Ontem fui dar palha ao burro ás bombas do elefante azul, ás sete horas quando da abertura das mesmas já eu lá lá estava, com o burro alimentado, por ali o deixei enquanto cá o Rapaz ia caminhando em direcção a Paço de Arcos, aqui chegado e onde outrora funcionavam umas quantas Fábricas (ai as crises) observo na encosta em direcção do Centro de Saúde da Terra o casario, melhor dito os enormes prédios com mais ou menos uma dúzia de andares, construídos na chamada Tapada do Mocho e adquiridos penso que na sua totalidade por Ex-Colonos das antigas Colónias Portuguesas em finais dos anos sessenta, foram precavidos, o que não aconteceu com a grande maioria que ficou com as roupas que tinham no corpo, e uma mão á frente e a outra atrás, estes pelo menos não ficaram ao relento, ou na alternativa ás sopas da Família ou do IARN.
Passei junto ao Valentim de Carvalho, outrora grande fabricante de discos, e agora vendendo o espaço para programas Televisivos, mais abaixo as instalações da Segurança Social, no local onde existiu a Fabrica da cera, subi pela Fonte de Maio até á Terrugem, aqui chegado contemplei o Reservatório dos S.M.A.S. em estado de aparente abandono, desconheço que razões levaram a que dois Irmãos deste fossem recuperados, (embora um deles fora de serviço tal como este) e este enjeitado, e tenha ficado aqui provavelmente até lhe dar um fanico e estatelar-se no chão!
Mas recordou-me ao ver esta antiga estrutura, uma história aqui passada que podia ter acabado mal, conto-a porque dos intervenientes já só cá estou eu para contar como foi: Um dia chama-me pelo rádio telefone (os telemóveis ainda eram uma miragem) o saudoso Eng. Amílcar Sá, estava a substituir o Eng. Chefe, e pelo tom de voz notei que algo de grave se passava, rapidamente me desloquei para a Sede dos Serviços e, após os cumprimentos da praxe, apresenta-me uma Senhora, que vem munida dum saco de roupas todas manchadas, rapidamente me explicou que há já algum tempo que não se podia beber a água canalizada, e nos últimos dias já nem para lavar a roupa como demonstrava pelas peças que trouxe para amostra, estavam completamente manchadas de lixívia, sem salvação possível.
Após os primeiros momentos de surpresa, e as desculpas pelo acontecido, saí rapidamente para investigar o que se estava a passar, chamei em primeiro lugar os Homens que faziam as análises e o reforço da cloragem, que pertenciam ao meu sector, analises daqui e dali, e verificámos então o que se estava a passar, o hipoclorito era injectado na conduta que passava ali junto ao depósito mas essa água tinha como destino o Depósito do Puxa Feixe, (hoje na posse da Câmara e integrado na 3ª fase do Parque dos Poetas) ali junto ao Oeiras Parque, e era aí que se faziam as análises visto a água ter esse destino, e a vivenda da Senhora, a única ao tempo existente nas proximidades seria também abastecida pela mesma conduta, trabalho esse que não dependia do meu sector.
Ora como se estava a iniciar o Bairro Camarário do Alto da Loba, e a conduta estava no seu caminho, cortaram a conduta definitivamente, e o Puxa Feixe passou a ser abastecido doutro local, não avisaram quem fazia o tratamento da água, e nesse caso continuámos a injectar cloro na conduta que passou a abastecer apenas aquela habitação, que começou a partir dali a levar com todo o cloro que se destinava ao outro Depósito, moral da história, assim se explica como na coisa Publica (e não só) cada um gere a sua «capelinha» sem passar cartão aos outros, não vá a concorrência tirar-lhe algum protagonismo (e ás vezes outras coisas), no final estes consumidores prejudicados não quiseram sequer ser ressarcidos dos prejuízos com as roupas, e acabou menos mal uma coisa que podia ter dado para o torto.
Entretanto terminei a caminhada junto á Grundfos onde tinha deixado o «burro» tendo antes passado na rotunda dos Moinhos na Terrugem onde já lhe falam alguns dos ditos, provavelmente voaram com o vendaval que se fez sentir nos últimos tempos.
Ora como se estava a iniciar o Bairro Camarário do Alto da Loba, e a conduta estava no seu caminho, cortaram a conduta definitivamente, e o Puxa Feixe passou a ser abastecido doutro local, não avisaram quem fazia o tratamento da água, e nesse caso continuámos a injectar cloro na conduta que passou a abastecer apenas aquela habitação, que começou a partir dali a levar com todo o cloro que se destinava ao outro Depósito, moral da história, assim se explica como na coisa Publica (e não só) cada um gere a sua «capelinha» sem passar cartão aos outros, não vá a concorrência tirar-lhe algum protagonismo (e ás vezes outras coisas), no final estes consumidores prejudicados não quiseram sequer ser ressarcidos dos prejuízos com as roupas, e acabou menos mal uma coisa que podia ter dado para o torto.
Entretanto terminei a caminhada junto á Grundfos onde tinha deixado o «burro» tendo antes passado na rotunda dos Moinhos na Terrugem onde já lhe falam alguns dos ditos, provavelmente voaram com o vendaval que se fez sentir nos últimos tempos.
3 comentários:
Vai desfiando as tuas memórias que no fim só tens que fazer um apanhado e mandar publicar o livro.
Caminhando e recordando
segue o pobre reformado
toda a vida trabalhando
para agora ser roubado.
Por um coelho mal criado
um vitor fedurento
e um relvas doutorado
de um iterrese casamento.
Mais valia um jumento
a gasolina está cara
eles vão para o parlemento
só para eganar a malta!
Como é que tudo isto
irá terminar
tem de haver um reboliço
para a canalha de lá tirar.
Não é possível de outra maneira
antes de eles com o resto acabar
toda a hora fazem asneira
temos que contra els lutar!
Boa seguna-feira para ti amigo Virgílio,
um abraço. Eduardo
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