segunda-feira, 1 de outubro de 2012

ONTEM E HOJE

Ontem fui até Vila Verde, para não variar levantei-me ainda não eram seis horas, tratei de mim e do Sansão a quem proporcionei a habitual caminhada matinal, enfiei uma bucha das sobras de Sexta Feira (qaundo houve rancho melhorado por aqui), desci até Porto Salvo e na padaria local bebi um café para acordar completamente, comprei pão, segui até á Quinta do Torneiro onde dei o pequeno e grande almoço ao carro que me havia de levar á Terra, como era Domingo e não haver filas de trânsito em direcção á Capital segui pela A5 entrei na Segunda Circular junto ao Campo Grande e eis-me a caminho da A1 até ao Carregado, as portagens aqui são metade das da A8, e como a distancia é igual sempre se poupam uns trocos, desde que não existam filas é sempre a andar.

Cheguei a Alenquer, eram sete e meia, ainda o Sol não se tinha mostrado, para recordar os tempos que por ali andei, estacionei junto ao Rio, e subi até á Vila Alta, donde se avista praticamente toda a Vila, e ainda um pouco das Paredes, onde comi  o pão que o diabo amassou, nos idos de 1960, mas visto a esta distância e á  situação actual, já não sei se não seria um presságio do que nos está agora a acontecer, mas em frente, após ter feito este aquecimento matinal lá segui até á Terra, como se compreende fiz a viagem sozinho., tinha mesmo de ser pois ia com ideia de dar uam volta nas orquídeas da Patroa, e não podia ser com ela presente, pois não queria de maneira nenhuma mexer nelas, mas tinha de ser, pois fiz um telheiro para pôr o carro á sombra e já estava todo ocupado com vasos de orquídeas, desta vez embora ainda não tenha resolvido o problema de vez já foi um inicio, só numa floreira que construi despejei lá seis vasos, tive foi de ouvir quando aqui cheguei hoje e lhe mostrei as fotos, mas isto passa.-lhe.

Pelas cinco da tarde iniciei com o meu Amigo Vicente uma caminhada, que perfez sete quilómetros e alguns metros, fomos até aos Casais do Chorão, antes passámos pela «Cerca» local de construção da prometida Escola, isso mesmo não passou de promessa, fez-se o desaterro, e há muitos Meses que a obra parou por aí, uma lástima, não que eu tivesse grandes expectativas que a obra fosse em frente, mas podia acontecer uma vez na vida esta Terra também ter direito a algo que as outras já têm há muito, enfim! Seguimos pelos Casais da Almónia, passámos por um caminho que faz lembrar o velho Oeste Americano, com várias casas abandonadas, uma delas terá sido construída e nunca habitada, sinais dos tempos, onde viver e trabalhar nas Cidades é que estava a dar, hoje vai no sentido inverso, apesar do estado de abandono da Agricultura estou convencido que será por aqui que vamos ter que nos encaminhar.

E como se pode constatar pelas  fotos o Vicente está com vontade de ficar por cá e investir na agricultura, já não pensa regressar aos States, porque prevê que trabalhar a terra é que vai ser o futuro, por isso mesmo olhem para ele a apreciar as alfaias agrícolas, para ver o que precisa para se estabelecer como Agricultor, eu já lhe prometi ajuda, se a espondilose e os bicos de papagaio me deixarem dobrar o esqueleto, mas pelo menos dou-lhe apoio moral, o que nos dias de hoje não é de se deitar fora.

Hoje tinha incumbência de ir ao Cadaval comprar fruta, nos últimos tempos não tem sido necessário puxar os cordões á bolsa nesta matéria, pois as Vizinhas têm-me presenteado com fruta com fartura, agora como está no fim da safra até lá para Junho o caminho vai ser a Cooperativa Fruticola do Cadaval. Como me levanto cedo cheguei aqui ainda faltava uma hora para a Loja abrir, aproveitei esse tempo para caminhar, como não podia deixar de ser, e vi uma coisa muito curiosa., deixei o carro junto á Agriloja, no inicio da Vila, segui pelo passeio e pelo caminho ia a pensar que bom trabalho aqui foi feito, em P. Salvo não tenho disto para caminhar e estou sempre sujeito a calçar um carro, vejo até o dito passeio a circundar um sobreiro que se atravessava no seu caminho, muito bem penso eu, o passeio não morreu aqui por causa da árvore, eis senão quando ando mais uns passos e o passeio acaba mesmo, á sua frente uma valeta bastante profunda, olho para o outro lado da estrada, e sim há lá passeio, só que se esqueceram de pintar ali uma zebra para Peões., termina o passeio deste lado, um gajo atravessa para o oposto e leva com um carro em cima, estes gajos que têm a tarefa de olhar pela mobilidade de certeza que nunca andaram a pé, é uma pena, que o País esteja cheio de incompetentes, valha-nos a santa troika, que nos á-de ensinar á força, o que não aprendemos de livre vontade.

 

2 comentários:

Edum@nes disse...

Ontem e hoje, como será amanhã
Num futuro incerto
De uma Europa mais podre do que sã
Do abismo cada vez mais perto!

De visita ao Oeste
Cadaval e arredores
Com o teu amigo Vicente
Caminhas mas não corres!

Porto Salvo, na padaria local
Bebeste o teu café
Desde almoço ao carro não igual
E ala que se faz tarde ó Zé?

É assim a vida amigo
Para pior antes assim
Depois do percurso percurso
A viagem chega ao fim!

Melhor a vida da aldeia
Mais saudável com certeza
Sem se falar da vida alheia
Mais alegria menos tristeza!

Boa noite para ti,
amigo Virgílio,
um abraço
Eduardo.










Tintinaine disse...

O Vicente é que sabe! A terra é madrasta mas é dela que tiramos tudo aquilo que precisamos para viver.