sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

A MORTE SONHADA







Esta noite sonhei com a morte, a minha, o que é mais grave, quando são os outros a bater as botas vá que não vá, agora ser o próprio já a coisa não bate bem, mas como diz o outro estou vivo e isso é que conta, e não estivesse eu habituado a morrer! á minha conta já me finei três vezes, fora os ameaços, não acreditam? eu conto, da primeira vez não me lembro, e  se não recordo é porque morri mesmo, mas a minha mãe contava-me que andava eu aos ninhos dos pardais nos aciprestes do Adro da Igreja, e terei caído e batido com os c... no chão, tendo falecido ali mesmo, mas como estava junto á Igreja ouve milagre e ressuscitei passadas algumas horas, embora a partir daí nunca mais tenha jogado com o jogo todo, em consequência do desparafusamento da caixa dos pirolitos.


Noutra ocasião estava eu muito sossegado numa enfermaria do Hospital da Marinha, aplicam-me uma injecção, e só varias horas depois vejo luz, com a agravante de após voltar ao mundo dos vivos ter  ficado manco, o que aconteceu durante alguns meses.
Alguns meses mais tarde, já civil, mas pensando ainda á Militar, morro a um Sábado e ressuscito cinco dias depois a muitos quilómetros de distância do local da morte, desta vez, tal como da anterior também fiquei manco, isto era prenuncio de qualquer coisa, mas até hoje ainda não descobri de quê, mas cheira-me que mais tarde ou mais cedo vou mancar, aliás já vou mancando.




Ora tendo eu passado por estas mortes, sendo nascido e criado junto do cemitério, é mais que certo que estou vacinado, no que á morte diz respeito, á dos outros é claro, que da minha tenho tentado adia-la o mais que posso, mas é verdade que a morte exerce sobre mim um certo fascínio, senão vejamos, não convivo com os vivos, mas junto-me aos mortos, não me escapa um funeral, tenha eu conhecimento deste e esteja no local, ou próximo do mesmo, não falho um. Faço visitas semanais ao cemitério, e muitas vezes aos cemitérios pois, na minha Terra temos dois, nem todos se podem gabar disso, um junto á minha habitação o outro um pouco mais retirado, mas é bonito ter dois, ter cova paga num e ser enterrado no outro, é bonito, e sinal de simpatia para com os mortos, morres aqui pagas ali e és enterrado acolá, um luxo que os vivos não usufruem.


Esta conversa de mortos que afinal só pode ser compreendida pelos vivos, tem o propósito de alertar os Bloguistas para o que nos está a acontecer ás fotos que publicamos, e que não são da nossa lavra, os gajos estão a matá-las, estive a dar uma volta nos meus blogs e aquilo é uam tristeza, parece a quinta das tabuletas, mais conhecida por cemitério, com quase tudo apagado, salvaram-se apenas aquelas que foram por mim tiradas, e hoje nem consegui publicar fotos minhas que queria publicar, vou ter um trabalhão para limpar aquela lixarada toda, estou mesmo tentado a acabar com isto, e fazer uma transição pacifica para outra rede social ou lá como se chamam, vou mas é fazer um daqueles cursos rápidos, tipo aquele do Relvas e mudar  de poiso, vamos ver.
Para terminar como comecei, isto é com mortos, ontem fui fazer mais uma caminhada na Serra de Montejunto, aqui prestei a minha homenagem a um grande Amigo e Familiar, cujas cinzas aqui foram depositadas, até qualquer dia Amigo.

 

3 comentários:

Tintinaine disse...

Essa conversa sobre a morte e os cemitérios é um bocado deprimente para nos atirares à cara logo no início do ano. Espero que seja só humor, mesmo que negro, que esse até nos diverte e ajuda a esquecer as neuras.
Quanto às fotos desaparecidas também já tinha dado por isso. No meu primeiro blog só sobraram para aí metade. Eu sempre achei estranho que nos deixassem carregar assim tantas fotografias sem dar nada em troca. A capacidade deles não é ilimitada e começo a acreditar que ao fim de algum tempo vão apagando as mais antigas ou as de maior tamanho.
Acho melhor a gente estar preparado para viver com isso e aceitar que os blogs vão passar a ser um pouco como os jornais diários que no dia seguinte já servem de papel higiénico a muita gente.

Edum@nes disse...

Sonhar com a morte
Muitas vezes acontece
De quem não tem sorte
Muita gente não merece!

Teu sonho, uma história
Ainda te lembras quando caíste
Recordações guardadas na memória
Milagre junto à igreja existe!

No enformaria do hospital
Por causa de um injecção
Só viste a luz afinal
A culpa foi do a pagão!~

Também com a morte
Já tenho sonhado
Estar vivo é uma sorte
depois do sonho ter acordado!

Do que a morte são piores
Quem nas mata lentamente
Os políticos e artroses
Juntos matam muita gente!

Pensas em mudar
De rede social
Vai ao Relvas perguntar
O que ele faz em Portugal!

Bom domingo para ti,
É bom sonhar com a sorte
Acordados ou a dormir estamos aqui
O que não acontece depois da morte!

Um abraço
Eduardo.

Anónimo disse...

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