quinta-feira, 14 de novembro de 2013

LÁ VAI LISBOA

Na minha última visita á Capital, ontem mesmo, não pude deixar de observar algumas coisas que gostaria de não ver, algumas já velhas, outras novas e outras assim assim, vamos começar pelo inicio;
Saí no Cais do Sodré, pelas 6h40, portanto ainda noite, caminhei junto ao Rio, mais propriamente na zona ainda, e sempre em obras em frente ao antigo Arsenal, e tal como na semana passada comecei a ver água a sair das chamadas caldeiras das árvores ali plantadas, mas que diabo, durante mais de uma semana ninguém reparou nisto? Ainda noite tirei duas fotos e segui, fui andando sem rumo, por aqui e por ali, não procurando nada em especial, mas sempre de olho e ouvido alerta!

 
Subi até á Av. da Liberdade, desci, e quando ia a passar em frente á Igreja de São Domingos vejo o triste espectáculo que aqui deixo em fotos, vários sem abrigo em fila junto á parede duma casa de Câmbios, e paredes meias com um Café já aberto àquela hora. Andei mais um pouco e estou no café do costume, desta vez demorei-me lá mais do que o habitual, pois estabeleci lá diálogo com uma quase vizinha pois é de Torres Vedras, e tem por ocupação distribuir o "Leitão de Negrais", já nos tínhamos cumprimentado noutras ocasiões, hoje conversámos.


Saí, encaminhei-me pela Rua dos Fanqueiros, olhei para dentro do prédio onde está o novel elevador do Castelo, inaugurado com pompa e circunstância a 31 de Agosto passado, olho para dentro do edifício, vazio de Pessoas, mas cheio de andaimes, portanto em obras já está, será que ainda funciona?

Desci mais um pouco, e estou no Terreiro do Paço, onde o buraco que já mostrei mais de uma vez lá continua, firme e hirto, á espera sabe-se lá de quê, encaminho-me para o Cais do Sodré e quando passo junto ás nascentes de água que falei de inicio, na esperança que já alguma alma caridosa com voto na matéria tivesse fechado a torneira, nada, tudo na mesma como a lesma, tirei mais uma foto e segui viagem antes que me caísse mais alguma chama no regaço como ia acontecendo á dias, pois o local é ali mesmo ao lado.
Só me resta acrescentar o seguinte; será que esta gente que dirige  o departamento de jardinagem tem alguma noção do custo e do trabalho que esta água aqui desperdiçada tem? Saberão por acaso que captada no Castelo do Bode, tratada na Asseiceira, e transportada até Lisboa custa muito dinheiro a todos nós? Se por acaso sabem disto, terão passado esse conhecimento aos seus subordinados? Que responda quem souber.
 

3 comentários:

António Querido disse...

Lisboa está a ir pelo mesmo caminho das escolas públicas, metem água por todos os cantos!
E os sem abrigo devem estar à espera das suequinhas que o Tintinaine encontrou no aeroporto para lhe oferecerem o quarto do lado, de borla por uma noite, tem calma porque segundo ouvi hoje saímos da recessão e tudo se vai compor, (digo eu)...

Edum@nes disse...

Bom fim de semana para ti,
amigo Virgílio, um abraço, Eduardo

Aproveito e para te acompanhar
nas tuas caminhadas
Amália Rodrigues, e o fado lá vai Lisboa.

Vai de corações ao alto nesta lua
E a marcha segue contente
As pedrinhas de basalto cá da rua
Nem sentem passar a gente
Olha o castelo velhinho, que é coroa
Desta Lisboa sem par!
Abram, rapazes, caminho,
Que passar vai a Lisboa
Que vai a Alfama passar!

Lá vai Lisboa com a saia cor de mar
Cada bairro é um noivo que com ela vai casar!
Lá vai Lisboa com seu arquinho e balão,
Com cantiguinhas na boca e amor no coração!

Bairro novo, bairro velho, gente boa
Em casa não há quem fique!
Vai na marcha todo o povo de Lisboa,
Da Graça a Campo d´Ourique!
Olha o castelo velhinho, que é coroa
Desta Lisboa sem par!
Abram, rapazes, caminho,
Que passar vai a Lisboa!
Que vai a Alfama passar!

Tintinaine disse...

O Virgílio encontra sempre do que reclamar e o Eduardo que tem alma de poeta não pára de rimar.
Bom fim de semana e sejam felizes!!!!!