Nem mais, o titulo desta mensagem não podia cair melhor, há mais de dois Meses que ando a caminho do «ferrador» e não chego á fala com ele, coitado, apesar de estar no seu posto entra tarde ao serviço e eu não sou de me levantar tarde e más horas, em conclusão está complicado a mudança de ferraduras.
Por andar bastante a pé necessito de calçado que sirva esse propósito sem dar cabo dos cascos, e das sapatarias onde tenho ido, a que tem mais variedade e com preços dentro do meu orçamento são as Sapatarias Guimarães que estão um pouco por todo o lado, a mais próxima daqui de Porto Salvo é no Cacém, e como está aberta ao domingo e com horário razoável, (pensava eu) lá fui hoje fazer uma caminhada a esta Terra, para fazer horas até que chegassem as 9 horas, hora de abertura.
Aproveitei também para reviver recordações de tempos idos, e aqui passados! Uns bons, outros péssimos, e assim fui andando tentando descobrir algo que no passado já longínquo me marcou, a primeira positivamente tinha eu cinco anos e aqui estive na casa do meu Tio Januário após ter sido operado á garganta em Oeiras, desconheço as razões porque vim parar aqui e não fiquei em Oeiras, (será que me portei mal lá? Impossível, era uma criança de coro) só sei que as recordações são boas, fui bem tratado por Tios e Primos, que entretanto foram partindo só restando uma Prima dos quatro que havia na casa. Esta, ao que pude observar hoje já não está também no mundo dos vivos, tendo dado lugar a prédios de muitos andares, encontrei só uma sua «vizinha» que sobreviveu ao camartelo, mas deve estar por pouco pois ostenta a célebre placa de: "Vende-se".
A outra recordação é mais próxima, tem «apenas» 46 anos, e é o oposto da primeira, de facto só não terminou mal, porque como diz o ditado, "vaso ruim não quebra" e não quebrou mesmo!
Uma das minhas Irmãs tem aqui um andar, e nessa altura habitava-o, eu fui lá asilar um fim de semana, daqui saí para a outra banda para Palhais e Barreiro e no regresso a coisa correu mal, engoli qualquer coisa que não devia, e saí daqui adormecido e de padiola a um Domingo, tendo acordado cinco dias depois a alguns quilómetros de distância, a partir daqui, fiquei convencido da minha imortalidade, até há cerca de dois Meses quando dei aquele trambolhão na Serra Galega, e onde vi o cu perto das calças.
Mas com respeito ás ferradura que foi o que me levou ao Cacém? Pois andei que me fartei a «fazer horas» para abertura da loja, passei toda a Av. dos Bons Amigos onde esta se localiza, olhei para a montra e pisquei o olho a umas botas, como quem diz estão no papo, fui subindo até á Agualva junto á estátua do Bombeiro fiz a agulha passei junto ao Quartel dos Bombeiros de Agualva-Cacém, aqui no largo havia antes uma grande Feira Dominical que entretanto faleceu, fui descendo mas o relógio parecia que não se mexia, fui aé ao local onde tinha deixado o «burro» e lá deixei alguma da carga que trazia pois já deitava os bofes pela boca, e regressei ao «local do crime» isto é, á loja do Guimarães, faltavam cinco minutos para as nove e estranhei não ver por ali ninguém, olhei para a porta e lá estava afixado a hora de abertura 9h30, porra que isto já é demais, dei corda aos sapatos e fui embora, hoje não há calçado para ninguém!
2 comentários:
De mal a pior, amigo Virgílio, é uma autentica desgraça. Todavia aqui o teu belíssimo, bem escrito artigo, só dá vontade de rir e não de chorar. A não ser chorar por mais. Desde as ferraduras às calças perto do cu, rico em humor velha nos isso ao menos, para esquecermos as coisas mais ruins da vida, que nos apoquento noite e dia. Quanto às ferraduras, têm de ser confortáveis porque andas muito, te aconselho um bom par te ténis de marca, não são muito caros e fazem um andar maravilhoso.Para mim que continuo com as minhas corridas não há coisa melhor. E porque devemos tratar com muito carinho os nossos pés, porque são eles que suportam todo o peso do nosso corpo e permitem-nos com a ajuda das nossas pernas a deslocar-nos para onde queremos ir. Uma boa noite para ti amigo Virgílio, um abraço
Eduardo.
Acho que deves dedicar-te mais á internet nas horas da madrugada e saíres para a rua só depois das nove da manhã. Afinal o tempo gasto é o mesmo e mais cedo ou mais tarde vai dar no mesmo.
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