segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

LECEIA E A SUA HISTÓRIA


Ontem a minha volta foi até Leceia, como aliás acontece frequentemente, embora a segurança para quem anda a pé seja quase nula, pois não há passeios, e a iluminação é pouco mais que nada, penso que estará na mira da Câmara acabar com a iluminação Pública em certos locais, e este deverá ser um dos contemplados, começou pela variante 249-3 que liga Vila Fria ao Tagus Parque e Cacém, que há mais de um ano está com toda a iluminação apagada, a seguir esta estrada a que me refiro que liga Porto Salvo a Leceia.


Aqui começaram por desligar alternadamente os candeeiros, (que aprovo) mas neste momento já há locais onde estão cinco seguidos apagados, para quem madruga como eu é complicado, mas cá vamos andando.
Mas não era sobre a dificuldade que os Peões têm para caminhar em segurança que me trás aqui a falar de Leceia, é a História desta Terra, ontem observei um Menir no centro da Povoação, ainda era noite, e o curioso é que passei no local várias vezes de dia e nunca tinha reparado em tal coisa, assim se prova a minha apetência pela noite. Existe também na Terra um dos maiores e mais bem conservados Castros do Pais, mas melhor que eu a Historia fala por si:

O Castro de Leceia, localizado na Freguesia de Barcarena, concelho de Oeiras é uma das estações arqueológicas mais importantes de Portugal, tendo as escavações aqui realizadas revelado estruturas habitacionais e defensivas, assim como numerosos artefactos.



O estabelecimento de um povoado em Leceia, logo no Neolítico Final, e a subsequente construção a partir do Calcolítico Inicial indicam já o apreciável desenvolvimento de uma economia agro-pastoril, embora também fizesse a recolecção de mariscos na Ribeira de Barcarena na altura um rio.

Foi ocupado durante cerca de mil anos e data de 3 200—3 000 a. C.; vem desde o Neolítico final até ao período Calcolítico final (Idade do Cobre).
Na Fábrica da Pólvora também na freguesia de Barcarena, está exposta a maqueta deste povoado, assim como os objectos nele encontrados, o qual explica o dia a dia do Castro de Leceia, desde as suas estruturas habitacionais e organizacionais, aos seus cultos e ritos.

2 comentários:

Tintinaine disse...

É bom conhecer um pouco da história dessa terra.
E se as coisas piorarem um pouco, em Portugal, teremos que voltar ao sistema "agro-pastoril" e de "recolecção" de que fala o relato que incluis.

António Querido disse...

A tua 2ªfoto é-me familiar, quando chego a esse local, já me sinto a abraçar a filha, neta e genro, lá para o verão irei fazer por aí umas caminhadas para descobrir essas relíquias de Porto Salvo e não te esqueças, temos que visitar os nossos amigos bigodes!
Agora fica o meu abraço