Câmara de Alenquer donde sou natural, nunca teve dinheiro para mandar cantar um cego como se diz na gíria, tem carros a circular que já são do tempo da Maria cachucha, comprados em segunda mão no estrangeiro, é verdade, fiquei pasmado quando esses carros tinham a matricula a começar pela letra K, de ver alguns da Câmara a circular, isto não é só um Estado são muitos Estados dentro do mesmo, se há Câmaras excedentárias, porque não obrigá-las a devolver esse excedente ao Estado Central para que este o redistribua pelo restante País á mingua?
Assim não dá, e não me venham dizer que os que têm muito dinheiro é porque são mais poupados, o Pais é só um e deve haver solidariedade entre todos, se não houver a bem, alguém que Decrete, nem que seja a mal. Não sou contra as obras, concretamente o Parque do Poetas é digno de ser visitado, mas na minha terra nem o Parque Infantil está como manda a Lei, isto é, proibição de areia no seu interior, mas a Autarquia não tem dinheiro para lhe colocar o pavimento que as Crianças merecem, e a Lei determina.
As Autarquias que mais têm beneficiado, ao longo do tempo da galinha de ovos de ouro, que foi a construção civil, entretanto já falecida, deviam olhar para o lado, isto é para o resto do Pais, e serem solidários, bem sei que a altura é de apertos para «quase» todos, mas escapam os «quase» como acontece sempre, talvez que a Lei pudesse ser melhorada, pois não estou a ver alguém abrir mão voluntariamente daquilo que julgam ter direito, ponham os olhos naqueles peditórios contra a fome que periodicamente se fazem, até os Pobres dividem alguma coisa de seu, com os mais Pobres de todos, e as Autarquias onde estão nessas alturas? quem as viu chegar-se á frente? estou a falar daquelas com «excedestes» é claro, que das outras estamos conversados.
3 comentários:
No pais das desigualdades
Dos corruptos e dos ladrões
Fazem-se grandes disparates
Roubam sacos cheios de milhões!
Fazem dividas
Para os pobres pagar
Das palestras ditas
Só sabem os outros acusar!
Marinho Pinto
Pôs o preto no branco
Clareando o tinto
As verdades vai falando!
Falando directamente
Para o governo
Num discurso transparente
Em frente daquela gente sem medo!
Boa noite para ti,
amigo Virgílio, abraço
Eduardo,
BEM OBSERVADO. UM ABRAÇO.CORDEIRO
E agora com o IMI (que vai todinho para as câmaras) é que as diferenças vão aumentar ainda mais.
Autarquias onde prédios de apartamentos nasceram como cogumelos vão, a partir deste ano, nadar em dinheiro.
Se ninguém se preocupar em fazer a redistribuição de que falas vai ser uma desgraça, com uns a estragar e os outros à míngua.
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