sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

O OURO DE PORTUGAL


Uma das conversas que mais ouvimos nestes momentos de crise é; porque não vendemos o ouro do Tesouro Português? Eu próprio já fiz essa pergunta, embora o ouro não seja propicio a perder qualidade com o passar dos tempos, e o seu valor ao  que tudo indica não diminui, antes é para subir, mas mesmo assim, não seria melhor despachá-lo? e com o dinheiro da venda poupar muitos Portugueses de passarem fome? perante esta conversa recorrente, que os saudosistas aproveitam para tecer elogios a Salazar, por este ter amealhado tanto metal precioso! Ora como eu não sou propriamente um fã do ditador, e não comungo da sua bondade para com o País e os Portugueses, tentei conhecer um pouco mais da origem do tão famoso ouro que neste momento se resume a 382,5 toneladas, nada mau.

Pois é, nem sempre os meios justificam os fins, pelo que consegui saber não abona nada a sua origem, diria mesmo que não foram as poupanças de Salazar que fizeram de Portugal um dos Países com maior quantidade do metal amarelo, (proporcionalmente á sua População bem entendido), não terá sido todo obtido desta maneira, calculo, mas uma grande fatia veio da Alemanha Nazi, em troca do Volfrâmio, que o ditador de cá, enviava ao ditador de lá, para manter a sua industria de guerra, a par da também Espanha fascista, foi Portugal o grande aliado no fornecimento de uma das matérias primas para a indústria de guerra Nazi, portanto desenganem-se os que pensam que Salazar como poupadinho que era, (e isso ninguém nega) juntou todo o ouro em poupanças Nacionais, apesar das matérias primas que chegavam das Colónias ao preço da uva mijona, e da miséria colectiva dos Portugueses de cá e de lá.

Os primeiros pagamentos que a Alemanha fez a Portugal pelo envio do Volfrâmio foi em notas, mas como muitas eram falsas Salazar exigiu e conseguiu que os pagamentos futuros fossem em ouro, diz-se que retirado dos cofres dos Países ocupados pelos Nazis, e também do que foi retirado aos Judeus que como sabemos muitos milhares deles foram dizimados em Auschwitz e outros locais.
No fim da Guerra os Países Aliados quiseram que Portugal devolvesse ouro que obteve do negócio, cerca de 400 toneladas segundo informações da altura, e foi mesmo condenado mas acabou por devolver só cerca de quatro toneladas, o restante, ou já foi vendido ou faz parte do que resta das cerca de 600 toneladas que havia quando ditador caiu da cadeira.
Só por curiosidade, está guardado no meu Conselho (o local já é conhecido como o Forte Knox) cerca de 200 toneladas do espólio. estando o restante que perfaz as 380 toneladas divididos entre Estados Unidos e Inglaterra, é o que consta, porque estão nestes Países e não cá, é mistério.

2 comentários:

Edum@nes disse...

O ouro de Portugal
E a porca da política
Enganar o povo é normal
Quase ninguém neles acredita!

Regressar ao tempo de Salazar
Para lá chegar estão mortinhos
Se antes o povo não se revoltar
Ficaremos mais pobrezinhos!

Sem cêntimos para contar
Já não falando em euros
Sem o património iremos ficar
Estão vendendo tudo aos estrangeiros!

Não temos para onde ir
Não podemos emigrar
Muita gente na rua irá dormir
Sem ter casa para morar!

Bom fim de semana para ti,
amigo Virgílio,
um abraço
Eduardo.

Tintinaine disse...

A versão que eu tenho ouvido é que esse ouro veio da África do Sul, como paga dos "mineiros voluntários" que de Angola eram enviados para as minas de Joanesburgo. Segundo as más línguas da época, era um quilo por cada trabalhador que para lá era enviado.
Se calhar era tudo aldrabice, má língua!